Everlong escrita por Contadora de histórias


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olááááá! olha eu confesso que demorei! não puxem meu pé de noite. Mas é que deu preguiça de terminar e pá, mas agora estol aki pra voseis -nn

Ignorem isso. Mas aí, se for ler pra não deixar review nem leia u.u (mentira leia sim)

É minha primeira on-shot e ainda por cima Thaluke! Então se estiver ruim peguem leve ;)



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Em um banco do lado de fora da quadra de basquete, Thalia e Annabeth estavam admirando os jogadores. Thalia tinha um especial em mente. Luke Castellan. Desde o primeiro ano a garota era apaixonada por ele, por seus cabelos loiros, os olhos azuis e seu olhar furtivo, como se visse dentro de você. A morena suspirava por ele quando uma voz interrompeu seus pensamentos.

–Você não acha? – Perguntou a loira.

–Ãh... Sim, claro! – Respondeu Thalia, totalmente alheia ao que a amiga acabara de dizer.

–Você nem estava prestando atenção! – Protestou a mais nova.

–Estava sim!

–Então sobre o que eu estava falando? – Indagou.

–Sobre... ah... Você sabe! – Resmungou a morena.

–Eu sei, mas parece que você não! – Retrucou Annabeth, revirando os olhos. – Estava falando que Percy vai dar uma festa no fim de semana, e você tem que ir.

–Mas é claro! – Falou Thalia, rindo. As duas amigas sempre foram muito ‘festeiras’. Annabeth ainda mais quando se tratava de seu namorado.

–Mas então... – Começou a loira. – Estava admirando o corpo escultural de quem dessa vez? Oh, nem precisa responder. Sabemos que é o de Luke. – Zombou ela.

–Cala a boca! – Disse dando um tapa na cabeça de Annabeth no mesmo tempo que o sinal tocou e um bando de tietes se atiraram para cima do garoto da qual estavam falando, fazendo Thalia ficar ainda mais irritada. Ele era muito pegador, por isso nunca admitiria sua queda (lê-se: tombo) por Luke.

–Vamos, se não vamos nos atrasar. – Disse a loira depois de se recompor do breve ataque de risos.

Logo depois de caminharem de volta para os corredores da escola, um Percy feliz surgiu ao lado de Annabeth, e eles por sua vez começaram com aquela típica frescura de namorado: ‘Senti sua falta’ ‘Eu senti mais’ ‘Não, eu senti mais’ ‘Não, eu...’

–Não, eu senti mais! – Interrompeu Thalia, fazendo todos rirem. – E aí ,cabeça de algas!

–Fala, cara de pinheiro! – Percy a chamava assim desde a quarta série, quando, para o musical da escola, Thalia foi ‘’forçada’’ a se vestir de pinheiro para a apresentação de natal e acabou caindo no meio da peça. Ela recordava como um dos episódios mais tristes de sua vida. Os amigos por sua vez, faziam questão de lembra-la a cada milésimo de segundo.

–Então, Annie te contou sobre a festa que vou dar esse fim de semana? – Perguntou ele empolgado.

–Sim. – Respondeu a morena em um tom divertido. – E pode se preparar bem por que quando eu chegar é que a festa vai começar.

–Convencida. Sim ou claro? – Disse Bianca, que tinha se juntado a conversa.

–Me ame menos, por favor. – Brincou Thalia.

–Não posso! É impossível resistir a você! – Disse Bianca, com as costas da não em sua testa. O que fez todos rirem. Mas logo os sorrisos deram lugar á expressões tediosas, pois o sinal tocou, anunciando o começo das aulas.

–Vejo vocês depois. – Disse Thalia, vendo todos se dispersarem para suas devidas salas. A garota agora tinha aula de química, e estava atrasada, o que significava ficar com um dos piores lugares, ao lado de um nerd catarrento. Mas ao chegar lá percebeu que o único lugar vago era ao lado de uma pessoa bem pior que um nerd catarrento.

–Merda! – Exclamou para si mesma. Andou até lá e se sentou ao lado de Luke em silêncio, na esperança de que ele não percebesse sua presença ali. O que é claro, com a sorte que Thalia tinha, não aconteceu.

