Dont Forget escrita por Lorenzo MM
2 meses depois
Acordei em um quarto de hospital, eu estava todo cheio de agulhas com soros, fios medindo batimentos cárdiacos e tudo mais. Em um sofá que estava a minha frente meu padrinho Felipe dormia de uma forma desconfortante.
- Ei. Disse para o meu padrinho com uma voz fraca. Meu padrinho acordou rapidamente, foi até a cama sentou-se perto de mim.
- Ei Demitri, ta se sentindo bem ?
- Um pouco, sinto algumas dores. O que aconteceu padrinho ?.
- Demitri você não se lembra ?
- Me lembrar do que ? O rosto do meu padrinho se enrigeceu, ficou pensativo, sério e perguntou:
- Se lembra do que Demitri ?. Foi uma pergunta difícil porque na verdade eu não me lembrava de nada, pensei um pouco mais tentando recorda o que aconteceu antes deu apagar.
- Bom, me lembro do natal e toda a família junta, todo nós fomos para a sala tirar a foto que o vô e a vó queriam, com a família toda junta.
Depois eu fui pegar o presente do vô e escorreguei na escada e bati com a cabeça no chão. O senhor não pode ir no natal porque estava viajando, a empresa levou você para a Suiça. Ele ficou encarando pensativo, abriu e fechou a boca duas vezes.
- Demitri, isso foi a seis anos atrás filho... O que aconteceu de verdade....;
Mas ele não conseguiu terminar a frase, ele só sabia me olhar com um ar de preocupação e eu não sabia o que estava acontecendo porque, como assim a última coisa que eu lembro foi a seis anos atrás ? era meio que impossível.
- Eu vou chamar o médico. Disse finalmente, saindo do quarto.
Alguns minutos depois meu padrinho voltou na companhia do médico, o médico era particularmente novo, aproximadamente com 23 anos.
- Ei Demitri, eu sou o Dr. Wiil eu acompanhei o seu caso durante esses meses, e... temos algumas coisas para conversar. Eu sei que é muito cedo para isso mais se você concordar, para mim tudo bem.
- Um momento, esses meses ? o que aconteceu realmente comigo ? e porque eu só me recordo de uma lembrança de seis anos atrás ?. As perguntas sairam rápido de mais, assim como a máquina de batimentos cardiacos apitava um pouco mais rápida.
- Demitri, você está enternado a dois meses. Você sofreu um acidente no mês de junho, sofreu o acidente com os seus pais. Uma camionete bateu no carro de vocês em uma rodovia, segundo as investigações da polícia o motorista estava errado. Você estava sem sinto e a camionete, se chocou bem no lado em que você estava. Você foi arremessado para o outro lado, quebrando o vidro e saindo pela janela. Quebrou um braço, uma perna; foi realmente muito violento o acidente, perdeu muito sangue mas ainda bem que o seu padrinho ajudou na transfusão.
A medida que eu ia recebendo as informações uma dor vinha cada vez mais forte, e a frustação deu não poder me lembrar se superou. Eu só queria saber dos meus pais no momento, não estava mais preocupado comigo.
- Onde estão meus pais ? - perguntei.
- Seus pais não aguentaram, seu pai chegou ao hospital sem vida. Sua mãe precisou de algumas cirurgias e na segunda não aquentou, eu realmente sinto muito.
- E o outro motorista. Dessa vez meu padrinho tomou a palavra.
- Não sabe ao certo Demitri, a polícia diz que quando chegaram no local do acidente não havia ninguém no outro carro. E, eles só haviam recebido a ligação em anônimo.
Então o motorista foi covarde o suficiente para não prestar ajuda, que tipo de pessoal ele seria ?, o medo de ser preso foi maior do que presta ajuda. Grande covarde, filho da puta. A raiva, frustação, medo me dominaram e comecei a chorar, eu havia perdido meus pais e eu não lembro se antes do acidente eu havia falado coisas boas para eles, ou ter feito algo bom para eles; meu pai, que sempre tive um relacionamente difícil com ele e por dentro eu queria que ele sumisse para que a minha vida fosse mais facíl agora estava morto.
Meu padrinho voltou para a minha cama, me abraçou forte. Não sabia fazer mais nada do que chorar foi horrivel. Depois de alguns minutos consegui me recuperar, e mais uma vez o médico disse:
- Demitri, já que você acordou farei alguns exames simples e se tudo der certo poderá ter auta ainda hoje.
- Quanto tempo fiquei em coma mesmo ?
- Dois meses, e só acordou agora. Não sabiamos se ia aguentar, porque você não dava sinais algum de melhora e nem de piora.
O doutor saiu e mais tarde começaram alguns exames, alguns mais rápidos que o outro. Na parte da tarde a fisioterapeuta veio até o meu quarto olho o meu braço e a minha perna, afirmou que estava tudo muito bem e passou algumas atividades para eu realiza-lás em casa.
- Demitri eu providenciei a papelada para a sua tutela, acho que seria isso que seus pais apoiariam. O advogado da sua família já esta com tudo pronto, e eu estava esperando você acorda para que ele pudesse ler o testamente que seus pais deixaram para você.
Eu também achava que era isso que meus pais queriam, meu padrinho ou tio como o chamava mais era irmão da minha mãe e melhor amigo do meu pai, desde novos. Foi o meu tio que junto os meus pais.
Meu tio era o máximo, era mais novo agora ele devia tar com 37/38 anos, me lembrava muito a minha mãe e um lado conservardo do meu pai. Ele é bem alto, cabelos castanhos claros e lisos e olhos castanhos com óculos pretos, ele simplesmente depois dos meus pais era o melhor, e agora seria meu responsável.
No final do dia o médico me deu auta, voltar a andar depois de dois meses numa cama me deixou um pouco sem jeito, meio tonto mais consegui recuperar bem rapidamente. Fomos para a casa do meu tio, que por sinal era duas ruas acima da minha casa; isso eu ainda conseguia lembrar.
Chegamos na casa dele e quando entramos ele me levou para o meu novo quarto. Depois de um banho, ter me alimentado bem quis resolver ficar sozinho no quarto para colocar as idéias na cabeça, ornganiza-lás porque a partir de agora tudo seria muito complicado.
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