Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia
Notas iniciais do capítulo
um pouco de violência.
Coisas fofas haha
Já era hora de acordar para a aula, me sentei na cama e me espreguicei. Já até tinha esquecido dos ferimentos cuidados pelo Ed, olhei para o meu braço e sorri, lembrando de tudo o que me ocorrera. Fui tomar banho, Mary ainda estava dormindo, eram 5:40 am, eu tinha que estar na aula 7:30 am. Banho tomado, sai do banho com o roupão que Mary me emprestou e a encontrei no corredor. Ela não tinha visto meu machucado ainda, e quando foi me abraçar, sem querer, encostou nele e reclamei de dor.
“O que foi isso, Yolanda?” – Ela perguntou puxando o meu braço.
“Eu cai de bicicleta ontem! Mas já cuidaram do ferimento pra mim...” – Eu disse soltando meu braço da mão dela.
“Quem? Por que não me contou que já tem amigos?” – Ela disse parecendo chateada.
“Desculpa, mas aconteceu tudo tão rápido, o conheci ontem na escola e ontem cai em frente a casa dele!” – Eu disse caminhando para o quarto.
Mary não disse mais nada, apenas desceu as escadas e eu entrei para o quarto. Me troquei, penteei meus cabelos, os deixei soltos e desci para tomar o café da manhã. Comi um sanduíche natural, com queijo, presunto e alface, e tomei um suco de laranja. Mary havia preparado tudo com o maior carinho, e estava tudo tão gostoso. Quando terminei de comer, fiquei sentada por uns cinco minutos e uma buzina tocou lá fora, olhei para Mary e ela sorriu.
“Coloquei seu nome para o ônibus escolar!” – Ela disse se levantando da mesa.
A abracei, para me despedir, coloquei o casaco, peguei minha mochila, que a Mary havia comprado ontem enquanto eu estava na escola e fui andando até o ônibus. Subi no mesmo e todos ficaram olhando para mim, quase todos os lugares estavam ocupados, fui andando até o final do ônibus, e a antepenúltima cadeira estava desocupada, tinha uma pessoa sentada no banco da janela, com o capuz impedindo que eu visse quem era, me sentei quase na ponta, para não incomodar a pessoa, que parecia estar dormindo. Não demorou dez minutos e o ônibus parou para pegar outro aluno, que supostamente seria o último. Era um garoto alto e um pouco forte, tinha uma cara de idiota, mas era bonito. Veio em minha direção.
“Esse lugar é meu!” – Ele disse parando ao meu lado.
Imediatamente todos do ônibus olharam pra trás.
“Mas não tem seu nome aqui ou sua foto!” – Eu disse ainda sentada.
“Levanta... do meu... lugar!” – Ele disse pausadamente.
“Olha, tem outro lugar logo ai do lado, sente-se ai!” – eu disse apontando para o lugar atrás dele, do meu lado.
“Esse ai é o meu lugar!” – Ele pegou no meu braço.
“ME SOLTA!” – Eu disse batendo na mão dele. – “Você está me machucando!”
Realmente ele apertava com força.
“Larga a garota, olha o seu tamanho!” – Era a voz da pessoa sentada ao meu lado.
Me virei para olhar quem era e arregalei os olhos e ele idem, sim, era Ed. Assim que me reconheceu, ele se levantou e empurrou o garoto.
“Já disse pra soltar ela!” – Disse Ed.
O garoto me soltou, mais porque se desequilibrou com o empurrão do Ed e o balanço do ônibus.
“Senta no canto!” – Disse o Ed passando na minha frente e ficando em pé onde eu estava sentada.
Eu agora estava na janela, sentada observando Ed discutir com o garoto, muito maior que ele, por sinal. Eu segurei mão de Ed, tentando puxá-lo para se sentar, mas nada adiantou.
“Hoje eu deixo vocês sentarem ai, mas antes...” – Disse o menino, terminando a frase dando um soco no rosto de Ed.
Levei minhas mãos a boca e logo em seguida puxei Ed para se sentar, virei o rosto dele pra mim e sua sobrancelha sangrava, ele colocou a mão na mesma e depois olhou sua própria mão cheia de sangue. Tirei meu casaco e ia colocando no machucado dele, para estancar o sangue.
