As Súplicas De Um Vagabundo escrita por Maria Chinikoski
Notas iniciais do capítulo
GEEEEENTE
VAMOS EXPLICAR O QUE ACONTECEU Q EU N ESCREVI...
FIQUEI SEM NET...
MATEI MEU NAMORADO ENFORCADO...
PEGUEI 2 SEMANAS NAQUELA PRISÃO DE MENORES...
MALS AEH...
:(
KKKKKKKKK
O/
Peguei na mão dela e puxei-a pelo clube...
- Venha - eu sorria e ela riu.
- Aonde vamos?
- Quero te mostrar um lugar... - não sei porque, mas quis fazer isso.
Subimos pela escadaria e abri a porta de uma das salas do zelador, onde havia outra escada.
- Suba...
Meu sorriso era enorme.
- O que tem lá? - perguntou ela curiosa.
- Vai ver quando chegar.
- Tenho que ir pra aula...
- Relaxa - falei, empurrando-a para as escadas e fechando a porta.
Subimos rapidamente e pude ver o brilho nos olhos dela...
Estávamos no telhado, com a mais linda vista para a cidade...
- Pedro... Isso é demais!
Peguei na mão dela e levei-a até a borda.
- Olha só!
Ela sorriu.
- Tão alto...
Fiz a brincadeira estúpida de empurrá-la e puxá-la de volta, como se fosse jogá-la.
- Cai não..
- AHHH!
Ela agarrou no meu pescoço e começou a tremer.
- Christin?
- Medo... Medo de altura... - ela falou baixinho, se apertando mais contra mim.
Arrastei-a para longe da borda e a sentei no meu colo, enquanto eu me sentava no chão.
- Perdão - beijei sua testa e ela parou de tremer.
Aos poucos suas mãos aliviaram.
- Não faça mais isso...
- Queria ver se anjos voavam - eu ri.
- Besta! - ela riu com esforço - Eu te puxava junto e fazia você cair primeiro.
- Então o anjo quer me matar? Vou ficar com medo.
Ela tentava sorrir.
- O anjo da morte... - riu ela;
- Já leu o livro do Pedro Bandeira? Eu que escrevi, né? - eu ri.
- Engraçadinho... Mas o livro é realmente bom...
Ficamos olhando a cidade um tempo enquanto o vento bagunçava nossos cabelos e o perfume doce dela me fazia relaxar...
- Então, o que faz de bom fora daqui?
- Hun - ela suspirou - Minha mãe trabalha em um restaurante e meu pai é professor.
- Uau.
- E você?
Parei e pensei um pouco.
- Minha mãe trabalha numa empresa estranha por ai e meu pai... Bem, esqueçamos ele - eu ri, tentando disfarçar.
Ela sorriu docemente.
- Vou ter que ir estudar... - ela se levantou.
- Também vou.
Nós ficamos um tempo nos olhando e sorrindo quando gaguejei... Merda!
- Po-posso te abraçar?
Ela riu e pulou me dando um abraço apertado.
Eu sorri e a abracei...
Descemos as escadas e eu fui com ela até perto da sala dela.
Assim que ela entrou me virei para trás sorridente e me deparei com Yuuri me olhando com uma lágrima nos olhos.
- Você... Ama ela?
------------------------------------------------------------
E como explicar se a desgraça corre mais?
Corri atrás do moreninho e o encurralei no vestiário, onde ele tentava se esconder.
Quando cheguei perto, peguei-o pelo ombro e o empurrei contra os armários, fazendo barulho, mas parei-o e fiz que ele me olhasse nos olhos.
- QUE PARAR?! QUE DROGA!
- Vai lá com ela! Você gosta dela! EU VI NOS SEUS OLHOS!
- PARA COM ISSO, RETARDADO!
- VAI LÁ COM SUA AMIGA!
- NÓS NÃO TEMOS NADA, MAS PODERIA MUITO BEM TER, AFINAL NÓS SOMOS "AMIGOS" - gritei enfatizando o AMIGOS, mas ele gritou ainda mais:
- VOCÊ ME FEZ PENSAR QUE ME AMAVA!
Silêncio...
Tudo que ouvi foi um pigarreio de trás do armário.
- Mas... O que você fez?!
Andei um pouco.
- QUEM ESTÁ AI?!
De repente viro o corredor de armários e me deparei com Leonardo, todo suado, sem camiza, me olhando com olhos arregalados e com a camisa na mão.
- E-eu já estava saindo... - ele falou assustado, virando de costas e passando rapidamente por nós.
- Viu o que você fez?!
- NÃO TENHO CULPA! A CULPA É SUA E DAQUELA SUA VADIA! - gritou Yuuri, mas eu só mirei meu punho na boca dele.
Por incrível que pareça, errei o soco, batendo meus dedos com força no armário de ferro. Só consegui pronunciar entre arfadas:
- Nunca... Mais... Chame... Ela... de... VADIA!!!
Peguei a gola da camisa dele e o soquei no armário, até que nossos olhos ficaram próximos e eu vi o medo.
- Não valçe a pena...
Larguei ele e virei.
- Você... VOCÊ É IDIOTA!!! - ele socou minhas costas.
Me virrei e agarrei seu pescoço, trazendo-o para perto de mim.
- UM IDIOTA QUE TE AMA!
Selei nossos lábios com fúria e muita contradição. No final mordi seu lábio antes que ele reagisse ao beijo e o joguei sentado no chão, indo embora.
- Tchau!
Enquanto saía de lá senti cada veia minha voltar à antiga rotina... Um garoto encrenqueiro, nada filósofo e que adora bater...
Sai com um trunfo, um sentimento de superioridade.
...
Foi quando vi ele... Leonardo, com seus cabelos cacheados cor de chocolate, bem escuros e olhos negros, me fitando perto da saída.
Ao passar, sorri de canto e sussurrei:
- Fica na sua se não quiser se arrepender....
Ele estremeceu e eu sai da escola, indo para casa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
comentem!!!
:D