Depois daquela noite na casa do Niall, Harry não comentou nada sobre o encontro dele, só falou para mim, que não tinha dado certo. Por dentro eu me senti feliz, mas depois fiquei triste por ver o Harry sofrendo. Ele saia toda noite com uma garota diferente e toda vez que alguém perguntava o porque, ele falava que estava tentando achar a pessoa certa.

– Cara, não se procura a perfeição, ela simplesmente vem em seu encontro em um momento inesperado – falou Liam, o que fez com que a Dani desse um selinho apaixonado nele.

Estava com Louis na casa do Harry, quando ele entra em casa furioso e entra no seu quarto fechando com força a porta.

– É a terceira vez que ele chega assim – falou Louis.

– Vou falar com ele – declarei, indo para o seu quarto.

Bati na porta, mas ninguém respondeu, apenas abri a porta e Harry estava sentado na ponta da cama, com os olhos vermelhos e uma garrafa de whisky na mão.

– Harry, não faz isso – falei, pegando a garrafa da mão dele e sentei do seu lado.

– Eu não consigo entender! O que tem de errado comigo? – ele perguntou.

– Não tem nada de errado com você.

– Tem que ter, porque eu não sinto os “sintomas” com as meninas com que saio.

– É assim mesmo, você não acha a pessoa de uma hora para outra.

Ele me olhou e me abraçou e fungou um pouco e parecia que estava chorando.

– Eu não quero ser uma pessoa sem sentimentos, eu quero ter alguém para amar.

Soltei o abraço e olhei em seus olhos, eu não estava mais aguentando isso, eu puxei ele para mim. No começo ele parecia surpreso e quando eu ia me afastar, ele colocou as mãos no meu cabelo, me puxando para mais perto. Nossas línguas brincavam uma com a outra e estava ficando cada vez mais intenso.

– Por que toda vez que vocês ficam sozinhos, vocês se beijam? – perguntou Louis, que estava escorado na porta olhando para nós, com uma sorriso no rosto.

Eu me toquei e vi o que estava acontecendo, esse beijo não devia ter acontecido, porque ele estava bêbado e eu sensibilizada pelo choro dele. Eu precisava pensar.

– Louis, dá um banho gelado nele, ele está bêbado – falei saindo do quarto e fui embora para a minha casa.

.....

Depois de uma semana, eu e Harry não comentávamos sobre o beijo, nem sobre o que ele falou para, ele só continuou saindo com várias garotas e eu já estava ficando brava com ele por causa disso. Estava entediada em casa por isso resolvi ir para casa do Louis, para ver se a Els estava lá. Bati na porta e ela atendeu e me puxou para dentro.

– O Louis está ai? – perguntei, olhando para os lados.

– Não, acabei de chegar. Ele e os meninos estão gravando e já voltam.

– Que bom, porque eu preciso conversar com alguém, antes que eu exploda.

Ela me puxou para o sofá e pediu para eu continuar.

– Você acha possível eu ter algum tipo de relacionamento com... hum... hã... – comecei.

– Com? – ela falou confusa.

– Com o Harry? – falei baixinho.

– Serio mesmo? – ela falou, quase rindo.

– Não é para rir – eu disse, dando um tapa nela – eu não consigo entender! Toda vez que ele sai com uma garota, eu me sinto mal e fico pior ainda quando ele não percebe.

– Já te falei que todas as meninas achavam que vocês iam ficar juntos? O Louis até comentou comigo que o Harry precisa de alguém como você.

– Me sinto lisonjeada por Louis achar que fazemos um bom casal, agora só falta o Harry querer, né? – falei meio triste.

Ela ia falar alguma coisa, mas foi interrompida por uma trupe na casa. Louis pulou em cima da Eleanor e deu um beijo nela, os dois me davam inveja as vezes, por serem tão perfeitos um para o outro.

Os meninos me viram ali e pularam todos em cima de mim, quase me matando, mas todos saíram após ouvirem um pigarro que vinha da porta. Era o Harry e ele trazia uma companhia.

– Eu gostaria de apresentar para vocês, Jennifer. – ele falou,sorrindo e mostrando uma garota.

O meu coração disparou. Ele parecia feliz, e ela era linda, mas eu não podia demonstrar que eu ligava, eu tinha que estar feliz por ele.

– Olá, eu sou... – comecei a falar.

– Rachel! Eu sei quem você é, tipo eu sou uma super fã sua. – ela falou me abraçando.

Olhei para Harry, para ele me ajudar, mas ele já estava conversando com os meninos.

– Eu me sinto... – falei tentando me afastar – muito feliz com isso.

Ela me soltou e me deu um beijo na bochecha e se afastou, eu fiquei paralisada com a ousadia de me beijar sem nem nos conhecermos ainda.

Fui me juntar com o pessoal, que estavam sentados no sofá, menos o novo casal, que estavam em uma poltrona, um em cima do outro em um romance sem fim. Virei o rosto para não acabar vomitando em alguém.

Ficamos conversando coisas sem sentido, mas eu não consegui me divertir, porque eu estava com um bolo na garganta, com vontade de chorar e ninguém parecia ver. Fiquei cansada de ser ignorada e resolvi ir embora. Levantei, peguei minhas coisas e não falei com ninguém.

