I will find you escrita por Kin


Capítulo 15
Seu coração bate mais forte?


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo novamente ao Trubluu por ler e comentar em todo capítulo que sai. ;D



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Saindo da minha linha de pensamentos um tempo depois, ouvi a voz de Otonashi me chamar, ele parecia estar mais sério que o normal depois de observar Irie debruçada na beira da cama da Iwasawa. Ela estava chorando e isso me fez querer chorar também, mas antes que as lágrimas resolvesse descer eu tive que responder o nosso amigo.

— O que houve Otonashi-kun?

— Eu preciso que você veja o resultado dos exames que acabaram de sair. São extremamente importantes... – Ele foi me mostrando às folhas com resultados não só dos exames no cérebro, como do sistema nervoso também. Comparando com os antigos eu percebi que os quadros não haviam mudado, no entanto o dos batimentos cardíacos que me intrigavam.

— Parece que não mudou muita coisa, não é? – Eu sussurrei baixo e ele abriu um sorriso, pensativo.

— Não, mas a gente pode dizer que ela teve os batimentos cardíacos mais acelerados no período dessa noite. Você estava aqui não é? Ela se mexeu ou algo assim?

— Isso eu não lembro... Se ela tivesse se mexido eu lembraria, mas isso é bom?

—Em relação ao quadro de mudanças sim. Até por conta do psicológico dela que estou tentando entender. Você lembra que eu disse que a Afasia e o coma podem ter se dado por conta da questão psicológica dela ao invés da doença física?

— Entendi, mas o que isso quer dizer?

— Você imagina o que pode ter causado o aceleramento dos batimentos dela? – Ao ouvir aquela pergunta eu corei como nunca na minha vida. Eu só tinha uma única resposta para isso, mas seria embaraçoso demais para dizer em voz alta. Pelo menos pra mim que já não sou tão boa de lidar com sentimentos, eu sempre os reprimi e a única pessoa a quem os confiei foram a Iwasawa. E ainda me deixa mais sem graça pensar que tenho que contar isso para o garoto que me fez sentir ciúmes dela naquele dia, pela mesma causa: contar para ele o que acontecia na vida pessoal.

— Bom... E-Eu não sei... – Ele suspirou exasperado e passou a mão pelo rosto.

— Algo me diz que você sabe Hisako-san. Não precisa ter medo de contar para mim, isso é para o bem dela. Assim podemos achar um jeito ou até uma cura para a Afasia dela. Não precisa se reprimir por causa do seu medo. – Pelo outro lado ele tinha razão. Se a minha hipótese estiver certa, eu podia ajudá-la a se recuperar, certo?

— Hai hai... Eu só sei que pelo que eu pensei, o nível de batimentos cardíacos aumentou quando eu cheguei aqui. – Ele coçou o queixo e abriu sorriso.

— Você era a pessoa mais próxima dela da banda, não é? – Eu afirmei com a cabeça. – Ela deve ter sentido a sua presença... E te reconhecido inconscientemente. – Eu corei mais ainda e ele riu um pouco, bem baixo.

— E o que você vai fazer com essa informação? – Ele colocou a prancheta debaixo do braço ao ouvir a minha pergunta.

— Vamos fazer testes pra ver se isso é mesmo verdade e nossa hipótese pode ser uma grande possibilidade para criar uma terapia específica para a Iwasawa-san. – Dessa vez eu abri um sorriso animado e fomos para a sala do médico responsável pela saúde da Iwasawa.

— Nós tiramos algumas conclusões e eu desenvolvi algum as ideias para entender o psicológico da paciente e dar um início a uma terapia. – O médico se levantou e nos olhou seriamente.

— Você é só um jovem estagiário. Explique esse método, pois a menina está em coma. Ela não pode receber qualquer medicamento sem minha prescrição. – Fiquei nervosa com aquela expressão, mas Otonashi se manteve calmo. Parecia estar ciente e ter total controle da situação, então tentei fazer o mesmo.

— Está tudo tranquilo. O método é simples e não exige medicação alguma. Eu pensei que como o quadro mudou quando a melhor amiga dela chegou aqui por algum motivo, a gente pode comprovar isso.

— E como seria isso? – O médico se sentou e começou a se interessar pela proposta, o que até me deixou um pouco mais calma.

— Consiste em fazer Eletrocardiogramas enquanto a Hisako está visitando-a. Pois pelo que eu vi, os batimentos aumentam com a presença dela por aqui. – O médico foi anotando e analisando o que ele dizia, eu apenas fiquei em silêncio e concordando com aquela conversa. Eu pouco entendia sobre os exames, mas eu espero que eles deem alguma finalidade e resolvam aquela maldita Afasia que não deixava minha amada viver direito.

