Aquecimento. escrita por AyLolita


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

ESSA FIC NÃO ME PERTENCE!
Gnt obg pelas reviews *_*
Espero que gostem do cap novo =)



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- Alerta amarelo canário? Quer dizer que o pirado gostoso está a fim de você? Uh, cafetina, não sei se você tem sorte ou azar. – disse Santana, levantando-se do sofá e pegando os pratos no microondas. Continuei deitada no outro sofá, sem forças nem mesmo para erguer as mãos, de tão cheio que fora meu dia. E ainda havia Finn, que não saíra de minha cabeça nem um segundo. – Sente-se, Rachel. Quer que eu te dê na boca, também? 
- Quero. – respondi, animada com a possibilidade de continuar deitada enquanto Santana me alimentava.
- Vou ligar para o pirado. Ele adoraria te alimentar enquanto você nem tem a boa vontade de erguer uma mão. – ela disse, com uma risadinha debochada, quase alcançando meu celular antes de mim. 
- Não meta o Finn nisso. – respondi, erguendo-me de um salto. Levantando uma das sobrancelhas, Santana entregou-me um dos pratos para, em seguida, apanhar as cervejas da geladeira. 
- Já analisou a possibilidade de esse cara realmente estar gostando de você? – perguntou, abrindo as garrafas e entregando-me uma. Com a boca cheia, assenti. – E então? 
Oquiocêquéieuaça? – falei, ainda mastigando.
- O que eu quero que você faça? Quero que me diga o que aconteceria caso isso fosse verdade. – disse Santana, olhando-me por cima da garrafa.
- Eu não sei, ué. Provavelmente nada. 
- Você não está gostando desse pirado, está, Rachel? Pelo amor de Deus, ele tem um cronômetro dentro do carro, e te faz entrar e sair em dez segundos toda vez que te dá uma carona!
- Acho isso fofo. – murmurei, antes de colocar mais uma garfada na boca. Apoiei a cabeça no braço do sofá, lembrando-me que da última vez ele resolvera fazer um treinamento diferente, onde ele tinha de sair do carro e me tirar de lá bem depressa, carregando-me no colo. Sorri sem perceber e tomei uma almofadada na cara. 
- Que sorrisinho bobo é esse? Rachel...! – Santana me repreendeu, olhando em meus olhos e parecendo ver algo que a irritava.

- Ah, Sant, me deixa. – resmunguei, zangada de uma hora para outra, e fui para o meu quarto, batendo a porta depois de passar. Refreei a repentina vontade de chorar e me pus a analisar os fatos. Ele me fazia rir; gostava de sua companhia; seus tiques pareciam sempre lindos e suas manias esquisitas eram bonitinhas a meu ver. No entanto, eu não podia negar que ele era estranho, e que não tinha parado para pensar na importância (ainda que talvez não fosse muita) dele em minha vida até então. Finn aparecera e eu simplesmente aprendera a lidar com sua presença, sem analisar o que ela poderia me causar. 

Depois de um banho quente – que me ajudara a relaxar – decidi que dormir talvez fosse uma esplendorosa solução. Uma roupa confortável, cobertas e a televisão ligada em algum canal de filmes: era só disso que eu precisava. Acomodei-me, tentando prestar atenção ao que passava, mas não conseguia. O bendito alerta amarelo canário me vinha à cabeça, e então eu pensava que talvez eu tivesse sido despedida da empresa por um motivo... Um motivo que me trouxera Finn. 
Tirando-me do pré-sono, o toque estridente do celular me fez praguejar antes de atender.

- Alô.
- Rachel? Aqui é o Finn... Só liguei para saber, hm, se você está bem. Depois de hoje à tarde... Bom, eu sinto muito, não imaginava que o Josh, er... Bom, você... Você entende, não é? Me desculpe ligar a essa hora e...
- Estou bem, Finny. – respondi, interrompendo-o. Dei uma risadinha quando percebi que ele estava nervoso, e senti as bochechas corarem de imediato. – E você?
- Ah, estou bem. Mas não se preocupe. Ele não vai mais avançar contra você nem te machucar. Como estão os seus pulsos? Estão doendo? Quer que eu te leve ao hospital? – tagarelou, não me dando espaço para falar.
- Está tudo bem. Relaxa. – respondi, sorrindo sem parar.
- Tem certeza de que não quer que eu te leve ao hospital para ver esses pulsos? Estão inchados?

- Quero que me leve para tomar um sorvete. – murmurei depressa, tirando coragem do rabo (só se fosse) para falar sem gaguejar.
- Ah! De verdade? – perguntou, a voz ligeiramente mais nervosa. Com outra risadinha, mordi o polegar e olhei para a porta, de onde Santana me encarava, debochando de mim. 
- Vai à merda. – falei baixinho, para que ela se mandasse dali. – Desculpe, Finny, não foi com você. E sim, é sério.
- Quer ir agora? Vamos agora, se você quiser. – ele perguntou, parecendo ansioso. 
- São onze da noite, Finn... Melhor deixar para outra hora. 
- Posso passar aí de manhã. Te pego em casa, a gente toma o sorvete e depois podemos vir juntos para o escritório. E então podíamos almoçar, o que você acha? – questionou, a voz ligeiramente mais alta. Mordi o lábio. 
- Tudo bem. – falei, ainda rindo. – Até amanhã, então.
- Até amanhã, Rachel. Se cuide. E, bom, a sua risada é uma gracinha. Digo, er... Quer dizer, boa noite.

Antes que eu pudesse responder, ele já desligara. Provavelmente morto de vergonha, coitadinho. Pus o celular na mesinha de cabeceira e voltei a morder o lábio, sorrindo. Só percebi que soltara um gritinho quando Santana berrou do quarto dela que – apesar de estar muito feliz por eu estar desencalhando – ela precisava dormir.


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Notas finais do capítulo

Reviews?