Não Era Somente Um Livro escrita por Ana Lerman


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um, esse eu gosto.



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Rodrigo me deixou em casa, nos despedimos e ele me entregou o livro. Ao toca – lo, senti um arrepio que percorreu minha espinha, eriçando meus cabelos.

Entrei em casa, estava tudo silencioso, provavelmente meus pais já estavam deitados. Fui diretamente para o meu quarto, precisava arrumar as malas, pois amanhã eu não teria tempo.

Abri devagar a porta do meu aposento, e senti o vento mais gelado de toda a minha vida, olhei para a janela, estava fechada. Estranho, de onde veio esta corrente de ar?

Sentei em minha cama com as costas recostadas na cabeceira e abri o livro. Li sua primeira folha, era a dedicatória:

‘’Aos meus queridos amigos, A.R e L.L que me ajudaram em meu subconsciente, apesar da distância. Entrego – lhes cada letra de cada página, na intenção de que jamais se esqueçam do quão maravilhosa foi a nossa infância. Peço que jamais procurem a verdade, pois a verdade machuca os corações mais puros’’

A.R e L.L? Essas siglas me atormentaram um pouco, podia ser bobagem, mas eu sentia que conhecia os donos destes códigos. Para me livrar dos meus pensamentos, resolvi arrumar minhas malas; amanhã eu iria para o meu lugar favorito, e passaria dois meses com as pessoas que eu mais amo.

Mas tinha um problema... É eu sei. O livro. Eu tinha tentado não pensar nele, mas era mais forte que eu. Resolvi ir dormir, me troquei, deitei e apaguei.

Em meu sonho eu estava em uma floresta negra, mas não havia estrelas no céu, apenas a lua.

Eu andava sem rumo; tudo era tão escuro. Não havia ninguém lá, apenas eu.

Andei, andei e andei até avistar um casebre, a luz do sótão estava acesa e ao parar na porta eu pude ouvir gritos e arrastar de móveis.

Entrei. O cheiro de mofo invadiu  meu nariz e eu tive que evitar uns trezentos espirros. Argh, eu odeio alergias. Subi, e a escada rangeu UAU! Aquela casa era velha mesma, parei contra a porta e escutei a conversa:

Ameaças:

- Onde está? Eu sei que você sabe. Você e seus amigos na verdade, você não teria capacidade de mentir em um livro. – disse a voz mais alterada.

- Oh, Cristian! Você é tão ingênuo. Nós o escondemos junto de uma alma pura, uma recém nascida.

- Otto, não brinque comigo você não sabe do que eu sou capaz. Sabe que eu não tenho medo de matar.

- Sim; eu sei., mas se você mata – lá, perderá o talismã.

- Diga onde está, ou irei mata – lo agora.

- Espere... Tem alguém aqui.

- Como pode saber?

- Eu sinto. Alguém não; o seu consciente o trouxe aqui.

Percebi que ele falava de mim, saí correndo da casa. ‘Quero acordar! Quero acordar” E acordei suando frio em minha cama, o sol nascia ao longe.

Aquele era Otto Black, ele havia sido sequestrado, algo muito poderoso tinha envolvimento com o seu livro. Eu tinha ouvido tudo... Pelo menos o bastante.


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Notas finais do capítulo

Esse é bem legal, eu acho.



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