As Súplicas De Um Vagabundo escrita por Maria Chinikoski


Capítulo 1
O Novo Aluno...


Notas iniciais do capítulo

Comentem.



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- VOCÊ NÃO TEM CORAÇÃO!!! - gritava ela com aquelas lágrimas sujas caindo perto de mim. Odiava as lágrimas e suas histerias. Ela me chacoalhava, mas permaneci calmo e cabisbaixo.

- Tenho - falei secamente - Mas decidi que ele não vai mais bater por você desde que o seu parou de bater por mim.

- VOCÊ É UM MONSTRO!!! - gritou ela me dando um soco fraco no peito e correndo pela porta do clube enquanto chorava.

As menininhas que assistiam pareciam querer que fingíssemos ser atores de teatro, mas não adiantava. Foi assim que perdi mais uma namorada, porém, esta era foda, gostosa, a mais linda e perfeita da escola.

Mas a dor que inrompia da minha cabeça era maior. Como se meu crânio rompesse pela minha cabeça em forma de um chifre duro e doído. Antes fosse eu um unicórnio, mas aquelas traições me deixaram com mais marcas. A este ponto já devia estar raspando o teto aquela galhada infernal e dura que eu recebia a cada dia.

- Ela é uma puta - falou meu amigo batendo em meu ombro - Vamos, Pedro. Temos que servir o clube.

Sai dali da porta depois de olhar a maldita lágrima que borrara meu sapato.

- Que inferno, Alice.

Peguei meu bule de chá, arrumei meu paletó e fui em outra mesa servir chá para as meninas mimadas desta escola rica. Eu entrei aqui por sorte, uma bolsa integral por gratidão dada ao meu pai que ajudou o dono deste lugar.

Ali era o Host Club, um clube infernal onde devíamos parecer fofos e bonitos para todas meninas e putinhas que aparecessem. Esta era a forma de ganhar dinheiro fácil;

Gabriel era o comandante da nossa milícia. Além de nós haviam os gêmeos David e Derek. São os favoritos das meninas que os chamam de fofinhos por sempre estarem agarrados, parecendo mais um casal gay. Eles fingiam-se, mas era só para o Host Club lucrar mais.

Fernando era o menininho novo que amava balinhas. Vivia agarrado à uma das meninas e às vezes elas pagavam o dobro para dar um selinho no anfitrião mais novo.

Existem outros, mas fodam-se os detalhes. Vou sair daqui.

- Pedro...? – falou toda mimada a garotinha morena – Você... Terminou?

- Sim. – falei indiferente.

- Posso... – ela corou e sussurrou em meu ouvido – Pagar um beijo?

Há. Sabia que era mais uma puta. Sorri e peguei em sua mão, levando-a para a outra sala e jogando o dinheiro dela no caixa.

Lá havia um sofá, pufes e colchões que eram todos roxos, inclusive a luz. A sala roxa era para isso em especial. Beijei-a rapidamente, sem querer sentir o gosto da boca dela, porém ainda senti um gosto de hortelã.

- Acabou seu tempo. – falei saindo, mas ela me puxou.

- Es-espere! Eu pago mais um.

Sorri. Era pelo clube, não?

Beijei-a, mas desta vez lentamente e demorado. Não me resisti ao sentir o perfume adocicado e acabei a encostando na parede, o que era proibido.

- Per-perdão – gaguejei. Por que diabos fiz isso? – Não pague. Encostei-a na parede.

Ela sorriu e tirou um saco de dinheiro do meio dos seios grandes, atirando-o na minha mão.

- Pra que isso? – perguntei vendo a quantia que valia muito mais que um beijo.

- Pra isso...

Ela havia posto as mãos nas costas e baixou o zíper do vestido, deixando-o cair no chão e revelar um corpo nu e maravilhoso. Talvez mais que o de Alice.

Eu gaguejei. Não dei nenhum passo, mas ela veio me beijar e pegou em minha bunda. Maldita puta. Me entregarei aos desejos carnais por você.

Agarrei-a com força e a coloquei no colchão enquanto ela arranhou minhas costas.

Desgraçada! Ela começou a arrancar minha camisa e estourou o botão. Eu já estava em plena ereção e ela mesma retirou minha calça, me fazendo um boquete muito bom.

Gemi baixinho e a joguei na cama de novo, agarrando-a com força e passando minhas mãos pervertidas pelo corpo dela.

Chupei seus seios grandes e fartos e fiz ela gemer, mas tapei-lhe a boca para ninguém escutar, o que nem era necessário, já que a sala era à prova de som.

Penetrei-a com força, mas um maldito toque na porta me chamou atenção e paramos.

- Se alguém descobrir estou ferrada! – falou a puta levantando, mas eu a prensei de novo.

- Ninguém vai entrar... – masturbei-a.

O toque não parava e eu tive que parar com tudo. Ela já estava vermelha e tímida.

Sai de cima dela e peguei roupa enquanto ela se vestia rápido e ia saindo desconcertada.

- Demorou em? – sussurrou Gabriel entrando lá com uma menininha e saindo rápido. Foi só um selinho.

- Pegue! – falei jogando o dinheiro pra a menina quando estava na porta do salão.

