Elena

- Você só pode estar blefando Caroline! – revirei os olhos.

- Eu não blefo!  - ela rebateu. – Tá bom... Eu blefei quando disse em não blefar... Mas enfim, ele gosta de você!

- Como pode ter tanta certeza? – perguntei.

- Eu apenas sei! – ela sorriu de lado.

Revirei os olhos e balancei a cabeça.

- Argh! Você e suas idéias malucas... – disse fazendo a mesma ficar emburrada. – Olha esquece isso, por que agora eu tenho que ir...

- Mas já? Pensei que você iria para a minha casa agora... – ela disse fazendo bico.

- Eu vou dar umas voltinhas por ai... – disse vagamente. – Ai depois você passa lá em casa...

- Elena! – ela me olhou séria. – Você não vai usar né?

- Eu? Claro que não! – disse nervosa.

- Elena! – ela me repreendeu. – Eu já disse que você tem que parar com isso, isso só vai te prejudicar amiga!

- Não se preocupe amiga, eu já parei... – menti. – Prometo que só vou andar para espairecer mesmo... Okey?

- Tá! Eu confio em você. – ela sorriu. – Não me decepcione!

- Eu não irei... Fique tranqüila! – sorri amarelo.

Sai rapidamente dali, antes que Caroline percebesse que eu estava mentindo. Mesmo que eu tivesse prometido eu iria “fumar” por que eu precisava naquele momento. Peguei minha moto e segui para o local mais do que conhecido.

...

Damon

Depois do acontecido se quer olhei pra ela. Só de pensar daqueles dois juntos me dava ânsia de vomito. Argh! Eles eram melosos demais... Vez ou outra eu encarava aquele idiota e a minha vontade era de esganá-lo. O que ele tem que eu não tenho? Argh! Assim que as aulas acabaram segui para a minha casa rapidamente. Estacionei minha moto em frente de casa de qualquer jeito e reparei que um grande caminhão estava na frente de minha casa. O que estava acontecendo ali? Desci da moto rapidamente e entrei em casa e me assustando com o que vi.

- Mãe?! – a chamei olhando aquela bagunça. Parecia que havia tido um terremoto dentro de casa.

- Oi querido! – ela apareceu com algumas caixas em mãos.

- Por que tem um caminhão lá fora? E por que a casa está essa bagunça? E que caixas são essas? – perguntei afobado e curioso.

- Calma amor! Uma pergunta de cada vez... – ela sorriu. – Vamos nos mudar...

- O QUÊ?!- gritei. – Como assim? Só agora que a senhora avisa?!

- Não grite Damon! – ela disse. – Vamos nos mudar para a casa do meu noivo!

- MUDAR? PRA CASA DELE? NOIVO? – ralhei.

- Sim querido, vamos nos mudar hoje mesmo... E ele me pediu em casamento ontem e resolvemos morar juntos! – ela sorriu doce como se nada tivesse acontecido.

- Mas mãe precisava ser tão rápido assim? – indaguei. – Não é melhor ir com calma?

- Não dá mais bebê... Eu o amo e até já vendi a casa. – ela disse sorridente.

- What? A senhora o quê? – ralhei novamente.

- Você está me deixando nervosa com esses gritos menino. – ela disse irritada.

- Desculpa mãe... Mas é que... É estranho eu ter que ir para a casa de um desconhecido de mala e cuia. – disse histérico.

- Calma! Vai dá tudo certo... – ela sorriu doce e me abraçou. – Mas quem disse que você não o conhece?!

- O que a senhora quer dizer com isso? – perguntei assustado.

- Quero dizer que você já conhece o seu novo papai! – ela sorriu de lado.

- E quem seria ele? – perguntei temendo a resposta.

...

Jeremy

Cheguei em casa e a mesma estava toda revirada, papeis, quadros, moveis, absolutamente tudo jogado pelo chão. Eu só tinha uma certeza, eu e que não iria arrumar aquela bagunça.

- Pai?! – o chamei. Certamente ele já teria chegado em casa.

- Oi filho! – ele disse sorridente.

- Por que a casa está de pernas para o ar? – perguntei curioso.

- Bem... É que... É que a partir de hoje nossa família aumentará! – ele disse nervoso.

- Como assim? Não entendi... Explica! – pedi.

