Truth escrita por Ryuuki


Capítulo 1
Capítulo Único




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Na noite calma e fria de domingo, os cinco jovens voltavam sorridentes e cansados do ótimo show que havia terminado há pouco.

 

- E aí, que tal irmos a um bar, hn? – sugeriu o alto de longos cabelos castanhos.

- Isso aí! – concordou entusiasmado o loiro que possuía uma faixa sobre seu nariz.

- Ehh? – perguntou o loirinho baixinho um pouco espantado. – Estou exausto, sem a menor vontade de beber. – Ele suspirou.

- Só porque você é fraco com bebida, ne, Ruki-kun? – perguntou o sorridente membro da banda.

 

Ruki sorriu, visivelmente sem graça pelo comentário de Kai.

 

- Eu também não estou afim hoje. – alegou o dono dos mini-shorts com cinta-liga roxa.

- Ehh? – perguntaram os demais em uníssono.

- Logo você Uruha? – indagou Reita, tão impressionado quanto os outros. Uruha riu.

- Estou cansado também, não tenho dormido muito bem ultimamente.

- Nenhum de nós teve noites bem dormidas. – Rebateu Aoi com um suspiro.

 

Todos – tirando Uruha - trocaram olhares desconfiados entre si. Afinal, ele entre todos, era o que mais apreciava a bebida alcoólica. Tanto que sempre as recebe de fãs em shows, os mais diversificados tipos de bebida.

 

- Bom, vou para casa. – Pronunciou-se Ruki por fim. – Vejo vocês depois.

- Vou com você, Ruki-chan. – Uruha pousou levemente sua mão na cabeça do pequenino loiro e sorriu. – Até já pessoal.

 

Os dois lentamente distanciavam-se dos demais, enquanto o esquisito ato de Uruha confundia a mente dos amigos.

 

- Será que eles finalmente vão assumir um relacionamento? – perguntou Aoi, passando levemente a mão entre os cabelos, soltando um outro suspiro.

- Não sei, mas já era hora, né? – respondeu Reita, envolvendo seus braços finos e musculosos na cintura de Kai, abraçando-o por trás e encostando seus lábios em seu pescoço.

- Ehh, não tô afim de segurar vela hoje. – Protestou Aoi irritado. (N/A: Ou seria enciumado? huhu) – Vamos logo, antes que vocês acabem assustando as pessoas com o que estão prestes a fazer no meio da rua.

 

-

 

- Por que não foi com eles, Uruha? – perguntou Ruki visivelmente insatisfeito com a resposta anterior.

- Ah, não sei. – respondeu, colocando as mãos atrás da cabeça enquanto andava. – Só não estava afim de beber hoje.

 

O loiro ainda não estava convencido com essa resposta. Uruha nunca perderia uma oportunidade de beber com os amigos, sem falar que ainda haveria outras pessoas a qual ele costumava beber lá. A menos que... haja outra razão, ou outra coisa mais agradável a se fazer que não esteja presente no lugar em que iam.

 

- Uruha... – Ruki o chamou, cessando seus passos na calçada já deserta.

 

O silêncio reinou, já que Uruha também havia parado junto a ele.

 

- Hm? – perguntou finalmente, estranhando a atitude do companheiro.

 

Ruki aproximou-se mais de Uruha, parando bem a sua frente, encarando seus olhos castanhos.

Ele estava sério.

 

- Por que está aqui?

- Eu já disse... – Ele não se intimidou com a frieza anormal de Ruki e continuou, mas ele o impediu de terminar.

- A verdade. – Seu tom ainda estava sério.

 

Uruha sorriu de canto, satisfeito com o pedido de Ruki. Ele fechou lentamente os olhos, e demorou um pouco para abri-los novamente.

Seu olhar se encontrou com o dele, que ainda sério esperava pacientemente por uma resposta.

 

Delicadamente, Uruha colocou suas longas mãos sobre o peito de Ruki, empurrando-o vagarosamente até um muro de uma casa próxima.