Ela riu e jogou no nosso cofre.

- É seu!

Ela saiu e eu fiquei ali, olhando sem emoção a vida passar.

Me sentei e logo as meninas vieram bagunçar-me os cabelos e me paparicar.

- Alguém está cansadinho? – perguntou uma delas me fazendo massagem.

Depois de cumprir o maldito horário no Host Club, peguei minhas coisas e fui pra aula de economia. Mas como minha vida é um inferno, tive que tropeçar num maldito novato e cair por cima dele.

Era um moreninho claro dos olhos verdes e cabelo bagunçado. Seu chiclete de banana cheirava longe e logo senti. Pulei de cima dele rápido e me segurei para não socar aquele rostinho de cinema, provavelmente quase da minha idade.

- Olha por onde anda, moleque!

- Desculpa, cara... – ele falou sem jeito, correndo pegar o material do chão.

Fui pegar o meu e, por um breve momento, nossos dedos se tocaram, mas ele não puxou a mão, do contrário, demorou um segundo antes de perceber.

- MAS QUE PORRA?! – me descontrolei e gritei.

Ele se assustou e deu uns passos para trás enquanto seu estojo caía e ele pegava-o, desconcertado.

- Me desculpe! – ele falou baixinho, baixando a cabeça e me olhando antes de correr.

- Maldito! – tinha que chorar? Agora além de pivete é um merda chorão?

O sinal bateu, senti certo remorso, mas ia deixá-lo se virar sozinho até ver o papel que ele não recolhera. Era seu horário... E o filho da puta ainda foi pelo lado errado! Sua sala era 3-B e ele foi em direção às outras.

Peguei minhas coisas, suspirando e corri atrás do moleque, enquanto o corredor se esvaziava lentamente. Depois de um tempo descobri seu paradeiro. Havia uma porta entreaberta, do laboratório. Entrei ao ouvir um choro baixinho e lá o vi, encostado nos vidros de formol.

- Se eu fosse você saía daí... O formol pode te fazer desmaiar.

Ele se assustou e tentou se esconder, mas vendo estar sem saída, ficou me olhando com medo.

- Olha, desculpa, cara. Não estava de bom humor e acabei falando coisa sem pensar. Me desculpe. Não chora, cara.

Mas ele fez menção de chorar mais. Fiz menção de ir até ele, mas desisti quando derrubei sem querer um pote com líquido roxo. Pulei a gosma e andei até mais perto do formol.

Lembrei da tática do Derek para fazer pequenos moleques chorões pararem. Me odiei e me odiarei eternamente! Parei perto e dei nele, cheio de remorso, um abraço de mal gosto.

No começo odiei e ele se assustou, mas depois ele me abraçou e enxugou as lágrimas malditas na minha camisa. Ótimo! Terei que lavar esta desgraça novamente.

- Perdão, irmão – falei com remorso da minha atitude e com nojo de pronunciar isto.

- Obrigado. Vou para a sala – ele falou enquanto limpava o nariz na ponta da sua blusa. Nojento!

Ele ia saindo quando me lembrei! O horário!

- EI, MOLEQUE! SEU HORÁRIO!

Mas como sempre algo ruim tinha que acontecer. Escorreguei quando estava bem próximo, no líquido do pote que eu mesmo quebrei. Quando escorreguei, veio a desgraça maior. Levei junto para o chão o riquinho desgraçado que havia se virado para mim na hora e, com um CAPOFT, lá estávamos nós dois no chão, comigo por cima dele novamente, mas foi diferente...

Senti meu lábio confortado e no momento que abri os meus olhos, não pude acreditar. Estava eu, maior fodão, caído no chão por cima de um moleque pouco mais novo que eu, com as pernas entre as dele e numa espécie de... Selinho...

E como desgraça pouca é bobagem, a luz do laboratório acendeu e adivinhem quem entrou?

- E aqui vamos gravar o nosso laboratório. Venham meninas. Temos que postar no blog da escola logo.

Ela paralisou ao ver a cena da qual eu ainda não me recuperara.

Alice, Susana e Eduarda. As três piriguetes que filmavam a escola com uma câmera foda, paralisadas, com a câmera apontada para mim enquanto eu tentava me levantar, mas a posição já daria muitas opiniões erradas.

- AI MEU DEUS! – falou Eduarda – Então era por isso que rejeitou a Alice?

- Eu suspeitava – disse Susana dando close em mim e no menino – Temos que passar isso para a escola.

Eu não conseguia falar. Pelo visto Alice também perdera a fala. Tentei me sentar, mas o menino fez o grande favor de pegar no meu ombro e esconder-se atrás de mim. PUTO!

Por fim finalmente Alice soltou a voz:

- Pedro... Você é gay?!


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Notas finais do capítulo

Curiosidade: A idéia inicial de Gabriel e Pedro, líderes do Host Club, era criar um clube pornô para poder pegar todas menininhas fodinhas do colégio mais rico da cidade... Porém, como não ia ser permitido e para não serem esxulsos, seu HOT CLUB foi mudado para HOST CLUB, tornando-se admirado pelas menininhas que não entendiam no começo o plano pervertido deles...
~MFBC