Não Era Somente Um Livro escrita por Ana Lerman
Notas iniciais do capítulo
Mais um, esse eu gosto.
Rodrigo me deixou em casa, nos despedimos e ele me entregou o livro. Ao toca – lo, senti um arrepio que percorreu minha espinha, eriçando meus cabelos.
Entrei em casa, estava tudo silencioso, provavelmente meus pais já estavam deitados. Fui diretamente para o meu quarto, precisava arrumar as malas, pois amanhã eu não teria tempo.
Abri devagar a porta do meu aposento, e senti o vento mais gelado de toda a minha vida, olhei para a janela, estava fechada. Estranho, de onde veio esta corrente de ar?
Sentei em minha cama com as costas recostadas na cabeceira e abri o livro. Li sua primeira folha, era a dedicatória:
‘’Aos meus queridos amigos, A.R e L.L que me ajudaram em meu subconsciente, apesar da distância. Entrego – lhes cada letra de cada página, na intenção de que jamais se esqueçam do quão maravilhosa foi a nossa infância. Peço que jamais procurem a verdade, pois a verdade machuca os corações mais puros’’
A.R e L.L? Essas siglas me atormentaram um pouco, podia ser bobagem, mas eu sentia que conhecia os donos destes códigos. Para me livrar dos meus pensamentos, resolvi arrumar minhas malas; amanhã eu iria para o meu lugar favorito, e passaria dois meses com as pessoas que eu mais amo.
Mas tinha um problema... É eu sei. O livro. Eu tinha tentado não pensar nele, mas era mais forte que eu. Resolvi ir dormir, me troquei, deitei e apaguei.
Em meu sonho eu estava em uma floresta negra, mas não havia estrelas no céu, apenas a lua.
Eu andava sem rumo; tudo era tão escuro. Não havia ninguém lá, apenas eu.
Andei, andei e andei até avistar um casebre, a luz do sótão estava acesa e ao parar na porta eu pude ouvir gritos e arrastar de móveis.
Entrei. O cheiro de mofo invadiu meu nariz e eu tive que evitar uns trezentos espirros. Argh, eu odeio alergias. Subi, e a escada rangeu UAU! Aquela casa era velha mesma, parei contra a porta e escutei a conversa:
Ameaças:
- Onde está? Eu sei que você sabe. Você e seus amigos na verdade, você não teria capacidade de mentir em um livro. – disse a voz mais alterada.
- Oh, Cristian! Você é tão ingênuo. Nós o escondemos junto de uma alma pura, uma recém nascida.
- Otto, não brinque comigo você não sabe do que eu sou capaz. Sabe que eu não tenho medo de matar.
- Sim; eu sei., mas se você mata – lá, perderá o talismã.
- Diga onde está, ou irei mata – lo agora.
- Espere... Tem alguém aqui.
- Como pode saber?
- Eu sinto. Alguém não; o seu consciente o trouxe aqui.
Percebi que ele falava de mim, saí correndo da casa. ‘Quero acordar! Quero acordar” E acordei suando frio em minha cama, o sol nascia ao longe.
Aquele era Otto Black, ele havia sido sequestrado, algo muito poderoso tinha envolvimento com o seu livro. Eu tinha ouvido tudo... Pelo menos o bastante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Esse é bem legal, eu acho.