–E aí, gata? (N/a: alguém ainda fala isso?) – Falou Luke. ‘Sempre mulherengo’ pensou Thalia, revirando os olhos.

–Ãh, oi. – Disse ela, fingindo desinteresse, quando na verdade seu coração estava dando giros de 360º.

–Bom dia classe! – Disse o professor, entrando na sala, mas como de costume nenhum dos alunos reparou sua presença até ele ter que bater com o apagador no quadro.

–Bom dia professor Brunner. – Responderam os alunos em coro com a voz mais deprimente que uma segunda-feira poderia trazer.

–Quanta animação! – Ironizou. – De qualquer maneira, hoje vamos realizar aquela experiência da qual lhes falei na aula passada.

Os alunos grunhiram em coro e passaram a preparar o antídoto de que Sr. Brunner havia comentado. Como de costume Thalia fez a maior parte (ou melhor, o trabalho todo) enquanto Luke e seus amigos tentavam descobrir a maneira mais eficiente de causar uma explosão ‘’acidental’’ para que o professor os liberasse da classe.

–O quê você pensa que está fazendo? - Rosnou Thalia assim que o garoto pingou algumas gotas de um ácido dentro de seu tubo de ensaio.

–‘’Explodindo’’ as coisas. - Luke riu-se, fazendo aspas no ar. Thalia não teve ao menos tempo para revirar os olhos, pois antes de sequer pensar em fazer isso o líquido que antes estava nos tubos de ensaio agora estava nas paredes, bancadas, e roupas de alguns alunos.

–Ah! – Ouviu-se um grito agudo de uma das garotas da sala. Thalia se virou somente para constatar suas dúvidas. Quem havia gritado foi Drew. ‘Como sempre, escandalosa’ pensou Thalia. Drew era provavelmente a pessoa mais fútil que alguém poderia achar na face da Terra. – Meu cabelo! E minhas roupas! Ah, você me paga Grace!

Thalia somente ignorou. Ela na verdade nunca gostou de Drew, e essa sempre tentava agradá-la para tentar se aproximar de Jason – seu irmão -, mas desde que a morena perdeu a paciência e ajudou Jason a conquistar Reyna (sua atual namorada) Drew fazia de tudo para infernizar sua vida. Como se ela já não fosse ruim o suficiente.

–Thalia, foi a responsável por isso? – Perguntou o professor exasperado.

–N-Não! – Exclamou incrédula. Não era do feito de Sr. Brunner desconfiar ela, principalmente por ser sua melhor aluna.

–Foi sim! Ela pingou alguma coisa dentro daquele tubo e explodiu a sala toda. E o mais imperdoável: – disse Drew, dramática – estragou minhas roupas. Você tem ideia do quão caras foram essas roupas? Bom, provavelmente não, até por que devem ter custado mais do que seu guarda roupa inteiro! – Disse ela, exibindo um sorriso cínico. Sua família sempre teve muito dinheiro e a garota fazia questão de que todos soubessem.

–Ah Drew... – Foi a única coisa que Thalia falou antes de pular em cima do pescoço da asiática. Depois de muito esforço (e um pouco de gelo) conseguiram separar as duas. No final tudo se resumiu a um Luke e uma Thalia forçados a limpar a bagunça que ‘’fizeram’’e uma Drew na enfermaria com um olho roxo.

–Sabe você podia ter me deixado limpar isso sozinha. Por que admitiu que também teve culpa? – Thalia verbalizou seus pensamentos enquanto limpava a crosta que se formara na parede que estava limpando.

–Será por que eu tive? – Perguntou sarcástico.

–Estou falando sério.

–Eu não sei. Talvez porque quisesse ficar um tempo com você. – Luke disse, fazendo a garota corar absurdamente.

–Hm. – Foi a única coisa que Thalia poderia responder, pois se tentasse abrir a boca para falar algo seu coração era capaz de sair goela a fora. Os dois ficaram em silêncio por um bom tempo até que Luke quebrou o silêncio:

–Sabe. Não precisa ficar envergonhada pelo que eu disse. – Ele disse dando ombros. – Você nem é tuuudo isso.

–E você é o quê? – Perguntou a morena, que parou de arrancar crostas das perdes para encara-lo com um olhar indignado.

