Pov’s Emy

Lá estava eu, uma recém chegada em Londres, já trabalhando para economia de nosso país, ou se desejarem, para a economia do dono do café. Sim, agora eu era uma garçonete e não, eu não me importava com isso. Já estava acostumada a trabalhar. Na minha antiga cidade, eu trabalhava em uma padaria até poucas semanas atrás. O pior de tudo, era que eu nem precisava trabalhar. Meu pai bancava a faculdade, minha mãe pagava o aluguel do meu cubículo e minha avó me mandava dinheiro todo o mês, e ainda tinha o dinheiro que casualmente entrava em minha conta quando me pediam para fazer umas fotos para alguma loja ou catalogo ou sei lá o que mais colocavam meu rosto. Mas, enfim, eu gostava de me manter ocupada e não queria ficar dependendo de ninguém. Eu já tinha quase 18 anos, pelo amor de Deus! Então… ah, sim… Eu estava servindo mesas num café chique no centro de Londres.

- Emy, mesa 2! – disse o Earl, o cozinheiro. Peguei o prato com panquecas e fui servir a tal mesa.

- Bom dia, senhor. – eu disse. – Não gostaria de nada para beber?

- Um café seria ótimo, mas só quando eu terminar aqui.

- Expresso?

- Por favor.

Era um sábado e eu estava fazendo hora extra. Normalmente eu trabalhava à tarde, porque de manhã estava na faculdade. Mas eu queria dinheiro, eu precisava pagar o aluguel esse mês e mostrar para minha mãe que eu podia sim trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

- Emy, tem certeza que vai agüentar? É um dia inteiro trabalhando… – era minha amiga e vizinha, Mell, foi ela que me arrumou o emprego no café.

- Ta tudo bem. Amanhã eu descanso.

- Eu venho te buscar de carro hoje à noite.

- Não precisa… Além do mais, o carro nem é seu.

- O Miguel não se importa. – era o namorado espanhol dela. Não que ela tivesse outros namorados de outras nacionalidades.

- Não precisa. É sério.

Devo ser sincera que depois do horário de almoço, eu já estava cansada. Muito cansada. No final da tarde, por um milagre divino, o café estava vazio, então encostei minha cabeça no balcão e meio que apaguei. Eu era a única garçonete de serviço, as outras tinham saído e só voltariam às sete da noite e o nosso gerente também não estava lá. Fui acordada por alguém me cutucando.

- Er… oi?

- Hã? Ah, desculpa, eu… o que gostaria? – não tive coragem de olhar na cara do cliente.

- Um café.

- Expresso?

- Por favor.

Me virei pra a maquina do café e mexi nos botões. O café ficou pronto e, ainda olhando no chão, o coloquei em cima do balcão.

- Desculpa, isso nunca aconteceu. Sinto muito mesmo. – levantei o olhar para o cliente e fiquei surpresa.

Eu o conhecia. Fazia um bom tempo, mas eu me lembrava. E também como não lembrar? Trabalhamos juntos, éramos muito amigos na época, mas agora ele era famoso, não saia das rádios e da televisão…

- Harry! – não pude deixar de sorrir quando o vi.

- Emy? – ele disse sorrindo fazendo aparecer àquelas covinhas… – O que está fazendo aqui em Londres?

- Faculdade.

- Direito, né? – concordei com a cabeça. – Nossa, você mudou… Tirou os óculos…

- Lentes de contato. Normalmente elas me ajudam a ficar acordada, mas hoje…

- Achei que estava morta, por isso te cutuquei…

- O café ta bom? – eu tinha percebido que ele só tomara um gole e depois não tocara mais nele.

- Ta sim. – disse bebendo mais um gole. – Quer alguma coisa?

- Ah, não, valeu. Eu trabalho aqui esqueceu? Eu como de graça. – outro cliente entrou. – Com licença.

Anotei o pedido das três senhoras que se sentaram na mesa 5, voltei para o balcão e comecei a fazer os dois cappuccinos e o chá.

- Mas por que você estava dormindo aqui?

- Eu trabalhei o dia todo. Das sete da manhã até agora, sem parar.

- Por quê?

