O jantar não foi bem do jeito que Lucy esperava, e a família de Natsu também não era, Igneel não parava de falar besteiras o que fazia com que Grandine batesse e o xingasse, Wendy já estava um pouco feliz e queria contar tudo que aconteceu com ela desde que ela nasceu pra Lucy, ficava toda hora "Lucy, ano passado" ou "Lucy quando eu tinha 6 anos"

Lucy quase não dizia nada, só respondia as perguntas que faziam a ela. Jude parecia satisfeito, sorria toda a hora e ria de qualquer coisa que falavam.

– Quando o Natsu tinha 9 anos ele se vestiu de menina em uma apresentação da escola, era um teatro, colocaram ele pois era o mais parecido com a principal da peça. Tenho tudo filmado, ele estava tão fofinho, orgulho da mamãe!- disse Grandine indo pegar a fita que continha o essa tal peça de teatro.

– Mãe, Pelo amor de Deus não faz isso comigo!- disse Natsu correndo atras de Grandine, tentando convence-lá de não mostrar isso pra mais ninguém.

Lucy ria da situação mas continuou quieta, estava ansiosa para ver Natsu vestido de garotinha, imaginava como ele ficaria vestido de mulher agora, e ria mentalmente.

– Lucy, agora que meu filho não esta aqui, queria te dizer uma coisa- falou Igneel serio- Cuide bem dele, ele é problemático mas é um ótimo garoto, ele já foi bem rebelde há alguns anos, mas ele veio mudando, ele esta tentando mudar, e tudo indica que essas mudanças estão acontecendo por sua causa.

Lucy deu um sorriso de leve, junto com Jude.

– E mais uma coisa, não quero ser avô muito cedo, tomem cuidado, mas se vir, vou ama-lo do mesmo jeito- disse Igneel que fez sinal de positivo para Jude que imitou o gesto.

Lucy colocou as duas mãos no rosto.

"Eu mereço"- pensou ela

– Aii!- gritou Igneel que acabara de levar um soco de Wendy na cabeça.

– A mamãe não esta, mas eu estou de olho em você por ela- disse Wendy

–"Tal mãe tal filha"- pensou Igneel masageando sua cabeça.

[...]

Todos já na sala de televisão, sentados no sofá esperando Grandine colocar a fita no video-cassete.

– Mãe! Eu te imploro, não faz isso comigo. Que tipo de mãe é essa que gosta de ver o filho passando vergonha?- dizia Natsu que não desgrudava da mãe.

– Uma mãe normal- responder terminado de colocar a fita e dando play.

Todos assistiam a fita, Wendy ria mais do que assistia, e ficava fazendo piadas e mais piadas sobre o cabelo sapato e a roupa que o pequeno Natsu usava na peça, até da meia-calça branca que ele usava. Igneel ria tanto que nem conseguia falar, mesmo já tendo assistido essa fita milhares de vezes. Lucy olhava para a tela da televisão querendo rir mais do Igneel e Wendy juntos mas ao mesmo tempo, estava achando um gracinha o Natsu menininha. Jude não ria muito só em algumas cenas ela mexia a boca de leve formando um quase sorriso. Grandine já chorava e ficava dizendo:

– Essa é minha filhinha.... filhinho!- e chorava de felicidade.

A situação de Natsu era a mais critica, ele não olhou para a tela uma vez se quer, se jogou no tapete da sala, e deitado de bruços com as mãos nos ouvidos, falava várias coisas que não se era possível entender.

[...]

– Acabou!- disse Grandine. A crise de riso de Wendy e Igneel já tinha se cessado, e foi quando Natsu levantou do tapete e olhou para todos, seus olhos pararam nos de Lucy que sorriu para ele, e ela respondeu o ato. Foi quando Lucy usou as duas mãos e tampou sua boca.

–"Ela vai rir"- pensou ele.

–"Eu não vou rir"- pensou ela.

Mas logo a loira tirou suas mãos da boca e voltou a ficar seria.

– Ninguém fala mais nada!- disse Natsu

– Já são 9:45- Disse Igneel- Temos assuntos a resolver Jude.

