– Caroline? - Vi Harry a congelar enquanto a loura sorria á porta de nossa casa - Harry! Olá.

A loura sorria como se fosse fantástica e glamorosa, mas a única coisa que eu via ali eram dois anos de sofrimento para Harry por se ter apaixonado e no final ter sido traído.

Levantei-me devagar, do sofá apesar da perna estar perfeitamente bem ainda tinha alguns hábitos de quando andava com a perna cheia de pontos.

Andei até a porta e empurrei Harry do caminho.

– Caroline? - Perguntei azeda á loura pintada - O que queres?

– Como estou de visita aqui à cidade tinha que vos visitar, não é? - Respondeu-me com mais um enorme sorriso mostrando os dentes perfeitos como pérulas.

– Estás de visita a cidade? - Perguntei sorrindo e fingindo um enorme entusiasmo, ela sorriu-me e eu disse - Que bom! Agora vais dar meia volta e vais visitar a cidade porque daqui não levas nada.

– Mas… Eu queria falar com o Harry! - Disse-me com uma voz esganiçada, pondo a mão na porta que eu segurava e que estava prestes a fechar.

– Deixa-a entrar! - Ouvi Harry dizer - Eu falo com ela.

Deixei que Caroline passasse e fosse ter com Harry que estava apenas a alguns passos de mim.

– Vou lá para cima. - Disse subindo devagar as escadas para o meu quarto. No um quarto as vozes de Harry e Caroline eram apenas um murmúrio quase inaudível.

Peguei no meu telemóvel e pus-me a jogar Tetris durante algum tempo atá ouvir a porta do quarto de Harry, que ficava á frente do meu, bater com demasiada força fazendo-me saltar na cama com o susto.

Levantei-me num salto e atirei o telemóvel para cima da cama e sai para ir falar com Harry. Dei alguns passos e bati à porta do quarto de Harry. Este não me respondeu, encostei a orelha á porta e escutei o soluçar de Harry. Ele estava a chorar pela coisa loura que há pouco tinha estado na sala sozinha com ele. Decidi bater novamente á porta com um pouco mais força mostrando que estava decidida a entrar e a falar com ele.

– Harry, abre por favor! - Disse para a porta de madeira escura. Harry não disse nada, olhei para a maçaneta da porta e decidi abri-la. 

Encontrei Harry sentado na cama, com uma almofada nas mãos. Não para ter algo a que se apoiar como as raparigas fazem, Harry tinha a almofada na mão para a amarfanhar com as mãos enquanto as lágrimas molhavam a mesma. Os olhos verdes de Harry estavam vazios e tristes. 

Olhei para Harry com atenção tentando imaginar as vezes que o tinha visto chorar, mas eram escassas. Apenas o tinha visto chorar e a ir-se a baixo daquela maneira quando viu Caroline envolvida com outro rapaz. Durante esse tempo ele fechava-se no quarto e não queria ver ninguém, não saía a não ser de casa para a escola e da escola para casa.

Agora Caroline voltara por uns momentos e todo o sofrimento que ele tinha passado tinha voltado.

Sentei-me a seu lado na cama e tirei-lhe a almofada das mãos e pu-la no seu devido lugar. 

Harry olhou-me e inclinou a cabeça, encostando-a ao meu ombro e continuou a chorar em silêncio.

– Harry… - Sussurrei levantando a sua cabeça para o olhar nos olhos. - Por favor não fiques assim. Ela é algo que não presta, ela não merece nem sequer um olhar quanto mais lágrimas tuas. - Por mais que falasse ou por mais insultos que tecesse aquela rapariga as minhas palavras pareciam não o consolar.

– Tu…tu sabes o quanto me custou. O quanto ainda me custa… - Disse com a sua voz rouca entre pequenos soluços voltou a encostar a cabeça no meu ombro.

– Eu sei… - Afaguei os seus caracóis devagar, passei a minha mão pela sua cara para limpar as lágrimas que teimavam em cair. - Infelizmente eu sei que tu ainda sofres por causa daquela rapariga.

Caroline tinha sido a única pessoa de quem Harry realmente gostara. Rachel tinha sido apenas uma aventura, assim como muitas outras. 

