10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio
Notas iniciais do capítulo
Notas lá em baixo!
Enjoy! ;)
XOXO
- Reyna? – uma voz conhecida murmurou atrás da porta. – Oh Reyna! O que você fez?! Está machucada! – a voz exclamou.
- Hazel? – Reyna perguntou.
Era verdade, a pretora estava bastante ferida. Cortes em seus braços pingavam sangue quente. Sua estava rachada e seu cabelo, suado e bagunçado. A filha de Plutão correu para o quarto, amparando Reyna, que ameaçava cair.
- Reyna, o que houve com você? Precisamos tratar estes cortes. – insistiu Hazel. – Vá para o banheiro, tome um banho e me espere. Vou buscar o kit de primeiros socorros. – ela ordenou.
Reyna assentiu desolada e foi. Teve tempo apenas de abrandar o ódio de si mesma. Despiu-se e entrou no chuveiro, deixando que as gotas de água quente percorressem seu corpo deliberadamente. Ela puxou uma toalha que estava pendurada no box e se enxugou. Vestiu uma toga limpa e penteou os cabelos. Batidas foram ouvidas na porta e Reyna abriu. Hazel entrou, portando nas mãos uma maleta branca com uma cruz vermelha. De algum modo, a filha de Plutão sabia que Reyna não queria falar. Fez a menção para que a pretora se sentasse e começou a tratar dos ferimentos. Abriu um cantil de néctar e derramou um pouco sobre um corte profundo no antebraço da filha de Belona. Ela estremeceu um pouco ao sentir o contato do néctar com a pele machucada. Em poucos segundos todos os cortes estavam fechados, e Hazel sorriu.
- Bom, eu já vou. Cuide-se! – Hazel falou, dando uma piscada amistosa para a pretora.
Reyna fez algo que Hazel não esperava: Abraçou-a.
- Obrigada. Não sei nem como te agradecer. – A pretora falou ternamente.
Hazel sorriu surpresa e deixou-a sozinha no quarto.
Reyna suportou as lágrimas apenas pelo tempo de Hazel sair. Assim que ouviu a porta ranger e o click da fechadura, sentiu-se livre para chorar. Sem nenhuma razão aparente, segundo ela. Colocou para fora toda a tristeza que já guardara. Apenas o toc toc insistente foi capaz de fazê-la parar.
* Onomatopeia de sua preferência referente à batidas na porta *
- Já vai! – ela gritou irritada.
Lavou o rosto e respirou fundo. Engoliu as lágrimas restantes e pôs no rosto sua melhor expressão de tédio. Dirigiu-se à porta e parou, tomando coragem para abrí-la. As batidas recomeçaram e Reyna estava a ponto de quebrar a cara de quem fosse.
- Já vai! – ela respondeu impaciente, na mesma hora em que girou a maçaneta de bronze.
Ela abriu a porta, revelando a imagem de um certo filho de Júpiter, apoiado a parede.
Parou tudo, estática, enquanto tentava recobrar à consciência.
- Ja-ja-son... – ela murmurou, enrubescendo até à raiz dos cabelos. – o que você faz aqui?! – Reyna não conseguiu disfarçar a emoção. Desde a chegada, os dois mal se falaram, devido a uma discussão com um certo filho de Hefesto.
- Reyna! – ele exclamou, com um tom sincero de felicidade. – Eu estava te procurando. Onde você esteve? Não te vi quando cheguei.
“Claro, você estava ocupado demais com a Piper...” ela pensou.
- Eu vim para o quarto. Não queria ficar no meio da multidão. – ela retrucou. – E não queria dar a Octavian o gosto de me ver chorar de ciúme. – completou mentalmente.
- Hum. – ele disse. – Percy me pediu para te chamar. Ao que me parece, Vittelius convocou os pretores, para a apresentação dos recém-chegados.
Reyna voltou o olhar para a paisagem.
- Você não está animada com a ideia de ver Leo, não é mesmo? – Ele a questionou.
Reyna deu de ombros e suspirou, olhando-o interrogativamente.
Jason sorriu.
- Ele me contou. Leo é meu melhor amigo. E bom, eu sei que ele gosta de chamar atenção. E se isso te irritou.. Me desculpe. Às vezes ele é inconveniente. – Ele falou. – Eu te conheço. E sei que você detesta esse tipo de garoto. Ainda mais depois do show de hoje.
Reyna riu.
- Ele não precisava fazer aquilo. Foi repugnante! – ela falou com asco. – E aquelas garotas... Parecia que elas iam babar.
Jason riu. “O sorriso dele é tão lindo...”, ela pensava sonhadora.
- Ei! Reyna! Rey! – Jason dizia, balançando as mãos freneticamente na frente do rosto da pretora, tentando fazê-la sair de seus devaneios.
- Jason, eu estava só... pensando. O que você dizia mesmo?
- Que você irá passar uma semana trancafiada com Octavian. E ainda terá que limpar as calçadas do acampamento com uma escova de dentes. – Ele brincou.
Reyna arregalou os olhos, surpresa e confusa.
- Brincadeira! – ele admitiu. – Na verdade, eu ia te chamar para o baile. O acampamento todo está nos esperando. Troque de roupa. Vou te esperar na porta.
Ela sorriu, despedindo-se dele. Fechou a porta e começou a se arrumar.
