One Day We Will Be Remembered escrita por Paloma Machado


Capítulo 17
Let's go back to Doncaster.




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Acordei no sofá onde Zayn também estava, ele ainda estava dormindo. Me levantei bem na hora que alguém abriu a porta. Era Louis.

– Louis?

– Maddie?

– Cadê o Harry?

– Tá...

– Aqui. – apareceu Harry sorrindo.

– E o resto?

– Foram para suas respectivas casas, menos Zayn que está no sofá. – disse Harry.

– Ah. Então tá tudo bem?

– Sim. – disse Harry.

– Ok.

– E  a Eleanor como está? – perguntou Harry.

– Melhorou.

– Ah, que bom. – falou Harry.

Meu celular que ainda estava no meu bolso, começou a tocar. Era minha irmã.

– Alô?

Maddie, você vai querer ir no enterro?

– Quando?

Amanhã.

– Horas?

As 3 horas da tarde.

– Tá bom...

Está tudo bem com você?

– Na medida do possível, e vocês aí?

Na medida do possível também.

– Hm...

Maddie, você não vai querer voltar para casa?

– Não sei, Effy... Eu estou a trabalho.

Trabalho? Você realmente acha que isso é trabalho?

– Ai, Effy, não enxe. Tchau.

Se cuida.

– Você também.

Tchau.

– Tchau.

Não sei se estava preparada para ir, mas mesmo assim, eu tinha que ir.

– O enterro é amanhã. – falei.

– Você vai ir? – perguntou Harry.

– Sim. As 3 da tarde.

– Quer que a gente vá com você? Ah...

– O que?

– Não dá, nós temos um show, o dia cheio amanhã.

– Ah, tudo bem.

– Mesmo?

– É, eu tenho que entender. Vão precisar de mim?

– Não, você pode ir.

– Obrigada.

Eu queria que eles estivessem lá comigo, me apoiando, mas eu tinha que entender, eles são famosos, tem compromissos muito importantes e não teriam tempo para ir ao enterro de uma pessoa que eles mal conheciam, só Louis, mas nós estávamos meio que "brigados".

– Maddie... – disse Louis.

– Ahn? – falei.

– Desculpa por ontem. Eu devia estar te ajudando enquanto estava te dando lição de moral.

– Tudo bem, Louis, só não entendo todas essas crises que você tem. Qual é o problema?

– Eu só estou tentando proteger você.

– Louis, você não precisa me proteger dos meninos.

– É, eu sei. Desculpa. Eu sou protetor demais com as pessoas que eu amo. – disse ele, eu sorri.

– Estou vendo. Mas obrigada.

– De nada.

O abracei forte, um abraço demorado, muito bom.

– Mas, Louis, eu preciso te perguntar uma coisa.

– O que?

– Por que você simplesmente saiu correndo quando viu eu e o Zayn abraçados no meu quarto?

– Por que... Por que...

– Aí macacada! Vamos almoçar! Tá na hora de começar a preparar o almoço. Maddie, me ajuda?

– Você parece uma mãe, Harry.

– Eu sei!

– Só que a mãe não chama os filhos de "macacada". – disse Louis.

– É verdade. – falei rindo – Eu ajudo sim. O que vamos fazer?

– Strogonoff.

– Ótimo, vamos lá.

Louis pareceu aliviado por não responder a minha pergunta. Olhei para ele e falei:

– Harry te salvou dessa vez. Na próxima você vai ter que me responder.

Ele apenas riu, fui até a cozinha com Harry e começamos a fazer o almoço. Eu queria me fazer de tapada e não perceber que Louis estava com ciúmes de mim com Zayn, isso tá na cara. Mas e se for só esse extinto protetor dele? Eu posso estar me precipitando a toa. É melhor esquecer desse assunto. Ele tem namorada, a Eleanor me odeia, ponto final.

Mas e Zayn? Acabamos ficando de novo mesmo eu falando que nós só eramos "irmãos". Eu não posso negar, eu tenho algo com Zayn, eu sinto algo por ele, mas parece que é errado, que não é o certo. Eu amo o Louis, e isso não vai mudar.  Mas ele tem a Eleanor, e eu não posso fazer mais nada. Eu fiquei pensando no que a Eleanor havia falado enquanto estava bêbada ontem. Metade do que ela dizia era verdade. Eu podia estragar o relacionamento deles. Ela pedia muito para que eu sumisse, que eu não roubasse ele dela. Mas por que eu roubaria? Eu pensei nessa hipótese de eu "sumir". Talvez volta a Doncaster, rever a família de verdade. Mas eu tenho um trabalho, ou até agora, tinha.

