I can't see me loving nobody but you

For all my life

When you're with me

Baby the skies will be blue

For all my life

(Happy Together - Simple Plan)

Ficamos mais um tempo ali nos divertindo, resolvemos voltar e assim que nossas peles encontraram com o ar frio, eu comecei a correr em direção as nossas coisas pra pegarmos as coisas o mais rápido possível para entrarmos logo. Eu abaixei para recolher algumas coisas e senti logo as mãos do Lucas na minha cintura.

- É bom saber que você ainda se arrepia com o meu toque – Ele diz, sussurrando apenas pra me provocar, o que me fez arrepiar mais e ele percebeu, ele soltou uma risada rouca.

- Quem disse, que eu to me arrepiando por causa do seu toque? – Eu respondi, tentando soar convincente.

- Ah é? Então o que foi? – Ele perguntou, ele insistia que eu falasse o que ele queria ouvir. Afastei-me dele.

- Eu to com frio, só isso – Eu disse.

- Então vamos resolver esse problema – Ele diz e vem chegando mais perto.

Ele envolve a minha cintura em suas mãos novamente  e me aperta contra o seu corpo, confortavelmente e diz com uma voz bem sensual

- Passou o frio? – Ele diz mordendo o lábio.

- Não, acho melhor o Gus ou o Bruno me esquentar – Eu digo e saiu andando, exagerando no rebolado – risos –

Ele veio correndo até mim e disse

- Quem disse que eu vou deixar – Ele pegou no meu pulso e me puxou contra ele. – Agora você não me escapa não

Eu deixei nossas bocas se aproximarem, eu o vi fechando os olhos e saí por baixo do seu abraço.

- Haha idiota! – Digo rindo.

- Retardada – Ele diz, com um sorriso maroto brotando no seu lábio.

- Ridículo – Eu disse mantendo a nossa linda conversa.

- Linda – Ele diz, chegando mais perto.

- Tabacudo – Eu digo, sorrindo também.

- Gostosa – Ele diz.

- Safado – Eu digo.

- Apaixonado – Ele diz.

- Maluco – Eu disse.

- Só se for por você – Ele diz com ternura na voz e quando eu nos vejo já estamos com os nossos lábios juntos, no meio do beijo eu senti que ele estava sorrindo.

Depois de ajeitarmos tudo, fomos caminhando lentamente pra casa, o braço dele estava sobre os meus ombros e minha mão direita envolvia sua cintura num abraço de lado.

- Vamos dormir? – Eu pergunto.

- Se for junto com você melhor ainda – Ele diz piscando.

- Deixa de ser malicioso menino – Eu digo, dando uma tapinha de leve.

- Foi você que pensou coisas erradas, posso fazer nada – Ele levanta a mão como se fosse sinal de rendição.

- Convivência com você né, sabe é uma droga! – Eu digo brincalhona.

- Droga é você, que me fez ficar viciado – Ele diz.

Quando dou conta por mim – sim eu estava hipnotizada naquele olhar azul – nós já estávamos nos empresando na parede.

- Vamos parar por aqui né, hoje ainda temos que sair para comprar os presentes – Eu disse, lembrando que amanhã era a ceia do natal.

- Pois é, parece que nesse natal vamos ter algumas surpresas que eu estou planejando – Ele diz.

- Para de me deixar curiosa menino, vai vai vai dormir – Eu o empurrei para o quarto dele.

Ele olha fixamente para o meu olho e diz.

- Preferia que fosse com você – Ele diz.

- Está esperando o que? O típico cala boca e me beija é?  - Perguntei ao mesmo que nem tinha se movido.

- Nem de longe é uma má ideia – Ele diz se aproximando.

Fechei a porta do quarto dele e fiquei segurando a maçaneta.

- Mas não vai ser hoje – Eu gritei divertida.

Foi dormir e quando acordei, fiz toda a minha higiene matinal e o pessoal já estava lá fora. Inclusive ele.

- Bom dia! – Acordo feliz.

- Bru bru, que saudade – Biel disse rapidamente já estando no meu colo.

- Também estava morrendo de saudade de você meu pequeno.

- Bru estávamos aqui conversando que hoje vamos comprar os presentes de natal, você e o Lucas vão ganhar um cartão de crédito, um pra cada e nos vemos aqui umas quatro da tarde, pode ser?  - Minha mãe despeja todas as informações, ainda atordoada concordo com a cabeça.

- Vamos todos almoçar fora pra dar tempo de comprar todos os presentes. Vamos nos arrumar – Tia Cecí completa.

Todos nos arrumamos.

- Temos que ficar separados se não perde a graça de qual presente cada um vai ganhar – Meu pai diz animado.

- Assim é bem mais animado – Tio Gilberto completa.

- Cadê o Pedro? – Eu pergunto só percebendo sua falta agora.

- Ainda na casa da vizinha – Meu pai diz.

Eu ri alto, com um sorriso malicioso na cara.

Carregando Biel no colo, o deixei no quarto dele e me arrumei.

Meu pai e minha mãe resolveram ir para uma espécie de shopping lá, nos separaríamos e as três e meias nos juntaríamos no estacionamento.

Segui para as lojas, primeiro comprei o presente da minha mãe, um colar com apenas uma pedra, simples e sofisticado, do jeito que ela gosta. Depois comprei o do meu pai um relógio da marca “Tommy”. Fui comprar o da Tia Cecí, o presente dela foi parecido com o da minha mãe, depois comprei o do Tio Gilberto, comprei o novo padrão do time dele. Fui à loja de brinquedos e fiquei perdida como uma criança, o que será que levaria para o Biel? Lembro que ele falou que queria um violão pequeninho de brinquedo, achei um vermelhinho do desenho animado carros, perfeito.

Aí veio a pior parte para o Lucas o que eu compraria, fiquei nessa dúvida terrível durante um bom tempo. Até que eu resolvi meio que fazer um “Kit” Comprei em uma loja uma caixa  de bolinhas azul e verde, fui na loja de revelação e no meu celular tinha uma foto linda dele, na praia com o por do sol atrás e ele com o violão, pedi para revelar em um cubo mágico, lembrei-me que ele gostava, mandei fazer um quebra cabeça com algumas fotos que eu tinha dele e do Biel. Metade do presente estava pronto, mais ainda precisava de mais passei por uma loja de instrumentos e comprei um kit de palhetas que era simplesmente a cara dele, vinham quatro palhetas dos Beatles. Puxei um papel da bolsa e uma caneta, depois disso até parei pra pensar porque tinha isso na bolsa, enfim... Escrevi uma música pra ele.

Quando eu terminei de comprar tudo já era uma hora da tarde, fui pra praça de alimentação e comi, rodei o shopping pra comprar algo pra mim, terminei comprando um colar de pingente de caveira com estrasse prata, mas nada muito extravagante.

Olhei rapidamente para o relógio, hora de ir.

Chegamos a casa e fomos acomodar as coisas para ninguém ver o presente de ninguém.

Passamos uma tarde animada, todos conversando entre si, a noite chegou rapidamente e fomos dormir, o outro dia passou voando e já era noite quando nos resolvemos nos arrumar, depois chegou a hora mais esperada, os presentes. Lembrei-me que Lucas disse que tinha uma surpresa, criativo como esse menino é então... O que nós podemos esperar?