Eu não deveria me excluir do mundo.

Não gosto da à proximidade das pessoas. Desde pequeno me virei sozinho acostumado a ser o rejeitado na escola e ignorado por todos os que estavam minha volta.

Cresci odiando todos, achando que o defeito deles seria porque eu era obrigado a conviver com eles todos os dias, eu sentia ódio de qualquer um que tentava ser melhor que eu, mesmo eu não sendo nenhum pouco melhor que eles. Porem ainda não sei como vai ser minha vida agora que fui obrigado a mudar de escola por causa da mudança dos meus pais. Trocar de cidade talvez fosse à chance de eu colocar minha vida no lugar.

A escola tinha um nome certo, mas eu adorava chama-la de "bem vindo ao inferno", pois lá era meu inferno diário ou a pior parte dele. Na sala meu nome era o ultimo a ser chamado, por ter sido o ultimo a entrar na classe, normal já era o meio do ano letivo. Então para piorar as coisas o professor decidiu fazer uma coisa que não foi muito legal.

– Classe, temos um aluno novo. Por favor, Woo Jiho venha aqui na frente e apresente-se.

Sim, Woo Jiho ótimo nome para dar para uma criança que no futuro todos iriam tirar sarro por causa do seu registro de nascimento.

– Olá turma, meu nome é Woo Jiho e tenho 16 anos, venho de uma cidade muito pequena, moro aqui há pouco tempo. - falo de cabeça baixa enquanto alguns alunos do fundo soltam gargalhadas baixas.

Não ligava para o que falavam, não sabia se era de mim só sei que era uma coisa infantil vindo de pessoas insignificante. Enquanto todos me olhavam de canto, um grupinho excluído, mas muito unido do outro lado da sala não prestava nem um pouco atenção na minha apresentação. Estou revoltado? Só por não estarem prestando atenção em mim? Acho que me acostumei tanto a ser julgado que agora fico revoltado por não estarem debochando de mim.

– Ok Woo, pode sentar no seu lugar agora.

Para a coisa ficar mais complicada, eu sentava bem próximo ao grupo. Era um garoto e duas garotas que estavam sempre juntos seja qual fosse o momento, senti inveja porque nunca tive um grupo de amigos, minha grande e única afinidade de amizade foi há muito tempo antes dos meus pais decidirem dessa besteira de se mudar, mas nunca mais tive contato.

Durante a chamada prestei bem atenção nos nomes, estava muito curioso em saber mais sobre o tal grupinho. O nome das duas garotas eram Yoona e Yuri, o do garoto era Park Kyung. Por algum motivo não tirava meus olhos do garoto.

Logo o professor manda fazermos grupos de quatro pessoas. Yoong então me chamou para fazer grupo com eles, não recusei. Então fui obrigado a arrastei minha classe até eles e observava lentamente Kyung olhando para mim como se perguntasse: "Quem é ele?" Não era difícil de saber isso, não estava prestando atenção na aula antes por que agora estaria?

Meus pensamentos eram totalmente pervertidos, passavam coisas absurdas na minha cabeça em cerca de poucos segundos. Enquanto me a aproximava mais, meu nervosismo aumenta. Chegando até o grupo, primeiramente comprimento as garotas e elas me desejam as boas vindas.

– Qual é o seu nome mesmo? - Kyung pergunta rapidamente com seus olhos arregalados para mim.

– É Woo... Woo Jiho.

– Seja Bem Vindo Woo. - disse respirando fundo e piscando apenas seu olho direito.

Minha maldita respiração ficou pesada, então desviando meu olhar para a esquerda e tentando prestar atenção em outra coisa. Sento ao lado de Yoona e na frente de Kyung. Um trabalho de conclusão e apresentação, porem ninguém tem disposição para fazer as coisas na aula, a conversa é mais importante? Sim ela é mais importante.

– Yoona pode trocar de lugar comigo? - pergunta que não deveria ser feita por Kyung.

– Por que diabos você quer trocar de lugar agora Kyung? - disse Yoona totalmente revoltada.

–Cale a boca e apenas troque de lugar porque odeio ficar no canto da janela.

Yuri e eu, apenas observamos tensamente a discussão por um lugar. Sentia-me disputado, mas sabia que ele não queria que eu soubesse disso ou poderia ser apenas loucura da minha cabeça, mas a janela ser desculpa? Continuamos então atentamente o trabalho de conclusão.

