Eu acordei no dia seguinte com algo apitando. Quando retomei meus sentidos, notei que vinham de algum lugar a minha direita, bem perto do meu ouvido. Me apoiei nos cotovelos, focalizando o quarto calro, e notei que era o relógio digital que marcava 10h, hora de acordar.

Procurei um botão que desligasse aquele barulho infernal, mas nada adiantava. Eu então me forcei e encarar a tela touch do relógio, e li a mensagem que estava ali.

Bom dia, Snow. Pronta para fazer alguns amigos? E inimigos?

– Eu.

Filho da puta! Alem de ficar me confundindo com esse bilhetinhos com mensagens subliminares, ainda me acorda as 10 horas da madrugada? Esse cara esta começando a me tirar do serio...

Entao eu atirei o relógio com forca na parede.

Eu ate tentei voltar a dormir, mas o bilhete me deixou atordoada, porque eu finalmente me lembrei que tinha uma mensagem com que podia ter duplo significado.

Bom, isso, e a Nix que apareceu gritando no meu quarto perguntando que barulho foi aquele.

...

E então, era o meu primeiro dia de treinamento.

São 13h, hora do almoço. Passamos a manhã inteira treinando. Eu já tinha meu ofício pronto, luta livre era a minha especialidade. Por isso, tentei amedrontar os outros a manhã inteira, dando um show de habilidade artes marciais para os outros tributos e para os patrocinadores e os Idealizadores do Jogo.

O que incomodou um pouco Joy quando nós treinávamos de manhã.

Joy estava por cima de mim e pronta para torcer meu braço, mas a risada que saiu da sala dos burgueses - como eu gosto de chamar aquela salinha onde os patrocinadores estão - acabou distraído ela, que os fitou por um tempo com um pouco de raiva.

Aproveitei a oportinidade para tirar meu braço da posição desconfortável que se encontrava e puxar Joy pelo seu braço e cabeça, jogando o peso do meu próprio corpo para o lado onde ela caia, invertendo as nossas posições. Pude vê que ela foi pega de surpresa, então fiz uma torção de leve. Ela nem deve ter sentido nada, mas bateu a mão no tatame mesmo assim, anunciado minha vitória. Sai de cima dela, a puxando comigo.

– Tá tudo bem?

– Tá, tá sim, é só que... Esses idiotas ai que ficam bebendo e comendo. Só de lembrar que meu pai já foi um deles e então...

– Ei, relaxa. Você vai dar o troco neles. Pelo seu pai.

– Eu sei, Carrie.

– Agora vamos. Você tem que trabalhar esse armlock de esquerda- puxei ela de volta para o ringue.

– Carolynn, você me escutou? – perguntou Ed.

–Não, foi mal, o que foi?

– Eu te perguntei quem você acha que vale a pena tentar aproximação e quem vai morrer no Banho de Sangue- perguntou ele. - Mika disse que seria uma boa tentar trazer o Pierce.

Certo, e devo ter esquecido de te dizer que Mika se juntou á nós.

– Ahm... Acho que não vai ser necessário, já temos você. Sei lá, pra mim, lança e tridente são as mesma coisas.

– Mais ou menos. Lança têm um alcance maior, mas requere muita precisão. Dependendo do local da vítima, um tridente seria melhor.- disse Mika.

Eu sei, parce sem noção convidara Mika, mas ela se mostrou muito esperta e inteigente , e se deu muito bem com aquela besta e os dardos venenosos.

– Eu acho que Ed já têm uma mira maravilhosa. Não vai ser necessário.

– Foi o que eu disse - comentou Joy. Ela havia resolvida largar os Carreiristas e se juntar á mim e meus aliados.

– Tá, e quem mais?- perguntou Ed

Dei uma olhada na sala novamente. Isso aqui parecia uma lanchonete de uma escola do ensino médio. Todos estavam separados por grupos.

