29 de dezembro

Corte

"Como os réus se declaram?" questionou o juiz Harrison.

"Inocentes" declararam Diego e Jeremy Carter.

"Sobre fiança?"

"Prisão preventiva excelência" disse a promotora Casey Novak.

"Isso é exagero!" exclamou o advogada de defesa Roger Kresser "Prisão preventiva só deve ser aplicada em casos de homicídio, e meus clientes não mataram ninguém"

"Ainda" afirmou Casey "Eu não sei quantas vezes os réus tentaram matar a detetive Olivia Benson ou seus filhos"

"Ele esta certo, Ms. Novak" disse o juiz "Eu preciso de um número"

"Um milhão de dollars, cada"

"Novamente, exagero!" exaltou o advogado "Meus clientes não têm risco de fuga, não tem família fora do estado nem nada."

Harrison assentiu com a cabeça "Fiança em U$150 000,00"

"Excelência..."

O juiz bateu o martelo "Próximo caso"

Olivia assistia silenciosamente tudo que acontecia a sua frente. Quando o juiz sentenciou a fiança, seu coração foi a mil. Tinha certeza que fariam fiança e voltariam para infernizar sua vida. Sentiu Elliot apertar sua mão "Não se preocupe, Liv. Eu não deixarei eles tocarem em você"

Ela acreditava nele, mas de certa maneira não se sentia confortável sabendo que estavam soltos na rua.

"Eu pedirei uma ordem de proteção, Olivia" disse Casey, ao aproximar-se dos dois.

Olivia assentiu com a cabeça, então olhando para seu pai, quem sorria maliciosamente. Ela se sentia doente apenas em vê-lo "Vamos te tirar daqui" disse Elliot, levando-a para fora da corte.

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Desde que saíram do tribunal, Olivia não disse uma única palavra, apenas olhava para a para a paisagem que corria de fora do carro, o que deixava Elliot cada vez mais preocupado. Sabia que Olivia precisava de ajuda e urgentemente, mas conhecendo-a muito bem, sabia que não seria fácil convence-la a frequentar terapia.

Assim que Elliot estacionou seu carro a frente do prédio de Olivia, ajudou-a a chegar até sua cadeira, então levando-a para cima. Assim que estava em seu apartamento, sentou-se na extremidade de seu sofá. Elliot então sentou-se ao seu lado, e apenas ficou observando-a. Agora de perto, poderia reparar nos círculos pretos de baixo de seus olhos, como se Olivia não dormisse em dias. Seu rosto tinha uma expressão cansada, reforçando seu palpite em não estar dormindo muito. Mas acima de tudo, ela parecia... vazia. 

"Liv..." ele a chamou, causando-a a olhar para ele. Seus olhos não mostravam paixão ou dor como antes, não mostravam nada. "Você precisa de ajuda Liv..."

Ela voltou a olhar para baixo, assentindo com a cabeça levemente. "Liv..." ele a chamou novamente "Você não pode continuar assim. Você precisa buscar ajuda. Pense nos gêmeos, o tanto que eles odeiam te ver assim. Por favor..."

Balançou sua cabeça novamente, ainda sem dizer nada. "Pense em tudo que já disse para as vítimas... Que elas precisavam admitir que isso aconteceu e o mais importante de tudo, precisam falar. Não podem manter toda a dor apenas para si mesmas. Tome esse conselho para você mesmo, Olivia. Você conseguirá ficar melhor, eu tenho fé nisso. Mas para isso, você precisa de ajuda" continuou Elliot.

"Eu preciso de ajuda..." Olivia sussurrou, e Elliot teve que se esforçar para entender o que ela dizia "Você esta certo... Eu preciso de ajuda"

Voltou a olhar para ele, sorrindo levemente "Eu vou procurar por ajuda"'

Elliot então puxou-a para um abraço, feliz que Olivia tinha concordado em procurar por ajuda "Estou tão feliz que você esta aqui Liv. Eu e os gêmeos não poderíamos viver sem você. Deus, eu te amo tanto!"

Olivia ficou meio surpresa com essa revelação. Mas também não poderia esconder seus sentimentos mais "Eu também te amo El"