11 Days escrita por Lay
I think that I Love you.
But I have to go.
-Bom dia. – a garota beijou os labios do acompanhante.
-Bom dia. – ele sorriu. – Dormiu bem?
-Tirando seus roncos. Eu dormi ótima. – ela sorriu.
-Eu não ronco. Ronco? – Jay questionou.
-Dá pra aturar. – ela riu.
-Besta. – ele bateu no braço dela.
-Besta, porem me ama. – a menina se aproximou dele.
-É né. – ele deu de ombros e a beijou de leve.
Pera, ele não discordou, ele a ama? Como assim?
-Você me ama? – a pergunta saiu rápida.
-Oi? – ele riu nervoso.
-Você me ama? – ela perguntou de novo.
-Não... Eu... – ele coçou a cabeça. – Não desgosto de você. Não mais.
-Que bom. – ela sorriu e voltou a beijá-lo.
Eles se gostavam? Agora se gostavam?
Xx
-Eu preferia me jogar do penhasco. – a loira levantou os braços.
-Me afogar na banheira. – a morena sorriu de lado.
-Cortar os pulsos com uma tesoura cega. – a ruiva falou e todos se viraram pra ela.
-Ta, você venceu. – disse a morena.
-YEAH. Próxima. – a ruiva disse pegando um papel. – Modos de se fazer coco.
-Quem escreveu essa? – perguntou Max e Tom começou a rir. – Tinha que ser.
-Na grama. – Siva deu de ombros.
-Normal demais. Dentro do ônibus, em uma sacola. – Tom falou.
-NEM ME LEMBRE DISSO. – Jay tapou o nariz como se pudesse sentir o cheiro.
-Em um copo plástico. – Laurie riu.
-ECA. – Pat bateu na amiga.
-Ah para, na hora do aperto a gente caga onde der. – Laurie se defendeu. – Não é Tom?
-ISSO AI RUIVA. – ele bateu um Hi 5 com a menina.
-Ela fala essas porcarias quando vocês estão juntos Jay? – Max perguntou.
-Não conversamos muito sabe? – Jay falou em tom malicioso e logo levou um tapa dado por Laurie.
-PROXIMA GALERA. – gritou Bessie. – Modos de se apaixonar.
Todos se viraram para Laurie.
-EU NÃO ESCREVI ISSO. – a ruiva se defendeu.
-Ta bom. Eu primeiro... – Pat falou. – Em um show. – ela sorriu para Max.
-Em um parque. – Siva falou.
-Na escola, primeiro dia de aula. – Nareesha falou sonhadora.
-Em um bordel. – Tom falou.
-QUEM SE APAIXONA EM BORDEL PARKER? – Bess questionou.
-Sei lá. – ele deu de ombros.
-Em uma aposta. – Laurie falou baixinho de modo que ACHOU que ninguém escutaria.
Todos se voltaram pra ela, mas logo desistiram de perguntar o que ela quis dizer com aquilo.
A mensagem havia sido dada.
-Modos de se cair. – Nareesha leu.
E assim a brincadeira continuou...
Xx
-ATENDE Blake. – Bessie gritou.
-Calma. – Laurence desceu as escadas correndo. – Alô.
A voz do outro lado da linha era familiar... Claro que era familiar. Era seu empresário.
-Como? – a menina se alterou. – Mas... Não, tudo bem... Tem que ser amanhã?
Bess adentrou a sala com um pote de sorvete na mão.
-Ok. Ta, tchau. – Laurie finalizou a ligação. – Não acredito.
-O que? – Bess perguntou.
-Vou ter que ir embora pela manhã. – Laurie se jogou no sofá.
-POR QUÊ? – Bess gritou.
-Meu empresário arrumou uns shows pra mim. – Laurie colocou a mão no rosto. – Ódio.
-Awn meu amor. Mas, você volta logo né? – Bess abraçou a amiga.
-Sim, acho. – Laurie entortou a boca.
-Então, vá arrumar suas malas e ligar para Jay avisando. – Bess falou.
Laurie levantou-se contra a vontade e foi para seu quarto.
Arrumou suas roupas que eram poucas e ligou para Jay.