–Lindo. Maravilhoso. Sensual. Um deus grego? (N/a: Coincidência? Eu acho que não).

–Eu diria ‘dá para o gasto’. – Retrucou a garota com um sorriso provocador nos lábios.

–Ah é Srt. Dá para o gasto? Gaste isso. – Luke disse em um tom ameaçador para depois jogar um pedaço de crosta na cara de Thalia.

–Castellan, você me paga! – Disse ela entre risadas que agora os dois compartilhavam. Thalia pegou um dos beckers que estavam na bancada mais próxima e jogou a água que estava lá dentro em Luke.

–Ah, então você quer guerra? – Ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

–Manda a ver. – Ela disse em um tom desafiador. E assim começou a guerra de elementos químicos mais engraçada da história. No final os dois estavam com a barriga doendo de tanto ir e o laboratório estava mais bagunçado do que nunca.

–Bela dupla nós formamos, Grace.

–É, acho que sim. – Ela disse se levantando. – Mas agora vamos ter que arrumar tudo isso, gênio!

–É mesmo.- Disse Luke, com cara de paisagem.

–Então levante-se! – Disse a garota quando Luke continuou na posição em que estava a encarando. Ele chacoalhou a cabeça como se quisesse se livrar de um pensamento e se levantou. Os dois passaram o resto da tarde limpando (ou brincando) o laboratório. Quando finalmente terminaram nenhum dos dois queria sair da companhia um do outro então, o garoto puxou assunto:

–Você... vai à festa do Percy? – Perguntou ele casualmente.

–Mas é claro! – Disse Thalia como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – E você?

–Você acha que o senhor deus grego aqui vai perder uma festa? – Ele disse apontando para si mesmo.

–Idiota! – Disse Thalia rindo da piada sem graça do garoto.

–Obrigado, eu me esforço.

–Sério? Parecer ser tão natural. – Disse Thalia sarcasticamente.

–Então, te vejo lá? – Disse Luke, trocando de assunto rapidamente.

–Ãh?

–A festa.

–Ah! Sim, claro! Seria legal. –Thalia despejou. Droga. Por que ela era tão idiota em relação á garotos? Baixou o rosto enquanto se sentia corar levemente.

–Legal. – Ele disse soltando uma risada pelo nariz. – Então, te vejo lá. - Ele disse antes de sair de lá. Thalia suspirou alto. Agora teria que ir a essa festa de qualquer maneira.


***

O dia da festa chegara e Thalia dentre todas as garotas era a mais nervosa, mas graças à sua boa atuação nenhuma das garotas pareceu notar. Elas – Thalia, Annabeth, Bianca, Piper, Reyna e Hazel - tinham marcado de se encontrarem na casa de Silena para que a mesma pudesse ajudar as garotas a se arrumarem. Não que precisassem de muita ajuda, mas Silena sempre gostou de arruma-las como bonecas, e as garotas, é claro, não iriam reclamar.

–Pipes, pode me passar o rímel? – Disse Silena como se estivesse pedindo o bisturi durante uma cirurgia. Ela estava fazendo a maquiagem de Bianca, que por sinal era a única que faltava. –Obrigada... e.... quase lá... Tã dã!

Ela disse finalizando a maquiagem. As garotas se entreolharam admiradas. Silena poderia ser maquiadora profissional com a habilidade que tinha.

–Vocês estão fabulosas! – Ela disse se sentando á frente do espelho para fazer sua maquiagem. – Mas é claro que estão.

Depois de devidamente maqueadas e vestidas todas foram – no carro do pai de Silena – para a grande festa. Percy era um garoto popular e uma vez por ano convidava todos da escola para uma grande festa na propriedade da família.

–Chegamos – Anunciou uma das amigas. Todas desceram empolgadas do carro e logo se juntaram á pista de dança.