Harry estava frágil, mais frágil do que quando Caroline o traíra. Ao vê-lo naquele estado, como irmã mesmo que não verdadeira, eu tinha que o puxar daquele poço no qual ele parecia querer afundar-se.

Lembrei-me de uma pequena brincadeira de quando éramos mais novos, Harry fazia isto muitas vezes comigo quando eu ficava triste com alguma coisa ou com alguém. Passei a mão pelo seu rosto fazendo uma festa na sua pele branca e a seguir levantei a cabeça para ficar á altura da minha e dei-lhe um beijo na testa, a seguir na bochecha e depois no nariz.

Por momentos um sorriso apareceu no seu rosto, ele tinha-se lembrado das coisas que tínhamos passado juntos quando éramos mais novos. 

Olhou-me nos olhos intensamente eu olhei-o igualmente. A medida que o seu rosto se aproximava do meu esqueci todos os anos que passamos como irmão e irmã e deixei que ele me beijasse. Os nossos lábios encaixaram-se perfeitamente e entre leves, mas intensos movimentos deixámo-nos envolver.

Harry esqueceu Caroline e a sua visita, pareceu também esquecer-se das acusações que tinha feito a Zayn por ter feito o quer ele próprio estava a fazer. 

Passou-me a mão pelo meu longo cabelo e afastou-o todo do pescoço e beijou-me o pescoço devagar provocando-me arrepios. Sempre que os seus lábios tocavam na minha pele eu sentia arrepios. As suas mãos firmes percorreram os meus braços, as minhas costas e até os meus seios devagar fazendo a minha pele ficar pele de galinha. 

Tinha a certeza que Harry não estava com alguém á algum tempo o que o impulsionou bastante. Eu podia parar o que estava a acontecer e ir embora, mas desejo que eu tinha e de certeza que Harry sentia também superava todos os nossos princípios. Fazendo-nos não pensar nos remorsos que aquela situação toda poderia vir a provocar. 

Enquanto Harry me beijava o pescoço eu comecei a despir a sua camisola. Ele tirou-a rapidamente ficando em tronco nu e com delicadeza empurrou-me para trás para me deitar na sua cama e deitou-se por cima de mim. Á medida que Harry me beijava nos lábios eu apertava-o contra mim de tal forma que chegava a sentir dores no peito. Cravei as unhas nas suas costas despidas, apesar de saber que ele devia estar a sentir dor era evidente que sentia prazer devido aos longos gemidos que soltava.

Harry pôs um joelho de cada lado das minhas ancas e começou a tirar a camisola que eu tinha, quando me viu apenas em soutien mordeu o lábio inferior e passou as mãos desde os meus seios ate ao umbigo, a seguir com um pouco mais de urgência tirou-me o soutien e beijou-me o peito, curvei-me a medida que o prazer daqueles beijos me atingia. 

As minhas mãos percorreram os seus abdominais e pararam na braguilha das calças abri-a e puxei-as para baixo juntamente com os boxers pretos. Harry tratou do resto e em poucos segundos ambos estávamos nus. Harry lembrou-se do preservativo e esticou a mão para tirar um que tinha na mesinha de cabeceira, perguntei-me se ele sempre teve ali preservativos.

Depois de o meter olhamos um para o outro durante uns segundos, Harry deitou-se sobre mim e beijou-me o pescoço, o queixo, o canto dos lábios e depois os lábios. E a seguir com os lábios percorreu a minha bochecha ate ao lóbulo da orelha mordeu-o e sussurrou:

– Queres mesmo isto? - Levantou um pouco a cara para me olhar.

– Sim. - Respondi decididamente apertando-o contra mim. Com cuidado ele penetrou-me assim que ele o fez um suspiro involuntário saiu-me por entre os meus lábios e fechei os olhos, ele gemeu, um gemido rouco profundo.

A medida que nos envolvíamos mais, os seus gemidos tornavam-se algo bastante rouco e os meus eram altos gemidos que mostravam o quanto eu estava a gostar. Depois de algum tempo os dois atingimos o orgasmo e relaxamos um pouco. Ele saiu de cima de mim e tirou o preservativo deitou-o fora e voltou a deitar-se ao meu lado envolvendo-me com as suas mãos e beijando-me os lábios com carinho. 
Ambos adormecemos nus em cima da sua cama.