Tinha o nosso grupo de aliados, os irmão Mellark, que estavam sozinhos numa mesa no canto – eu inclusive descobri que Jay puxou a mãe com o arco e flecha, e Melody tinha um jeito com luta livre.

Havia também um grupo bem grande no centro, formado por algumas garotas patricinhas que se tornaram aliadas da Mackenzie e três meninos que provavelmente caíram na ladainha francesa da perua. Nada ali me chamou a atenção, a não ser a própria loira, que se mostrou muito boa com as estrelas. Sabe como é, aquelas estrelas com pontas afiadas que os ninjas usavam.

Em uma mesa, tinha uma garota séria, Cora. Não se mostrou hábil com nada, mas passou um bom tempo na área das armadilhas. Ela se sentava com os dois tributos mais novos, CeCe e Cory, ambos de doze anos. É mesmo uma pena que crianças tenham que estar aqui. Espero que não seja eu quem vai matá-los.

Do seu lado havia um garoto bem grande e robusto, o maior de todos. Sua pele era negra. Se chamava Waldorf, todos os grupos o rejeitaram, mas ele parece confiante até agora. Por enquanto, não se destacou em nenhum lugar.

Havia uma dupla separada, dois garotos chamados Pierce e Erik. Pierce era bom com tridentes.

Do outro lado do salão, tinha um grupo muito forte, pelo o que eu observei.

Cole, que descobri ser muito bom com espadas. Gotye, um garoto um tanto esquisitão, mas que parecia ser bom com facas. Matthew, o grandão e uma garota bonita e que usava um pouco de maquiagem demais nos olhos, Reese era seu nome. Incrível com machados.

– Nós precisamos dar um jeito naquele grupinho ali antes do fim da semana. - comentou Joy

– Eles são muito fortes. - confirmei, espetando mais uma rodela de tomate do me prato.

– Podíamos pegar eles por partes. Joy podia falar com Matthew, Mika com Gotye, Carolynn com Cole e eu falo com áquela gata da Reese – disse Ed.

– Uou Uou Uou, pera ai, gatão. – comentou Joy – Queremos separar o grupo, não traze-los pra cá. Aliás, t~em jeitos mais fáceis de trazê-los do que tentando seduzi-los.

– Tá, voc~es quem sabem. Mas eu acho a Reese muitio boa e gata, e vou fazer do meu jeito com ela.

– Vai lá garotão.- incentivei.

Ed se levantou da mesa e se aproximou do grupo, ficamos aobservando por um tempoo ele tentar conversar com Reese, jogando um pouco de charme e sorrisos forçados. Por que será que eu já tinha visto aquilo antes. Ah, já sei. Era isso o que o Cole estava tentando fazer comigo.

Ah, seu filho da mãe. Tentando me seduzir pra entrar no se grupo. Boa estratégia, pena que eu demorei tanto pra notar. Mas já que notei, não têm jeito melhor de cortar a onda dele do quê fazendo ele provar do próprio veneno.

– Idiota – sussurrei.

– Eu sei, ele é um idiota. – comentou Mika.

– O quê?

– O Ed, olha lá, ele sendo chutado.

Acompanhei seu olhar até a mesa do grupo de Cole e vi que Reese começara a discutir e então, ignorara o garoto. E quando ele tentou puxa papo novamente, Matthew se levantou ameaçadoramente, fazendo Ed recuar um passo com as mãos pra cima.

– Que otário. – murmurou Joy.

Ed e Matthew discutiram mais um pouco até que Matthew empurrou Ed, que caiu no chão. Apesar de que Tooch era grande, Matthew era maior. Cole e Gotye riam da situação enquanto Reese contionuava o almoço alheia a cena.

Dois Pacificadores chegaram para impedir Matthew de continuar a briga e o levaram do recinto, enquanto Ed voltou para a nossa mesa com o rabo entre as pernas.

– Boa tentativa, garotão. – zombei.

– Há, há, muito engraçado, Carolynn.

Nós três nos contentamos em rir da situação e nquanto Ed terminava o almoço furioso.