– E Wendy, esta na hora de dormir, não acha?- disse Grandine- Vamos amor- levando ela em direção ao quarto- Agora vocês dois podem ir lá fora tomar um ar, esta um pouco frio entao não demorem muito, eu vou estar no meu quarto acordada.

Todos saíram da sala só restando Natsu e Lucy.

– Agora você pode me mostrar o resto da casa- disse Lucy puxando Natsu pela mão

– Você esta me puxando por acaso sabe para onde esta indo?

– Não

– Então me siga- disse ela, agora puxando-a Os dois foram caminhando até a piscina e sentaram na grama que ficava ao lado, deitaram um ao lado do outro. Lucy se encontrava deitada nos braços de Natsu enquanto ele passava as mãos em seus cabelos macios.

– Olhe as estrelas!- disse Lucy- como estão lindas.

– Só não aponte, dizem que nasce verrugas- Falou Natsu

– Isso é mentira!- falou ela - Não é nada! Quando eu era pequeno meu pai me disse isso, apontei para varias estrelas no mesmo momento, na semana seguinte eu estava cheio de verrugas nos dedos.- falou Natsu- E ai vai tentar agora?

– Melhor não- disse sem graça- mesmo não acreditando nisso.

– Se não acredita pode fazer, mas depois não vem reclamar...

– Acredito! Não vou fazer, sou supersticiosa.

Natsu riu e Lucy começou a espanca-lo

– Para de rir da desgraça alheia!- dando tapas no coitado que não parava de rir da loira.

Natsu foi pra cima da loira e segurou suas mãos, deitado em cima dela foi até sua orelha.

– Você é bem forte sabia?- disse ele

– Sim, pratiquei caratê na Alemanha, durante os dois anos, nos quais fiquei lá- disse ela se gabando um pouco

– Nossa, queria ver essas habilidades- disse um com segundas intençoes.

– E agilidades...- completou a loiro no mesmo tom- Sabe passei um batom que não borra e...

Não aguentou o rosado e teve que chegar na boca da loira e lhe dar um beijo, chegando aos lábios e os chupando devagar o inferior.

– Eu queria mesmo é ver essas suas habilidades- disse colocando um das pernas no meio das nada loiro com o joelho pressionando a intimidade da mesma, que a fez arfar no mesmo momento.

Foi a boca mais uma vez mas dessa vez, colando mais forte os lábios e enfiando a língua, a loira nada fazia, só o seguia, deixava seu corpo livre, indicando que era dele e que ele podia fazer o que bem entendesse, estava tão relaxada. A língua dele se enrolava na dela, e ele ria ao meio dos beijos, como um criança pois ali estavam os dois felizes como nunca estiveram antes.

–Sabe que eu posso fazer qualquer coisa aqui e agora né?- disse o garoto passando uma das mãos pela coxa da loira e subindo sua saia.

– Sim, sei muito bem, e eu também posso- disse a loira já com as mãos no abdômen de Natsu passando os dedos de leve por baixo de sua blusa.

Inesperadamente, um chute da loira no peito do rosado.

– Você é o que? Contorcionista?!- gritou o rosado assustado e se divertindo ao mesmo tempo.

– Disse que tinha agilidade- falou a garota já de pê olhando o menino no chão- Vamos levante-se vamos lutar, vou mostrar minhas habilidades como você pediu- entrando em modo de luta.

– Não eram esses tipos de habilidades que eu queria, mas servem.

Natsu começou a golpear a namorada e ela desviava facilmente, fácil demais. Na hora da loira contra atacar foi amadora de mais, tanto que o rosado segurou seu braço e fez com que caísse no chão.

– Você não fez caratê nê?- perguntou ele rindo da namorada nocauteada no chão.

– Fiz, por uma semana- disse rindo junto com ele- O que eu fiz mesmo vou ginástica olímpica- terminou de falar dando cambalhotas no ar.

