Mein Kampf escrita por dieKholer


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Alemanha falando alemão e soldados falando inglês e francês, abram o Google Tradutor porque estou com preguiça de traduzir shot



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Porque sempre acontecia com ele? Porque tinha que pagar pelos erros de seus líderes? Tinha tudo para vencer nas duas vezes, mas sempre que estava próximo da vitória, esta lhe era retirada, tal como uma criança prestes a pegar uma caixa de bombons que lhe é retirada antes que se possa sequer tocá-la com as pontas dos dedos.

Já havia se costumado com o odor da fétida cela em que fora jogado. Não mudara nada desde a primeira vez que encontrou seu destino nela, as paredes de pedra fria, sem janela, a cama com um colchão velho feito com capim e os lençóis sujos, que nunca foram lavados. A única diferença é que, desta vez, estava machucado, e fraco... na primeira vez estava quase morto. Recorda-se que chorou na noite em que ouviu passos em direção a sua solitária (onde era colocado sem qualquer explicação), pensando que seria executado, ali mesmo, a sangue frio, por ter falhado com seus aliados e perante aos inimigos. Mas a porta revelou um homem alto, trajando farda militar, com uma nova insígnia, um tipo de suástica... esse homem estendeu sua mão a ele e disse que, juntos, iriam mudar a história. Iriam livrar o mundo de suas impurezas, eliminarem os tumores da Europa e dos outros continentes.

Ele acreditou nesse homem. E esse homem mentiu. Meteu uma bala em sua própria cabeça quando precisavam mais dele. O homem era um monstro. Só agora, refletindo na cela, escutando o barulho da água que corria entre as paredes, se dera conta disso.

-Deutschland, Deutschland über alles,Über alles in der Welt,Wenn es stets zu, Schutz und Trutze, Brüderlich zusammenhält… - murmurava baixinho a sua própria canção, vacilando um pouco ao pronunciar a palavra “fraternal”. – Brüder...Brüder...

Onde ele estaria agora? Estavam na mesma situação, mas escutou um dos guardas comentando a transferência dele para um outro lugar... apenas não sabia aonde, não disseram ou não conseguiu escutar. Teve inúmeros pesadelos onde seu irmão e ele ficariam separados, tornando-se rivais por algum motivo desconhecido.

Arrastou o corpo magro e fraco até a cama, caindo sobre a mesma, encolhendo-se devido ao frio. Um par de luvas, calça cáqui e uma regata branca foi o que lhe foi dado. Implorou para que a Cruz de Ferro não lhe fosse retirada também e foi atendido.

-Italien...Japan... bist du in Ordnung? – questionava a si mesmo, com a cabeça e o estômago latejando, devido a fome e a sede. – Italien...bitte...

A imagem do menor logo lhe veio a mente. Tão inexperiente e acuado diante as tropas inglesas, sem a mínima chance de escapar, rendendo-se então, sem opção.

- Mi scusi, Germania, perdonami. – foram as últimas palavras do moreno, proferidas entre soluços e gemidos, antes de ser levado. Não se viram mais, desde então.

Onde foi que errara nessas duas vezes? Porque ele e seu povo, trabalhadores que sobrevivem ao rigoroso inverno e a escassez de comida, tinham que sofrer tanto?

- Es gibt nichts zu beklagen… - disse entre os dentes.

Seu corpo tremia, sua visão falhava, as pálpebras pesavam.

-Are ya gonna die, jerk?!

-He is just skin and bones…

- N'est pas aussi fort que je pensais.

Rangia os dentes, cerrava os olhos com força. Não iria replicar aos soldados que lhe provocavam todos os dias, aquele americano, o outro com sotaque britânico e o francês... arrependera-se amargamente a última vez que fez isso. Duas fraturas na mão e hematomas por todo o corpo eram o suficiente.

Não iria ser derrotado na próxima vez, prometeu a si mesmo. Não decepcionaria mais seu povo e seus aliados, como aconteceu nas duas últimas vezes. Iria reencontrar seu irmão, se fortalecerem e juntos apenas aguardariam o momento certo para atacar. Sorriu, rindo um pouco, fazendo sua caixa torácica latejar resultando em uma sequência de tosses secas. Enquanto uma parte de si desejava vingança, a outra queria apenas paz. As duas travavam uma batalha dentro de sua mente. Seja lá qual das duas vençam...

- … ich will nicht wieder versagen. –sorriu, encarando os três soldados, que recuaram assustados para seus postos. Afinal, não era uma boa idéia brincar com um prisioneiro não-humano.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado da fic meio trevosa, heh :3
Reviews não machucam não, tá? shot



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