Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2 escrita por Susana


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!
Bem, eu sei que já passou muito tempo desde a última vez mas eu estive numa crise... como este é o ultimo capitulo eu meio que fui deixando o tempo passar até ter coragem do postar.
Compreendo se não tiver leitores, mas achei que pior do que não ser lida era não concluir algo que tinha começado.
Boa leitura



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POV Crystal

Fiquei a olhar na expectativa para eles. “Será que eles ainda me querem ajudar?”. Eles podiam já ter seguido em frente, eu sabia que não podia ficar eternamente à espera que eles me ajudassem, já tinha soltado a dica, os Volturi já sabiam que eu não estava do lado deles, tinha de agir depressa ou era morta antes que desse por ela.

Quando eu perdi a esperança de que eles me fossem ajudar, Paul veio para o meu lado esquerdo, Edward para o meu lado direito e Rose para a minha frente, como se estivessem a criar um escudo à minha volta.

– Estou à espera disto à mais de 20 anos! - disse Rose diretamente para Aros.

E, então, foi tudo muito rápido. Os três foram atacados pelos guardas e começaram a lutar com eles. Mesmo existindo mais do que um guarda para cada um eu sabia que eles dariam conta do recado, ainda para mais, Emmett e Bella já se tinham juntado à luta. O resto continuava a olhar para tudo o que se estava a passar como bois a olhar para um palácio.

As palavras da terceira mulher vieram-me à cabeça. “Tu vais salvar o meu povo!”. Ela podia estar a falar deste momento... mas, só cá estavam o Jake, o Paul e o Mathew do “nosso povo”. Não, não era a isto que ela se referia, no entanto eu teria de os derrotar para os poder proteger do quer que fosse acontecer.

Para acabar com aquela batalha e sair vencedora teria de atacar a raiz do problema, porque apesar dos ramos estarem a ser cortados a árvore volta a crescer se a sua raiz estiver intacta!

Comecei a correr para os três cabeças de cartaz daquele espetáculo, porém Demitri estava a protegê-los e ele era muito bom a lutar e eu nunca o havia derrotado num único treino. “Porque não estavas motivada como estás agora!” pensei para mim, esperando ter razão.

Comecei a lutar com Demitri que sorria enquanto se desviava dos meus golpes para de seguida me acertar.

– Não te queria magoar, ahahahahah. A sério, sempre te achei adorável, mas escolheste o lado errado!

E, então, aplicou-me um murro que teria rebentado qualquer medidor de forças, ultrapassando a sua escala em largos Newton. Senti o meu corpo a voar e como que a desmanchar-se durante o processo de queda que decorreu a largas centenas de metros, quilómetros mesmo.

Ao cair no chão senti-me como um humano se sentiria se caísse do sétimo andar de um edifício, ou seja, morta. Coisa impossível para quem que já está morto faz um tempinho, pelo menos fisiológicamente.

– Como te sentes – ele já li estava decerto para acabar o que começara, mas eu não podia deixar, desta vez eu ia dar luta, eu tinha-me prometido isso!

– Muito bem, obrigada – disse obrigando a minha voz a soar normal.

Ele sorriu-me e quando eu me ia levantar ele pegou-me pelo pescoço e encostou-me à árvore que ali estava. Era o meu fim, ele ia-me matar.

– Tira as mãos da minha filha! - ouvi Carlisle gritar.

Então senti as mãos de Demitri a abandonar o meu pescoço, para meu alívio. Ele tinha-se virado para Carlisle, com quem lutava e eu fui ajudá-lo. Como ele estava muito entretido a lutar com o meu pai, que tenho de admitir, ele mexia-se bem, não deu por mim a chegar perto dele. Fiz sinal a Carlisle que de imediato me percebeu e lhe agarrou os braços, enquanto eu saltei em cima dele e lhe arranquei a cabeça. “Menos um!” pensei.

Sorri pata o meu pai em tom de agradecimento e corri para os Volturi mestres.

“Usa-o bem...”

O punhal fora capaz de me matar quando eu o usei da última vez. Um punhal não deveria matar um vampiro. Eu também nunca fui uma vampira normal, mas conservava o que tornava um vampiro “imortal”, por isso se o punhal fora capaz de me matar, mataria qualquer outro vampiro...