Ruki surpreendeu-se com a ação inesperada e corou com a situação. Há muito tempo ele sabia que algo verdadeiro havia crescido em seu peito por ele, mas era tímido demais para admitir para si mesmo, quanto mais para Uruha. Sem falar que, por mais que ele demonstrasse algum sentimento, não era suficiente para que Ruki se declarasse por fim.

 

Ele sentiu os pelos de seu corpo eriçarem, um arrepio peculiar o fez estremecer quando Uruha aproximou sua cabeça de seu pescoço.

 

- Você quer a verdade, não é? – Uruha sussurrou lentamente as palavras no pé de seu ouvido. – Pois então vai tê-la.

 

Ruki apertou forte a mão que encontrava-se sobre o peito de Uruha quando este tocou seus lábios mornos e umedecidos em seu pescoço. Lentamente ele passava a língua por sua pele alva, e como uma sanguessuga, começara a sugar o local em que sua boca encostara, apoiando-se com suas mãos na parede de tijolos cimentada.

 

Gemidos grossos e abafados eram ouvidos do dono da voz rouca e angelical, que com esta dava significado às letras das músicas que escrevia, enquanto uma de suas mãos estava na nuca do homem que arrancava-lhe gemidos ferozmente como produzia o forte e melodioso som da guitarra que dedilhava tão... sensualmente.

Então ele cessou, os lábios lentamente eram retirados do local antes pálido, que agora encontrava-se com uma mancha arroxeada.

 

Uruha sorriu ao ver que seu pequenino encontrava-se ofegante e com a face avermelhada depois do que fizera em seu pescoço.

 

- Você ainda não esclareceu a verdade para mim. – Ruki sorriu sarcástico ao se recompor.

- Tenho coisas a fazer antes disso... – Sorriu malicioso por fim.

 

Uruha agora prensara-o na parede com seu corpo, deixando Ruki sem nenhuma escapatória. Ótimo. Era exatamente assim que ele o queria agora. Somente sob seu controle.

 

Os lábios dele foram ao encontro dos do carnudos do pequenino loiro. Moviam-se vagarosamente um nos outros, degustando do sabor mútuo que deveriam ter agora suas bocas.

A mão de Ruki movera-se novamente para a nuca de Uruha, mas desta vez para dar sustentação aos – no momento – velozes e vorazes movimentos dos lábios.

 

Ao se separarem, ambos possuíam a respiração ofegante, descompassada.

 

- Ainda não estou convencido. – Ruki novamente sorriu irônico.

- Ainda não cheguei aonde eu queria.

 

Após a última frase, Uruha tomou Ruki em seus lábios novamente, mas, desta vez, a coisa foi diferente. Foi mais além do que mero tocar de bocas.

 

-

 

O último gemido fora alto, abafado e aliviado. Mas ao mesmo tempo, fora de prazer. Era o gemido do ápice.

 

Ruki encontrava-se debaixo dos lençóis finos, brancos, e antes imaculados da cama de seu quarto, deitado sobre o peito magro e nu, mas bem estruturado de Uruha.

 

Ainda ofegantes, os dois não cansavam-se. Continuavam a trocar caricias, beijos.

Até que, em um súbito momento de silêncio, Ruki resolveu finalmente se pronunciar.

 

- Agora você me dirá a verdade? – indagou, olhando no rosto e admirando os olhos amendoados de Uruha.

- Como se eu precisasse. – Ele sorriu revirando os olhos, passando delicadamente seus dedos longos pela face de Ruki, retirando um fio de cabelo da frente de seu rosto. – Mas se você quer mesmo ouvi-la... – Ele aproximou seu rosto de sua orelha. – Eu te amo, meu chibi.

 

A face de Ruki se avermelhou, e logo depois sua boca voltara a se movimentar com a de Uruha.

Aí está a verdade que Ruki tanto almejava: a prova de amor de Uruha, sendo sussurrada apenas em seu ouvido.

 

“Momentos felizes, tão felizes que não se transformam em palavras” – Kare Uta ~

 

                                                      Owari ~


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Notas finais do capítulo

Well, foi a minha primeira one yaoi e consequentimente a primeira postada aqui e panz, espero que gostem n_n