10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Feliz dia das crianças para todos.
E fim.
Enjoy! ;)
XOXO



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- Olha que fofos! O elefante e a elefanta namorando! – Reyna falou, apontando para os animais.

                - É elefoa. – Leo contradisse.

                - Elefanta.

                - Elefoa.

                - Elefanta.

                - Elefoa.

                - Chamaremos de elefante fêmea e ponto. – ela pôs fim na discussão.

                - Sim senhora. – ele ironizou.

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                - Será que os elefantes comem amendoim? –  se perguntou Leo, prestes a jogar alguns aos animais.

                - Não. Assim que cheguei ao Acampamento Júpiter, tentei dar amendoins à Hannibal. E não deu muito certo. Digamos apenas que Octavian não apreciou as fezes do paquiderme. – ela respondeu.

                - Hannibal...fez... nele? – Leo a questionou, controlando-se para não rir.

                - Sim, Leo, exatamente isso. E por favor, não me lembre disso outra vez. Aquele maldito áugure fez um escarcéu.

                - Eu daria tudo para ver esta cena. – ele admitiu.

                - Acredite ou não, você se arrependeria. Foi absolutamente nojento. – ela argumentou.

                - Acredito em você. – ele retrucou. – Quer comer pipocas?

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                - Uma salgada, com bastante sal e leite condensado para ela, e uma doce para mim. – Ele pediu ao pipoqueiro, que atendeu prontamente o casal de namorados.

                - São três dólares. – o homem disse, entregando-lhes os sacos de pipoca.

                - Obrigada. – Leo pagou e foi embora.

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                - Pipoca salgada e com leite condensado? – ele perguntou. – De onde você tirou isso, garota?

                - Nunca provou? É uma delícia. Eu comia quando era pequena. Me ajuda a lembrar da minha infância. E do meu pai.

                - Então me deixa provar?

                - Só um pouco. E depois contente-se com a sua pipoca sem-graça. – ela brincou.

                - As vezes você é tão ou mais infantil que eu. – ele admitiu.

                - Eu nunca fingi que era um carro de corrida.

                - Idiota.

                - Também te amo. – ela ironizou

                - Eu sei.

                - Eu quero ver as lhamas. – ela disse, mudando completamente o rumo da conversa.

                - E eu quero ver os tigres. Eu quero ver se eles me reconhecem como um irmão, afinal, essas orelhinhas sexys me deixaram tão feroz quanto eles.

                - Realmente, se uma criancinha de dois anos passar por você, é capaz de rugir.

                - O amor é uma coisa linda. – ele ironizou. – Vamos ver os animais da fazenda?

                Reyna assentiu, e juntos, caminharam até um enorme campo de grama, cercado apenas por estacas de madeira. E lá dentro, dezenas de animais fofos estavam expostos para visitação.

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                - Olha que bonitinho! – Leo exclamou ao ver um filhote de coelho, sendo amamentado pela mãe.

                - Se quiser, vocês podem entrar para vê-los melhor. – avisou a bióloga que estava dentro da jaula.

                - Eu quero! Eu quero! Vamos Reyna? – ele brincou.

                - Tudo bem. Devo admitir que coelhos são fofos.

                A bióloga caminhou até a cerca e abriu uma portinha que delimitava o espaço dos animais.

                Leo saiu correndo em direção a um porquinho, que rolava pela lama. Já Reyna, ficou completamente empolgada com um carneirinho que era recém-nascido.

                - Leo! Olha que fofo! – ela exclamou, colocando o animalzinho no colo. – Eu acho que ele gostou de mim. – ela afirmou. – Está tão quietinho no meu colo.

                - Reyna, não quero estragar sua felicidade, mas ele está fazendo cocô. – Leo falou, rindo.

                - Eu não acredito! – ela reclamou, devolvendo o animal à tratadora.

                - Reyna, você exerce um enorme efeito sobre os animais. Eles realmente gostam de você. – ele foi sarcástico.

                - Haha. Muito engraçado. Vou ver os porquinhos da índia. Pelo menos eles gostam de mim. – ela respondeu irônica, dirigindo-se à uma cercilha que acomodava uns cinco roedores. Reyna abriu a portinha e adentrou o espaço. No momento que fez isso, todos os animais começaram a guinchar e roer seus sapatos, na tentativa de manda-la embora.