No meu percurso até aos três vampiros que eu pretendia encontrar, olhei em volta e percebi que desta vez estávamos a ganhar. Ainda não existia uma única baixa do nosso lado e do lado deles, não conseguia ter perceção de quantos já tinham sido mortos, no meio de tantas partes de corpos espalhados pelo chão.

Quando cheguei perto deles um pensamento assolou-me e paralisei. “Se eu os matar, o que acontecerá?”. Apesar de eles serem uns cretinos eu não podia negar que eles eram necessários para manter a nossa comunidade invisível aos olhos dos humanos. Eu sabia que se os matasse teria de assumir o cargo, mas não era isso que eu pretendia...

– Olá, meus mestres... - disse em tom ironia – Então como é que vai ser isto? - eu não podia demonstrar a dúvida existente no meu pensamento, ou eles não fariam o que eu pretendia – Uma morte rápida ou lenta?

Estavam aterrados, via-se claramente nas suas caras. O mais covarde de todos, Caius, atirou-se aos meus pés e implorou-me:

– Não nos mates, fazemos o que pedires!

– Sabe, numa das minhas lições mais importantes quando estava a ser treinada para pertencer à vossa guarda, disseram-me uma coisa: “Nunca tenhas piedade de alguém, muito menos se ele te implora como um covarde”.

– Eva, vamos falar... - começou Marcus.

– Eu não sou a Eva, ou pelo menos não sou apenas ela, e nó não temos nada a falar!

Então puxei do punhal com intenção de os intimidar.

– Achas que nos vais matar com uma faca? - perguntou Caius já a rir-se.

– Resultou comigo, não custa tentar com vocês!

– Crystal... - começou Aros que ainda não havia falado - … eu sei que clamas por vingança, mas também sei que não queres poder, por isso podíamos esquecer isto e continuar cada um para o seu lado.

Se ele achava que as coisas seriam assim tão fáceis ele estava redondamente enganado... Então tive um ideia brilhante.

– Tenho uma ideia muito melhor! - disse a sorrir – Mande parar os seus guardas para que todos oiçam.

E ele assim fez. Então todos ficaram em silêncio e Aros fez-me sinal para que eu falasse.

– Sei que todos os queremos matar – disse a olhar em concreto para a minha família – mas matá-los implicaria ter de assumir as suas responsabilidades e, parece-me que nenhum de nós está pronto para isso, pelo menos por agora. - disse esta ultima parte a olhar diretamente para Aros – Portanto, acho que a melhor opção seria mantê-los vivos, mas com a garantia da sua morte caso eles nos ameassem mais uma única vez- então pensei na terceira mulher – E estão responsáveis de evitar qualquer tipo de ataque por parte de vampiros aos lobos e à sua tribo – então voltei a olhar para Aros, Caius e Marcus – Meus senhores, garanto-vos que ninguém além de nós saberá deste “incidente”, do mesmo modo que vos garanto que eu própria tratarei de os matar caso não cumpram as regras. Estamos de acordo?

Olhei para eles à espera de uma resposta que saiu da boca de Aros alguns segundo depois

– Tens a nossa palavra.

– Ainda bem!

Vi-os a juntarem os guardas que restaram da batalha e a partirem sem voltarem a olhar para trás, a partirem sem mim! Eu estava livre!

Senti uma felicidade indescritível de saber que estava livre para poder ficar com a minha família, isto se eles ainda me quisessem. Mas estava livre e isso é que me importava.

Virei-me e vi todos a olhar para o mesmo local que eu estava a olhar momentos atrás, o local onde os volturi tinham desaparecido. Depois voltaram o olhar para mim.

– Bem, eu não pertenço a nenhum clã agora por isso...

– Como é que te atreves a dizer isso? - perguntou Rose muito séria, mas logo começou a sorrir e veio-me abraçar. - Estás em casa, princesa.

– Obrigada , Rose – disse já a chorar.

Olhei para Paul e disse-lhe muito chateada:

– Tu quase estragaste tudo!!!... Mas eu amo-te tanto...