Depois de muito dançar e se divertir cada uma foi para o seu canto (o que significa que cada uma foi para perto de seu namorado e Thalia ficou parada com cara de tacho perto da mesa de comidas). Ela não podia reclamar, afinal via de esgueira um menino realmente bonito tentando criar coragem para falar com ela. Ela iria até lá se não tivesse visto uma cena terrivelmente dolorosa. À sua frente viu Drew se agarrando com um cara. Mas não um cara qualquer. O cara de Thalia. Luke. Ele estava trocando saliva com aquela víbora enquanto Thalia tentava decididamente segurar as lágrimas que lhe causavam um nó na garganta. Sem que ninguém percebesse a garota saiu da casa de Percy e à pé foi para a casa de Annabeth que ficava a alguns quarteirões de distancia. Provavelmente não teria ninguém em casa, pois os pais da loira estavam viajando á negócios. Correu o mais rápido que pode com aqueles saltos imprestáveis e quando se deu conta estava enrolada em cobertores quentes sentindo lágrimas rolarem seu rosto.

–Urgh! Quando foi que você ficou tão estúpida Thalia? - Ela perguntou a si mesma limpando as lágrimas. Olhou para o relógio e viu que ainda eram 23:30, provavelmente Annabeth iria demorar então Thalia tomou um breve banho e pegou um pijama da amiga. Na tentativa falha de esquecer do que vira, ligou a tv em um canal qualquer e o filme passou até que a garota caiu no sono.

***

O resto do fim de semana passou normalmente. Thalia contou sobre o acontecido à Annabeth, que consolou a amiga. As duas passaram o resto do dia seguinte assistindo filmes trágicos e comendo sorvete. Mas a alegria dura pouco e a segunda-feira chegou. Nos corredores, Thalia evitava o máximo possível encontrar com Luke. E deu certo, o garoto ficou tão encabulado por não a ver o dia todo que na hora da saída decidiu procurá-la. Thalia não tinha carteira de motorista então ia à pé da escola até sua casa. A distância que percorria era grande o suficiente para que Luke a alcançasse com seu carro em uma das ruas desertas que Thalia usava par pegar atalho.

–Hey, Thalia! Espere. – Disse o garoto afobado enquanto estacionava o carro e corria atrás dela. – Hey, o que aconteceu? – Ele disse quando finalmente o alcançou. Porém a garota o ignorou e continuou andando. Ele estranhou de imediato á reação e se pôs a sua frente a impedindo e passar.

–O que você quer? – Thalia perguntou rudemente.

–Saber por que está me evitando. – Ele disse ainda perplexo.

–Não sei. Pergunte a Drew. – Disse a garota. – Talvez ela saiba te responder.

Luke, que não entendia o que Thalia falava pois estava bêbado na noite em que se atracou com Drew. Não deu atenção ao comentário da amiga. Tinha outro assunto pela qual ficar nervoso.

–Eu preciso falar com você. – Ele disse sério, porém nervoso.

–E o que é que estamos fazendo? – Respondeu Thalia, sentindo o coração apertar por ser tão fria com o garoto.

–Bom... O.k. – Balbuciou Luke – Eu... pode parecer estranho... mas... bem, acho que estou apaixonado por você.

Thalia não foi capaz de dizer nada, ficou estática, apenas encarando Luke, decidindo se acreditava ou não no que o garoto havia dito.

–É isso? – Thalia decidiu que se admitisse que estava apaixonada por ele também, Luke iria rir da cara dela e falar que foi uma pegadinha. Ou pior. Ele poderia a magoar novamente. A lembrança de Drew tentando engoli-lo a trouxe de volta á realidade. – Bom, se veio aqui na esperança de que eu fosse me declarar também perdeu a viajem.

Ela disse, e se pôs a andar novamente, deixando Luke perplexo atrás de Thalia. Ele abriu a boca várias vezes, porém sem sucesso em emitir qualquer som. Depois de vê-la desaparecer pela esquina, com os olhos marejando, voltou ao carro e meteu o pé no acelerador, sem saber seu destino.

***

Há um mês Thalia e Luke não se falavam. Mais precisamente vinte e nove dias, doze horas e quarenta e seis minutos. O orgulho de ambos os impedia de falar o que realmente sentiam, ou de ceder ao ímpeto de se desculpar. Os dois continuavam a se ver todos os dias, por mais que não quisessem, eram forçados a frequentar a escola, mas o convívio só piorava as desavenças. Durante uma aula de química, na única ocasião em que os dois tentaram se comunicar verbalmente, a conversa não foi muito terna, e a partir daí decidiram em um acordo silencioso que seria melhor bloquear mais tentativas frustradas.

