Mais que merda! Tive tanto tempo para me preparar psicologicamente para esse casamento e justo quando estou atrasado para subir ao altar, eu venho pensar se estou pronto pra dar esse passo. Eu tive meses pra isso, mais é como se todas minhas razões fossem inúteis agora, nenhuma faz mais sentido.

Bom, eu não tinha razões concretas para me casar com Irina Denali. Apenas achava que estava na hora de assumir um compromisso sério. Eu gostava dela, muito, então por que não dar uma chance pro nosso relacionamento? Meu pedido de casamento não foi romântico. Foi simples, mas ela aceitou e não se importou quando apenas ofereci uma rosa solitária rosa branca a ela.

Olhei para Isabella, esperando que ela me ajudasse. Ela me fitou por alguns segundos e falou:

- É tão difícil pra você admitir que não queira casar?

- Talvez seja difícil eu ter que deixa-la no altar.

- Quer um abraço? – ela estendeu os braços e começou a rir – aproveita que hoje é de graça.

- Claro, por que não? – gargalhei e a abracei. Seu cheiro era inebriante e automaticamente cheirei seu pescoço fazendo com que ela se arrepiasse.

É muito eu querer algo com alguém que mal conheço, mas essa mulher mexeu comigo desde a primeira vez em que a vi – o que não passa de algumas horas – eu queria saber o gosto da sua boca, assim que meus lábios tocaram levemente a pele do seu pescoço. Posso parecer um tarado, nunca a vi em minha vida, mas quero te- lá em meus braços, clamando por mim.

- Edward, o que está fazendo? – Perplexa Isabella me empurrou oi máximo que pode. Sua reação fez com que eu voltasse a mim.

- Eu... Eu não sei o que... Desculpe.

- Meu Deus, você vai casar. Quer dizer, eu acho que você vai. O que você acha que eu sou? Acha que seria fácil ter algo a mais comigo, apenas por prazer?

- Não, eu nunca pensei nisso, jamais. Mas você é tão cheirosa, Isabella. Eu nunca senti um cheiro tão bom quanto o seu.

Ela me olhou confusa e puxou um pedaço do vestido que usava e cheirou. Aparentemente não conseguiu sentir nada.

- Você não consegue sentir, mas eu consigo. – Me aproximei dela, e puxei seu rosto ao encontro do meu. Nossos lábios quase selados, respirações descompassadas. Eu não sentia essa química com Irina, nem com nenhuma outra namorada. – Eu não pensei nada sobre você, apenas deixei guiar-me pelos sentimentos que você despertou em mim. Apenas me deixe perde-me nessa sensação ou se preferir, junte-se a mim.

Ela fechou os olhos, pôs a mão em cima da minha e selou nossos lábios. Deus, aquela sensação era tão boa. Era um beijo calmo, sem segundas intenções. Não esperava surgi algo além do que perguntas após o beijo, mas quem disse que é hora de se preocupar em alguma coisa? Estou com alguém que realmente despertou sentimentos fortes e verdadeiros em mim.

Aquele beijo não durou. Rápido demais me vi afastado dela. Ofegantes, ambos estávamos confusos com o que tinha acabado de acontecer.

- Me desculpa, eu não sei o que deu em mim. Eu não sou do tipo que beija o primeiro homem que aparece, ou vou parar na cama dele. Eu apenas... Eu... Levo você pra algum lugar.

-Isabella, eu é quem devia pedir desculpas. Eu não devia ter beijado você. Deus, eu também não sou assim. Perdoa-me.

- Não podemos apenas esquecer o que aconteceu? Eu deixo você em um hotel, ou na igreja. Só não se lembre disso, nunca mais. E pare de me chamar de Isabella. Bella é melhor.

-Ok, Bella, Eu esqueço.

Ela assentiu e ligou o carro, e no momento seguinte eu estava rumo a meu apartamento, com uma completa desconhecida que faço questão de tê-la em minha vida.