– Onde você vai? – perguntou Harry.

Todos pararam de falar e olharam para mim. Eu sabia que tinha que sair daquele lugar agora, se não, eu ia chorar na frente de todos e eu não queria isso.

– Eu... eu tenho que ir – falei, com minha voz falhando.

– Você falou para mim que não tinha nada para fazer hoje. – falou Eleanor.

– Você está bem? – perguntou Liam.

– Estou ótima.

– Não parece – falou Jennifer.

Ela parecia legal, mas eu não estava bem e ela queria ser minha “amiguinha”, então me estressei. Estava precisando colocar tudo para fora e ela me deu uma deixa.

– E quem você acha que é para pensar alguma coisa de mim?

– Não precisa ser grossa – ela falou, se virando para o Harry.

– Escuta aqui garota! Não me dê as costas, quando eu estou falando com você – falei, puxando o braço dela.

– Está doendo – ela falou, tentando tirar minha mão.

– O que você está fazendo? – perguntou Harry.

Não respondi, apenas soltei o braço dela e olhei para ele, que estava me olhando assustado, como todos na sala. Eu me virei para ir embora, mas o Harry me arrastou para um outro lugar.

Estávamos na cozinha, ele me soltou e ficou de costas para mim.

– O que você pensa que está fazendo? – ele perguntou, sem olhar para mim.

– Me desculpe, isso não vai acontecer novamente.

– Claro que não vai! Você é minha melhor amiga, e eu simplesmente queria que você desse bem com a minha namorada.

– Sua namorada? Já estão namorando? Se conheceram quando? Ontem? Deixa eu adivinhar.... Aposto que foi na balada, não foi?

- Sim, foi. E qual é o seu problema com isso?

Eu não queria, mas eu simplesmente não aguentava mais aquele sentimento dentro de mim, quase explodindo.

– O problema é, que, eu não aguento mais você se enganando com essas meninas que querem quinze minutos de fama.

– E você quer que eu faça o que? Espere sentado? Acho que não preciso mais dos seus conselhos.

– Quer saber de uma coisa? Fique com as suas amiguinhas, eu tenho coisas mais importantes para fazer. – falei, saindo, mas antes pare na sala.

– Espero que você tenha um futuro BRILHANTE com o Harry, e se não tiver, relaxa, ninguém estava esperando que desse algo mesmo. – falei, olhando para a Jennifer e dando um sorriso falso.

Sai batendo a porta. Não queria ir para casa e meu celular não parava de tocar, mas não queria falar com ninguém. Fui para uma praça e sentei em um banquinho, coloquei meus óculos escuros, meus fones e fiquei olhando as pessoas se divertirem.

Fiquei um bom tempo assim, até que vi uma mão passando na minha frente, virei para o lado e vi um garoto tentando falar comigo, tirei o fone.

– Hey?! – ele falou – posso sentar aqui? É o único lugar desocupado.

– Claro.

Ele se sentou e tinha uma bebezinha no colo.

– É sua irmã? – perguntei, curiosa.

– Sim, essa é Chloe. – ele ficou me olhando por um tempo, então me estendeu a mão – Sou Thomas, você é a Rachel, né?

– Sim, acho que não dá para me esconder, né?

–Por quê? Você é bonita demais para se esconder.

Tenho certeza que fiquei vermelha, por isso abaixei a cabeça, quando levantei novamente a garotinha me olhava curiosamente.

– Olá – falei para ela.

– Dáã – ela falou olhando para mim e para o irmão.

– Acho que ela gostou de você – ele falou rindo.

– Posso pegá-la?

– Sim.

Chloe estendeu os bracinhos para mim e eu a peguei. Ela ficou brincando com o meu cabelo, fazendo barulhos e ás vezes fitava o irmão, que sorria. O celular dele tocou.

– Era minha mãe, eu preciso ir para casa. – falou ele, depois desligou a ligação.

Ele tentou pegar a Chloe, mas ela me abraçava forte e não queria me soltar.

– Você quer me acompanhar até em casa? Pelo jeito ela não vai desgrudar de você tão cedo. – Thomas falou.

Me levantei e fomos andar, o caminho não parecia muito comprido, mas deve ser o fato que eu, Thomas nos demos muito bem. Ele me contou sobre a família dele e vamos dizer que, ele era o que eu estava precisando no momento. Paramos em frente de uma linda casa e Chloe decidiu sair do meu colo e ir no do irmão.

– Então... Acho melhor eu ir, sua mãe deve estar te esperando – falei, dando uma passo para trás.

– Você poderia me dar o seu telefone? Quer dizer... Eu gostei de você, queria que nos encontrássemos novamente – ele falou, ficando vermelho.

– Eu também gostei de você – falei rindo – Está aqui – falei, entregando um papel com o meu número anotado.

– Tchau Chloe – falei dando um beijo nela – Tchau Thomas – dei um beijo nele.

Fui andando feliz para meu apartamento. Acho que eu ia esquecer uma certa pessoa que começa com “H” e começar a seguir em frente.