–Então, você vai estar lá? – Perguntou Annabeth pela milésima vez. A garota ainda não se convencera de que Thalia, que não fora a uma única festa desde a de Percy, iria ao baile da escola com Nico àquela noite. – Tipo, para valer?

–Por que é tão difícil acreditar que sim? – Indagou Thalia, já irritada com a repetição da amiga. – Eu vou. Não é por causa de Luke que vou parar de viver a minha vida.

–Hm... – Annabeth continuava receosa, mas deixou para lá. – Então você vai com o Nico...

–É. – Respondeu Thalia simplesmente.

–Por que?

–Ele é legal. – A morena deu de ombros.

–Ah... Ok. –A amiga era a pessoa mais cabeça dura e desmiolada que ela já conhecera. Provavelmente iria fazer alguma besteira. Mas Annabeth acabou desistindo, não era da conta dela afinal. Thalia ia falar alguma coisa quando Annabeth viu Percy no corredor e se atirou em sua direção, lhe beijando de forma constrangedora.

–Casais! – Rosnou Thalia revirando os olhos. Quando viu que os dois não iriam se soltar tão cedo, pigarreou alto. – Muito obrigada.

–Mas e então. Você vai poder me dar aquela carona?

–O que... – Respondeu Annabeth ainda em transe – Ah sim, claro!

Thalia riu pelo nariz. Como era possível que pessoas apaixonadas fossem tão idiotas? Será que alguma vez já ficaram assim por causa de Luke? Sacudiu a cabeça, na intenção de privar seus pensamentos do loiro que havia a perseguindo desde a noite na casa de Percy. Seus devaneios se esvaíram quando ouviu o sinal tocar anunciando que as aulas iriam começar. Se precipitou pelo corredor para chegar á sala de aula, e seu esforço foi muito bem recompensado, pois como a aula seria de história e a professora que a dava era tão velha que mal conseguia enxergar um palmo á sua frente, e por isso Thalia conseguiu repor suas horas de sono.

O dia passou normalmente, as aulas chatas, os colegas quase desmaiando de tédio, Annabeth a perseguindo e Nico perguntando á Thalia que horas deveria busca-la.

–Não precisa me buscar. – Ela disse abruptamente. A verdade era que só estava indo na companhia de Nico por falta de opções. O garoto era no mínimo 3 anos mais novo que ela. – Vou pegar uma carona com Annabeth, nos vemos no baile.

–Ok. – Ele disse dando uma piscadela – Nos vemos lá.- E assim saiu.

Durante a tarde Thalia se arrumou e se preparou para o baile, e na hora marcada, Annabeth apareceu em frente á sua porta para pegá-la.

–Wow! Que gata! – Brincou a loira quando Thalia entrou no carro.

–Eu sei. – Respondeu ela. –Sou diva!

–E convencida! – Retaliou Annabeth fazendo as duas rirem. Durante o percurso até a escola foram ouvindo Green Day (banda favorita de Thalia) no volume máximo e quando chegaram, logo deram de cara com Nico esperando por Thalia.

–Ah. – Balbuciou Thalia.- Oi!

–Vou ... Deixar vocês sozinhos. – Saiu Annabeth querendo irritar a amiga. Ela sabia que Thalia não queria ficar sozinha com Nico, e que provavelmente iria se arrepender depois, mas estava preocupada demais tentando achar Percy para se importar. Enquanto isso, Nico puxara Thalia para a pista de dança, onde uma música lenta estava tocando. Esse foi provavelmente o ponto mais constrangedor da festa, pois o garoto bata na altura de seus ombros, a fazendo se sentir uma gigante. Graças á algum ser que pediu uma música rápida ao DJ, os dois se separaram para dançar agitadamente. Thalia, que agora estava descontraída, percebeu que a companhia de Nico não era tão ruim quanto esperava que fosse. O garoto era até divertido, por mais que fosse fissurado em um jogo chamado mitomagia, do qual a garota nunca ouvira falar. Ao final da festa eles já estavam amigos e talvez, um pouco mais.