– Você curte animes? - Kyung atrapalhando novamente.

– KYUNG PARA DE ENCOMODAR O GAROTO SEU INFELIZ. - Yoona gritou alto e em bom tom alevantando da cadeira.

A classe então para o que estava fazendo e olhava atentamente em nossa direção enquanto eu apenas me escondia atrás de alguém para não ser visto. Segurei meu riso, porem era um mico que estávamos pagando em frente de toda a turma. Com toda aquela tensão, Yoona senta na cadeira lentamente dando um forte chute na canela de Kyung, ele apenas pisa em cima do meu pé, fazendo que eu me jogue para trás puxando levemente seus cabelos, e caindo os dois juntos. Enquanto resmungávamos de dor o professor alevanta com uma fúria e manda o grupo inteiro se retirar da sala.

– Que ótimo, por sua culpa fomos expulsos da sala de aula. - Yuri então se revolta.

– Pensa pelo lado bom, não precisamos estudar podemos ficar aqui fora botando a fofoca em dia.

– "Fofoca em dia"? Nossa Kyung às vezes você é tão infantil.

Fico apenas observando a discussão e rindo. Então Yoona se atira para cima de Kyung, grudando em seu braço e arrastando o garoto para o pátio da escola, e deixando eu e a Yuri para trás.

– Não gosto dessa a proximidade dos dois. - fala Yuri com uma cara de desânimo que mais parecia ciúmes. - Posso lhe contar um segredo?

– Pode sim. - respondi meio que desconfiado que ela sentisse algo por Kyung.

– É que eu... Sinto uma leve tração... Por... - falou pausadamente até parar, fechar os olhos e respirar fundo.

Fiquei desesperadamente assustado, com medo e curioso então faloi:
– Pode falar eu não vou cont.

– É a Yoona - então mencionou antes de me deixar terminar a frase.

Fiquei então com uma cara de surpresa e muito chocado por saber que a garota era lésbica e sentia atrações por sua melhor amiga, mas na real eu estava pulando de felicidade por dentro em saber que não era com meu Kyung. Espera um minuto, como assim meu Kyung? Espera eu não sou gay, espera mal conheço o garoto, tem no máximo duas horas, espera como assim mano?

Mesmo não sabendo do que era meu sentimento por Kyung, deixei rolar. Fomos para o pátio atrás dos dois seres que simplesmente desapareceram.

– A Yoona gosta dele. - me solta mais uma novidade.

Meus olhos apenas se arregalaram e fiquei quieto.

No final do turno depois de não termos feito nada do trabalho, decidimos se reunir na casa de alguém para fazermos então o que deveria ser feito em aula. Sugeri a minha casa, mas ninguém falou nada e acabamos indo na casa de Yuri.

Como sempre na mesa, Kyung sentado do meu lado e Yoona e Yuri em nossa frente. O assunto era alguma coisa que a religião estivesse dentro do assunto, resolvemos (Kyung) falar sobre a homossexualidade. Que droga isso está me perseguindo. De novo então, o trabalho não saiu do chão, não estávamos nem um pouco a fim de fazer, era apenas para entregar e apresentar daqui duas semanas. Yuri estava revoltada por algum motivo no qual eu não sabia, então resolveu nem ficar muito e foi embora sem nem dar satisfação para onde ia.

– Então? Como você está se sentindo Yuri? - perguntou Kyung .

– Como sempre, ela não reparando o que sinto por ela.

Fiquei surpreso em saber que ele já estava por dentro do assunto.

– Calma uma hora tudo se resolve, se for pra ser, será. - Falei tentando conforta-la com a situação presente.

– Não ela gosta do Kyung.

Abaixei a cabeça, porque diabos baixei a cabeça? Kyung apenas riu baixo e perguntou:

– Por que você abaixou a cabeça?

Desespero, medo, frio na barriga, nervosismo, raiva da minha pessoa. O que eu faço? O que eu digo?

– Dor de estomago.

– Dor de estomago? Comeu alguma coisa estragada? -Yuri pergunta.

Kyung aquele palhaço apenas ria da minha cara, fazendo que eu olhe nos olhos dele com um desejo mortal de dar na cara daquele infeliz. Quando se acalma consegue me falar uma coisa que me deixou sem reação:

– Então se quiser eu posso dar um jeito nessa sua dor de estomago.