Quatro Estações escrita por AnaNataly


Capítulo 1
Capítulo 1 - A despedida


Notas iniciais do capítulo

Pessoal essa é a primeira história que eu escrevo, logo ela, não tá muito boa. Realmente espero um feedback para que aos poucos possa ir melhorando.



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O celular desperta e mesmo a contra gosto me esforço pra levantar, hoje será um longo dia, eu diria um dia difícil. E prefiro aproveitar pra fazer tudo que é preciso antes que a casa acorde. Olho pro meu quarto já sentindo saudade de tudo que eu vivi ali, de todas as lembranças, mas preciso me lembrar de que tudo fora minha escolha. Me levanto e caminho até a porta parando diante dela e observando todas as mensagens deixados pelos meu amigos nos últimos 24 anos, viro um pouco e me deparo com meu mural de fotos e relembro de cada situação retratada ali. E por um segundo temo ter me precipitado, temo ter sido leviana, imprudente na minha decisão, mas aí me lembro da minha urgente necessidade de viver, de me conhecer. E acima de tudo me lembro que preciso descobrir a causa desse vazio que existe em mim.

            Não posso dizer que não fui feliz ou que não sou feliz, mas estou longe de poder dizer que sou plenamente feliz. Sempre havia uma sensação de vazio. Sempre uma sensação de que ainda existe muito mais pra viver, muito mais pra conhecer, de que tudo ao meu redor estava incompleto. E simplesmente como um cair de uma folha um belo dia acordei disposta a mudar tudo, a correr atrás da peça que falta, mesmo não sabendo que peça é ou onde ela está. Acordei decidida a mudar minha rotina a me reinventar, a correr riscos. Acordei decidida a por um ponto final no teatro de garota feliz e realizada e não parecer feliz mas ser feliz. E essa decisão me levou ao dia de hoje, a esse momento. Daqui a poucas horas estarei embarcando não para a lua de mel como todos imaginavam, mas rumo ao desconhecido. Uma cidade nova, sem amigos, sem conhecidos.

            O quê a minha família pensa disso? Ah todos acham  que estou louca. Minha mãe já tentou de tudo pra me dissuadir dessa decisão. Meu pai praticamente me implorou que usasse do bom senso, que não existe cabimento essa minha atitude. Como pode uma moça com casamento marcado com um bom homem, recém formada com uma vaga de trabalho garantida no mais disputado hospital da cidade jogar tudo pro alto. Como pode sua menininha sempre tão responsável, a mais dedicada dos seus filhos se revoltar dessa maneira. Dos meus irmãos só a Amora me entende e apoia.

- Mari - Reconheço a voz de Quim e antes que eu possa virar sinto seus braços ao meu redor. Faz tempo que não recebo um abraço tão carinhoso do meu irmão.

- Quim - falo baixinho

- Preparada? ele me pergunta carinhosamente.

- Para o quê? Viajar pra uma cidade nova onde eu não conheço ninguém e contra a vontade de praticamente toda minha família? Claro que não.

- Eu sei que eu não te apoiei muito nessa decisão. E ainda acho que você está fazendo uma grande besteira, mas andei pensando na nossa última conversa. Em tudo que você me disse e a maneira como você falou que se sentia. E Acho que começo a te entender, apesar de não concordar com você. E queria muito que você viajasse sabendo que eu estou do teu lado pro que você precisar. Pode contar comigo bem te vi. - Ele diz isso me abraçando mais forte como que para ratificar o que acabara de dizer.

            Meus olhos se enchem de lágrimas e pouca coisa consigo dizer. Apenas o abracei com mais força e sussurrei um obrigada. E como sempre mesmo sem palavras ele sabia tudo que eu precisava que ele soubesse. O Quim sempre foi meu braço direito e esquerdo, meu confidente, meu amigo e meu grande irmão mais velho. Era uma das poucas pessoas que sabiam praticamente todos os meus segredos. Com um altura de 1.90m, cabelos pretos rebeldes e olhos verdes, além de um taque que faria qualquer senhora querer lavar roupas, sempre foi também o preferido das minhas amigas. Era o melhor amigo de Erick, meu ex, e talvez isso explique toda sua revolta quando soube que eu havia desistido do casamento.

No silêncio que se seguiu ele me ajudou a terminar de organizar minha mala, ajeitar as últimas coisas que faltavam e levar toda mudança para o carro. Por último passou a mão pelos meus ombros e com leve aperto caminhou comigo em direção a cozinha para provavelmente o momento mais difícil do meu dia, me despedir da minha família.   


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Notas finais do capítulo

E aí o quê acharam??



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