Foi quando Thalia viu Luke se ‘esfregando’ com Drew que seu sangue ciúmes subiu a cabeça e em um ato inesperado se viu agarrando Nico pela nuca e o beijando. Ao contato de seus lábios a garota se sentiu suja, sabia que não deveria usá-lo para causar ciúmes em Luke, mas quando viu que o garoto retribuiu ao beijo, se tornou mais convicta do que nunca a vontade de provar a Luke que agora era ela quem estava comandando o jogo. O beijo teria se prolongado se Thalia não sentisse uma mão em seu braço a separar rudemente de Nico.

–O que é que você pensa que está fazendo? – Rosnou Luke em um tom que não ultrapassava a música.

–O que é que você pensa que está fazendo? – Retrucou a garota tentando em vão se desvencilhar dos braços de Luke, que agora tinha puro ódio no olhar. – Me largue.

–Você não vai voltar para ele. – Disse Luke exaltado.

–Luke, faça um favor a você mesmo e me esqueça! – Thalia falou em um tom que sobrepôs o seu. – Acho que Drew está te esperando.

–Então, tente você mesma seguir seu conselho e parar de criancices para me fazer reparar em você!

–Então você reparou? – Disse a garota em um tom provocativo.

–Então, você provocou? – Retaliou ele no mesmo tom.

–É claro que não! Eu te odeio.

–Eu também te odeio. – A esse ponto nenhum dos dois tinha reparado que todos haviam parado de dançar e dirigiam seus olhares a eles.

–Ótimo!

–Ótimo!

Por uma fração de segundo os dois se encararam fixamente e no minuto seguinte, sem que ninguém se desse conta do que estava acontecendo, os dois se atracaram em um beijo intenso. Suas línguas travavam uma batalha por espaço e o beijo foi se aprofundando cada vez mais. Por fim, se separaram um do outro, não por vontade, mas por falta de ar e protestos de indignação vindos de Drew e de Nico. Ao se encararem os dois simultaneamente deram risadinhas enquanto o resto dos estudantes ali presentes aplaudiu o espetáculo que mais parecia uma novela mexicana. Sem aviso prévio Luke pegou a mão de Thalia e a levou para fora do ginásio onde o baile acontecia, para o parquinho em uma praça próxima. Os dois, sem se encarar, se sentaram nos balanços lado a lado.

–Então... Bom saber que você me odeia. – Brincou Luke, e Thalia agradeceu mentalmente por estar tão escuro, assim o garoto não poderia ver que tinha corado até a raiz dos cabelos.

–Digo o mesmo. – Retrucou em tom de brincadeira. Depois de alguns minutos constrangedores em silêncio o garoto de pronunciou:

–Isso quer dizer que você corresponde?

–O quê?

–Olhe, quando falei que gostava de você, estava sendo sincero. – Ele explicou. – E quando você falou que não correspondia senti uma coisa que nunca senti antes: dor. Mas um tipo diferente de dor sabe.... Uma que não é curada com remédios.

Thalia, que sentia o coração palpitar tão forte que poderia a qualquer momento sair pelo peito, esperou em silêncio por conta da falta de palavras. Seu maior sonho estava se realizando: Luke realmente gostava dela.

–Então eu vou te fazer uma pergunta, mas se a resposta for não, não me bata. – Ele disse na intenção de brincar, mas deixou o nervosismo mais forte pairando no ar. – Thalia... – Ele hesitou por um breve momento

–Diz logo! – Exclamou a garota, que não conseguiu conter a ansiedade em sua voz.

–Quer ser minha namorada? – Ele perguntou, mas ao invés de ouvir um ‘sim’ como o esperado, sentiu os lábios de Thalia mais uma vez sobre os seus.

–Vou tomar isso como um sim. – Disse ele sorrindo.

–É, acho que agora já pode riscar isso da sua lista de ‘coisas que tenho que fazer antes de morrer’ – Os dois riram.

–É acho que posso. – Disse Luke beijando sua, agora namorada, novamente. Essa seria uma boa aventura para variar.


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Notas finais do capítulo

Olha, na minha humilde opinião não ficou tão bom quanto eu esperava, mas o que importa é a opinião de vocês! portanto deixem reviews, por que não vai cair a mão e também não mata né!

Espero que tenham gostado né kkkkk ai ai eu não sei o que escrever aqui, na verdade to só enrolando, mas anyway

see you!