Vida Em Família escrita por amazingLeek


Capítulo 1
O começo de tudo parte 1


Notas iniciais do capítulo

A história não segue uma ordem cronológica, então, eu vou e volto no tempo. Mas esse capitulo aqui é o começo de tudo.
Desculpe por qualquer erro



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Oito anos após a formatura, Brittany e Santana possuíam um casamento sólido e feliz, haviam se mudado para Nova York há algum tempo e tinham uma bela casa e espaçosa casa no subúrbio. Brittany, que havia repetido o ultimo ano do colégio, agora possuía seu próprio estúdio de dança  onde dava aulas. Não era muito grande, mas garantia o sustento de sua família. Santana há pouco tempo tinha se tornado sargento da NYPD.

Tudo estava perfeito e para completar Britt tinha dado a luz ao primeiro filho delas há menos de 4 meses, Carlos, foi como chamaram o menino, que apesar de ser filho biológico de Brittany, se parecia muito com Santana, possuindo cabelos e olhos bem negros e pele bronzeada. A explicação era que o irmão de Santana havia sido o doador, fazendo com que a criança possuísse traços latinos como os da mãe.

Elas com certeza queriam ter mais filhos mas escolheram por esperar porque a gravidez de Brittany tinha sido difícil e queriam se habituar um pouco mais com  a maternidade.

Esse era o plano inicial delas até que em uma noite tudo mudou:

-Finalmente! - bufou Santana ao voltar para seu quarto após ter conseguido fazer Carlos voltar a dormir. O menino ultimamente acordava as mães todas as noites e elas estavam em num sistema de rodízio para que nenhuma das duas ficasses muito cansada -- Vou te contar Britt, esse seu filho dá trabalho.—disse a latina em tom de brincadeira.

-Então agora ele é MEU filho?—respondeu a loira entrando na brincadeira –Porque quando ele fofo e faz gracinha, ele é seu filho. – completou.

-- Exatamente. – respondeu com um sorriso no rosto.

--Então venha aqui senhora Lopez-Pierce porque Eu vou te dar trabalho agora. –disse a loira maliciosamente. Nem sequer deu tempo para a esposa responder e já atacara apaixonadamente os lábios que amava beijar, percebeu que a amada não perdera tempo e já passava a mão por todo o seu corpo, suas mãos já viajavam pelos belos seios da latina quando o barulho da campainha de sua casa foi ouvido.

--San...A porta...—Disse ofegante.

--Deixa tocar...—respondeu também sem fôlego.

--Eles podem tocar de novo... E vão acordo o bebê --Brittany estava com muita dificuldade de formar frases naquele momento.

--Ok – respondeu frustrada saindo de cima da loira – eu vou lá dispensar quem quer que esteja tocando e depois você não me escapa, entendido?

--Sim senhora —disse  Britt batendo continência.

Santana olhou para o relógio eletrônico que marcava 5:45 da manhã, ainda era muito cedo. “Quem em sã consciência bateria na casa de alguém a essa hora em um domingo?” pensou consigo mesma, só poderia ser um mendigo pedindo pão velho ou alguma testemunha de Jeová pregando a “palavra de Deus”, quem quer que fosse iria dispensar.

No caminho para a porta, Santana pegou no armário sua arma descarregada, iria assustar a pessoa que estivesse a incomodando essa hora. Chegando na porta da frente já a abriu falando:

-- Não,eu não falei com Jesus hoj...—parou ao perceber que não havia ninguém na porta, “deve ter sido um desses moleques que acabaram de sair de uma balada qualquer” pensou furiosa. Um momento porém percebeu que uma cestinha havia sido deixada na porta, ela estava coberta com uma manta rosinha, e levou um susto quando a manta começou a se mexer. Lentamente, levantou a manta e para sua surpresa ainda maior lá se encontrava um bebê.

Era uma menininha não muito mais velha que seu próprio filho, possuía grandes olhos verdes que observavam tudo ao seu redor, o pouco cabelo que tinha cabeça era marrom bem escuro, sua pele era branca e estava apenas enrolada em um cobertorzinho. Dentro da cesta também haviam dois envelopes, um escrito Bebê e outro escrito Mamães.

