O Mistério De Catherine Robersten escrita por Aline Yamashita


Capítulo 11
Caramba... | Garota insuportável! | Oh-oh...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, espero que gostem :)
Boa leituraa



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A maioria se jogou ou se agarrou à pessoa mais próxima. Eu virei o rosto e logo senti braços quentes me abraçando. Não sei quem era. Não consegui reconhecer de primeira.

 Logo depois da explosão, um rugido soou por toda a casa. Foi um rugido alto e quase me deixou surda. Cobri meus ouvidos com as mãos e os braços que me envolviam me seguraram com mais força.

Levantei a cabeça e os braços afrouxaram em minha volta. Olhei primeiro para quem me abraçava. Peter. Seu rosto estava sujo e com um corte acima do olho esquerdo. Acho que não conseguiu proteger seu rosto na hora da explosão. Depois olhei para a cozinha. Ou pelo menos para o que restou dela.

Juro que quando olhei, tive vontade de nunca tê-lo feito. Tive vontade de me esconder novamente nos braços de Peter e nunca mais sair. Tive vontade de nunca ter nascido. Não se soubesse que um dia teria que ver isso. Acho que meu irmão tinha os mesmos pensamentos que eu.

- Mãe, abre as pernas que eu to voltando... – ele disse paralisado.

Bem, vou tentar descrever o que vi, mas lembre-se: o que vi, foi mil vezes pior do que vou descrever.

Parecia um trasgo, como o que se lê em Harry Potter, só que... bom, ele tinha 15 metros e era feio pra caramba. Ele era gordo e sua pele tinha um tom estranho. Verde musgo, acho. Ele tinha um nariz enorme e achatado, seus olhos eram pequenos como contas e seus dentes eras podres e corroídos. Uma coisa gosmenta saía de uma de suas narinas, o que quase me fez vomitar. Ele exalava um odor terrível. Seus braços curtos e grossos possuíam vários cortes e cicatrizes. Assim como seu rosto. Com seus dedos de unhas podres e grandes, ele segurava um bastão de madeira enorme e com pregos na ponta.

Ele rugiu novamente e um cheiro horrível tomou conta da sala. Minha mãe e Victor se levantaram e ficaram de frente para o enorme bicho.

- O que é isso?! – gritei desesperada.

- é um Gigante das Montanhas. – Peter respondeu rapidamente. O encarei com dúvida. Como ele pode saber? Ele percebeu o meu olhar e logo se explicou. – li sobre eles uma vez.

Não acreditei muito em sua resposta. Algo estava errado.

claro que algo esta errado, Juliana. TEM UM GIGANTE FEDIDO NA SUA COZINHA”

- O que vamos fazer agora? –Clarisse gritou se agarrando a Lia.

- Não façam nenhum movimento brusco – Victor aconselhou – Gigantes tem uma visão não muito boa, por isso, qualquer movimento errado, ele ataca.

-Como você sabe de tudo isso? – John perguntou sem tirar os olhos do monstro, mas minha mãe não deixou Victor responder.

- Filha, Sabe aquela caixa que guardo debaixo da cama? – Minha mãe gritou pra mim. Olhei pra ela sem entender.

- S-Sei.

- Pegue-a.

- Mas mãe... – tentei, mas ela me interrompeu.

- Pegue-a! E leve alguém com você!

- Eu vou. – Peter falou alto. Seu braço direito me abraçava de lado.

- Não! – Victor gritou. – Você não!

- Ah, não fique com ciúmes agora. – Revirei os olhos e peguei na mão de Peter. – Vamos!

- Não! – Victor gritou novamente e lançou um raio contra Peter. O mesmo que jogou conta o Vulto, na lanchonete.

- Peter! – gritei, vendo-o voar e bater na parede. – Qual seu problema? – Me virei para Victor.

- Você não vê? –Victor olhou pra mim e depois para Peter. – Ele é um...

- Vá! – minha mãe gritou novamente. – e vá rápido, pois ele nos percebeu.

O Gigante ia na direção de Victor. Tentou pisar nele, mas ele se esquivou e correu para a porta.

Lancei um último olhar para Peter que estava desacordado num canto, e corri para as escadas. Entrei no quarto da minha mãe e me abaixei para pegar a caixa, mas ela não estava lá. Xinguei baixo. Ouvi mais um rugido do Gigante e me desesperei.

“Tenho que encontrar essa caixa!” me levantei e quase morri do coração.