— E se isso for realmente verdade, o que pretende usar em prol das pesquisas? – Essa foi uma das últimas perguntas que o médico fez, já quase totalmente convencido pelas ideias de Otonashi.

— Podemos usar a Hisako como um dos métodos de reanimação da paciente. Ela pode ficar por lá, conversar com ela, cuidar dela. Assim ela pode ir melhorando psicologicamente com a presença da melhor amiga que sempre esteve ao lado dela por todo esse tempo.

— Você tem um futuro grande, Otonashi. Vai ser um grande médico se essa garota vier a melhorar, todo o hospital já estava perdendo as esperanças nesse caso e quando vocês dois descobriram que ela estava aqui as mudanças começaram a acontecer. – Otonashi pareceu feliz, no entanto não se deixou levar pelas palavras e sim pela situação.

— Nós só queremos ver a nossa amiga bem. Ela é muito importante para nós, não quero ganhar reconhecimento algum com isso. Se a ideia funcionar, eu só peço que ela seja difundida para que outras pessoas com os mesmos casos ou até casos parecidos possam ter acesso a esse método. – O médico sorriu orgulhoso.

— É muito bom saber que temos um profissional de tanta qualidade nascendo em nosso hospital. É um grande avanço, meu rapaz. – Eu já estava ficando para trás naquela conversa e Otonashi percebeu que eu já estava ficando sem graça. Diante isso ele agradeceu ao doutor e pediu para que déssemos início aos testes.

— Muito obrigado, Doutor. Agora iremos iniciar os novos exames com o método que desenvolvemos. Com sua licença. – O médico acenou e nós saímos para voltar ao quarto de Iwasawa. No caminho vi uma cena divertida que me fez lembrar os velhos tempos.

Irie e Sekine estavam levando Yui para lá e para cá pelo corredor e as três riam como antigamente. A nossa rosada parecia estar ainda mais feliz com a chegada da baterista e ver aquilo me deixou mais feliz.

— U-Uh... Desculpe Otonashi-kun, só queríamos deixar a Yui-chan mais feliz. – Sekine disse sem graça pela bagunça e eu tentei ao rir, mantendo a minha pose sempre séria e imponente.

— Moou... Estava divertido! – Yui fez aquela famosa cara de emburrada e levantou os braços, querendo dar um soco em alguém.

— C-Calma, Yui-chan... Nós podemos brincar mais no seu quarto. – Irie acariciou os cabelos cor-de-rosa e a pequena se acalmou.

— Haai! Mas vamos logo... Logo vocês tem que voltar para a escola e eu vou ficar aqui sozinha de novo, mou! – Por que a Yui sempre tem que gritar tanto? Bom, era melhor vê-la assim do que triste e reclamando de sua condição de vida agora que está numa cadeira de rodas. Sua energia continuava a todo vapor e isso era impressionante.

— Acho que os poderíamos dar uma volta com você na cidade se o hospital permitir. O que você acha disso, Yui-chan? – Sorri e ela ficou animada com a proposta que eu dei.

— Eu posso falar com o médico enquanto o Eletrocardiograma vai ser feito na Iwasawa. – Otonashi se responsabilizou e todos concordaram. – Agora vamos, Hisako. Quando mais cedo obtivermos resultado, mais cedo vamos poder achar uma possível cura para ela.

— Os exames já deram um resultado? – Sekine perguntou ao ouvi-lo e eu respondi dessa vez.

— Sim, digamos que temos uma esperança de melhora. Só não sabemos para quando. – Yui e Irie também ficaram muito felizes ao saber. – Isso nós vamos descobrir em breve. Por isso, até mais meninas!

– Ja ne, Hisako! Otonashi-kun! – Acenamos ao ganharmos distancia e voltamos para o quarto de Iwasawa e montamos o equipamento para o exame. Fiquei corada o bastante ao levantar sua blusa para colar os fios que iriam medir as pulsações em suas veias. Ela era quase tão branca como as nuvens.

Fiquei ali ao seu lado enquanto Otonashi ligou o medidor e se dirigiu para a sala do médico de Yui e pelo que eu vi nas folhas que saíam com o passar os minutos, os batimentos pareciam aumentar gradativamente. Parece que a minha hipótese estava certa? De repente uma ideia veio na minha cabeça. Preciso falar com as outras meninas da nossa banda...


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Notas finais do capítulo

Continua...

Espero que gostem! Esse capítulo foi um pouco maior como prometido, haha.
Ganbatte! Ja ne!



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