-Alô? – ela falou quando ouviu a voz do menino.
-Oi. Quem é?
-Laurence idiota. – ela revirou os olhos.
-Oi, Laurence idiota. – ele riu. – O que quer?
-Falar contigo. – a menina se sentou na cama. – Meu empresário acabou de ligar.
-Hum?
-Eu vou embora pela manhã. – Laurie falou.
-COMO? Por quê? – o menino perguntou.
-Meu empresário agendou shows pra mim. – ela entortou a boca. – Não quero ir.
-Então fica. – ele pediu.
-Não posso. – ela fez bico.
-Quando você volta? – ele perguntou.
-Não sei. Mas juro que logo. – ela sorriu.
-Quem vai te levar no aeroporto? – ele perguntou.
-Ninguém. – a menina deu de ombros. – Vou sair cedo daqui.
-Eu te levo. – ele ofereceu. – Pode ser?
-Pode sim. Obrigado. – ela sorriu. – Jay.
-Oi.
-Eu acho que gosto, é... – Laurie procurava as palavras certas. – Deixa.
-Ok. Tchau Laurie. – ele se despediu.
-Tchau Jaybird. – ela desligou.
Contar ou não contar? Eis a questão.
Xx
-Cadê minha roupa. Droga. – Laurence reclamava enquanto saia do banheiro só de toalha.
Achou sua roupa em cima da cama e logo tratou de se vestir, foi tomar um café da manhã e fez silencio para não acordar Bessie.
Estava na hora de partir.
Já havia dito adeus a todos no dia seguinte.
Laurie levou sua mala para a sala e ligou para Jay, que iria levá-la até o aeroporto.
-Alô, já pode vir. Te espero aqui. Beijos. – ela falou e logo desligou a ligação.
Não passaram nem dez minutos e logo a campanhinha tocou.
Laurence saiu de casa com a mala em uma mão e a bolsa na outra, entregou a mala a Jay que a colocou no porta-malas.
-Preparada para voltar para seu querido Jamie? – Jay se virou para menina antes de dar partida no carro.
-Deixa de idiotice McGuiness. – ela revirou os olhos.
-Só estou dizendo a verdade, nada demais. – Jay deu de ombros.
-A verdade pra você é um monte de asneiras. – Laurence se virou pra ele.
Jay estacionou o carro em frente ao aeroporto e logo os dois desceram.
-Você ficou estressada comigo? – Jay segurou Laurie pelo braço.
-Sinceramente? – ela se virou pra ele. – Eu fiquei sim.
-Mas não tem motivos, eu fui sincero.
-Falando uma merda atrás da outra. Olá, não conheço este tipo de sinceridade.
-Para de me culpar. Não sou eu que estou te abandonando.
Ambos já se encontravam dentro do aeroporto, faltavam alguns minutos para o vôo de Laurence chegar.
-Agora eu estou abandonando? – ela apontou pra si. – Você consegue estragar tudo mesmo.
-O QUE EU ESTRAGUEI? – ele perguntou.
-Eu pensei que pudesse gostar de você, que pudesse te suportar e depois voltar pra Londres e ficar aqui. Por você. – ela colocou o dedo no peito dele. – Mas suas idiotices te fazem isso, e fazem isso comigo. Fazem eu me sentir mal. Seu idiota. Eu gostava de você a segundos atrás.
Jay sorriu, era isso que ele queria ouvir.
-Então fica. Se gosta de mim... – ele segurou a mão dela. – Fica.
-Eu gosto de você... – ela começou. – Acho até que te amo.
-VÔO DESTINO À NOVA YORK.
-Mas eu tenho que ir. – ela abaixou a cabeça. – Desculpa.
Laurie soltou sua mão da de Jay e foi em direção ao portão de embarque.
Ele ia deixá-la ir? Não podia impedi-la de seguir seus sonhos.
Laurence entrou no portão de embarque com o coração na mão, lagrimas nos olhos, mas nem olhou pra trás. Não podia se apegar a lembranças de agora.
Lembrar do que a fez bem, esquecer o que a faz mal.
Tocar a vida não é mesmo?
E então pela segunda vez, ela foi embora. Embora de Londres, embora da vida de Jay.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!