A Garota Dos Deuses escrita por CamsLaFont


Capítulo 8
Caça á bandeira


Notas iniciais do capítulo

Não corrigi os erros de português do Cap & LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Eu corria rapidamente pelas ruas de Manhattan, e reconheci algumas ruas perto do Empire State, mas algo me impedia de correr naquela direção, como se eu estivesse sendo puxada contra.

Ao longe, vi o cara desconhecido, e ele me olhou pedindo desculpas, como se pedisse que eu fizesse algo, mas eu não podia fazer nada! Eu precisava da ajuda dele, não o contrário! Ele balançou a cabeça e abaixou os olhos, e vi uma lágrima brilhante descer por seu rosto, ao mesmo tempo em que senti algo perfurar minhas costas. Olhei para meu peito, onde uma lamina afiada atravessou e arregalei os olhos. Eu estava morta.

Me debati rapidamente, tentando me controlar, mas eu não consegui, era como um soluço, era horrível, eu havia visto a minha própria morte e entendido por que eu havia morrido, e mesmo assim, não pude deixar de pensar em como aquilo havia sido real.

Sabe aquele pesadelo que você acorda morrendo de medo, quase se perdendo entre o fio do real e irreal? Era assim que eu estava, até que o cara desconhecido me fez abrir os olhos.

Eu estava tremendo tanto que eu mal conseguia me manter sentada, meus olhos estavam prontos para derramarem as lágrimas e eu soluçava compulsivamente.

-Foi só uma visão, Cams. – ele disse. – não é tão ruim assim.

Meu corpo continuava tremendo, não se importando com o que ele dizia.

-N-não. – gaguejei. – não foi só uma visão... Eu vou morrer. – e os soluços não me deixaram dizer mais nada.

Antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, ele me puxou para um abraço e me manteve assim. As lagrimas rolavam pelo meu rosto livremente, sem nem ao menos me deixar permitir que elas saíssem. Aos poucos, as lagrimas secaram, e os soluços foram diminuindo, até que só restou uma pequena onda de calafrios repentinos.

-Melhor? – ele limpou meu rosto molhado e assenti, eu me sentia ridícula por ter chorado nos braços de um desconhecido, mas aquilo havia me reconfortado, havia me ajudado. – mas eu tenho uma visão melhor. – ele disse. – eu só preciso lhe mostrar ela, antes que você tenha que ir.

Percebi vagamente que as nuvens escuras continuavam em cima do acampamento, e a chuva caia por volta dos limites do território, mas não caía dentro.

-É um tipo de mágica do acampamento. – ele explicou, apenas concordei. – olha, a visão vai começar, mas lembre-se disso: eu estou aqui. Ok?

-Ok. – respondi antes da visão (melhor que a anterior) continuar.

Ao invés de estar correndo para longe do Empire State Building, eu estava entrando caminhando nele, com o “cara desconhecido” ao meu lado. Um guarda, quando nos viu, me entregou uma chave. Entrei no elevador e coloquei-a no único lugar que dava, e girei-a.

Quando olhei para o lado, quase entrei em pânico por ele não estar ali, e até pensei que ele poderia não ter entrado no elevador, mas isso era impossível, pois eu me lembro dele ter entrado. Mas, antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, um outro numero apareceu.

600º andar.

O olimpo.

Eu cliquei no botão e o elevador começou a subir rapidamente, criando uma pressão imensa – e eu fiquei até surpresa de não ter sido esmagada pela pressão.

E então parou. As portas se abriram.

E eu tive um vislumbre rápido antes de abrir os olhos e dar de cara com ele.

Eu apenas estava hiperventilando, ao contrário de antes.

-Você consegue chegar lá com a minha ajuda. – ele disse. – mas ninguém além de você mesma saí do acampamento. Uma hora você irá me encontrar, se confiar em mim, ou então só irá me encontrar na hora da sua morte. – concordei.

-Eu entendi. – falei, e então ouvi a trombeta soar, como um aviso, e percebi que estava na hora do café da manhã.

Me levantei e peguei minha mochila ao mesmo tempo, ele sorriu e se levantou também.

-Agente se vê. – falei baixinho e me virei, saindo caminhando, eu precisava ir logo, não queria me atrasar para o café da manhã, principalmente por que estava sentindo minha barriga roncar.

Quando eu já tinha andando uns dois metros, ouvi a voz dele novamente.

-Que tal amanhã de manhã, antes de amanhecer?

Dei uma rápida olhada para trás, sorrindo, e apenas concordei.

Pude ver seu sorriso antes de voltar ao acampamento.

Fui para a enfermaria, primeiro por que tinha que falar com alguma enfermeira para saber se essa noite eu já poderia dormir em outro lugar (tradução: se eu poderia dormir no chalé de Hermes); segundo que eu tinha que ver se Annabeth não estava lá – o pior é que eu achava que sim, e também achava que ela com certeza gostaria se saber onde eu estava. Fácil: Eu estava na praia, olhando as ondas quebrarem.

Quando cheguei na enfermaria, Annabeth estava na entrada, andando de um lado para o outro, enquanto Percy estava encostado na parede, apenas olhando para o céu.

