Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 22
Diário


Notas iniciais do capítulo

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Acordei com a sensação de que faltava algo. Depois de me arrumar, revirei toda a minha mochila e tudo estava lá, revisei três vezes e a sensação de vazio continuava. Era uma angústia no peito que não passava. Fui verificar se Mary estava bem e estava. Na escola, todos me olhavam de canto de olho, como se eu fosse culpada por alguma coisa ou como soubesse de alguma coisa minha. Uns riam, outros nada diziam, eu estava cada vez mais curiosa. Encontrei Ethan e ele nem olhou para mim, reagiu ao contrário do que sempre fazia. Quando avisto no final do corredor, Lori com um caderno preto na mão. Acelerei o meu passo até ela, orando para que não fosse o meu caderno, o meu caderno que acolhia meus pensamentos. Era o próprio.

“Onde encontrou isso?” – eu perguntei.

“Alguém me deu!” – Ela disse o abrindo.

“Me dá isso!” – Eu disse tentando pegar.

Mais alta do que eu, Lori levantou a mão e eu não conseguia pegar o caderno. As lágrimas corriam involuntariamente pelo meu rosto e o desespero corria em minhas veias. Eu soava frio e parecia que o chão sumia de meus pés e o fundo do poço era meu caminho. Lori jogou o caderno para alguém e quando me virei, era Ed.

“Ai, obrigada...” – Eu disse.

Então meus olhos viajaram no mais profundo de seus olhos e pude sentir que ele se sentia feliz ao meu lado...” – Ele disse lendo o meu caderno.

“Ed...?” – Eu disse.

Ele continuou folheando e eu olhava sem acreditar que aquilo estava me acontecendo. Eu secava minhas lágrimas em vão, porque logo em seguida novas caiam. Depois de ler em voz alta, ele me entregou o caderno e eu sai correndo. Quando cheguei no meu armário, haviam vários papeis escritos com o título de “A garota vendida” e abaixo trechos do meu caderno, trechos tristes, os quais achei que só eu entendia porque eu que senti tal dor. As pessoas riam do meu sofrimento. Não conseguia entender isso. O ar me faltava e a escuridão invadia minha vista e eu não sabia se tinha algum lugar seguro para eu correr. Quando eu vi a porta da frente aberta, corri até ela, que parecia nunca chegar. Assim que passei por ela, um clarão cegava meus olhos e ouvia a voz de Mary me chamar.

Segundos depois, abri os olhos e Mary estava na porta do meu quarto, me chamando. Eu estava deitada ainda, tudo não passara de um sonho. Acordei aliviada e tremendo. Sorri para que Mary visse que eu estava bem e acordada. Me sentei e passei a mão na minha testa, eu suava e ainda estava nervosa. Ainda de pijama, fui até minha mochila, para ver se estava tudo em ordem. Meu caderno não estava lá. Tentei lembrar de tudo o que fiz com ele no dia anterior e nada recordei. Evitei ficar desesperada, porque sei que não aconteceria o que ocorrera em meu sonho, digamos que, pesadelo.

“Não sei onde está meu caderno de pensamentos!” – Eu disse para Ed me sentando ao seu lado no ônibus.

“Certeza? Usou ele ontem?” – Ele perguntou.

Neguei com a cabeça e eu não conseguia lembrar de ter pego ele no dia anterior. Ed me acompanhou até meu armário. O abri na esperança de encontrar meu caderno. Ele não estava lá.

“Perdi as esperanças...” – Eu disse.

Me virei para Ed, que estava atrás de mim, e meu caderno estava em suas mãos. A imagem dele lendo um trecho em voz alta, circulava em minha mente e algo me dizia para tomar logo o caderno de suas mãos, mas ai, Ed abrira seu lindo sorriso e esticou sua mão para me entrega-lo.

“Você deixou na aula.” – Ele disse.

Peguei o caderno e imediatamente o abracei. Ouvi Ed sorri e em seguida retribuiu meu abraço, me envolvendo com seus braços.

“Leu alguma coisa?” – Perguntei soltando o abraço.

“De maneira alguma. Permaneceu fechado, sempre!” – Ele disse com um sorriso no rosto.

“É muito pessoal mas, não me importaria que lesse.” – Eu disse abraçando o caderno.

“É um diário?”- Ele perguntou.

“Pode-se dizer que sim e pode-se dizer que não.” – Eu disse sorrindo.

“Ah, agora entendi!” – Ele disse rindo.

“Bom, de fato tudo que eu escrevi, já aconteceu comigo, mas não exatamente como aconteceu e quando aconteceu. São apenas lembranças.” – Eu disse.

“Escrevi ontem uma música titulada de Diary e confesso que não sabia que isso era um tipo de diário.” – Ele disse.

“Posso ouvi-la?” – Perguntei.

“Assim como seu caderno, ela é bastante pessoal, mas posso cantar sim, mais tarde.” –Ele disse.

Fomos para as aulas e decidi escrever no caderno. “Seria sua próxima história sobre mim? Bateria seu coração mais forte ao me ver? Estaria eu dependente de você? Nossas vidas se encontraram para melhorar a minha e eu completar a sua, talvez devêssemos viver juntos para sempre, mas o sempre não existe. Talvez devêssemos viver juntos, até que a música um dia acabe.

Terminado o último tempo de aula, Ed e eu fomos para o pátio externo, esperar dar a hora marcada com Ethan. Dessa vez, Ed queria observar tudo que acontecia. Ed levara seu violão e disse que tocaria DIARY, sua última música escrita. Sua voz era doce e perfeita para acalmar qualquer coração. Ele começara a cantar e logo no começo, meu coração começou a disparar. Ele disse que meu amor era a coisa mais forte que ele conhece, eu sei que era uma música qualquer, mas vindo de Ed, tinha uma história por trás. Talvez, eu seja boba demais para acreditar em canções de amor tão clichês, mas as o Ed realmente conseguiam me passar uma diferença. Mas ao decorrer da música, eu notei que não era para mim e muito menos para sua ex, Lori. As vezes ele tenha se inspirado em uma menina qualquer que ainda escreve em seu diário, com medo de dividir sua história com qualquer pessoa e ele queria ser um diário para essa menina, o qual ela pudesse contar suas coisas e não esconder, de fato, eu queria poder contar tudo para Ed, mas também gostaria de mantê-las em mim. Cada vez mais, eu me apaixonava pelas suas poesias com ritmo, que aos poucos, encontravam o caminho mais rápido para o meu coração.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
OBRIGADA POR LEREM ♥ comentem, pfvr



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