E corri para ele que me abraçou e eu pude, finalmente, sentir aquele calor e aquele perfume que ele emanava e que me acalmava, como se me dissesse “Estás em casa”.

– Eu também te amos tanto, pequena... tanto, mas tanto...

Então ele beijou-me, e acho que não preciso de explicar o que senti, porque mesmo que eu tentasse não iria conseguir explicar realmente como foi, e vocês nunca entenderão até sentirem o mesmo por alguém.

– Hum, hum, nós continuamos aqui! - disse Emmett, a quem eu fui de imediato abraçar.

Abracei um por um, depois de 25 anos de espera por aqueles abraços nenhum de nós os apressou. Merecíamos aquele carinho, aquela felicidade e ninguém, mesmo ninguém, nem mesmo nenhum Deus me poderia voltar a tirar aquela felicidade, porque eu não deixaria.

5 anos depois

POV Crystal

Passaram cinco anos desde aquela batalha e tudo corria plenamente bem. Ou melhor, quase tudo corria bem.

Eu decidi ir para a Universidade de Harvard, para estudar genética e fazer investigação na área da medicina, e pertenço à equipa que encontrou a cura, ou melhor, o meio de reverter o progresso do cancro. Claro que o meu nome não pode constar na descoberta, mas eu não me importo, porque não vim à procura de fama, mas vim para salvar vidas.

O meu pai apoiou-me, embora tenha insistido para que eu seguisse medicina clínica, na altura, mas agora agora já admitiu que eu escolhi bem.

Ele e a minha mãe estavam numas férias na ilha de Esme com a Rose e o Emmett e o meu novo sobrinho. A Rose e o Emmett decidiram adotar uma criança para que pudessem ser pais e tenho de confessar que nunca tinha visto a Rose tão feliz como agora que tem o pequeno Leonardo, nome escolhido por mim, que, como é óbvio, sou a madrinha dele.

A Alice e o Jasper decidiram viajar até ao Brasil, visto Jazz ter alguns fantasmas do passado que tinham de ser resolvidos. E a Bella e o Edward foram com eles para aproveitar o sol. Antes que pensem que eles são doidos e que alguém pode perceber que eles são vampiros, tenho de vos contar que eu e o Carlisle desenvolvemos um produto que impede a nossa pele de brilhar ao sol. Bem, a nossa é como quem diz, porque a minha nunca brilhou, ahahahah.

Mathew, decidiu ir viver para La Push com o avô paterno, o velho Billy Black, que ainda está aí para as curvas. Ele teve o imprinting pela filha mais nova de Sam e de Emily, a Joanne.

O Jake e a Nessie estão a conhecer África num safari e decidiram ir viver para Portland, onde estão perto o suficiente de La Push, mas longe o suficiente e numa cidade grande o suficiente para ninguém os reconhecer e perceber que eles não envelhecem.

O Paul decidiu que queria aturar-me para o resto da sua vida e por isso veio viver comigo para Boston e dá aulas num ginásio, o que eu admito incomodar-me um pouco. Quer dizer, ele é muito fiel e tudo isso, mas só de pensar em todas aquelas taradas a olharem, ou melhor, a devorarem-no com os olhos, apetece-me ir até lá e arrancar-lhes esses olhinhos, mas, como se diz na terra da autora, “o que é bom é para se ver”, e elas que se contentem com isso, porque enquanto elas o devoram com os olhos eu devoro-o de maneiras bem mais divertidas... ahahahah.

E, no meio de toda esta felicidade vocês perguntam o que estava errado. Bem, eu passo a explicar, tenho andado muito estranha ultimamente e tenho um inchaço na barriga, até tenho evitado o Paul para que ele não repare, porque ele iria perder a cabeça, e iria ficar extremamente preocupado. Por isso, decidi que iria ligar a Carlisle para que ele me pudesse ajudar a perceber o que se estava a passar comigo.

E ali estava eu sentada no meio da cozinha com o telemóvel na mão.

– Ligar a Carlisle – ordenei ao telemóvel.

O telemóvel esteve a chamar por alguns segundos e então ele atendeu.

