One More Chance escrita por Brenda Aguiar


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

minha fic ta chegando ao fiim :(



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Pov’s Emy

Louis realmente fez sua parte e falou para o Niall mandar uma mensagem para Mell. Eu estava lá quando a mensagem chegou e pude ver o rosto da garota ficando vermelho e seus olhos brilhando. Não sei sobre o que falaram, mas ficaram conversando por bastante tempo. Quando acabei de montar minha apresentação e agarota ainda conversava com o loiro, perguntei:

- Nossa, você ta falando com quem? – embora já soubesse a resposta.

- Com o seu amigo.

- Quem?

- Niall.

- Hm…

- Sabia que ele realmente trouxe presentes para nós?

- Sério?

- Ele quer vir aqui entregar. Me ajuda a arrumar a casa. Eu ainda tenho que fazer um bolo.

- Ele vai vir agora?! – entenda, a casa da Mell estava muito bagunçada.

- Ele vem às cinco.

- Temos quatro horas!

- Eu quero fazer um bolo legal.

- “Eu não gosto dele” – eu disse com uma voz fininha.

- Minha voz não é assim! – e levei uma almofadada.

Trabalhei como uma escrava. Depois de ajudá-la a limpar e arrumar a casa, tive que ajudá-la a cozinhar. Mas minha recompensa foi lamber as colheres então estava tudo bem. Exatamente às cinco horas, Niall tocou no interfone e eu atendi.

- Oi! É o Niall! – ele disse animado. – A Emy não está aí, não né? Porque o Harry me seguiu…

- Oi, Niall. – eu disse.

- Er… Oi, Emy. Você ouviu né? Então, eu mandei ele ir embora, mas ele quer falar com você. — Cala a boca você. Er, foi pro Harry, Emy.

- Sobe aí. – apertei o botão. – Mell, eu vou ficar lá em casa. O Harry está vindo aí e eu não sei se eu vou conseguir me controlar e não dar um soco na cara dele.

- Você vai me deixar sozinha com o loiro?

- Ele não morde. E além do mais, vocês se dão bem e… “Eu não gosto dele” – a voz fina voltou. Antes que ela me jogasse uma almofada, saí e fui para o meu cubículo.

- Emy! – chamou a voz de Harry saindo do elevador. Eu entrava em casa. Quando ele alcançou minha porta, eu já a havia trancado. – Emy, eu quero conversar com você.

- Sua namorada não vai gostar disso. Ela não gosta de mim, esqueceu?

- Você sabe que eu to apaixonado por ela. Então por que o que a aconteceu foi tão surpreendente para você?

Eu não acreditei nas palavras dele. Ele achava certo me usar para fazer uma vingançazinha? Eu ia estourar, mas o telefone tocou.

- Alô?

- O que você quer que a gente faça? – era a Mell.

- Nada não. Apenas comam seu bolo. Deve estar delicioso.

- Emy? – Harry do outro lado da porta.

- É a Mell. – gritei. – Está te chamando pra comer bolo.

- Eu quero falar com você primeiro.

- Você está falando comigo, não está?

- Quero olhar pra você enquanto conversamos.

- Tudo bem. – resolvi ser chata. Peguei uma foto minha e passei por debaixo da porta. – Pronto. Ele riu. Ainda bem que eu não podia ver suas covinhas, senão eu desabava e o perdoava.

- Mas você não está olhando para mim.

- Quem disse que eu quero olhar pra você?

- Ai.

- Ah vai, essa você mereceu. – ele riu novamente.

- Me perdoa. Foi sem querer. Eu não pensei antes de… E você…

- Agora a culpa é minha?

- Eu não fiz nada sozinho, pode ter certeza.

- Mas antes de eu me juntar a você, você disse que eu não ia ser “a outra”.

- Me desculpa.

- Ta desculpado. Agora saí da frente da minha porta e vai comer o bolo da Mell.

- Eu quero te ver primeiro.

- Olha pra foto.

- Emy, eu quero ser seu amigo.

- Olha, que eu ligo pra Caroline te levar daqui. – ameacei. Ele riu. – Não to brincando, eu ligo pra ela agora. Ela vem correndo, te pega pela orelha e te arrasta pra casa.

- Ela não é minha mãe.