                - Eu não disse que os animais te amavam? – ele disse, provocando-a.

                - Você me ama.

                - Mas eu sou um animal racional.

                - Sério?

                - Por que não vai tentar ser amável com os coelhos? Talvez sejam mais simpáticos. – ele ironizou.

                Reyna lhe fez uma careta e saiu da jaula.

                - Chega de zoológico por hoje. Vamos embora. – ela afirmou decididamente.

                - Logo agora que estava ficando divertido? – ele brincou.

                - Só se for para você. E se continuar aí, vou te deixar sozinho.

                - Tá bom. Já vou. Mas podemos passar na lojinha de souvenir?

                - Tudo bem. Mas só isso.

                Leo assentiu e se retirou da jaula.

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                A loja de lembrancinhas não era nada mais que uma casa desgastada com uma antiquada placa em que se liam apenas algumas letras.

                Reyna, mesmo a contra gosto, entrou no lugar, acompanhada por Leo, que insistia comprar tudo.

                - Olha aquela camisa! Tem um leão! E pode colocar a sua foto! – ele exclamou, extasiado.

                Reyna rolou os olhos e se sentou num banco, enquanto o namorado percorria maravilhado as seções da loja, entrepassando por ela enquanto tentava debilmente rugir.

                - Quanto custa para fazer a camisa com a foto? – ele perguntou ao vendedor, que se encontrava atrás do balcão, ordenando tediosamente uma pilha de cartões de visita.

                Leo repetiu a pergunta, mas o vendedor parecia meio surdo. Tentou pela terceira vez, mas nada. Por fim, deu sum sopro nos cartões, derrubando-os no chão.

                - Não se fazem mais crianças como antigamente. – ele murmurou à si mesmo. – No que posso ajuda-lo? – ele perguntou, com uma educação forçada.

                - Eu estou à 15 minutos querendo saber o preço da camisa.

                - Eu ouvi desde a primeira vez. Apenas me fiz de surdo para que você fosse embora. – ele argumentou.

                Do fundo da loja, Reyna ria-se desdobrando-se numa gargalhada de rolando no sofá.

                - De qualquer forma, eu vou querer a camisa. E quero tirar a foto com um tigre, que nem o garotinho que acabou de sair daqui.

                - São 15 dólares. – replicou o senhor.

                - Tudo bem. Onde faço as fotos?

                - Dentro daquele quarto. Basta esperar, minha esposa não demorará nem cinco minutos.

                Leo assentiu e caminhou pelo corredor, em direção ao quarto indicado. Girou a maçaneta e abriu a porta, revelando um enorme cenário de selva, onde pendurado em um gancho, encontrava-se uma antiga fantasia de leão, que um dia já fora bonita e selvagem.

                - Com licença? – ele perguntou.

                - Já vai! – retrucou a voz de uma senhora. Provavelmente esposa do vendedor mal-humorado.

                Leo se sentou num banco e ficou esperando. Em poucos segundos, a mulher chegou, munida de uma enorme câmera fotográfica.

                - Venha cá neném! A tia só vai tirar uma foto. – ela falava, tratando-o como uma criança.

                Leo obedeceu-a e caminhou até ela, deixando-a arrumá-lo.

                A mulher lhe entregou a fantasia, que Leo vestiu por cima da roupa. Mandou-o sentar num pufe, que estava perfeitamente colocado no centro do cenário. Lhe entregou um leão de pelúcia e mandou-o fazer a pose.

                Click! Fez a câmera. A mulher sorriu e o direcionou para fora do estúdio. Caminharam lado a lado, enquanto a mulher falava alegremente sobre como ele ficaria fofo na foto.

                - Astrudes! – exclamou o homem. – Já acabou as fotos? A menina já está impaciente.

                - Sim Aristeu. A máquina está na minha mão. – ela retrucou. – Pergunte a menina se ela quer um chá.

                - Já fiz isso. Ela acabou com a garrafa térmica. Ande logo, por favor.

                - Pronto homem! Aqui estão as malditas fotos. – ele replicou, entregando-o a câmera.

                O senhor plugou-a num computador e em questão de segundos, a foto estava impressa num papel transfer.