Atônita, Santana levou a criança em seus braços até a sala com muito cuidado, não sabia o que fazer estava apenas ali com ela em seu colo parada na sala.

--San por que está demorando tant...- Britt nem consegui terminar a pergunta quando viu a esposa com a criança no colo. Tinha estranhado a demora da esposa e desceu para verificar se tudo estava bem, mas tomou um susto ao ver a outra com um bebe no colo.—De quem é essa criança?—conseguiu perguntar após o susto inicial.

-Eu não sei! Eu desci e ela estava na porta. – A latina disse ainda um pouco atônica e já soando desesperada—Ela deve ser de alguém Britt-Britt, temos que achar os pais dela.

--Ok- replicou a loira –A pessoa não deve ter ido muito longe, por que uma de nós não sai para procura e a outra fica aqui cuidando do Carlos?—completou a loira tentando manter a calma em uma situação tão atípica.

--Eu vou com ela procurar e você fica aqui ta bem?—Minutos  após essa breve conversa Santana já estava na rua com a bebe no carrinho andando pelas ruas desertas a procura de uma pista, enquanto Brittany estava em casa de olho no outro bebê.

Brittany não conseguiria dormir mais, então fez café, sentada no sofá ela percebeu a cesta e as duas cartas, não aguentou a curiosidade e abriu a que era endereçada para as mães:

“Mães da minha bebê,

Não tenho muito o que dizer nessa carta, apenas queria pedir para que cuidem e amem a minha filha, venho observando vocês a algum tempo e sei que vocês têm outro filho. Perceber o tamanho do amor e devoção que transmitem apenas com um olhar me fez perceber o  quão ruim eu sou como mãe e o tamanho do dano que faria à ela se continuasse comigo. A amo demais para impor isso, portanto a deixo com vocês para que cuidem dela do modo como eu nunca seria capaz.

PS: Dentro do envelope existe uma foto minha, não quero nenhum contato com ela, mas desejo que ao menos ela se lembre de meu rosto porque eu não me lembro  do rosto da minha mãe.

PS 2: A outra carta deve ser lida por ela quando completar 16 anos.

Ao final da carta anônima, Brittany já chorava copiosamente e já tinha feito a decisão de manter a criança, ela sabia  que seria difícil criar dois bebês mas acreditava que ela e Santana juntas conseguiriam, porém não queria pressionar a esposa a fazer algo que não queria.

Nesse momento Santana volta ainda com a criança, e percebe que a outra estava chorando.

--O que foi meu amor??—em tom de desespero, tantas coisas já haviam acontecido aquela manhã que tudo que ela menos precisava era mais um problema. Porém Brittany não respondeu, apenas a entregou a carta que estava em suas mãos. Após um tempo em silencio para que Santana lesse a carta Brittany se pronunciou:

--E então Santy, o que vamos fazer?—perguntou com olhos ainda marejados.

--Vamos ficar com ela. – afirmou com a voz embargada mas ainda assim com muita certeza e autoridade.—Eu sei que vai ser difícil, mas eu sei que conseguiremos Britt, eu sinto.

Brittany então abriu um enorme sorriso, sabia que tinha escolhido a mulher certa para passar o resto da vida. Levantou-se e a beijou ternamente com cuidado para não acordar a criança que tinha caído no sono.

--Eu te amo tanto San, você nem imagina o quanto. Mas qual vai ser o nome dessa lindinha?

--Eu não sei, alguma ideia B?—Santana realmente não tinha pensado nisso nessa confusão toda.

--Que tal Anita? É bonito, é um nome latino e eu me lembro de você fazendo o papel de Anita no musical da escola, aquele papel só me fez ter mais certeza do quanto eu te amava e te amo.

--Eu também te amo B, mais do que a minha própria vida, você, Carlos e agora nossa Anita, são meu tudo. Nossa família acaba de ficar ainda mais perfeita.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que ficou bom? O que precisa melhorar? Reviews???