Primeiro Encontro: Amyoma e Tomo escrita por Sereny Kyle, Carol Matsumoto


Capítulo 1
one-shot


Notas iniciais do capítulo

essa é a quarta fic da série "Os Quatro Reis e o Forasteiro"
boa leitura



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Era sábado, Amyoma havia ficado em casa enquanto os reis haviam saído.


            “Dia de Limpeza, dia de limpeza! Por que eu?”.


Ela havia amarrado os cabelos num rabo de cavalo, com as fitas que sempre usava.


            “Eles vão se divertir pescando e eu fico aqui”.


De repente, uma voz disse, calma e pacifica.


            “Posso apostar o que a senhorita quiser de que preferiria ficar aqui a ir pescar com os outros.”.


Ela se virou e viu um rapaz de uma estatura não muito maior que ela, os cabelos despenteados e loiros, sentado na beirada da janela mais alta.


            “Quem é você?”.


Ele sorriu e perguntou.


            “Posso entrar, senhorita?”.


            “Responda-me e talvez eu deixe.”.


            “Sou Tsuroi Tomo, mas eu prefiro ser chamado de Tomo. Um... Como é que vocês dizem, mesmo? Forasteiro. Posso entrar?”.


            “Prove-me primeiro que não é uma mentira.”.


Ele sorriu e se ajeitou no peitoral da janela.


            “Bom, eu vim aqui para Ray sei lá o que, por que ouvi dizer que uma mulher ensinava alquimia. Só que eu...”.


            “Se perdeu?”.


            “Não!”.


            “Ora, não seria nem o primeiro e nem o último a se perder nessas terras. Mas disse que veio aprender alquimia com uma mulher. Sabe quem é ela?”.


Novamente ele sorriu, mas desta vez estava visivelmente constrangido.


            “Não. Mas sei seu nome, o que deve facilitar a minha busca, correto?”.


Ela acenou afirmativamente com a cabeça e se sentou.


            “Sim. Mas, diga-me. Qual é o nome desta moça. Talvez eu a conheça.”.


            Era certo que Amyoma era a única que conhecia a ciência alquímica e a dominava, mas seria divertido vê-lo se explicando.


            “Chamam-na de ‘Princesa Amyoma’. Já ouviu falar?”.


            “Pode entrar. Mas não deixe marcas, sim?”.


Ele saltou da janela para a sala, caindo de pé, ao lado da poltrona de Kinotto.


            “Falando desse jeito até parece que eu sou um cão vira-lata que você acolheu.”


            “Eles brigariam comigo se soubessem que eu deixei um estranho entrar em casa.”.


            “Eles quem?”.


            “Hajime nem tanto, mas Kinotto, Mitsoginoto e Kyuske iriam ficar possessos.”.


            “Você vive sozinha com quatro rapazes?”.


            “Sim. Tem algum problema, senhor Tsuroi?”.


            “Não, apenas não creio que uma dama tão adorável como a senhorita não se sinta desconfortável sem uma companhia feminina.”.


            “Pois saiba que eu me sinto muito bem. Mas, como voltando ao assunto, como pretende procurar à senhora alquimista?”.


            “Com muita perseverança eu sei que irei encontrá-la. E então, você conhece?”.


Amyoma sentou-se, arrumou seus cabelos e respondeu, calmamente.


            “Apenas lhe direi se me responder uma questão.”.


            “Que tipo de questão?”.


            “Como é que você imagina essa senhora alquimista?”.


            “Não sei. Para ser uma alquimista, ela deve ter no mínimo uns quinhentos anos.”.


A garota tentou não parecer ofendida, mas era inevitável.


            “Você veio para cá sozinho?”.


            “Infelizmente. Meus pais nunca quiseram que eu aprendesse alquimia. Diziam que era coisa do demônio e outras coisas assim.”.


Ela riu. Um estranho estava tão próximo dela, mas mesmo assim, ela não se sentia desprotegida ao lado dele.


            “Ah. Acabo de me lembrar que a senhorita não me disse o seu nome.”.


Ela se assustou com a pergunta. Pensava em enrolá-lo um pouco mais, mas não seria mais possível mentir.


            “Meu nome é...”.


Antes que ela pudesse terminar a frase, alguém escancarou a porta e gritou.


            “AMYOMA, CHEGAMOS! E TEM PEIXE PRA CARAMBA!”.


Ela se assustou e se levantou num impulso.


            “Eles chegaram! Você precisa sair daqui!”.


            “Você é a Amyoma? Mas... Por que não me disse isso?”.


            “A gente discute a minha desonestidade com você depois, mas agora você precisa salvar a sua vida, Tomo!”.


            Ela levou-o até a janela e, antes que ele pudesse pular, ela puxou-lhe o braço e disse.


            “Antes que você vá, eu posso te pedir um favor?”


O rosto dele expressava claramente o que ele dizia: “Você mentiu para mim, mal me conhece e já quer pedir um favor?”, mas ele ouviu-a, atentamente.


            “Você poderia aparecer amanhã? Na janela do sul às nove horas da noite? Por favor?”.


Ele sorriu, saltou até o peitoril da janela e, antes de sair, mandou um beijo para ela.


            “Adeus, Tsuroi Tomo.”.


Ela ficou olhando para a janela, até que os companheiros chegaram.


            “Hei, Mimi. Por que você não foi dar oi pra gente lá na sala, hein?”.


            “Ah? O quê? Ah! É que eu vi uma coisa estranha na janela.”.


Enquanto todos olharam da janela para ela, Hajime se arrastou até Mitsoginoto e disse.


            “Quer ver que eu assusto ela?”.


Mitsoginoto respondeu, baixinho.


            “Quero sim.”.


            “Ahã! Você estava com alguém!”.


Ela se assustou com o que ele havia dito.


            “Ah! Eu não tava com ninguém, não! Não tava não! O que te fez pensar que eu tava com alguém, hein, Hajime?”.


            “Se não estava com ninguém, por que é que você ficou tão rosinha, hein, Mimi?”


            “Eu não fiquei rosinha, Hajime!”.


            “Ah, você ficou rosinha sim, com que é que você estava, Mimi?”.


            “Até você, Kyuske?”.


E com um sorriso constrangido, Amyoma se sentou com os amigos, sem dar mais nenhum vestígio de que havia recebido alguém em casa.



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Notas finais do capítulo

mereço reviews???????????



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