- Preciso de dinheiro para o aluguel. Minha mãe está pagando, mas não quero que ela fique me sustentando o resto da vida, já basta meu pai pagar a faculdade…

- Quer dinheiro emprestado?

- Não. Ta louco?!

- Você é minha amiga. É o que os amigos fazem…

- Não nos vemos há quase dois anos. Não vou pegar dinheiro de você, Harry. Com licença. – entreguei os pedidos às mulheres.

- Querida, dois bolinhos de fruta, por favor.

- Claro. Só um minutinho. – voltei para o balcão.

- Você não mudou nada, pelo que percebi. – ele disse sorrindo e se exibindo com suas lindas covinhas. – Continua orgulhosa.

- Não é orgulho. Só não preciso de dinheiro. Você nem me conhece mais… Eu mudei, você mudou… E… Não preciso de dinheiro. – voltei a mesa 5 com opedido. Nesse instante, quatro garotas entraram

- É o Harry Styles! – exclamou uma delas.Todas foram em direção ao garoto.

- Pode tirar um foto para gente?

- Claro. – respondi. Harry sorriu com se desculpasse. – Pronto. – devolvi a câmera. Depois disso, ele deu autógrafos. As garotas ficaram lá, paradas, olhando ele tomar café. Que medo…

- Então… – ele disse.

- Falou comigo? – perguntou uma delas.

- Er…- Com licença, vocês vão consumir alguma coisa? Se não vão, sinto muito, mas não podem ficar aqui. – eu disse.

- Ah, desculpa. Acho melhor irmos… – disse uma delas.

- Tchau, garotas. – disse Harry acenando.

- Tchau, Harry. – responderam com um sorriso de orelha a orelha.

- Obrigado. – ele agradeceu depois que todas elas saíram. – Não sei por que elas gostam de nos ver comendo.

- Fãs… quem os entende? Por exemplo, os meus fãs…

- Você tem fãs agora?

- Claro que sim. Meus bichinhos de pelúcia adoram quando eu canto. – ele riu. – Por que você está rindo dos meus fãs?

- Desculpa… – ele ficou me olhando e sorrindo ao mesmo tempo.

- Quer outro café? – quando vi que sua xícara estava vazia.

- Ah, não obrigado. Só tomei esse para acordar. Tenho uma coisa hoje à noite… Hey, por que você não toma um para acordar?

- Odeio café… A única coisa que gosto nele é o cheiro… Gostaria de mais alguma coisa?

- Não, obrigado. – o celular dele tocou.

– Hey, Boo Bear…Peguei a xícara vazia e fui para a cozinha.

- Deixa que eu lavo, Emy. – disse Carlos, outro cozinheiro.

- Não precisa. Estou sem fazer nada mesmo.

- Volta pra lá. Acho que chegaram outros clientes.

- OK… Pois não, senhor?

- Um chá. – voltei para o balcão e comecei a preparar o pedido.

- Emy, tenho que ir. Foi bom te ver… – Harry levantou-se. – A gente devia se ver um dia desses quando você não estiver se matando de trabalhar. – eu ri.

- Claro, seria legal.- Quanto deu?

- São £2,50.

- Me passa seu telefone? – ele perguntou enquanto pegava a carteira. Escrevi em um guardanapo e entreguei a ele ao mesmo tempo em que ele me dava o dinheiro.– Até mais então.

- Hey, espera. Seu troco.

- Não precisa.

- Você não vai me dar £17,50 de gorjeta. É demais… Toma seu troco. Ele voltou para pegar o dinheiro sorrindo. Ele e aquelas covinhas…

- Tchau, Emy. – me abraçou mesmo com o balcão no meio. – Até mais.

- Não vai deixar nenhuma moeda de gorjeta… – brinquei e ele riu. – Acho que meu atendimento merece uma moedinha…

- Até mais. – ele colocou a moeda sobre o balcão e saiu.

Pov’s Harry

Foi bom ter encontrado com a Emy. Me fez lembrar como é ficar perto de pessoas normais, com vidas normais. Normalmente eu convivia com gente muito rica,muito estilosa e que só falava das coisas boas da vida. Não que isso fosse ruim, mas era bom conversar com alguém que tinha que trabalhar duro, estudar para afaculdade e conseguir dinheiro para o aluguel. Fui para casa me encontrar com o resto dos garotos. Nós íamos sair àquela noite.