- Então vou precisar ligar pra sua mãe? Tudo bem, eu ligo. Tenho o telefone dela. – ele riu de novo. – Para de rir! To tentando ser dramática aqui.

- A gente pode ser amigos…

- Quer ser meu amigo? Vai pro apartamento da Mell, come o bolo que fizemos e volta pra sua namorada. Assim seremos amigos.

- Mas…

- Se você continuar aqui na porta, vai continuar sendo o cara que me usou em Paris e por quem eu estava me apaixonando. Então, o que vai ser? Ele demorou para responder.

- Vou comer bolo.

- Boa escolha.

- Hey, quando foi essa foto? Que cabelo é esse?

- Foi semana passada, quando eu e o Will fomos pintar o apartamento dele. Ah, eu fiz mechas coloridas, gostou?

- Tchau. – ele disse e passou a foto por debaixo da porta. Peguei a foto do chão e voltei para o telefone. Tinha esquecido que Mell ainda estava nele.

- Por que você não desligou? – perguntei.

- E nós íamos perder a discussão?

- Nós?

- Oi, Emy. – a voz de Niall. – Você está no viva-voz. Olha quem veio comer bolo. Harry!

- Já to de saída. Mas a Emy insistiu tanto para eu comer o bolo que…

- Agora ele se importa com o que eu falo… – falei me esquecendo que estava no viva-voz. 

- Bom, acho que está na hora de desligar o telefone, né, Mell? – Niall.

- Acho que sim. – e o conhecido barulho telefônico apareceu “Tutututututu…” 

Mais a noite, fui à casa da Mell, que estava com o som ligado num volume bem alto, e, para minha surpresa e felicidade, Niall ainda estava lá.

- Boa noite, Horan.

- Oi, Emy. Vamos fazer pizza! – ele estava todo feliz.

- Mell, vem comigo aqui no seu quarto e me ajuda a procurar aquele brinco que eu perdi aqui. Mell se encontrou comigo no quarto.

- Pizza, é?

- A gente tava conversando e ele disse que estava com fome e pedi o telefone de alguma pizzaria aqui por perto. Eu disse que eram horríveis e que eu preferia fazer a pizza e ele duvidou que eu fazia pizza. Aí eu disse que ia fazer. Então chamei o Will e disse para ele chamar o Zayn, o Louis e o Liam.

- E o Harry?

- Ele foi pra casa da namorada dele. Acho que eles vão viajar. – Ai, um soco no estomago seria melhor. O que aconteceu comigo?!

- E você não ia me chamar?

- Ia te chamar quando a comida tivesse pronta.

- E você tem todos os ingredientes? Se quiser eu saio e busco…

- Fui ao mercado ontem. Comprei tudo o que tinha direito.

Ela já tinha feito a massa quando os garotos chegaram e, minutos depois deles, Will. Louis não veio porque já havia viajado com Eleanor para a casa de sua família. Então só restou 3/5 do One Direction.

- Emy e Will, vocês podem ir abrindo as massas enquanto nós recheamos?

- Ah, o trabalho braçal fica pros escravos… Entendi. – disse o primo da garota.

Mell colocou os bolos de massa na nossa frente junto com dois rolos de macarrão. E se voltou para o forno. Os outros garotos cortavam os ingredientes. Fiquei olhando para a massa sem saber o que fazer.

- Primeiro você pega o rolo. – Will como se lesse meus pensamentos. Obedeci. – E pega a massa e começa a abri-la. Não é tão difícil.

Tentei imitá-lo, mas era difícil sim. A dele estava ficando redonda, já a minha… Bom, vamos dizer que era uma figura geométrica de lados irregulares. Ele riu do meu trabalho.

- Olha. – ele colocou suas mãos em cima das minhas que seguravam o rolo e começou a abrir outro bolo de massa. – Não aperta tanto, porque assim perde a formae fica fina.

- Desculpa, chef Will.

- É uma questão de lógica. – fiquei encarando-o. – Tudo bem, eu vi um dia na TV falarem isso.

Eu ri. Depois da “aula”, consegui fazer alguma coisa. Fizemos no total, 8 pizzas. Que foram exterminadas pelos garotos. Nunca vi uma pizza acabar tão rápido!

- Estavam ótimas. – disse Zayn, batendo na barriga, quando iam embora.

- Graças a mim que abri a massa.

- Ah ta. – disse Mell. – Obrigada, Zayn.

