As Súplicas De Um Vagabundo escrita por Maria Chinikoski


Capítulo 9
O que fazer?


Notas iniciais do capítulo

GEEEEENTE
VAMOS EXPLICAR O QUE ACONTECEU Q EU N ESCREVI...
FIQUEI SEM NET...
MATEI MEU NAMORADO ENFORCADO...
PEGUEI 2 SEMANAS NAQUELA PRISÃO DE MENORES...
MALS AEH...
:(
KKKKKKKKK
O/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268648/chapter/9

Peguei na mão dela e puxei-a pelo clube...

- Venha - eu sorria e ela riu.

- Aonde vamos?

- Quero te mostrar um lugar... - não sei porque, mas quis fazer isso.

Subimos pela escadaria e abri a porta de uma das salas do zelador, onde havia outra escada.

- Suba...

Meu sorriso era enorme. 

- O que tem lá? - perguntou ela curiosa.

- Vai ver quando chegar.

- Tenho que ir pra aula...

- Relaxa - falei, empurrando-a para as escadas e fechando a porta.

Subimos rapidamente e pude ver o brilho nos olhos dela...

Estávamos no telhado, com a mais linda vista para a cidade...

- Pedro... Isso é demais!

Peguei na mão dela e levei-a até a borda.

- Olha só! 

Ela sorriu.

- Tão alto...

Fiz a brincadeira estúpida de empurrá-la e puxá-la de volta, como se fosse jogá-la.

- Cai não..

- AHHH!

Ela agarrou no meu pescoço e começou a tremer.

- Christin?

- Medo... Medo de altura... - ela falou baixinho, se apertando mais contra mim.

Arrastei-a para longe da borda e a sentei no meu colo, enquanto eu me sentava no chão.

- Perdão - beijei sua testa e ela parou de tremer.

Aos poucos suas mãos aliviaram.

- Não faça mais isso...

- Queria ver se anjos voavam - eu ri.

- Besta! - ela riu com esforço - Eu te puxava junto e fazia você cair primeiro.

- Então o anjo quer me matar? Vou ficar com medo.

Ela tentava sorrir.

 - O anjo da morte... - riu ela;

- Já leu o livro do Pedro Bandeira? Eu que escrevi, né? - eu ri.

- Engraçadinho... Mas o livro é realmente bom...

Ficamos olhando a cidade um tempo enquanto o vento bagunçava nossos cabelos e o perfume doce dela me fazia relaxar...

- Então, o que faz de bom fora daqui?

- Hun - ela suspirou - Minha mãe trabalha em um restaurante e meu pai é professor.

- Uau.

- E você?

Parei e pensei um pouco.

- Minha mãe trabalha numa empresa estranha por ai e meu pai... Bem, esqueçamos ele - eu ri, tentando disfarçar.

Ela sorriu docemente.

- Vou ter que ir estudar... - ela se levantou.

- Também vou.

Nós ficamos um tempo nos olhando e sorrindo quando gaguejei... Merda!

- Po-posso te abraçar?

Ela riu e pulou me dando um abraço apertado.

Eu sorri e a abracei...

Descemos as escadas e eu fui com ela até perto da sala dela.

Assim que ela entrou me virei para trás sorridente e me deparei com Yuuri me olhando com uma lágrima nos olhos.

- Você... Ama ela?

------------------------------------------------------------

E como explicar se a desgraça corre mais?

Corri atrás do moreninho e o encurralei no vestiário, onde ele tentava se esconder.

Quando cheguei perto, peguei-o pelo ombro e o empurrei contra os armários, fazendo barulho, mas parei-o e fiz que ele me olhasse nos olhos.

- QUE PARAR?! QUE DROGA!

- Vai lá com ela! Você gosta dela! EU VI NOS SEUS OLHOS!

- PARA COM ISSO, RETARDADO!

- VAI LÁ COM SUA AMIGA!

- NÓS NÃO TEMOS NADA, MAS PODERIA MUITO BEM TER, AFINAL NÓS SOMOS "AMIGOS" - gritei enfatizando o AMIGOS, mas ele gritou ainda mais:

- VOCÊ ME FEZ PENSAR QUE ME AMAVA!

Silêncio...

Tudo que ouvi foi um pigarreio de trás do armário.

- Mas... O que você fez?!

Andei um pouco.

- QUEM ESTÁ AI?!

De repente viro o corredor de armários e me deparei com Leonardo, todo suado, sem camiza, me olhando com olhos arregalados e com a camisa na mão.

- E-eu já estava saindo... - ele falou assustado, virando de costas e passando rapidamente por nós.

- Viu o que você fez?!

- NÃO TENHO CULPA! A CULPA É SUA E DAQUELA SUA VADIA! - gritou Yuuri, mas eu só mirei meu punho na boca dele.

Por incrível que pareça, errei o soco, batendo meus dedos com força no armário de ferro. Só consegui pronunciar entre arfadas:

- Nunca... Mais... Chame... Ela... de... VADIA!!!

Peguei a gola da camisa dele e o soquei no armário, até que nossos olhos ficaram próximos e eu vi o medo.

- Não valçe a pena...

Larguei ele e virei.

- Você... VOCÊ É IDIOTA!!! - ele socou minhas costas.

Me virrei e agarrei seu pescoço, trazendo-o para perto de mim.

- UM IDIOTA QUE TE AMA!

Selei nossos lábios com fúria e muita contradição. No final mordi seu lábio antes que ele reagisse ao beijo e o joguei sentado no chão, indo embora.

- Tchau!

Enquanto saía de lá senti cada veia minha voltar à antiga rotina... Um garoto encrenqueiro, nada filósofo e que adora bater...

Sai com um trunfo, um sentimento de superioridade.

...

Foi quando vi ele... Leonardo, com seus cabelos cacheados cor de chocolate, bem escuros e olhos negros, me fitando perto da saída.

Ao passar, sorri de canto e sussurrei:

- Fica na sua se não quiser se arrepender....

Ele estremeceu e eu sai da escola, indo para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem!!!
:D