- Vas happening, Harry? – gritou Zayn no momento que passei pela porta. Joguei as chaves do carro nele sorrindo.

– Ai!- Que cafezinho demorado… – disse Liam que jogava em seu Nintendo DS 3D. Olha a propaganda!

- Lembram daquela garota que eu falei… a da padaria…?

- Aquela por quem você era apaixonado? – perguntou Niall parecendo uma criança, como sempre.

- Isso. – respondi sentindo meu rosto queimar. Era verdade, eu já fui apaixonado pela Emy.

-Que tem ela? – Liam.

- Encontrei com ela hoje. Lá no café. Ela está trabalhando lá agora.

- Sério? E vocês… – Louis e começou a levantar e abaixar as sobrancelhas.

- Claro que não! Ele está namorando a Caroline. – disse Liam. Aquele namorado fiel… Coitado.

- Não, mas eu peguei o telefone dela.

- Ela ainda é bonita? – Zayn com suas perguntas idiotas…

- Não não, é um tribufu. Com pêlo na orelha, gordura caindo por todo lado, sem três dentes… – disse Louis.– É claro que ela é bonita, Zaynster…

- Como você sabe? – perguntei.

- Você tem bom gosto, cara. Qualquer um que namora comigo tem bom gosto. Você não viu como eu sou maravilhoso? – colocou o dedo na boca e piscou para mim. Esse era meu Boo Bear…

- Vai encontrar com ela de novo? – Niall.

- Acho que sim. Ela era uma boa amiga e… bom, ela é legal.

- Você quer dizer: legal. – na ultima palavra Zayn desenhou no ar a silhueta de uma mulher com corpo violão.

- Isso também. Troquei de roupa e saímos. Aproveitei bem a noite, mas devo admitir que foi tudo mérito do café, se não fosse por ele, tinha desmaiado de sono antes da meia noite. Outro dia, eu e Niall estávamos andando por Londres procurando uma loja especializada em saiote escocês. Apostamos quem conseguia arrotar mais alto e os dois perdedores teriam que usar os tais saiotes. Eu fui o penúltimo e Niall, o ultimo, então…

- Já andamos pra caralho e não achamos essa coisa. – reclamei.

- Estranho… Na Escócia tem tantos, quando fui lá com meus pais…

- Sério, Kyle? Que na Escócia tem saiotes escoceses? . Bom pra quem não sabe, nós nos chamamos por nomes diferentes. Eu sou o Barry, Niall é o Kyle, Louis é o Hughy, Liam, o Ian, e Zayn é o Wayne.

- Juro por Deus! – eu ri e ele riu junto. Nessa hora passamos em frente ao café da Emy. Bom, eu não tinha ligado pra ela, mas não é por falta de vontade, é que eu tinha perdido o telefone dela. O guardanapo estava dentro da minha jaqueta que mandamos lavar na lavanderia, quando ela voltou, o guardanapo tinha sumido.

- Vamos entrar? –perguntei.

- É esse o café daquela garota? – o bom era que Niall tinha uma boa memória. Concordei com a cabeça.

– O que você ta esperando então? Entrei no restaurante, estava cheio. Emy atendia alguém no balcão.

- Não ta dormindo hoje? –perguntei quando ela guardava dinheiro no caixa.

- Oi, Harry! Tudo bem? – perguntou ela sorrindo.

- To sim. E você? Se matando de trabalhar ainda?

- Com licença. – ela foi entregar o pedido de um cliente na mesa dele.

- Ela é muito bonita. – disse Niall seguindo a garota com os olhos. – E gostosa também.

- Eu sei. Agora para de secar a menina.

- Então… – quando ela voltou.

– Se eu estou bem? Estou ótima!

- Oi, eu sou Niall. – disse Niall e estendeu a mão, Emy a apertou. – O Harry não tem educação e não apresenta os amigos dele…

- Imperdoável. – disse ela sorrindo.

- Então…

- Harry, não posso dar muita atenção pra você agora. Ta muito cheio isso aqui e…

- Que horas você para de trabalhar? – perguntei.

- Às sete.

- A gente espera. – disse Niall sentando-se no banquinho do balcão. – Agora, o que eu tenho que fazer para ser atendido aqui?