- É sério, você podia abrir um restaurante. – Liam.

- É o que ela quer um dia. – eu respondia pela garota porque, sempre que recebia elogios, ela ficava sem palavras.

- Bom, a gente tem que ir. Amanhã vou para Irlanda. – Niall. – Obrigada pela comida, Mell. Não vejo a hora de repetir. Tchau. – e deu um beijo no rosto da garota que ficou da cor do molho de tomate. – Tchau, Emy.

E me deu um beijo também. Os outros se despediram do mesmo jeito. Will acabou não indo embora, ficamos assistindo filme até mais tarde e ele dormiu no sofá da Mell.

Pov’s Harry

Já era abril e Caroline e eu resolvemos viajar para Suíça. Eu queria um lugar mais quente para viajar, mas ela disse que lugares quentes não são românticos. Então resolvemos ir para os Alpes mesmo… O hotel era muito legal! Ficava na montanha e… era muito legal! Chegamos lá à noite, eu queria brincar (se é que me entende), mas ela disse que estava cansada da viagem.

- Mas você dormiu no avião!

- Não é muito confortável, honey. Vamos dormir, amanhã temos todo o tempo do mundo, e depois de amanhã e depois… – ela me beijou e virou-se para o outro lado.

No dia seguinte, acordamos e descemos para tomar café.

-O que vamos fazer hoje? – perguntei.

- Para o SPA.

- Mas, eu… Eu queria fazer skateboarding…

- Temos tempo para isso depois, vamos descansar primeiro.

- Mas nós descansamos ontem à noite.

Ela preferiu beber seu cappuccino ao invés de me responder. Quando tomei o meu, uma lembrança da Emy apareceu, a garota rindo de minhas piadas ruins atrás daquele balcão do café. Sacudi meus pensamentos para fora da cabeça e continuei a bebendo meu café da manhã.

O dia no SPA, foi como Caroline falou: bem relaxante. Quem eu quero enganar? Trinta minutos depois de termos começado eu já estava implorando por uma dose de adrenalina. Nem a jacuzi com Caroline me fez esquecer de que eu estava entediado. Era mais legal quando eu os caras do 1D ficamos na jacuzi, não que eu seja gay, mas… Eles conversam e zoam, já a Carol… A única coisa que me confortava era que como ela ia estar descansada, mais tarde não teria desculpa para nós não brincarmos…

Antes do jantar, ela finalmente cedeu as minhas tentativas. Fomos jantar bem tarde. Descemos para o restaurante e escolhemos uma mesa. Abri o menu e comecei apedir meus pratos para o garçom.

- Harry, tem certeza de que vai pedir isso? Não é um pouco pesado para se comer a noite?

- Acho que…

- Não vai fazer bem para você, honey.

- Mas eu to afim de comer isso…

- Faz assim… – ela pegou o menu e começou a pedir algum prato em francês que eu não conhecia. – E cancele o pedido dele, ele vai comer isso também.

- Já volto com o vinho, senhora.

- Senhorita. – corrigiu ela.

- Desculpe. – e o garçom retirou-se.

- O que foi isso? – perguntei.

Eu estava nervoso e confuso ao mesmo tempo.

- Pedi uma comida mais saudável. Você não tem se alimentado direito, honey.

- E daí? Você não é minha mãe.

- Mas é isso que os outros pensam.

- Só porque você age como se fosse! – ela abaixou a cabeça. – E por acaso eu estou tão gordo assim pra você ficar cuidando do que como?

- Claro que não… Harry, olhe – ela pegou minha mão. – Eu te amo. Sempre se lembre disso. Eu sempre vou te amar.

Não entendi porque ela estava falando aquilo, então sem ter o que responder, deu um selinho nela. A comida, se é que podíamos chamar um monte de mato de comida, chegou. Comi tudo de mau grado, a única coisa que apreciei foi o vinho que acabei bebendo demais…

No dia seguinte, acordei e a cama estava vazia. Dei uma volta pela suíte e descobri que Caroline tomava banho, fui seco abrir a porta, mas estava trancada.

- Caroline?

- Bom dia, honey. – do outro lado da porta junto com o barulho do chuveiro. – Acabei de entrar. Você se incomodaria de pedir café da manhã aqui?