Quando ouviram meus passos, os dois olharam para mim.

-Graças aos deuses! – disse Annabeth, e me segurou pelos ombros, me chegando, para ver se eu não estava machucada ou algo do tipo. – está tudo bem?

-Perfeitamente bem. – respondi e vi que Percy respirou fundo, como se sentisse algum cheiro.

-O que você estava fazendo na praia? – ele disse e eu olhei surpresa para ele... Como ele sabia que eu estava na praia? – ahn... eu consegui sentir o cheiro de mar em você e tudo mais... Filho de Poseidon. – ele me lembrou, assenti, apesar de não ter entendido direito aquilo e ter um pouco de medo de ele poder sentir outro cheiro em mim.

-Eu fui caminhar... – disse. – acordei sem sono antes de amanhecer e fui caminhar... – parei. – e além do mais, eu gosto de ouvir o barulho do mar, ele me acalma. – trinquei os dentes disfarçadamente.

-Ah, ok. – ela disse. – só... sei lá, deixe um aviso, ok?

Assenti, concordando.

-Bem, agora podemos ir tomar o café da manhã. – disse Annabeth. – e, eu já falei com uma filha de Apolo, ela disse que você está liberada da enfermaria, e disse que você provavelmente vai poder participar da captura da bandeira essa noite. – assenti, apenas concordando, mas as palavras dele fizeram sentido.

Ele sabia das coisas que iam acontecer, e sabia muito bem que se eu não confiasse nele, eu morreria – e dessa vez nem mesmo ele poderia me ajudar, pois era exatamente por essa causa que eu estaria morta.

Oh, céus.

Fomos para o refeitório e eu me sentei na mesa com o chalé de Hermes, sendo cumprimentada por todos enquanto eles faziam palhaçada – devo admitir que era o chalé mais bagunceiro (pelo menos enquanto eu vi).

Depois disso, a maioria foi para algum lugar treinar suas habilidades enquanto eu esperava Annabeth terminar sua incrível conversa da profecia com Quíron, a qual eu nem quis saber – nem de longe.

Eu já sabia os dois finais possíveis – e únicos –, eu sabia que iria sozinha para o Olimpo (ou morreria, tanto faz), sabia que algum semideus iria desaparecer, e sabia muito bem que alguns deuses não gostariam de me ver viva.

Alguns minutos depois de eu encontrar Annabeth conversando com Quíron sobre a profecia, ela se postou ao meu lado enquanto se despedia de Quíron e fomos saindo do refeitório e indo para algum lugar.

Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos no centro de treinamento – como Annabeth me explicou – e fomos para um lugar mais afastado de onde todos os outros estavam treinando suas habilidades (arco e flecha, espada, defesa, adaga, luta corpo á corpo, etc).

Annabeth saiu da minha frente e eu arregalei os olhos com tantas armas na minha frente. Tinham mais armas que um arsenal de policia – tudo bem que não são muitas na policia em si, mas também não se compara á um arsenal de guerra.

-Escolha á que mais lhe chama atenção. – olhei surpresa para ela. – mas escolha á que mais dará certo para você, pois ela será sua até sua morte. – assenti, concordando. – e escolha com cuidado, claro. E demore o tempo que quiser, afinal, temos tempo. – ou não, pensei. Afinal, eu precisava aprender a lutar para a captura da bandeira essa noite.

Olhei todas as armas á minha volta – tinha até armas de fogo (poucas, mas tinha) – mas o que me chamou a atenção foram as espadas.

Caminhei até algumas delas, e passei a mão por elas, tentando encontrar uma que eu realmente gostasse.

Peguei uma na mão, ela era normal, bem parecida com a de Percy, e olhei o que estava escrito no metal da espada.

“P&A” Estava em grego, mas eu consegui distinguir, apesar de não ter entendido bulhufas.

-Essa espada foi encontrada no fundo de um lago. – disse Annabeth ao meu lado. – ninguém sabe como foi parar lá e quem colocou-a lá, mas... Bem, arrumaram ela da melhor maneira possível, apesar de nunca termos entendido o que está escrito. – ela deu de ombros. – você gostou dela? – eu olhei com tudo para Annabeth. Ela me deu um sorriso. – você pode ficar com ela, nenhum outro campista se sente bem perto dela.

Assenti e ela me deu um negocio para colocar por volta de minha cintura – para poder colocar a espada. E assim o fiz.

Logo depois ela foi atrás de uma armadura para mim – que por sinal seria vermelha e dourada, a cor da equipe de Annabeth.

Ela pegou uma armadura que daria para mim e me ajudou a coloca-la por cima de uma leggin e da blusa que eu estava, e então arrumou sua armadura – que por sinal ela teve que ir buscar em algum lugar.

Logo depois de prontas, Annabeth começou a me ensinar sobre como segurar uma espada e lutar com ela.

-Segure firme! Sem medo! – disse e fiz o que ela mandou. – cabeça erguia. – continuou, e eu fui repetindo o que pedia. – Postura. – pé direito para frente caso você seja canhota (o que de fato eu sou) e pé esquerdo caso seja destra! – fiz o que ela mandou e Annabeth continuou. – respiração normal, ataque, defenda, ataque, defenda. – fiz o que ela pediu, e ela também fez, mas primeiro defendeu, e então atacou, defendeu, atacou.