- Desculpa. O que gostaria? – ela disse sem graça.

- To brincando.

- Ainda bem, por que eu ia cuspir no seu pedido… – ela disse e foi entregar outro pedido numa outra mesa.

- Ela é muito bonita…

- Ela não é pro seu bico… – eu disse e me sentei ao lado dele.

- Ninguém resiste a esse meu jeitinho irlandês…

- Esse jeito de viado? Mas ela gosta de homem… – mostrei meu bíceps. Não era igual ao do Liam, mas dava pro gasto…

- Claro, porque vocês namoraram, né? – fechei meu sorriso e dei um soco no ombro dele. Esperamos até as sete horas. E finalmente a garota foi liberada. Quando ela saiu da cozinha, era a Emy da qual me lembrava. Estava usando jeans, allstar branco, uma jaqueta de frio azul marinho, seus óculos e não aquele uniforme do café…

- Não acredito que esperaram… Vocês não tem nada pra fazer não? Nenhum show, nenhuma festa…

- A gente não vive só disso. – falei modestamente.

- Tem os programas de TV também e as entrevistas… – disse Niall.

- Vocês não vieram aqui, nesse frio, só por causa do café. O que fazem aqui?

- Eu perdi seu telefone e resolvi pegar de novo. – foi uma cantada de merda eu sei… Nem sei porque disse aquilo, simplesmente saiu.

- Ah, tudo bem. Passa o celular. Não, isso não é um assalto. Fiz o que ela falou e ela começou a mexer no aparelho.

- Agora, uma foto… – ela tirou foto da fachada do café. – Pronto.

- Acho mais bonita uma foto sua… – disse Niall. Ela ficou vermelha e sorriu.

- Obrigado. – agradeci. Tenho que admitir que eu estava com um pouco de raiva do Niall. Ele estava dando em cima da MINHA amiga!

- Tudo bem se eu… – Niall tirou uma foto dela. – Vou colocar no meu contato depois que eu pegar seu telefone.

- Ah, ta bom. – ela disse, agora achando um pouco estranho. – Então, além de ser mundialmente famosos, o que vocês andam fazendo?

- Ah, tem a turnê… Amanhã vamos viajar para Wolverhampton. – eu disse.

- Que chique… Uma turnê. Lembro quando a gente ficava cantando na padaria. Você me humilhando todo santo dia…-

Você vai pra lá no Natal? – perguntei.- Vou sim. Você vai?

- Claro. Não perco a ceia da minha mãe por nada desse mundo. E também no dia anterior vou estar em Manchester, então…

- Filhinho da mamãe. – ela disse, Niall riu. Aquele traíra…

- Você ainda fala com o povo da escola?

- Alguns… Com as garotas principalmente.

- Nem com o Tom você fala mais? – perguntei. Aquele era o “namorado” dela na época.

- Nossa, você ficou longe por muito tempo! Terminei com ele logo depois que você saiu da cidade.

- E não tem namorado agora? – perguntou Niall. – Não acredito!

- Esses londrinos são lerdos… – ela disse rindo. – Enfim, turnê, fama, fãs… O que mais vocês ganharam, garotos?

- Dinheiro. – eu disse como se fosse óbvio. – E amigos. – dei um soco no braço de Niall.

- Você já escutou a gente? – perguntou Niall.

- Já sim. Eu até torci pra vocês no “The X-Factor”. Votei feito louca.

- Sério? – perguntei.

- Claro. Vocês são bons. Sou quase uma fã.

– Por que “quase”? – Niall.

- Porque não tenho tempo para ser uma fã inteira. Mal tenho tempo de dormir!

- Desculpa, estamos atrapalhando…

- Relaxa, Harry. Amanhã não tenho aula mesmo.

- Mas você está com cara de cansada… Quer que eu te leve para casa? Estou com o carro…

- Não precisa. – ela disse sorrindo. – Minha casa é aqui perto. E além do mais, estou esperando uma amiga, ela disse que ia passar aqui.

- Tem certeza?

- Tenho sim. Ah, olha só, ela chegou. Perfect Timing. – um carro parou na calçada, uma garota acenou de dentro dele.

– Harry, Niall, essa é a Mell.