- Tudo bem. – fui pegar o telefone. Pedi o café e aproveitei e perguntei por uma estação de esqui. O café chegaria em meia hora. Tornei a tentar abrir a porta do banheiro, mas ainda estava trancada.O café da manhã chegou na hora certa e Caroline ainda não tinha saído do banheiro. Eu estava morrendo de fome então comi minha parte.

- Vamos, Carol, senão não vamos ter muito tempo para esquiar…

- Ah, honey, eu não quero… Vamos outro dia…

- Não vou ficar no SPA de novo.

- Mas eu estou precisando… E depois a gente podia ficar na piscina. Ou talvez na academia.

- Você já foi ontem…

- Eu ando muito estressada. Todas aquelas fãs suas contra nosso namoro e me xingando…

DE NOVO a história das fãs?! Elas nem faziam mais isso!

- Você não vai mesmo?

- Não. – ainda dentro do banheiro.

Então eu simplesmente peguei minhas roupas e desci. Comprei uma escova de dente numa lojinha do hotel, achei um banheiro qualquer, escovei os dentes, me troquei e arrumei o cabelo. Peguei o carro e fui para a estação de esqui. Lá encontrei com um professor de skateboarding e aprendi. Fiz alguns amigos, uns alemães que estavam comemorando o ultimo ano no colegial. Voltei para o hotel bem de noite, porque eu e os alemães saímos para beber alguma coisa. Quando entrei no quarto, encontrei uma Caroline sentada na cama usando um robe de seda com os braços cruzados e cara de brava.

- Onde você estava?

- No SPA é que não.

- Muito engraçado, Harry. Você nem levou celular. E ainda me deixou sozinha! Pensei que essa viagem era pra nós ficarmos juntos.

- Você não quis vir comigo. E desde que chegamos aqui só fazemos o que você quer.

- Não é verdade.

- Ontem passamos o dia todo no SPA porque você queria, descemos para o restaurante que você quis, eu tive que comer aquela comida horrível que você escolheu…

Silencio. Tirei minha jaqueta e joguei-a em cima da mesa.

- Desculpa, honey. – ela disse enfim.

Olhei para ela que desfez o laço que fechava seu robe e apareceu com uma lingerie vermelha, fiquei olhando por alguns segundos aquele corpo. Ela sorriu e mordeu o lábio. Sacudi minha cabeça e disse:

- Vou tomar banho. – entrei no banheiro e tranquei a porta. Não, eu não sou viado, sou muito do macho, mas eu estava bravo e… Nem eu sabia o que estavaacontecendo na verdade, só sei que eu não queria brincar com ela aquela noite.

Quando sai do banheiro, fui para cama e encontrei Caroline completamente nua deitada. Deitei-me ao lado dela, virei para o lado e dormi. Eu estava com raiva dela. Ela só pensava nela mesma! Rezei para que aquele só tivesse sido um mal dia para ela e que no dia seguinte melhorasse. Naquela noite eu sonhei que eu andava de skateboarding e ao meu lado estava meu Boo Bear, o Niall e a Emy. O bobão do loiro caiu e Louis ficou para trás para ajudar. Eu e a loira chegamos juntos ao final da montanha. Ela tirou a mascara e falou alguma coisa me zoando, joguei uma bola de neve nela e começou a guerra .De repente, todos os garotos, até o Zayn e o Liam que apareceram do nada, começaram a brincar com a gente. Na manhã seguinte, Caroline me acordou e nós descemos para tomar café da manhã. Não quis pedir cappuccino nem expresso para não me lembrar da Emy, mas de nada adiantou porque o cheiro da bebida da minha namorada me fez recordar.

- Vamos esquiar hoje, honey? – parei de fitar o copo de suco e olhei para ela.

- Não quero… Acho que vou para piscina.

- Vamos para piscina. – me corrigiu. – Mas porque você não quer ir? Não é por minha causa, né?

- As coisas não giram em torno de você.

- Você ainda está bravo? Me desculpa, Harry. De verdade.

- Eu não to bravo.

- Está sim. E é a segunda vez que eu pedi desculpa e você nem fala nada.

- Desculpas aceitas. – forcei um sorriso. Ela sorriu de volta.

- Mas então, por que não vamos hoje?

Eu não podia responder “Porque não vaiser tão legal quanto no meu sonho”, então resolvi dar uma desculpinha esfarrapada.