– Olá, querida. Tudo bem?

E só quando ele me fez aquela pergunta é que eu percebi o quanto estava assustada e a minha voz falhou ao responder:

– Não s-sei...

– O que se passa? - perguntou ele assustado do outro lado – Filha diz o que se passa, queres que vá para aí? Olha que eu vou imediatamente apanhar o primeiro avião.

Então respondi já a chorar baixinho:

– Quero...

– Dentro de algumas horas eu estarei aí. Vai ficar tudo bem, prometo filha.

E, desligou.

Sabia que ele viria por isso fui para a cama ver se dormia um pouco até ele chegar.

Eram 2 horas da tarde e hoje não iria trabalhar mais. Deitei-me na cama e comecei a pensar. Eu não era a mesma pessoa que fui, não era a Crystal, não por completo, era a Eva em parte. Era o fruto de duas vidas demasiado curtas, enquanto humana. E, ali estava eu, disposta a acreditar em finais felizes, se conseguisse resolver isto, mas descrente em tal coisa. Um paradoxo, diriam, mas a verdade é que por muito que eu quisesse eu não conseguia acreditar. Porquê? Afinal tive duas hipóteses para poder ser feliz e consegui agarrar uma. Mas para que isso acontecesse morreram pessoas, e eu sentia essa hipótese constantemente a escorregar-me das mãos, como naquele exato momento...

Devo ter adormecido no meio dos meus pensamentos, porque quando dei por ela Carlisle estava ao meu lado com Esme e eram 8 horas da noite.

– Então, filha? O que se passa, minha querida? - perguntou Carlisle cauteloso.

Faltava uma hora para Paul chegar do trabalho e eu precisava de saber o que se passava antes de ele chegar.

– Pai, eu tenho-me sentido estranha e apareceu um alto na minha barriga...

Então ele sorriu e Esme sorriu também.

– É um milagre, mas aconteceu. Não ouves? Os batimentos do seu coração, Crystal? Filha estás grávida de, eu diria, 3 meses. - ele disse devagar para me deixar absorver a notícia – E, o mais incrível ainda, é uma gravidez normal e quase que apostaria que o bebé também.

Então eu comecei a chorar.

– O quê? - ouvi a voz de Paul.

Ele tinha chegado mais cedo... Ele veio até mim e aninhou-me no seu peito.

– Vamos ter o nosso bebé... - ele sussurrou – vou ser pai... - ele começou a chorar, o que eu supus ser de alegria.

Íamos ter um filho ou uma filha... Era um menino, tinha a certeza... Talvez os finais felizes existissem mesmo...

– Vai se chamar Afonso.

FIM


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Notas finais do capítulo

O que acharam????
Eu gostaria de deixar umas palavrinhas a quem me acompanhou nesta aventura.
Eu quero, antes de mais, dizer que eu não entendia os finais felizes, afinal a vida ao é assim tão cor de rosa. Mas a verdade é que eu liguei-me de tal modo a esta personagem, Crystal, que depois de tudo tive de lhe dar um final feliz. Talvez por me identificar com ela e ter uma infíma esperança de que possa encontrar o meu final feliz.
Deixando isto de parte, eu queria agradecer a todos os que leram, quer tenham comentado quer não, e aos que possivelmente irão ler. Quero agradecer em especial a algumas pessoas: FR que constantemente me deixou comentários, Aluada di Angelo por estar comigo desde o inicio, à Lorena por nunca me deixar desisitir da minha fic e por me fazer ter muita vontade de escrever msmo quando eu não tinha inspiração, à minha prima linda, Cátia, por me apoiar sempre, à Yasmy Santana, à joycegracindo e ao amando, e à Nat Sonhadora por aquela recomendação maravilhosa na 1ª temporada e por cada um dos reviews. OBRIGADA PESSOAL!!!
Esta foi uma experiência inexquecivel que vou levar para a vida, os amigos que eu fiz, e tudo mais, esta será sempre uma das minhas casas, onde voltarei sempre que precisar. Por agora vou me afastar para me poder dedicar a 100% ao meu futuro.
Um grande BEIJO e uma promessa de que nunca vos vou esquecer.



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