Abriu uma gaveta e pegou um vestido preto de alças. Pôs um salto meia pata cinza e prendeu os cabelos numa trança. Aplicou minimamente um batom nude e delineou os olhos. Perfumou-se e caminhou até a porta. Estava deslumbrante. Girou a maçaneta e encontrou Jason brincado de Cara e Coroa com sua moeda espada/lança de ouro imperial. O filho de Júpiter parou subitamente, contemplando a filha de Belona.
- Você está linda! – ele elogiou-a, fazendo-a corar. – Pronta Milady? – ele perguntou, estendendo-a o braço.
- Sim, Vossa majestade! – ela respondeu.
O filho de Júpiter passou o braço envolta da pretora, que sorriu.
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Os dois desceram as escadas rapidamente para evitar o pito desnecessário do deus dos Limites. Ela deixou-se conduzir por Jason, que a segurava da maneira mais delicada possível. Esse contato casual e ao mesmo tempo distante confundia a cabeça do ex pretor. Até pouco tempo, ele não poderia se imaginar abraçando a filha de Belona. Mas agora, uma ínfima e adormecida parte de seu cérebro parecia lhe dizer que tudo era absolutamente normal. Memórias, cenas e flashbacks imploravam por atenção. Jason observando Reyna dormir. Pores-do-sol no pequeno Tibre. Um beijo. E por uma fração de segundo, Jason duvidou de seu amor por Piper. Apenas o tilintar do vento frio o fez parar de pensar, despertando-o um senso protetor que não imaginava que tivesse.
- Deuses, Reyna! Sua boca está roxa! – ele falou, passando o polegar sobre a boca púrpura da garota. – Você está com frio. – afirmou.
Reyna não protestou em deixar Jason aquecê-la. O garoto tirou o casaco e pôs sobre os ombros dela. Ela baixou a cabeça, aninhando-se nos braços desnudos do filho dos céus.
Ele passou o braço livre por sua cintura e ela pôs as mãos sobre sua nuca. Os olhos se encontraram. Reyna deu um sorriso enquanto brincava com seu cabelo louro. Ele levou as mãos ao quadril da garota, marcando-o com o polegar. Ela se deitou em seu ombro. Ele puxou o rosto de reyna para cima, encarando-a. Ele a fitou por um momento e la fechou os olho, escondendo sua íris castanha. Ele chegou mais perto, sentindo o coração acelerar. Reyna entreabriu os olhos, deixando que Jason os beijasse.
A cada segundo que o beijo aprofundava, as memórias vinham à tona, com uma riqueza de detalhes que Jason não podia imaginar. Ele sabia que por mais que amasse Piper, não podia ignorar o que sentia por Reyna.
“Se não é eterno, não é amor.” Sussurrava sua consciência. “Você não quer magoá-la, certo?” “Claro que não!” ele retrucou. “Então solte-a.” “ Mas assim vou magoá-la do mesmo jeito.” “Mas se não soltá-la, vai magoar Piper. E Reyna. Você já a magoou uma vez. Se não soltá-la, vai ser pior,” “Mas eu...”
Jason não teve tempo de terminar sua discussão mental. Rápida como um raio, a filha de Belona desvencilhou-se dele e fugiu. Correu sem rumo pela escuridão da noite.
Jason ficou parado, esperando seu cérebro processar alguma reação. Correr atrás? A esta hora, ela estaria longe. Gritar? Não, se Piper ouvisse, ficaria desolada. Algo lhe dizia para não fazer nada. “Eu te avisei. Você sabia que iria magoá-la. Torne isso mais fácil. Deixe-a correr e esqueça tudo. Você nem ao menos tem certeza de que as memórias são reais. Quem te prova isso?” Jason continuou parado, observando a Lua resplandecentemente prateada, que tornava o plano de fundo da noite um cenário de filme romântico.
Ele estava sem a jaqueta e, sua camisa encontrava-se impregnada com perfume feminino. Seus lábios estavam inchados e vermelhos. E, de alguma maneira, ainda sentia o gosto do beijo da pretora.
Por um segundo, imaginou-se namorando Reyna. Aí, Leo seria livre para ficar com Piper. E todos seriam felizes. Mas esta ideia lhe parecia distante. Sentia algo muito forte por Piper. E se por algum motivo havia amado Reyna, não foi o suficiente para ser lembrado em suas memórias roubadas. Tal como Percy, que nem por um segundo esquecera-se de Annabeth.
O ar ficava mais frígido a cada segundo, e Jason sentiu a necessidade de aquecer-se. Foi caminhando até o salão, tentando ignorar a baixa sensação térmica. No meio do caminho, próxima a uma pedra, ele encontrou sua jaqueta. Abaixou-se para pegá-la e notou que ainda estava morna, sinal de que fora tirada à pouco tempo, levando em conta o frio exorbitante. Reyna estava próxima. Cerca de 10 minutos de procura e ele a encontraria. Tentou a todo custo ignorar o pensamento. Reyna era forte e ninguém ousaria se meter com ela. Vestiu a jaqueta e rumou para o teatro.
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Eu amo vocês leitores, obrigada pelas recomendações e reviews, que me fazem acordar cedo para escrever.
Semana que vem é a minha feira de ciências. Então eu não sei com que regularidade vou poder postar. u.u Mas não se preocupem, assim que a fase turbulenta de trabalhos passar, eu volto a postar todo o dia. Se a minha garganta inflamada não me matar antes disso.
Bom, espero sugestões de encontros romântico do Leo e da Reyna. Menos praia, que já sugeriram.
XOXO
P.S: Não que eu AME a Avril, mas 4real é muito Jeyna.
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