- Ainda não usamos a piscina quente lá do lado de fora.

Ela se aproximou de mim, colocou a mão no meu rosto e começou a me beijar. Por mais estranho que estivesse me sentindo em relação a ela, não pude deixar deretribuir o beijo.

O resto do dia foi cada vez mais surpreendente para mim. Eu pensava que Caroline era uma pessoa agradável de ficar por perto, engraçada e que sempre tivesse assunto, mas era simples e assustadoramente o contrario. Pode-se dizer que ela era até chata, quer dizer, entediante. O tédio realmente só acabava quando ela começava a me beijar e coisa vai e coisa vem…

À noite, meu brother Lou ligou.

- Fala aí, Hughy.

- Barry! Quanto tempo! Estava quase morrendo aqui. – a voz dele fingia choro.

- Como estão as coisas aí em Londres?

- Ah, a gente tem saído muito. Eu até sou tio de perua à tarde.

- Perua?

- É. Perua escolar. Tem dia que eu pego a Mell e a Emy na faculdade. E os meus meninos estão bem. O Kyle ta aprendendo a cozinhar com a Mell, então eu, o Wayne e o Ian estamos engordando… E como ta aí na Suíça?

- Ah…

- Ah?! Como assim “Ah”? Era pra você falar “Nossa, Lou, ta muito legal! Eu a Caroline só não nos reproduzimos no teto por causa da maldita gravidade. E euainda andei de esqui e de skateboarding e comi pra caramba…”

- Louis.

-“… E fiquei na piscina até ficar todo enrugado e depois eu a Caroline…”

- Tomlinson!

- Fala, meu homem.

Conferi se a Caroline continuava tomando banho.

- Eu estou com uns problemas.

- Tem uma pílula azul que deve ajudar eu acho…

- Não é isso!

O que é então, pitelzinho?

- Eu e a Caroline andamos brigando e agora, sei lá, ela ta diferente.

- Como assim?

- Ela está chata, sem graça. Não ficamos mais conversando e olha que eu puxo assunto. A única coisa que fazer é ficar nos agarrando para preencher o silencio.

- E isso é ruim?

- É. Se eu só quisesse transar eu ficava com qualquer uma, mas eu quero uma namorada.

- Entendi… Mas você gosta dela, não gosta?

- Gosto, mas… O que adianta se eu não quero ficar perto dela. E ela não é a Caroline por quem eu sou apaixonado.

- Ela mudou tanto assim?

- Eu to te falando que ela ta chata. Eu não to conseguindo ser eu mesmo perto dela, e ainda eu fico lembrando… – parei de falar.

- O que? Lembra o que?

- Nada não.

- Fala, meu filho.

- Nada não. Ela desligou o chuveiro. Amanhã eu te ligo.

- Hey, fala com ela. Conversa sobre o que está acontecendo.

- Tudo bem. Tchau.

Caroline saiu do banheiro com a toalha amarrada no corpo.

- Quem era?

- Boo Bear.

- Hm… – ela se aproximou e me beijou. Eu me afastei.

- Vamos conversar. – e me sentei na cama, ela sentou no meu colo. – Tem alguma coisa estranha acontecendo entre a gente.

- O que, honey?

- Não finge que não percebeu. A gente está brigando, você mudou muito e…

- Eu não mudei. Você mudou. Mas vamos esquecer isso e… – ela se aproximou para me beijar, mas eu a afastei.

- A gente vai ter essa conversa. Eu não quero ficar brigando.

- Eu já te pedi desculpas, honey. O que mais quer que eu faça?

- Quero conversar com você. Saber o que está acontecendo com nós dois, com você…

- Eu sou a mesma de sempre, Harry. Às vezes você só está estranhando porque estamos passando mais tempo juntos…

- Não é isso.

- Você que está diferente. Está me afastando, não quer sair comigo… Você tem vergonha de mim?

- Não. – me surpreendi com a resposta. – Depois de tanto tempo, você acha que eu me envergonharia de você?

- Às vezes você gostou da idéia de sair com alguém mais jovem quando você e aquela garota foram para Paris.

E novamente, Emy aparece.

- Isso não tem nada a ver e eu disse isso pra você. Expliquei o que aconteceu. Nós não estávamos juntos!