- Vocês são famosos. Prazer, Mellody e fã. – a garota disse saindo do carro e nos cumprimentando.

- Oi. – nós dois dissemos.

- Bom, eu vou indo. Desculpa não poder ficar, mas é que ela roubou esse carro e o dono deve querer ele de volta. To brincando, ta?

- Tudo bem. – eu ri. – Tchau, Emy. Até o Natal.

- Eu passo na sua casa pra te dar um “oi”. – ela disse e me deu um beijo na bochecha. – Tchau, Niall. Prazer em te conhecer.

- O prazer é todo meu. – ela deu um beijo na bochecha dele também e entrou no carro.

- Tchau, garotos. – disse a tal de Mell. Depois que elas foram embora, eu e Niall andamos até o carro.

- Por que você deu em cima dela? – perguntei bravo, dentro do carro.

- Ah, você não vai ficar com ela e, bom, ela é bonita…

- Você não pode respeitar que ela era um antigo amor?

- Mas você não gosta mais dela!

- Não, mas… ela é do MEU passado.

- Tudo bem… Não faço mais isso. Mas ela é bonita…

- Eu sei… – eu disse sorrindo.

Pov’s Niall

Por incrível que pareça, eu gostei da Emy. Como eu disse, ela era muito bonita… Eu realmente salvei o numero dela no meu telefone e é claro que mandei uma mensagem para ela, no dia seguinte. E o mais incrível de tudo é que ela respondeu. Disse que estava sendo seqüestrada por sua amiga e que seu cativeiro era um pub. Conversamos bastante por mensagens. O Harry tinha razão, ela era legal. Fiquei falando com ela até o show começar.

- Niall, larga esse celular. Já vamos entrar. – disse Liam como sempre parecendo meu pai.

- Ta bom, ta bom… – mandei uma mensagem avisando que o show ia começar.

- Com quem o senhor tanto fala, Kyle? – Louis perguntou tentando ver meu celular que guardei na minha mochila.

- Uma amiga, Hughy. Por quê?

- Não tem ninguém pra rir das minhas piadas… – eu ri. Eu sempre ria das coisas que ele fazia. Ele era tão estranho e engraçado…Fizemos o show e foi bom como sempre. Estar em cima do palco era muito confortável para mim. Nem demorei a me acostumar. Meu lugar, com certeza, era ali. Depois que terminamos, eu ainda me sentia elétrico. Queria sair e me divertir. Tivemos que voltar para o Londres para assinar algum contrato, mas isso não nos impediu de nos divertir. Acordei ao meio-dia. E só levantei da cama porque estava com fome e vontade de ir ao banheiro.

- Quem é essa? – perguntou Louis mostrando a foto da Emy no meu celular. Como ele tinha descoberto a minha senha?

- A Emy, amiga do Harry.

- Aquela Emy?

- Ela mesma.

- Por que você tem o telefone dela? E porque tem tantas mensagens pra ela e dela?

- Peguei o telefone dela outro dia… Ficamos conversando ontem. Ela é bem legal.

- E bonita… Você ta roubando a mina do Harry?

- Ela não é a mina dele! A mina dele é a Caroline. E além do mais, nós somos amigos.

- Sei… Hey, Kyle, ela mandou uma mensagem hoje de manhã.

- Fala.

- Você não sabe se eu li…

- É claro que você leu, Lou.

- Disse que ela sabe onde tem uma loja de saiotes escoceses. E disse pra você encontrar com ela meio dia e meia na frente do café…

Saí correndo para me trocar e escovar os dentes. Quando fiquei pronto, Louis e Zayn me esperavam na porta.

- Com o meu carro ou o seu? – perguntou Zayn.

- Vocês vão?

- Você não vai roubar a mina do Harry. – Louis disse girando a chave do carro nos dedos.

- Ela é minha amiga! Vamos logo, então. Emy esperava na frente do café.

- Desculpa a demora. – dei um abraço nela.

- Relaxa. Oi.

- Ele é o Zayn e ele, o Louis.

- Eu sou pobre, mas tenho televisão e internet. – ela disse e riu.

- Ai. – disseram Zayn e Louis rindo.

- Já gostei dela… – acrescentou Louis.

- Isso é bullying! – reclamei.