                O velho ligou a máquina e pôs a foto sobre a camisa. Em cerca de cinco minutos, a camisa estava pronta. Ele entregou a camisa a Leo, que estava completamente extasiado.

                - Como ficou a camisa? – perguntou Reyna, curiosa.

                Leo entregou-a a blusa, com um ar orgulhoso. A garota desdobrou a peça e arregalou os olhos. Estampadas na peça estavam, em sequência, quatro fotos de Leo fazendo diversas poses animalescas. Reyna não sabia se ria ou se chorava. A roupa estava patética.

                - Ficou linda, não é? – ele perguntou.

                - Excelente. – ela ironizou.

                - Que bom, pois vou usá-la o dia todo.

                - Maravilha. – ela suspirou, caminhando para fora da loja. – Eu estava conversando com o seu Aristeu, e ele falou que há um circo aqui perto. Eu gostaria de ir.

                - Você disse circo? – ele perguntou temeroso.

                - Sim, eu disse. Está surdo ou não limpou os ouvidos?

                - Eu só queria confirmar.

                - Não me diga que tem medo de palhaços. – ela brincou.

                - Não. I-imagina. – ele gaguejou.

                - Acho bom, pois a apresentação de hoje será quase toda de palhaços.

                Leo sentiu uma tonteira súbita. Respirou fundo e tentou controlar o tremor de suas pernas.

                - Você está bem? – ela perguntou.

                - Sim.

                - Vamos?

                Leo assentiu, ainda nervoso.

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                Sobre uma enorme tenda listrada, o céu estava maravilhosamente anil. Uma fila de crianças se encontrava na bilheteria, ansiando a compra do ingresso. Malabaristas percorriam o campo, demonstrando habilidosamente seu show.

                A fila andava rapidamente, e em pouco tempo, os dois chegaram ao bilheteiro. Atrás do vidro esverdeado, uma mulher extremamente mal humorada vendia os ingressos.

                - Posso ajuda-los? – ela perguntou irritada.

                - Nós queremos dois ingressos para a apresentação de hoje, - Replicou a filha de Belona.

                - Sinto muito, mas eles acabaram. – ela afirmou, com uma falsa tristeza.

                - Viu Reyna, vamos embora. – Leo falou, aliviado.

                - Não há nenhuma cadeira sobrando? – Reyna perguntou.

                - Até temos, mas fica num lugar não muito requisitado.

                - Ótimo. Eu quero dois. Quanto é cada um?

                - São cinco dólares, mas como o lugar não é muito bom, posso cobrar apenas três dólares.

                - Maravilhoso! – Reyna aplaudiu.

                - O show começa em dois minutos. Podem entrar. – avisou a senhora, dirigindo-os até o picadeiro. – Suas cadeiras são Z1 e Z2.

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                - Onde será que estão estas cadeiras? – Reyna perguntou.

                - Eu a-acho que a mulher se enganou. Que tal irmos embora e tomarmos um sorvete? – ele sugeriu, com a voz em pânico.

                - Eu não paguei três dólares a toa. Vou assistir a este espetáculo, quer você queira ou não. – ela respondeu decidida.

                - Tudo bem.

                Reyna estreitou os olhos e achou duas cadeiras vazias.

                - Devem ser essas. – ela falou, apontado para o lugar.

                As cadeiras estavam bem próximas ao picadeiro. Ficavam a pouca distância dos palhaços, de modo que ela poderia aproveitar o show. Leo, ao contrário, não estava nem um pouco feliz. Seguiu Reyna e se sentou ao lado dela.

                O tempo passava e as crianças ficavam impacientes. Certa hora, começaram a gritar: “Começa! Começa!”

                Uma música animada soou no lugar, indicando que o show começara. Leo sentiu-se tonto. Ficou pálido. Suas pernas bambearam.

                No meio da arena entrou um homem baixo, que tinha seus cinquenta anos e vestia uma exótica calça listrada.

                - Olá criançada! – gritava ele, o som ampliado por um potente microfone. – Hoje tem marmelada?

                - Tem sim senhor! – as crianças responderam em uníssono.

                - Hoje tem palhaçada? – ele perguntou.

                - Tem sim senhor! – elas retrucaram, extasiadas.

