Acordo com a maior dor de cabeça pelos choros de ontem tento juntar forças para levantar e ir para o colégio. Ontem mudei o meu cabelo mas não mudou muito meu estilo. Abro meu armário e pego uma roupa... preta http://www.polyvore.com/cgi/set?id=98056474&.locale=pt-br . Saio do meu quarto e desço para tomar meu café da manhã. Minha mãe está arrumando a mesa ela se vira para me dar bom dia mas teve a mesma reação de Hardey.

–Clove Roberts o que você fez com o seu cabelo ?!- Grita

– Não ta vendo não mãe- pergunto sarcasticamente mas acho essa resposta não a agradou muito ela vem andando em minha direção acho que ela vai me bater... mas é o contrario ela veio em minha direção mas não para me bater só sinto seus braços em volta de mim primeiro fiquei sem reação mas com tudo que tenho passado nessas ultimas horas retribuo o abraço

–Sei o que aconteceu filhan Hardey saiu daqui chorando e tive que perguntar o que aconteceu.

–Sei, e ela teve que dizer não é mesmo

–Filha ela só quer o seu bem ao contrario do...

–Não fala o nome dele por favor- digo a cortando e me soltando

–Tudo bem querida, eu não falo, sente-se vamos comer- diz ela se sentando

–perdi a fome mãe. Vou indo para a escola

–Mas filha não quer esperar o ônibus chegar?

–Hoje eu quero ir andando, não é tão longe mãe- disse já saindo de casa.

É verdade eu não estou com a menor vontade de olhar para ninguém. Ficar um tempo sozinha vai ser bom pra minha cabeça. Mas não quero pensar naquele tapado do Cato nem da fofoqueira da Hardey. O barulho do meu celular tocando me tira dos meus futuros pensamentos, vou ver quem me atrapalha. Cato. Por que isso não me surpreende. Desligo o celular e continuo andando.

Depois de alguns minutos eu vejo o colégio e já espero todos olhando pra mim e com várias perguntas mas encontro o colégio quase deserto começo a me perguntar o porque mas me lembro que saí muito cedo de casa. Com toda a confusão de ontem esqueci de fazer a tarefa me sento em um banco no pátio e começo a fazer. Já estou na metade quando sinto uma mão no meu ombro mas não é uma mão de garota e sim de garoto já posso até imaginar de quem é.

–Sai daqui não posso ter um... – começo a gritar mas quando me viro não é Cato e sim Alex um garoto da mesma idade da Cato e tão forte e alto como ele, mas algumas coisas os diferenciam como os olhos de Cato são azuis e de Alex são verdes, Cato é loiro mas Alex tem um Cabelo preto -Calminha ai nervosinha, eu não vou fazer nada- ele falou rindo

– o que você está fazendo aqui?

–Bem Clove aqui é o colégio eu posso ir aonde eu quiser mas se você esta se referindo a o que eu vim falar com você a resposta é perguntar se você está doente

– Doente? Como assim- pergunto

–Bem você chegou cedo e além disso...- ele fala fazendo uma pausa

–Além disso o que? Pode falar eu não mordo- digo o encarando

–É que você está linda Clove – ele falou isso chagando mais perto

–Obrigada- disse isso dura- mas é melhor você ir eu preciso terminar meus deveres- Digo enquanto sento e abro meu caderno.

–Espera, Clove eu sei o que aconteceu com você e o Cato...

–Não fala esse nome- grito- Nunca mais quero ouvir esse nome

–Eu lamento Clove mais ainda vai ouvir muito esse nome- ele disse agora sério- pare de descontar nos outros uma dor que é só sua. Se você quiser posso te ajudar a dividir esse peso. Mas também estou oferecendo outra coisa

– E o que seria essa coisa- digo escrevendo no caderno- Eu aceitaria uma faca para enfiar no coração dele.

–Não é uma faca Clove é a minha amizade você pode contar comigo- essa conversa está me irritando

–Olha aqui eu não preciso de você! Não preciso de ninguém ! me deixa sozinha- me levantei e comecei a encarar ele novamente- Você não sabe como é a dor que eu estou sentindo, não sabe como é a pessoa que você mais amou não se importando com você

– Sei sim, e sei muito bem. Sei também que você só mudou o cabelo por causa do CATO, sei que você não quer falar com ninguém e sei que está inventado qualquer desculpa - ele fez questão de falar a palavra Cato

–Se você sabe que eu quero ficar sozinha porque não vai embora

–Por que além de saber disso sei que se isolar do mundo não é a melhor coisa. Você vai acabar explodindo assim- no momento em que ele diz isso levantei a mão e ele logo percebe isso porque a segurou, levantei a outra ele também a segurou. Eu estava muito perto dele e além disso com raiva por estar imobilizada. Esse momento me lembrou o dia em que comecei a namorar o Cato o que me deixou com mais raiva ainda. Levantei meu joelho e bati naquela parte onde o Sol não bate. Ele pareceu sentir muita dor porque soltou minhas mãos no mesmo instante e caiu no chão se contorcendo todo. Me senti um pouco mau mas não me arrependo, pego minhas coisas e saio correndo.