Carolynn Snow escrita por quixoticHeart


Capítulo 6
Pegos no Flagra


Notas iniciais do capítulo

O que estão achando? Hun? Ó, só povinho que não fala comigo, eu vou começar a cobrar review, hein? Bom, nesse capítulos vocês vão conhecer melhor quem são Melody e J...Joey.
AAH, e eu quero agradecer do fundo do meu coração pela recomendação da Karol Sales. Muito obrigada mesmo ♥
Então, é isso, boa leituraaaa!!



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Tudo bem, calma e respira. Não é como se você nunca tivesse interagido socialmente antes.


- Ahn.. Hmmn... Er...- eu gaguejei. Passei os olhos disfarçadamente pelos outros passageiros até parar em Joy. Nossos olhares se encontrar e enquanto o meu dizia silenciosamente ’Socorro, sou uma máquina treinada pra matar que não sabe falar direito com garotos.’ Ela me respondeu com uma expressão calma e firme que dizia ‘não se desespere. Tia Joy cuida disso pra você. ’

Eu sei, parece que eu inventei, mas é a mais pura verdade.

- Sem querer ser rude nem nada, mas creio que essa não é a situação mais propensa para começar com as apresentações.

- Oh, me desculpe. Se bem que, pelo o que saiba, eu falei com a garota. – ele disse firme e calmamente, apontando coma cabeça para mim e fitando Joy.

Sua expressão se contorceu levemente em surpresa e indignação. Assim como a minha. Já ele parecia extremamente calmo, como um pai falando coma filha.

- Uou, até eu senti essa – comentou o grandão, Matthew.

- Sem quere ser rude nem nada... – ele respondeu, usando as próprias palavras de Joy contra a mesma.

Joy estava sem fala. Eu precisava fazer algo. Esse garoto não podia dar um fora desse e ficar por isso.

- Quanta humildade. – respondi seca e irônica. – Ela só te deu um toque. Não precisava disso.

Ele virou-se para mim e abriu um sorriso divertido e alegre.

- Olha só, você falou comigo, no final das contas. – ele estendeu sua mão para mim. – Sou Cole.

- Carolynn – apertei sua mão firmemente. – Contente?

- Ah, é claro senhorita Snow.

- Ótimo. - estreitei os olhos, largando sua mão bruscamente.

- Não precisava disso. – ele zombou, me fazendo ficar extremamente irritada E virar minha cabeça para o outro lado.

Ele insistiu em continuar a conversa, e puxou assunto de novo com aquele tom de voz assertivo que me irritava tanto:

- Sinto que devo admitir que é um prazer conhece-la pessoalmente.

- Ah, é sério? Que surpresa! Geralmente, quando me conhecem passam longe de mim. A maioria nem quer papo. E também tem quem me persiga com tochas.

Todos no carro prenderam um risinho, indicando que prestavam atenção á conversa. É claro que sim, ninguém mais está falando.

- Tochas, sério?- perguntou o loirinho de gorro.

- Não, essa parte foi brincadeira. Mas que eu sou perseguida, eu sou.

- Cara, isso deve ser demais.- ele respondeu.

Vi a tal Melody revirar os olhos.

- Jay, por favor, ser perseguida definitivamente não deve ser legal.

- Jay?- eu perguntei- Pensei que era Joey.

O rosto dos dois, ambos Melody e Jay...Ou Joey, sei lá, ficaram brancos na mesma hora. Seguiu-se alguns segundos de silencio contrangedor em que tanto Melody quanto Jay gaguejavam tentando falar algo. Pude notar que, disfarcadamente, Nix apertara um botão perto da porta que acionara uma pequena luz vermelha.

- Como assim?- falou Jay, olhando para os lados. Eu pude notar que o carro começava a desacelerar.

- Jay? Não, eu falei Joey...- Melody tentou concertar, também olhando para os lados, desesperada para sair daquele lugar.

- Não, você falou Jay.- dessa vez era Nix que falava, estreitando os olhos- Eu sabia que tinha algo suspeito entre vocês.

- O que você quer dizer com isso? – disse Joy.

- Vocês estão muito encrencados, mocinhos. Sua mãe não vai gostar nada disso.

Melody olhou para Nix, e eu quase pude ver chamas nos seus olhos, por detrás dos óculos escuros.

- Minha mãe não tem nada haver com isso.

- Porque a gente está parando?- perguntou Cole, observando o veículo parar por completo numa estação qualquer de trem.

Quase que imediatamente, a porta do carro foi aberta com bastante violência e dois Pacificadores colocaram a cabeça pra dentro.

- Eles estão aqui! – gritou um deles

- Achamos eles!- gritou outro.

Não demorou e uma enxurrada de uniformes brancos cercou o carro.