- Então, temos que ir de carro. – ela disse. – A não ser que vocês queiram pegar metro…

- Acho que carro é melhor, né? – Zayn voltando a entrar no carro.

Dentro do carro…

- Então, Emy, acho que eu já te vi em algum lugar, mas não lembro onde… – disse Zayn

- Quer dizer que você assiste filme pornô… – ele freou com tudo. Nossa, eu ri demais. – Hey, to brincando. Não sou atriz, não. Deve ter me visto em alguma propaganda ou catalogo de roupa…

- Você é modelo? – perguntou Louis assim que se recuperou do riso.

- Às vezes. Eu queria ser sempre, eles pagam bem mais que o café, mas… Agora vira a esquerda.

- Você conhece bem a cidade. Parece que sempre morou aqui. – Zayn.

- Tive uma ótima guia. Minha vizinha nasceu aqui e sabe de tudo. Ela que me disse onde tinha essa loja e, falando nisso… Dá onde vocês tiraram a idéia do saiote?

- Ah, a gente tava vendo um filme… Aí o Harry e o Niall perderam e resolvemos que ia ser aquilo mesmo. – disse Louis.

- Quem ganhou?

- Você está falando com ele, senhorita. – disse Louis. Ela riu.

- Estou impressionada. Se eu tivesse que apostar em alguém, apostaria no Liam.

- Por quê? – nós três perguntamos.

- Ele tem a voz super grossa, acho que se fosse para arrotar…

- Não tem nada ver. O Louis tem mó voz de moça e mesmo assim ganhou. – eu disse e apanhei dele. Chegamos na loja, que era bem pequena para falar a verdade, e entramos.

- Oi, por favor, nós gostariamos de dois saiotes…

- Que tamanho? – perguntou um ancião que mais parecia o velho do Harry Potter, o Dumbledore.

- Não sei… – ele colocou no balcão dois saiotes.

- O provador é ali. Peguei os saiotes e fui experimentar. Zayn e Louis foram atras de mim.

- Nossa, eu preciso ver isso! – disse Zayn com aquele sotaque estranho dele.Vesti um deles e me olhei no espelho. Era aquele tamanho mesmo, infelizmente…

- Vas happening, girl? – Zayn.

- Ah, eu preciso de uma foto… – Louis pegou o telefone e tirou uma foto. – Uh lá lá.

- Calem a boca! Quando voltamos, Emy falava no telefone. Ela disse, sem fazer som que era o Harry.

- Me passa o celular, mocinha. – disse Louis e pegou o celular da mão da garota.

- Não, seu bandido. É meu único celular!

- Alô? Quem é? – Louis estava mudando a voz. Eu, Zayn e Emy riamos. – Harry Styles? Oh, sou seu fã! — Vai chamar a policia? Foda-se! — Não desliga naminha cara que é falta de educação. Ah, cala boca!

Emy pegou o telefone ainda rindo.

- Harry? É a Emy. É brincadeira, ta bom. É o seu amigo, Louis. – Ta bom, eu falo pra ele que ele é um filho da puta. – ela riu. – Eu não vou falar isso! Fala você! – riu mais uma vez. – Vim mostrar uma loja que vende saiotes. – Então, ta bom. Até o Natal então. Tem certeza que todo mundo vai se juntar? – Tudo bem, tchau.

Emy não quis que nós a levassemos para casa. Então voltamos direto para o apartamento com nossos dois saiotes escoceses.

- Compraram? – Liam levantou do sofá quando chegamos. – Eu quero ver! Deixa eu ver!

- Calma, moleque. – disse Louis dando um tapinha na mão de Liam.

- Wow! Isso vaiser muito legal! – disse Liam examinando o saiote.

- Não rola nem uma cueca por baixo? – perguntei.

- Nop. – disseram Liam, Zayn e Louis juntos.

- Ah… – lamentamos eu e Harry. Saimos para comprar leite vestidos daquele jeito, e para comprar chocolate, e também para comprar cerveja. Até para assisnar o contrato usamos muito aquele saiote, mas até que era confortavel, deixa bater um ventinho… Não vi Harry reclamar, mas também, para alguém que gostava de ficar pelado, aquilo lá era ainda era muito pano…