– Maddie, eu tenho más notícias. – falou Liam chegando na cozinha.

– O que foi?

– É sobre o seu trabalho.

– Fala!

– Nossos empresários pensaram que... Vão precisar de uma pessoa mais... Digamos assim... Mais experiente. Nós nem falamos nada, eles que decidiram.

– Então eu estou despedida?

– Ham... É.

– Mas eles não podem fazer isso! – protestou Harry.

– Podem, Harry. Eles estão pensando em contratar uma equipe profissionalizada e tudo mais. Espero que não fique mal com isso, Maddie.

– Ah... E eu mal pude trabalhar direito. – falei dando uma risadinha.

– Foi mal, Mads. – disse Liam.

– Tudo bem. Eu vou ter que arranjar outro emprego então. Acho que vou voltar pra minha casa.

– Não! Você não precisa voltar pra casa. Continua aqui.

– Não, Harry, não dá. Eu não vou ficar dependendo de vocês. Não quero causar nada de mal. Vai ser melhor assim, deixa eu decidir isso, por favor. É melhor eu ir embora.

– É melhor quem ir embora? – perguntou Zayn aparecendo na cozinha.

– Eu. – falei.

– Ir embora pra onde?

– Pra minha casa.

Na verdade, a hipótese de voltar a Doncaster estava me possuindo. Eu podia usar o dinheiro que eu guardo desde os meus 10 anos e arrumar um emprego lá. Ninguém iria saber disso.

– Como assim? O que aconteceu?

– Despediram a Maddie. – disse Liam.

– Despediram quem? – agora era Louis que apareceu na cozinha.

– Eu. – falei.

– Por quê?

– Por que precisam de alguém mais profissional, foi o que eles disseram. – explicou Liam.

– Então eu vou voltar pra minha casa. – falei – É isso gente, não vou mudar de ideia.

– Mas, Maddie...

– Vai ser melhor assim, Harry.

– Se é isso que você quer, nós respeitamos, não é meninos? – falou Liam.

Eles demoraram a aceitar, apenas balançaram a cabeça em confirmação.

– Obrigada, gente. Eu juro, vai ser melhor assim. Vou arrumar minhas coisas, vou depois de amanhã.

Eles não falaram nada, apenas assentiram. Fui até o quarto, guardei todas as minhas coisas apenas deixei a roupa de cama, para dormir hoje. Eu iria para Doncaster, para a casa da minha tia, Caroline.

– Alô?

– Alô? Quem é?

– Oi, tia Carol, aqui é a Madson, lembra de mim?

Madson! Olá, querida, como vai?

– É, mais ou menos e a senhora?

Também. Pena que não poderei ir ao enterro amanhã. Me desculpe.

– Tudo bem. Eu gostaria de pedir um favor.

Pode falar.

– Eu posso morar com você?

Morar?

– É, as coisas aqui não tem dado certo, e agora...

Claro, pode sim.

– Sério?

Sim! A minha filha, Amanda, viajou para o Canadá para o intercâmbio e eu estou aqui, sozinha.

Nossa, nunca pensei que a minha tia era tão legal.

– Nossa, obrigada então! Mas posso lhe pedir outra coisa?

Sim.

– Você podia não comentar com ninguém que eu irei para aí?

Mas por quê?

– Eu quero que fique em segredo, por favor.

Tudo bem, mas terás que avisar a Lori, pelo menos.

Ai, droga.

– Ah, tudo bem. Obrigada.

Quando você vai vir?

– Irei amanhã, pegarei um trem depois do enterro, chegarei aí pelas cinco, seis horas ok?

Tudo bem, estarei esperando você na estação.

– Ok, muito obrigada, tia.

De nada, querida. Até amanhã.

– Até, beijos.

Beijos.

Desliguei o telefone, já tinha com quem ficar e onde ficar, ainda bem. Não contarei a Lori, ela vai fazer de tudo para que eu não vá, mas está certo, eu vou. Não irei contar aos meninos, vai ser melhor assim, não estragarei nada mais na vida deles.


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