- Quero dizer que a minha noiva, sua nova mãe virá morar conosco. – ele disse calmamente me fazendo parar de respirar por alguns segundos. – Jeremy? Você está bem? Você está meio esverdeado!

- What? – indaguei. – Como assim uma mulher virar morar aqui? E por que eu só estou sabendo disso agora? E que história é essa dela ser sua noiva?

- Calma filho... Ela virá morar aqui por que nos amamos e queremos morar juntos a partir de hoje... Eu a pedi em casamento ontem filho, por isso você só ficou sabendo agora...

 - Wow, eu não quero nem imaginar a cara da Elena quando ela souber disso. – disse me jogando no sofá e caindo em cima de um parafuso. – Au!

- Cuidado! A casa está toda bagunçada e há várias coisas fora do lugar! – ele alertou. – Bem, quanto a Elena eu resolvo depois... Mas o problema não é esse...

- E qual é então? – perguntei interessado.

- É que ela tem um filho! – ele disse seriamente me fazendo pular do sofá.

- Mas pai aqui em casa só tem dois quarto... Onde é que o fulano vai dormir? – perguntei arqueando a sobrancelha. - Pera ai... O senhor disse filho?

- Exatamente! – ele assentiu me fazendo soltar fogo pelas ventas.

- Como assim um marmanjo vai morar com a gente?! Quantos anos ele tem? E se ele agarrar a minha irmã? Ou pior estuprá-la? – ralhei.

- Quê isso Jeremy! Pare de pensar besteira! – Alaric me olhou feio. – Ele tem 18, mas não seria capaz...

- O senhor o conhece? – perguntei um pouco mais calmo. A idéia de um marmanjo morar debaixo do mesmo teto da minha irmãzinha não me agradava em nada.

- Conheço... O conheço muito bem! – ele disse vagamente. – E você também o conhece...

- Conheço? – disse confuso. - Me diga quem é!

- Damon Salvatore! – ele sorriu de lado.

- Nãooooooooooooooo! – ralhei nervoso. – Isso é sério?

- Seriíssimo! – meu pai confirmou.

Droga! Isso não vai prestar... Tinha que ser logo ele?!

Elena

Eu estava um tanto chapada, mas por sorte o efeito da droga já estava passando. Eu não era uma viciada e nem me entupia de drogas, e por incrível que pareça eu não era dependente. Esperei um pouco mais para que o efeito da droga passasse rapidamente e assim que passou segui de volta para a minha casa, tendo certeza que meu pai me daria uma bronca por chegar tarde.

...

Logo que entrei na rua de casa avistei de longe um grande caminhão, e que a meu ver se parecia um caminhão de mudança. Quem seria nossos novos vizinhos? Só espero que não seja nenhum idiota. Quanto mais eu me aproximava, mas eu via claramente o que de fato acontecia e quando parei em frente de casa não acreditei no que vi. O caminhão de mudança estava em frente de casa. Desci da minha moto rapidamente e entrei em casa vendo aquela bagunça. Olhei tudo em volta assustada vendo a enorme bagunça e que havia ali.

 - Pai o quê está acontecendo aq... – parei de falar ao ver quatro pares de olhos me encarando e certo olhar zombeteiro que eu reconheceria até no escuro. – O que você está fazendo aqui?

- Olá, maninha! – Damon diz irônico.

- O quê? Maninha... Mas o quê? O que tá acontecendo aqui? – perguntei assustada, temendo pela resposta.

- É com você pai! – Jeremy disse o encarando.

- Certo... Tenho uma coisa para te falar minha filha! – ele me chamou e segui para perto dele. – Então filha, Jenna e eu agora somos noivos e nós amamos e decidimos que o melhor era ela vir morar aqui conosco.

- O quê? O senhor está noivo e só agora me diz? – reclamei sentindo olhares sobre mim.

- Entenda minha filha, eu a pedi em casamento ontem a noite, então não faz muito tempo. – ele se explicou. Suspirei cansada e o encarei.

- Tudo bem pai... O senhor a ama e ela com certeza deve o amar também e tal, eu irei respeitar isso, mas o que quero saber é o que Damon está fazendo aqui?! – perguntei curiosa.

- Bem, Damon é o filho de Jenna e agora eles iram morar conosco. – ele disse calmamente como se a qualquer instante eu poderia dar um chilique.

- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEÊ? – gritei assustada fazendo com que todos ali da sala me olhassem. Fingi desmaiar e cai no colo de meu pai e assim que ele me pegou o encarei. – Como assim pai? Justo ele? Justo o Damon?