“Não! Não precisa, eu...” – Ed dizia, mas eu o interrompi.
“Shhh, deixa eu parar esse sangue!” – Eu disse encostando, devagar, o meu casaco no machucado dele.
Ele estava com seu rosto virado para mim, a sobrancelha direita era a que sangrava, fiquei segurando o casaco no machucado, até chegarmos a escola. Pude reparar cada detalhe perfeito de seu rosto, seus olhos brilhavam com a luz do dia. Finalmente, chegamos na escola.
“Onde fica a enfermaria?” – Eu perguntei a ele, assim que desci do ônibus.
“Não preciso ir a enfermaria!” – Ele disse, segurando meu casaco em seu ferimento.
“Não quero saber, vamos!” – Eu disse agarrando seu braço esquerdo com as minhas duas mãos.
Ainda faltavam 20 minutos para o começo da aula, sendo que demoramos 10 minutos para chegarmos a enfermaria. A enfermeira não deixou eu entrar, porém deixou a porta aberta, para que eu o observasse. Eu estava encostada na porta, segurando meu casaco, com uma parte cheia de sangue, olhando ele sentado na maca e a enfermeira colocando um remédio e um curativo. Não demorou muito, e ela já havia terminado. Ed agradeceu a enfermeira e veio em minha direção.
“Me dá o seu casaco, eu vou lavo em casa!” – Ele disse esticando o braço pra pegá-lo.
Afastei o casaco, para ele não pegar.
“Não tem problema, Ed, deixa que eu lavo!” – Eu disse. - “Tem aula de que agora?”
“Inglês!” – Ele disse.
“Finalmente, uma aula...juntos...” – Me arrependi de ter dito com tanta empolgação.
Ele sorriu e começou a caminhar em direção a sala, e eu segui ao seu lado.
“Na sala tem algum lugar marcado? Quero evitar problemas...” – Eu perguntei.
“Não, apenas sente ao meu lado e tudo ficará bem!” – Ele disse sorrindo.
Por um momento pensei em dizer “awn, que fofo”, porém ...
“Não é o que parece, olha o que fizeram em você, culpa minha e...” – eu disse apontando para o machucado.
Ed parou de andar, segurou meu braço, para que eu o abaixasse.
“Yolanda, não foi culpa sua. Eu que quis proteger você” – Ele disse me olhando.
“Já sei, tem que ajudar os amigos...” – Eu disse.
“Ah, espera um minuto!” – Ele disse abrindo a mochila. – “Toma, não abra até chegar na sala.” – Ele me entregou um papel.
Entramos na sala e sentamos na penúltima fileira, a aula ainda não havia começado, mesmo já passando cinco minutos do horário determinado. Sentei do lado dele, dessa vez, longe da janela. Abri o papel, que dizia.
“Não esqueci do seu apelido, olhei meu caderno de músicas e estou pra terminar uma música e no refrão tem “land” e não consegui pensar em outra coisa que não fosse seu nome, yoLANDa, decidi que Landy é perfeito pra você. Ed x”
Terminei de ler e olhei para ele, que rabiscava algo em seu caderno.
“Por que escreveu?” – Eu disse mostrando o papel.
“Pra você guardar!” – Ele disse.
Abaixei a cabeça sorrindo, confesso que fiquei sem graça, por ter gostado tanto dessa declaração.
“Guardarei pra sempre!” – Eu disse.
De princípio, guardei em um compartimento pequeno na minha mochila, mas ia colocar na minha caixinha “Until my last day of life”, que só tinham 3 coisas. Minha passagem para Framlingham, uma pequena boneca minha, a Paty, e agora teria o papel do Ed.
“Você poderia me chamar agora de Landy...?” – Eu disse me virando para ele.
“Apenas em momentos especiais, Landy” – Ele disse.
“Mas você acabou de dizer ...” – Eu disse olhando pra ele.
“Exatamente...” – Ele sorriu e se virou para o quadro.
A aula começara naquele momento, e nada mais poderia estragar o meu dia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Próximo capítulo já sai sábado.
A menos que queiram já para hoje a noite
e pensarei na possibilidade. :)