- Eu te amo. – Foi naquele dia, a primeira vez que Francis disse que o amava.

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 Matthew o encarou sério por alguns minutos (cerca de dois) sem conseguir lhe dar uma resposta. Quando ela veio, foi diferente do que Francis imaginava:

- Não.

- Hum? O que?

- Você não me ama. – O homem loiro, com alguma barba e belos olhos azuis, o encarou confuso. Acabou sorrindo em seguida e inclinou a cabeça para o lado.

- Por que eu não te amo?

- Isso porque... Bem... Há muitas outras pessoas e elas são mais bonitas, mais importantes e, se eu puder fazer mais que o Alfred, ainda sim, eu não sou tão inteligente...

 Matthew engoliu em seco, corado. Francis sorriu abobado e, gentilmente, levou seu indicador aos lábios do jovem, fazendo-o, abruptamente calmo, parar de falar, os olhos arregalados.

- Mon cheri! Você é lindo e com certeza é o mais importante para mim! O mais importante na minha vida! Você também é brilhante, então, por favor, pare.

 Isso foi engraçado. Se seu irmão, ou mesmo Arthur tivessem dito algo do tipo, ele teria apenas corado e encolhido os ombros, como um vago elogio. Mas, com Francis sussurrando aquilo e olhando fundo em seus olhos, tudo que pode fazer foi sorrir e começar a sentir-se como alguém realmente especial e não mais invisível. E calou-se. Todos seus argumentos e opiniões. Apenas calou-se em meio ao beijo gentil e delicado de Francis. Com o gosto suave  que tanto apreciava nos doces do mais velho e, próximo aos seus cabelos, a mais doce essência de sempre.