- Eu não sou idiota, Harry. Você pode pensar que sou depois de eu ter voltado com você mesmo com sua traição, mas eu não sou idiota.

- Eu não te traí!

- Eu te perdoei. Por que você não pode me perdoar por uma coisa boba como skateboarding ou um jantar?

- Meu Deus, como foi que tudo virou minha culpa? Eu queria conversar, resolver nossos problemas, mas parece que você só está disposta jogar as coisas na minha cara.

- Eu não…

- Se alguma coisa aconteceu entre mim e a Emy, a culpa também foi sua. Você me abandonou no Ano Novo, você começou a briga que me fez viajar para Paris.Todo o nosso relacionamento foi baseado em você sendo a vitima e eu o culpado de tudo. Mas eu cansei de ser o culpado!

- Então você quer o que? Eu já te dei tudo o que eu tinha o que você quer mais?

- Nada. Não quero mais nada.

Ela se levantou da cama, com lagrimas já rolando pela sua face.

- Eu sabia que você ia me trocar por um par de peitos mais jovens.

- Não é isso. O que está acontecendo agora só tem a ver comigo e com você.

Ela respirou fundo e depois começou a chorar muito. Caroline se ficou de joelhos para mim, com as mãos no meu colo.

- Eu posso mudar, Harry. Eu faço uma plástica, vou mais para a academia, coloco silicone…

- Carol, o problema não é esse. Você é linda e não tem nada que eu mudaria em você, mas eu não… Você mudou. Seu jeito mudou. Você está meio paranóica com esse negócio de idade e… – tinha um nó na minha garganta. – Acho que o melhor pra você é não ficar comigo.

O problema não era só ela. Era eu também. Eu não fazia bem para Caroline. Ela vivia insegura e com medo de ser trocada, isso não era bom. Qualquer coisa a fazia achar que eu a deixaria. Nosso relacionamento não era nada saudável para ela. E só naquele momento eu tinha percebido isso.

- Mas…

- Esse namoro não está fazendo bem para nenhum de nós.

- Harry, me desculpa. Eu mudo. Eu volto a ser a Caroline que você conheceu no passado…

- Não tem mais concerto, Carol. Eu já te magoei. E você não pode viver com esse medo de eu te deixar ou te trocar. Não faz bem pra você. É melhor seguirmos nossos caminhos. Tenho certeza que você vai ficar melhor sem mim. Peguei as mãos dela e as beijei. Ela voltou a chorar, e a abracei, mas minutos depois ela se afastou de mim, respirou fundo e disse:

- Tudo bem. Concordo com você. Além do mais, eu tenho que pensar na minha carreira agora e… – suspirou. – Eu vou arrumar minhas coisas.

- Não. Fica aqui. Eu preciso fazer uma coisa na Inglaterra… Voltar pra casa… O resto da semana já está todo pago. Convida um amigo para vir para cá e aproveita.

- Obrigada.

Ela pegou o celular e começou a falar com alguém, não prestei atenção porque eu arrumava minha mala o mais rápido possível. Quando terminei, me despedi de Carol com um beijo na testa.

- Tchau. Divirta-se.

- Obrigada.

- E sinto muito…

- Tudo bem. É melhor assim, não é? – ela sorrindo, mas não era um sorriso verdadeiro.

- Fique sabendo que eu te amo. – eu disse e sai do quarto.

No avião fiquei feliz comigo mesmo por não ter magoado Carol tanto assim com a nossa separação. Ela ficaria bem. Era uma mulher bonita, inteligente e sexy. Ela ficaria bem.

Pov’s Mell

Ainda bem que as férias já haviam chegado. Agora eu só precisava me preocupar com o novo emprego no restaurante granfino. Eu fazia as sobremesas! Hm…

Adoro fazer sobremesas…

Bom, eu estava trabalhando eu uma maçã caramelizada, quando um dos garçons murmurou em meu ouvido que tinha um garoto querendo falar comigo. Logo penseino Niall. Ele tinha me pedido para fazer um rainbow cake para a mãe dele que estava visitando-o. O garoto tinha ficado de pegar o bolo naquele dia.

- Daqui vinte minutos, é a minha pausa. Diz pra ele me encontrar nos fundos.