– incrível, eu não conseguiria nunca fazer uma coisa dessas, parece até que tem super poderes- disse com os olhos brilhando- Por que não entra para as lideres de torcida, acho que terão testes daqui uns...- parou de falar quando lembrou das roupas que as garotas do grupo usavam e não queria um bando de marmanjos olhando para o corpo da namorada.- pensando bem, melhor entrar para time de ginastica mesmo, suas habilidades serão mais úteis lá e...- as roupas também eram um pouco chamativas.- pensando bem... Não quero ver nenhum macho olhando pra você com aquelas roupas.

– Nossa! É porque eu to muito na desses marmanjos- disse irônica recebendo um olhar negativo do namorado ciumento, e começou a rir- Sabe que só tenho olhos pra você.

– É mas os caras tem olhos pra você.

– Não me importo com eles, e a idéia de entrar pasta a o time ginástica eu gostei, ninguém vai assistir os campeonatos deles mesmo.

– Ta depois falamos disso, quero tentar pelo menos uma vez fazer esse mortal que você fez, faz de novo pra eu ver- disse Natsu planejando algo.

– Tudo bem- Lucy fez, terminado as cambalhotas Natsu correu em direção a ela e a pegou como um saco de batatas e correu até a piscina.

Sexta-feira 10pm

– Não faça isso, por favor!!- Gritava a loira que não parava de se mexer- Não quero me molhar ta um pouco frio

– Tarde de mais loira- os dois caíram na água.

– Só não te mato porque eu te amo, se não você já estaria morto moleque!- fingia estar brava e rindo.

– Sei que gostou gata- disse piscando.

– Amei gato- falou jogando água na cara dele, e ele logo revidou com o dobro de água nela.

Ficaram os dois ali muito tempo, um subindo nas costas do outro, sim, Natsu tentou subir nas costas da loira como na água ficava mais leve, os dois brincaram de tudo. Se beijaram, Natsu até tentou puxar o vestido da loira para baixo deixando a mostra um sutiã preto muito sexy da mesma, que logo arrumou a roupa e ficou escutando provocações do rosado como: "esse comprou pra mim?" ou "gostei desse, na próxima me chama pra te ajudar a escolher." entre outros, mas foram só risadas, pois, alem de namorados, amigos.

– Lucy! Natsu!- era a voz de Igneel

– Lucy!- Voz de Jude.

– Piscina!- gritaram os dois juntos saindo da piscina tremendo de frio.

– Como isso foi acontecer?- perguntou Igneel

– Longa história- disse Natsu.

– É tão longa...Natsu me jogou na piscina, que longa história

– Dedo duro- disse ele fazendo bico e logo abraçando a garota.

– Ok casal, vão se secar e vestir outras roupas- disse Igneel.

– Vou emprestar algo pra Lucy, as roupas da Wendy com certeza não servem e as da mamãe vão ficar apertadas sabe- disse Natsu fazendo seios imaginários nele mesmo, e vendo seu velho rir junto e Lucy bater em seu ombro.

– Ok - Lucy vou estar te esperando para irmos embora- disse Jude indo em direção a sala de estar juntamente com Igneel.

Os dois seguiram ao quarto de Natsu que até agora a loira nao tinha entrando, entrou somente no da pequena Wendy, nem tinha pensado em entrar no do namorado. O quarto dele era um pouco inesperado, era bem arrumado para um quarto de garoto, Lucy pensou que talvez seu quarto era mais desarrumado que o dele. Tinha uma cama enorme ao centro assim como o da irmã, só que não repleto de boneca, claro, um estante de livros e alguns mangás, e alguns bonecos de ação na estante. Ele foi em direção ao closed pegou somente uma camisa para a loira e para ele qualquer camisa e bermuda que tinha ali.

A loira foi em direção a uma porta do closed.

– Por que não aqui?- perguntou ele

– Quer aqui então tá- disse ela começando a tirar o vestido

– Sério?

– Não- fechou a porta do closed.

Saiu do closed vestida na camisa de Natsu com seu vestido nas mãos, a camisa ficou grande como um vestido, o rosado também estava já trocado quando ela saiu. Foram em direção a sala onde os pais aguardavam.

Essa noite foi inesquecível, assim como a harmonia entre as duas famílias.