Estava nevando, o tempo não estava dos melhores, era o meu primeiro dia de aula e eu não conhecia ninguém, até que esbarrei em um garoto, ergui meus olhos para ver quem era o meu quase “assassino”,ao contrário do que pensei,ele era bem bonito, porém muito mal educado, pois nem me ajudou a levantar, mas é claro que eu não fazia questão que ele me ajudasse, mas como foi ele quem quase me “matou” ele tinha obrigação de me ajudar.

Ele parecia sério não deixou escapar nem um “oi” se quer, ele não conseguia disfarçar o olhar de “seja bem vinda”, talvez ele fosse mudo ou talvez não – Pensei. A verdade era que eu estava louca para saber o nome dele, mas ele se levantou e foi embora rapidamente.

Peguei minhas coisas e fui em direção à sala de aula e lá estava ele, sentado com uma cara de taxo, olhando para a lousa limpa, foi quando de repente ouvi ele falando pela primeira vez,seria um milagre?- Pensei

Não, milagres não fazem pessoas tímidas falarem, matemática faz pessoas tímidas falarem.

Achei que se eu me sentasse ao lado dele, ele falaria comigo, mas não foi o que aconteceu. Os dias foram passando e eu descobri que estava completamente, incondicionalmente apaixonada por ele.

Eu fazia lindas declarações de amor, mas ele nunca me deu bola, escrevia no quadro, na carteira e até nos muros se fosse para ele descobrir, pura ilusão minha, mas quem sabe, milagres acontecem.

Dois meses haviam se passado e tudo continuava como antes, talvez ele soubesse do meu sentimento e achou melhor ficar longe, mas eu ainda não desisti afinal milagres acontecem, então esperarei o meu.

 Ainda era inverno e eu não estava contentada do “mudo” não falar comigo. O que eu podia fazer? Ir até ele e dizer: - Qual é o seu problema?

O que estava havendo comigo eu realmente não fazia idéia, até procurar em livros sobre essa “obsessão”, é o tipo de amor que os médicos denominam como “Amor Platônico”. - Será mesmo? – Pensei!

Mais dias se passavam e eu não tinha coragem de ir até o “mudo” e perguntar qual era o seu nome, eu sinceramente esperava desesperadamente por um milagre. No caminho da escola acabei encontrando com ele de novo e adivinha só, ele não é mudo!

Pela primeira vez ele falou comigo, como uma pessoa normal e eu ainda tive direito à desculpa.

- Eu sou Uchiha Sasuke e eu quero pedir desculpas por eu não ter me apresentado antes.

- Não tudo bem, eu sou Haruno Sakura!

Meu Deus! – Obrigada!  - Pensei.

- Sei que eu pareço estranho, mas não sou!

- Fica tranqüilo! Fico feliz por você não ser mudo! – Disse Sakura.

- Me desculpa saiu sem querer.

- Não tudo bem, todos que não me conhecem dizem a mesma coisa:                    - Pensei que você era mudo.

- Eu sinto muito mesmo! - Disse Sakura se desculpando!