- Eu não queria vir Leninha, mas fui obrigado já que a minha mãe vendeu nossa casa. – Damon disse sorrindo irônico.

- Mas pai... Aonde é que ele vai dormir? – perguntei o encarando.

- Bem... Teremos que fazer mudanças. Irei reformar parte da casa e enquanto isso, Damon, irá ficar no seu quarto. – ele disse me encarando e em seguida olhou para Damon que sorriu largamente parecendo gostar da idéia.

– Pai! - exclamei indignada.

– Não temos mais o que fazer, não tem outro quarto e eu o conheço muito bem, apesar dele ser bastante rebelde é um bom garoto. – meu pai disse confiante.

– Não podemos, sei lá, deixar ele na casinha do cachorro até você reformar? – disse séria fazendo Jenna e Jeremy rirem.

– Não Elena, nem temos casinha de cachorro. Alias... Nós nem temos um cachorro. – meu pai sorriu de lado.

- É só comprar uma casinha pra ele papai.

- Hey! Por acaso você está me chamando de cachorro? – ele disse indignado.

- Encare como quiser... – dei língua pra ele.

– Elena não fale assim do Damon, ele é seu irmão agora – papai disse reprimindo uma pequena risada.

- Argh! Fazer o quê né... – revirei os olhos.

- É um prazer conhecer você Elena... – a mãe de Damon disse sorridente. Ela me parecia ser uma boa pessoa.

- É um prazer também Jenna! – sorri. – Só não me agrada ter essa criatura rabugenta como meu irmão.

- Elena querida, eu sei como se sente! – Jenna riu fazendo Damon a encarar.

- Mãe! – ele a repreendeu.

- O quê? – ela se fez de desentendida. – Você é chato mesmo meu filho e isso eu tenho que concordar com a Elena...

- Aff! – ele bufou fazendo todos nós rimos.

- Bem agora que já nós entendemos que tal vocês três ajudarem na mudança? – papai disse sorridente.

- Estou fora! – Jeremy foi o primeiro a se pronunciar.

- Não conte comigo! – Damon disse se saindo.

Todos olharam pra mim me fazendo cruzar os braços emburrada.

- Nem olhem pra mim... Sou delicada e indefesa! – disse sorrindo de lado.

- Que isso meus jovens? Três adolescentes cheios de hormônios e saúde não querem ajudar esse velho fraco e doente aqui? – papai disse curvando a coluna nos fazendo rir. – Isso não foi um pedido... Foi uma ordem! Andem vão me ajudar sim e não se fala mais nisso! Andem! Andem!

- Argh! Estamos indo... – dissemos em coro.

...

Já era de noite quando terminamos de guardar e arrumar todas as coisas. Estávamos todos quebrados e largados no grande sofá da sala. Eu me sentia como se tivesse sido esmagada por um caminhão e moída em seguida.

- Estou com fome! – Jeremy reclamou fazendo todos nos o encararmos.

- Eu também! – Damon disse em seguida.

- Que tal pedirmos algo? – papai propôs.

- É uma ótima idéia querido! – Jenna disse doce o beijando.

- Argh! – dissemos em coro ao ver os dois se beijando.

- Será que dá pra vocês fazerem isso no quarto? – Jeremy disse risonho.

- Desculpa! – Jenna disse corada.

Eles pareciam felizes juntos. Nunca vi meu pai tão feliz assim. Nem mesmo quando minha mãe era viva. É, tenho que admitir que Jenna faz bem para meu pai e isso me deixa feliz apesar de tudo.

- Então... – meu pai disse desconcertado. – O que vocês querem? Pizza ou hambúrguer?

- Pizza! – eu e Jenna dissemos juntas.

- Hambúrguer. – Damon e Jeremy disseram em coro.

- Hmm... Pelo visto terei que escolher... – papai disse pensativo. – Vou com vocês meninas, escolho Pizza!

- Isso é injusto! – Jeremy reclamou.

- Isso é injusto! – Damon resmungou. – Por que tem que ser o que elas querem?

- Aqui em casa quem manda são as mulheres... – papai sorriu de lado. – Se elas querem pizza será pizza!

Eu e Jenna sorrimos superiores e batemos as mãos encarando os meninos que nos olhavam emburrados.

Continua...