                - Então, que comece o show! – ele gritou, alegre. As luzes se apagaram e um outro homem, baixo e esguio, caminhou até o centro. Fez uma pomposa reverência à plateia e fez inúmeras piruetas no ar.

                Leo começou a ficar mais calmo. Por enquanto, nada de palhaços.

                O homem, que vestia um tosco colant preto, deu um mortal para trás e saiu, fazendo a plateia ir ao delírio. Leo, mesmo nervoso, aplaudiu.

                Em poucos segundos, sua calma foi substituída por pânico puro. Um divertido palhaço entrou pelo corredor, enquanto uma música feliz soava ao fundo. Leo pegou a mão de Reyna e apertou-a contra o peito. Sentiu suas pernas tremerem e o suor brotar de seu corpo. O palhaço, que vestia um enorme macacão vermelho, entrou na plateia, distribuindo beijos e sorriso. As crianças riam extasiadas.

                Reyna agitava as mãos para o alto, chamando-o. O palhaço, infelizmente (ou não), não a viu e voltou ao picadeiro. Tirou de sei lá onde, uma torta de chatili e pediu um voluntário. Muitas crianças levantaram a mão. O palhaço estreitou os olhos e apontou para o filho de Hefesto.

                - Vai lá! – Reyna incentivou. – Ou está com medo? Se estiver, tudo bem.

                - Eu vo-vou. – ele gaguejou, levantando-se vagarosamente da cadeira e caminhado temerosamente em direção ao picadeiro.

                O palhaço sorriu e o abraço, e entregou-o a torta. Leo estava apavorado. Não sabia o que fazer, quando outro palhaço entrou em cena. Este trajava uma calça esvoaçante lilás e enormes sapatos. Deu oi para a plateia de pôs em Leo, um nariz vermelho.

                Isso foi a gota d’agua. Leo gritou e tirou do cinto um martelo, que tacou nos palhaços. Feito isso correu. Reyna enterrou o rosto das mãos e saiu do espetáculo, controlando-se totalmente pra não rir do garoto.

                Saindo, encontrou Leo agachado perto do pipoqueiro, que o consolava. Chegou mais perto e prendeu uma gargalhada. O garoto forte e corajoso, estava acanhado e apavorado por um misero palhaço.

                - Você está bem? – ela perguntou.

                - Agora sim. Você não faz ideia de como eles são assustadores.

                - Leo! São apenas palhaços. Não há nada assustador em narizes vermelhos e roupas extravagantes.

                - Eu tenho palhaçofobia. Com licença?

                - Toda. Mas eu queria saber o por quê.

                Leo pigarreou.

                - Quando eu tinha uns cinco anos, o circo foi na minha escola. Então o show começou. Assim como todas as crianças, eu estava feliz, vendo-os dar cambalhotas e fazerem coisas ridículas. Então me chamaram para ser voluntário. Eu fui. E então, o palhaço me deu uma tortada na cara. – ele falou seriamente.

                - Tá brincando, não é? – ela perguntou.

                - Não, estou falando seríssimo. Quando o palhaço me deu a torta, eu quase desmaiei.

                - Leo, você me mata de rir. – ela brincou. – Tudo bem, nós vamos embora. Não vou te torturar mais.

                - E vamos voltar para o acampamento? – ele perguntou.

                - Sim.

                - E se nós fossemos a um parque de diversões?

                - Excelente ideia. Eu nunca andei de roda gigante.

                - Sério? Por quê?

                - Hylla tinha medo que eu quebrasse o pescoço.

                - Minha mãe dizia a mesma coisa. Mas eu sempre fui. Então, vamos?

                Reyna assentiu, e assim, os dois rumaram para o parque.

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Digam-me, ficou bom? Me inspirei no episíodio palhaçofóbico do meu amigo. Foi patético.

O Nyah! Me odeia. Um século para postar este capítulo.

Deixando tudo de lado, propaganda básica, se quiserem, deem uma olhada da minha one shot Chrisse:

http://fanfiction.com.br/historia/279138/Foi_Quando_Eu_Descobri_Que_Te_Amo./capitulo/1

Minhas ideias estão fevilhando. Então vou começar uma fic paralela.

Se eu vou dar conta das duas? Espero que sim.

XOXO


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Notas finais do capítulo

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