No meu descanso, antes de sair pelos fundos do restaurante, soltei meu cabelo e o arrumei. Eu queria estar decente quando fosse ver o garoto. Entrei no refrigerador do restaurante, peguei a caixa do bolo e saí. Fora do restaurante, não encontrei o loiro, mas o moreno do Harry.

- Harry? – O que ele estava fazendo ali?

- Oi, Mell, tudo bem?

- Tudo sim. Trabalho novo, novo salário… – ele sorriu. – E você?

- Ah, to bem…- Fiquei sabendo que você e a Caroline terminaram…

- Isso já faz muito tempo.

- Só meses…

- Pois é.

- Pensei que logo depois que vocês terminassem, você procuraria a Emy e pediria desculpas. Aí ela aceitaria, vocês se casariam e teriam mini-Harrys e mini-Emys correndo por aí.

Ele riu com a cabeça baixa.

- Sobre isso… Eu…

- Fala logo, menino. Só tenho mais dez minutos de pausa. – ele sorriu novamente.

- Eu queria ver a Emy. Eu já fui no prédio de vocês, nada. Na faculdade, mas vocês estão de férias. Aí eu fui para o café, e o cara me disse que ele não sabia nada sobre ela. Então o Niall me disse que você estava trabalhando aqui e você é minha ultima esperança.

Para uma pessoa que fala calma e pausadamente, Harry praticamente vomitou as palavras.

- Ah, acho que não vai dar pra você ver ela não…

- Por quê?

- Bom, faz umas semanas que ela se mudou para Paris…

- Quê?!

- Ela conseguiu um trabalho como modelo por lá e eles estão pagando tudo pra ela. Até moradia. Aí ela trancou a matricula dela na faculdade e foi embora.

Harry estava evidentemente desapontado.

- Mas por que você quer falar com ela?

- Por quê? Er… Porque eu… Ai, cacete, é porque eu gosto dela.

- Ah. – lutei para não pular e gritar de alegria. – Eu posso te passar o telefone dela.

- O Niall não tem?

- Acho que não. Pelo menos não o numero francês… Acho que ele nem ta sabendo que ela foi pra lá.

- Hm, essa caixa é pra mim? – Tinha me esquecido completamente que eu estava segurando o bolo.

- Não. É do Niall. Ele disse que ia buscar, mas já que você ta aqui… – estendi a caixa para ele pegar.

- Não. Ele vem buscar. É dele. Passei o numero pro coitado e voltei a trabalhar. Depois do meu expediente, encontrei um Niall na frente do restaurante parado junto ao seu super-carro. Assobiei e ele ficou sem graça.

- Toma seu bolo, Sr. Horan. – entreguei a caixa para ele.

- Ah, Mell, obrigado. Quanto ficou?

- Não é nada.

- Ah, deixa de ser chata.

- Não sou chata. Foi um prazer fazer esse bolo. É o melhor pagamento.

- Me deixa te dar uma carona pelo menos.

- Ah, isso eu não recuso não.

Entramos no carro e ele foi dirigindo até minha casa. Nós estávamos bem amigos. Nos falávamos todos os dias e eu até saía com ele e os outros algumas vezes. Mas ficava só na amizade e eu não queria só isso com o Niall. Ele é tão… Ah, tão Niall.

Quando chegamos, ele desligou o carro e eu soltei o cinto.

- Nossa, obrigada mesmo. Você não sabe quanto tempo você me poupou. – ele sorriu.

- Não foi nada…

- Ainda estou esperando você ir comer uma sobremesa no meu restaurante.

- Agora ele é seu?

- Ah, você entendeu. – ele sorriu mais uma vez.

Abri a porta e já ia descendo, mas uma mão colocou-se no meu ombro. Quando fui me virar para olhar, o loiro já estava mais perto e ia se aproximando devagar cada vez mais. Me perdi naqueles olhos claros e só parei de prestar atenção neles, quando sua boca tocou na minha. Correspondi o beijo com a mesma suavidade com que ele começou.

- Obrigada de novo por ter me trazido aqui. – eu disse após o ultimo beijo.

- Não foi nada. – sorriu timidamente e eu também fiquei vermelha.

- Até outro dia.

- Até amanhã, Mell.

Sai do carro, entrei no prédio e comecei a fazer a dancinha da felicidade. Era praticamente igual minha dancinha da vitória, a única coisa diferente é que eu acrescentava alguns pulinhos.


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Notas finais do capítulo

legal ?



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