Aquecimento. escrita por AyLolita


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

ESSA FIC NÃO ME PERTENCE!



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Um urro saiu da boca de Rachel e foi então que eu me assustei mesmo. Finn, tremendo feito vara verde, insistia em fazê-la entrar e sair em segundos de dentro do carro.

– Não vou entrar nesse carro para sair de novo, me entendeu, Hudson?! NÃO VOU.
– Rach, amor, você tem de fazer isso pra saber se está preparada e - -
– Estou parindo, pelo amor de Deus! Sei perfeitamente bem que estou preparada.

Tratei de me apressar, mas não sem antes olhá-la com divertimento, e levar Christopher e Lilly para dentro. Christopher, com seis anos, e Lilly, com dois, teriam de ficar com a tia Santana aqui esta noite, já que – para variar – Rachel estava outra vez indo para a maternidade. Chris já bem sabia como eram divertidas as noites em que tinha de ficar comigo enquanto os pais (Finn, obviamente, bem mais desesperado que Rachel) seguiam para ter um novo bebê.

– Tia, tia. Mamãe vai voltar logo, não vai? – perguntou ele, baixinho, os olhos assustados enquanto observava da janela o carro dos pais dar partida. Pude perceber que as lagriminhas já estavam quase caindo; me aproximei, ainda com Lilly no colo, e segurei sua mãozinha.
– Ora, Christopher, mas é claro que vai! Seu pai provavelmente já deve ter feito tantos treinamentos com o novo bebê, que ele deve sair da sua mãe em cinco minutos. – respondi, apertando seu nariz. Uma risadinha escapou de seus lábios ao ouvir o que eu dissera. Mais animado, sorriu-me e puxou-me para o sofá.
– Tia Sant, será que você poderia me contar outra daquelas histórias da vez passada? De quando mamãe e papai ainda não tinham o café, nem a mim?
– Mas é claro que posso! Lilly ainda não ouviu nenhuma, não é, querida? Vou contar então como seus pais se conheceram.

Os olhos da menina, pequeninos como os de Rachel, arregalaram-se (ficaram em tamanho normal, melhor dizendo, pensei com um risinho) em sinal de excitação:
– Mami era uma princesa?

Bom...


POV Rachel


Puta merda. Vida de desempregada é foda, viu. Estou tão na pindaíba que vou ter de me meter com um escritório de contabilidade. Bom, com um setor dele, ao menos. Desde que me dispensaram da empresa, as coisas têm sido bem difíceis por aqui. Ao primeiro sinal de que poderia haver chance de contrato, agarrei a oportunidade – afinal, fora a única que surgira, e eu não poderia deixar que Santana pagasse todas as despesas sozinha.

Para que as coisas fossem ainda mais emocionantes – para não dizer que tendiam ao fracasso – acordei atrasada para a maldita entrevista. Mas isso não era exatamente um problema, pensei, deixando um sorriso escapar de meus lábios. Sabia que quem me entrevistaria era o encarregado do meu setor, e não o dono do escritório. E, bendito seja, sabia que era homem. Obviamente eu não estava nada tranqüila, e meus nervos me consumiam. Mas eu sabia que, pelo atraso, me safaria.

– Bom dia. Tenho uma entrevista com o sr. Hudson. Sou Rachel Barbra Berry. – falei, sentindo o olhar da mulher me percorrer, como se pudesse me ver por trás das roupas. Se a intenção era intimidar, eles estavam quase conseguindo. Mas não comigo. Praguejei mentalmente, fingi não me importar e sorri amarelo para a velhota à minha frente.
– Está atrasada. – ela respondeu, grossa como eu esperava que ela fosse.
– Ah, mas são apenas dez minutos. Com certeza ele ainda está aí e pode me receber.

Com um muxoxo, após a ligação direta com a sala do cara, ela me deu sinal verde – a contragosto, claro.

– Obrigada, querida. – sussurrei, batendo na porta para, em seguida, entrar.
Uau. Nossa Senhora das Morenas Desempregadas e Encalhadas, UAU! Que homem é esse? Estampe um sorriso nessa cara, Rachel Berry, sua idiota, e avance. Uma perna após a outra, pausadamente, isso. Ele tem mãos grandes. Hmmm.


– Bom dia, senhorita Berry. Sou Finn Hudson, o encarregado da sua entrevista. – ele disse, levantando-se da cadeira e erguendo a mão direita para que eu apertasse. A adorável e grande mão direita. Sorri, torcendo para parecer profissional o bastante, e uni minha mão à dele. O emprego tinha de ser meu.

Hudson, então, pediu que eu me sentasse e mandou brasa. Na entrevista, digo. Após alguns minutos, alegando estar com o horário apertado, me dispensou. Caso eu fosse admitida, me telefonaria em uma semana. O que mais me chamou a atenção, entretanto, foi notar que não havia outras candidatas ao cargo quando saí. Mas, ah, deixa pra lá. Quanto menor a concorrência, maiores as minhas chances.

A ligação chegou num domingo à noite, num momento muito propício, aliás, já que Santana estava me infernizando por causa de uma baguncinha leve no meu quarto. Qual é, o quarto é meu! Tenho o direito de mantê-lo como eu bem quiser.

– Rachel, telefone! E acho bom você desligar logo essa merda porque aquelas calcinhas sujas embaixo do seu travesseiro estão gritando por limpeza! E EU NÃO VOU FALAR DUAS VEZES, ENTENDEU?

Enfurecida, ela entrava pela porta, berrando e chutando as meias que eu tinha esquecido no meio do caminho. Horrorizada com toda aquela violência, percebi - antes que ficasse entorpecida por seus gritos - que ela não tampara o fone para me sentar o esporro. Que beleza, realmente, que beleza.

– Alô. – murmurei, virando-me de costas para ela, que saiu bufando.
– Rachel Barbra Berry? Aqui é Finn Hudson... Considere-se contratada.



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem =)
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