Fizemos isso tantas vezes que meu pescoço já doía.

-Vai doer mais amanhã. – ela disse simplesmente depois de fazermos uma pausa para irmos tomar água.

O ferimento doía em minha barriga, mas nem de longe tanto quanto ontem.

Depois de horas treinando, eu já estava até que mais ou menos com a espada, quando Annabeth finalmente decidiu que estava na hora de parar e irmos tomar um banho, para então ela fazer meu curativo e comermos alguma coisa – e então irmos para a caça á bandeira.

Tomamos banho nos banheiros do Acampamento (não Cams, onde mais?!) e logo depois Annabeth fez meu curativo, e então fomos comer alguma coisa na cozinha – que graças á deus pudemos entrar por trás e comer um pouco, pois já havia passado da hora do almoço – e então fomos para o bosque.

A maioria das pessoas também estava indo, e só faltava mesmo colocarem seus “capacetes” – como eu apelidei gentilmente.

Fiz um rabo de cavalo alto no cabelo enquanto caminhava rapidamente ao lado de Annabeth, que falava sobre os perigos que podia ter a floresta – incluindo escorpiões gigantes (ok, eu não gostei muito).

-Eu quero que você fique na defesa da bandeira. – disse Annabeth, agora abaixando o volume, e percebi que Percy estava com armadura dourada e azul (time inimigo). Ele olhou desconfiado para Annabeth, que falava as coisas tão baixo que até mesmo eu tinha que chegar mais perto para ouvir. – ela está perto do rio, você vai ficar por volta dela, sozinha.

-E os outros? – sussurrei de volta, Annabeth sorriu.

-Deixa comigo, eu sei o que fazer, eu e alguns irmãos meus vamos estar indo para a bandeira deles, enquanto os outros, principalmente o chalé de Ares, vão ficar perto da bandeira, mas escondidos, para protege-la caso alguém chegue e pegue-a de surpresa. – assenti, e ouvimos Quíron aparecer trotando.

-Todos preparados? – houveram algumas concordâncias e Clarisse apareceu, me puxando, olhei confusa para Annabeth, que assentiu, me encorajando, e eu e Clarisse começamos a correr pela floresta, não sem antes ver Percy desconfiado nos encarando.

Clarisse e eu chegamos – finalmente – no rio e passamos por ele, e finalmente chegamos onde estava a bandeira vermelha. Ela me deixou ali, e correu de volta de onde viemos, mas ao longe ouvi uma trombeta soar, a caça a bandeira havia começado.

Me encostei num tronco de arvore, ao lado da bandeira, e fiquei segurando minha espada – mas ainda sim brincando com ela, para não ficar entediada.

Acho que eu passei uns vinte minutos ali, em silencio, sem ouvir nada, até que decidi olhar em volta, quando percebi que havia alguém me olhando.

Ele tinha a armadura azul, o que me fez estreitar os olhos, e então ele saiu do meio das arvores.

Era Percy.

-Então... Eu não queria ser cruel e ganhar tão sujo. – ele deu de ombros e caminhou na minha direção, mas eu me postei na frente da bandeira, não sabendo o que fazer. – quer dizer, eu não sei se você sabe lutar nem nada do tipo. – estreitei os olhos novamente. – e além do mais, eu não queria ser tão cruel com seu time á ponto de fazer isso. Acho que eles nem esperavam que eu soubesse onde estava a bandeira, mas foi fácil seguir suas pegadas.

Trinquei os dentes e ele deu de ombros.

-Ah, não sei, será que eu posso pegar a bandeira, Cams? – ele deu um passo na minha direção e eu ergui a espada, apontando-a para o pescoço dele. Eu não sabia se eu realmente podia machucar Percy.

Ele riu um pouco, ele estava sendo irônico comigo.

-Você pode me machucar Cams, mas vai demorar um pouco para isso acontecer, a não ser que você realmente saiba como o faze-lo.

Revirei os olhos.

-Tudo bem... – dei de ombros e ele me olhou surpreso. – mas você não vai pegar a bandeira. – ele riu um pouco e pegou sua espada, também apontando-a para mim.

-Então, como vai ser?


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Notas finais do capítulo

Quase um mês sem postar Cams? que coisa ein!
Desculpa pessoal, eu já tinha o capitulo pronto, na realidade. tecnicamente falando.
Tipo assim, esse capitulo ia chegar á mais de 4.000 palavras se terminado, mas eu fui lá e cortei a metade da caça á bandeira e tals lol, será quem vai ganhar, Cams ou Percy? hahah, o ironico é que... Não, eu não vou falar isso, nos próximos capitulos me cobrem que eu conto o ironico, sério mew, é muito ironico.
Enfim, com no min 2 reviews eu continuo, com menos de geito nenhum, nem que eu demore um ano pra postar u.u
Thanks :D
Pra deixar claro, no próximo capitulos as coisas começam a esquentar... Maaaaaaas nos meus planos, a fic tá longe de terminar! :D
-Cams.