Paixões Proibidas escrita por Danixml


Capítulo 1
Sol e Chuva


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Dúvidas, críticas, sugestões... Reviews! o/



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Era um dia cinzento de outono, o sol não aparecia diretamente, mas estava tão claro quanto.

Enquanto andava via belas casas, em modelos coloniais mais em perfeito estado. Provavelmente seriam de aristocratas ingleses.

Ao chegar ao final da rua, que era sem saída, percebeu que as casas que vira antes tornavam-se obsoletas frente a ultima casa da rua. Casa não, mansão!

Era uma mansão de dois andares, toda branca e portas de madeira maciça, e com um vasto terreno em volta, que era cercado por um muro, revestido de trepadeiras. A mansão tinha um ar rústico, mas seguia toda a classe das mansões inglesas. O que a deixava enjoada, era incrível com eram... Certinhos.

- Ricos podres e metidos!

Ela pensou em dar meia volta e pegar o primeiro voou para casa, mas lembrou-se o que a trouxera ali.

Respirou fundo e olhou fixamente para o portão que tinha um escudo verde e prata com uma cobra no meio. A cobra parecia encarar o visitante, como se fizesse uma pergunta muda: "O que faz aqui?" Aquela cobra pareceu-lhe familiar, mas não se lembrava da onde...

Chegou mais perto para analisar aquele brasão, de certo que o conhecia, mas sua mente não lhe estava sendo prestativa neste momento.

Desviou os olhos da cobra que estava quase a hipnotiza-la, seu olhos pareciam quase vivos. Balançou a cabeça em negação. Definitivamente estava com a sanidade comprometida.

Olhou em volta e percebeu também que não havia porteiro nem campainha. Pelo visto só entrava ali convidados.

- Nem uma misera campainha?! Que mesquinhos!

Tentou abrir o portão, no entanto estava trancado.

- Claro que esta...

- Merda!- disse balançando o portão na alusão de que ele pudesse abrir.

Apoiou-se ao portão e olhou para os lados, só havia o muro com trepadeiras dos dois lados.

- Talvez eu não precise ser convidada – Passou um brilho travesso em seus olhos e um sorriso maroto formou-se em seus lábios. - Sabe? Até que estou gostando disso...

Deu dois passos para trás, colocou a mão no bolso do, sobretudo, olhou para o muro e começou a arquitetar seu plano.

- Só por você mesmo eu faço isso.

Soltou o ar. Agora fala constantemente sozinha? Ainda construía diálogos com seu Alterego. Definitivamente devia logo acabar com isso e voltar a sua vida normal.

Segurou nas trepadeiras do muro e fez força, colocando o pé em um galho aparentemente mais resistente, depois colocou o outro em um galho similar um pouco mais acima e esticou-se o máximo que conseguiu alcançando a ponta do muro, fez orça conseguindo ergue-se.

Ela olhou em volta e teve uma vista privilegiada do jardim da casa. A variedade e a beleza das flores eram impressionante, tamanhos, formas e modelos nunca antes vistos por ela, organizadas em uma sequência de cores surreal. A ruiva ficou impressionada com aquela paisagem que parecia dançar aos seus olhos.

- Que lindo!...- A frase não passou de um suspiro.

- Hei! O que você esta fazendo ai?!

A ruiva estava concentrada admirando a paisagem, por isso não pode evitar o susto ouvir aquela voz que de certo, falava com ela. Acabou por se desequilibrar e cair do muro, exatamente em cima de quem a chamara.

Para amortecer a queda, mas de si mesmo, girou e parou por cima.

- O que você estava fazendo ali em cima? – o homem cravou seus olhos aos dela.

- O senhor poderia me ajudar... - Fez a cara mais inocente que pode.

- Mas não recebemos ninguém aqui. – cortou seco.

- Desculpa, mas é que eu...

O cara foi chegando mais perto, deixando a ruiva embasbacada com a frase presa à garganta.

- Você não entendeu? – sua voz quase pingava sarcasmo - É proibida a entrada de qualquer um aqui.

Aquilo a irritou profundamente. Quem ele pensava que era para falar assim com ela?

- Me solta seu brutamonte!

- É americana?! Deu para perceber... Invadir propriedade alheia não é coisa de inglês.

- E você? Um "cavalheiro inglês”? Só pode tão arrogante... – ela estava perplexa com a arrogância dele.

- Não conte com isso – Sorriu desdenhoso.

- Me solta! – Ela começou a se debater.

Ele chegou à orelha dela falou:

- Só aparência... Posso ser um cavalo com criminosos!

- Me solta! Eu não fiz nada!

- Da onde você vem o que acabou de fazer não é crime? – olhou a descrente.

- Foi um acidente, eu não fiz nada!

- A não? E que tal "dano criminoso ao meu sossego"?

Ele parecia curtir toda aquela situação e isso a deixava com ainda mais raiva.

- Se não tivesse gritado...

- Agora a culpa é minha?! – Ele parecia incrédulo

- Arrogante! Presunçoso...

- Costumo inspirar paixões...

A ruiva o olhou, agora era ela que ria da situação, não um sorriso discreto e desdenhoso, e sim uma gargalhada espalhafatosa e debochada.

O loiro chegou mais perto, colocando seu rosto ao lado do dela e beijando-lhe o lóbulo da orelha.

– Muitas desejaram esse beijo... – mordeu o mesmo local e falou num sussurro que a ruiva só ouviu porque falava colada a sua orelha – muitas desejaram essa mordida... - desceu para seu pescoço e começou a acariciá-lo e beijá-lo – muitas desejaram esse carinho... – falou entre beijos e depois que acabou sorriu e a olhou nos olhos, ela estava vermelha mais vermelha que antes, mas agora era um misto de vergonha e calor – porem, só as selecionadas obtiveram, e você não chega nem perto a nenhuma delas.

Ela o mataria se pudesse, mas decidiu jogar o joguinho dele, porque como dizem, se esta em Roma, ou melhor, na Inglaterra, haja como os ingleses.

Ela levantou a cabeça e roçou seus lábios aos dele, lentamente, até que encostou-os e vagarosamente foi aprofundando o beijo, ao que foi correspondido por ele. Porem diferentemente de como começara ela parou abruptamente deixando o loiro confuso.

- Muitos já quiseram esse beijo – ela o olhou no fundo dos olhos e ele parecia levemente entorpecido – mas sabe o que conseguiram? – ela sorriu cínica – isso! – e com toda a força que pode reunir naquele momento deu uma joelhada bem no meio das pernas do loiro.

A dor foi insuportável e ele acabou caindo ao lado dela urrando. Ela limitou-se a levantar dizendo:

- E olha que todos que 'isso' são bem melhores que você.

A ruiva foi andando em direção ao portão que, graças a Deus, era facilmente destrancável por dentro. Antes de sair ela ainda virou e disse:

- Não sou brinquedo de aristocrata valentão!

Saiu sem ao menos fechar o portão, quando finalmente se recuperou correu meio manco (ainda afetado pelo chute) e pó vê-la sair correndo já no final da rua.

- Você pode ter ganhado essa ruiva, mas essa guerra ainda não acabou. Ah ruiva! Eu te pego na curva!

Sorriu alheio ao quanto aquela situação atípica despertou seu interesse. 

xXx


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