Uma menina, linda, estava sentada em cima da cama de minha mãe comendo uma maçã.

- Precisa de ajuda? – Ela perguntou calmamente de boca cheia.

Seus cabelos eram extremamente escuros e ela era pálida. Seus olhos eram num tom esverdeado, e seus cílios eram extremamente grandes. Ela finalmente olhou pra mim e eu percebi um estranho divertimento em seus olhos, como se ela dissesse: “Hey, olhe pra mim! Você ai toda desesperada e eu aqui comendo uma maçã. HÁ HÁ HÁ”

Ela também era extremamente familiar.

- O que você acha?! – rebati. Desculpe, mas não estou com paciência para bobeiras.

- Calma, nervosinha. – Ela soltou a maçã e ela pairou no ar, acima de sua mão. Então ela fechou a mão e maçã desapareceu, deixando apenas seu aroma e uma fumaça rosa. – O que você quer?

- Eu quero achar uma maldita caixa, que era pra estar debaixo dessa maldita cama e essa maldita caixa pode salvar nossas malditas vidas de um maldito gigante que explodiu a maldita cozinha dessa maldita casa e...

- Da pra você calar essa maldita boca? – Ela me interromper e revirou os olhos. Maldita. – Eu sei o que está acontecendo...

- Então por que pergunta?! – foi minha vez de interrompê-la.

- Eu não perguntei o que estava acontecendo, idiota! Eu perguntei o que você queria!

- EU QUERO UMA CAIXA QUE ERA PRA ESTAR DEBAIXO DESSA CAMA! – falei bem devagar, porém, gritando.

- Olha, a primeira frase com mais de quatro palavras que você fala sem a palavra “maldita” entre elas. – ela andou até o outro lado do quarto – Bela evolução.

Já estava cansando daquela garota estúpida e de seu joguinho. Ouvi gritos vindos do andar de baixo e a casa estremeceu.

- SERÁ QUE VOCÊ PODE ME DR ESSA PORCARIA DE CAIXA LOGO?! – Perdi a paciência. – EU NÃO AGUENTO MAIS TUDO ISSO! MEUS AMIGOS ESTÃO LA EMBAIXO, CORRENDO PERIGO E EU... Eu não aguento mais. – Lagrimas vieram, muitas delas.

- Ah... – Ela pareceu desconfortável – olhe, vai... vai ficar tudo bem. – o jeito como ela falou pareceu realmente familiar. – Tudo vai dar certo, eu estou aqui para te ajudar.

- Você sabe onde está a caixa? – perguntei novamente, mais calma agora.

- Não, mas te ajudo a procurar.

Vasculhamos todo o quarto. Abri gavetas, joguei-as no chão, procurei em todos os armários. Nada. Onde ela está?

Pensei, onde minha mãe poderia tê-la guardado? Espere. Embaixo da cama... Claro, quando ela quis dizer embaixo da cama, era bem embaixo mesmo.

Corri para a cama.

- Me ajude a empurrar! – gritei e a garota me ajudou.

Me agachei e tateei o piso de madeira. Tinha que ter!

- O que está procurando?! – ela estava parada ao meu lado, me olhando confusa.

Não tinha tempo pra responder, tínhamos que ser rápidas. Já passei muito tempo aqui em cima. Eles podem estar...

- Achei! – gritei, e meus dedos puxaram a alça que se encontrava escondida debaixo de um piso frouxo.

E então vi. A caixa, rodeada por teias. Peguei e corri, sem mais explicações. Quando cheguei lá embaixo, quis chorar. Chorar até morrer. John estava muito machucado, sangrando em várias regiões. Lia, e as outras meninas estavam machucadas também. Victor...  Não conseguia o ver, não consegui ver onde ele estava. Minha mãe estava parada, olhando para o monstro, e murmurando algo que não entendi. Peter estava acordando. Minha casa estava destruída.

- Mãe! – cheguei ao pé da escada. – A caixa!

Ela não olhou pra mim, apenas tirou um anel do dedo e o jogou em minha direção. O peguei no ar. Era um anel de prata com uma pedra grande e azul no meio. Ao lado dessa, várias outras pequeninas que acredito ser diamantes. A pedra grande e delicada começou a brilhar, um brilho casa vez mais forte, então como um imã ela grudou na caixa, e foi ai que entendi. O anel é a chave.

Como ele havia se colocado exatamente na fechadura, eu apenas girei e a caixa se abriu. Bom, eu só vi até ai, porque eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

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