Melody e Jay tentaram sair pela outra porta, mas dois Pacificadores os seguraram, os tirando a força do carro. Melody esperneava e gritava, batendo nas costas do Pacificador que a jogara por sobre o seu ombro, enquanto outros dois vieram de ajudar a controlar Jay que distribuía socos e gritava pelo nome de Melody.

Logo o mar branco desapareceu na estação junto de Melody e Jay. Nix fechou a porta e pediu para Joy fechar a outra. E assim, o carro deu partida e continuou o caminho até o Centro como se nada tivesse acontecido.

- O que foi isso? – perguntou o brutamonte, Matthew.

- Algo que eu não havia previsto. – Nix respondeu, misteriosa.

- Tá, e o quê isso quer dizer? – eu perguntei.

- É obvio- disse Cole- Melody e Jay. Encrenca com a mãe. Aqueles são os filhos da Katniss e do Peeta.

O carro foi tomado por alguns segundos de silêncio. Melody e Jay Mellark. Mas eles não deviam estar na colheita. Eles moram nos Distritos, com os pais, não são da Capital. Então o que raios eles estavam fazendo na Colheita?

Pelo menos isso explica aquele gorro horroroso.

- E o que diabos eles estavam fazendo na Colheita?

- Eu ouvi no noticiário eu eles estavam desaparecidos á cerca de três dias.

- Mas o que a gente faz agora? Quer dizer, eles não podem participar dos Jogos. Então, nós temos duas vagas sobrando.

- Isso é o que nós vamos ver quando chegarmos lá.- disse Nix, voltando seu olhar para a paisagem que passava lá fora.

...

Quando finalmente chegamos ao Centro, depois da embaraçosa e silenciosa viagem de carro, nos direcionaram á um outro prédio, perto do Círculo da Cidade, onde nós conheceríamos nossos mentores e etilistas.

Inicialmente, Cole e eu entramos numa confortável e luxuosa sala de estar, e nos mandaram ficar lá até que nosso mentor aparecesse.

- Quem você acha que é?- disse Cole, apreciando um quadro que tinha pendurado na parede.

- Olha só, você falou comigo, no final das contas. – zombei dele com ele gostava de zombar das pessoas, usando sua próprias palavras contra elas.

- Ah vamos deixar essa briguinha de lado, sim? – ele disse, calma e lentamente, sorrindo. Que droga garoto, seja menos pacífico.

- Não, eu não gosto de você – respondi dura e seca e virei para o outro lado.

Cole bufou um pouco e me contornou, aparecendo do lado em que tinha me virado. Rolei os olhos e virei de lado de novo, mas ele voltou a aparecer na minha frente, achando que aquilo era uma brincadeira.

- Me deixa em paz.

- Não. Vamos, fala comigo, eu não sou tão mal assim.

- Por que?

- Porque vamos passar a próxima semana como colegas tributos, e eu não quero esse clima entre a gente se vamos ter que nos ver todas as refeições.

Bufei novamente e aceitei o fato.

- Fala logo, então.

Ele sorriu.

- Quem você acha que é?- ele repetiu.

- Não é obvio? Vai ser a Katniss.

- Porque ela?

- Tá brincando? Eu, o único vestígio vivo do Snow e ela, o Tordo, que venceu a Guerra, detonou meu avô, blablablá. Vai ser até simbólico ela ser minha mentora. E eles não vão perder uma chance de fazer algo simbólico nesses Jogos. Já me colocaram aqui dentro, não foi? Eles me querem morta.

Cole sorriu torto.

- Você é bem esperta.

- Esperta? Só um idiota como eles... – apontei para a janela que mostrava a Capital. - ... Não perceberiam.

- Outch. – ele disse, como se eu tivesse o ferido.

- Oh, desculpe, boyzinho da Capital.

- Boyzinho da... – ele segurou uma risada.

Eu estreitei meus olhos.

- Você por acaso tá tirando uma com a minha cara?

- Não não, é só que... – ele segurou outra gargalhada pondo o punho fechado na frente da boca e o mordendo para se segurar.

Eu dei um passo na sua direção, ameaçadoramente, o fazendo recuar. Mas ao contrário do que pensei, Cole sorriu até o ponto de começar a rir levemente de mim, erguendo os braços no ar, como se se entregasse.

- Garoto, eu juro, se você tem amor por esse rostinho bonito, eu te recomendo parar de rir.

Cole então parou de rir e olhou para a minha cara, surpreso, e logo fez uma cara sapeca.

-Rostinho bonito, Carolynn? – ele perguntou, arqueando uma sobrancelha, sugestivamente.

Eu congelei. Não tinha nem palavra para se formar na minha mente. O que foi que eu fiz?

Então, não sei se fiquei feliz ou surpresa quando a porta se abriu e uma figura feminina apareceu na porta.


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Notas finais do capítulo

Não sejam leitores fantasminhas e venham falar com a a titia!



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