The Awakening Of Love escrita por Fernanda Vasconcelos


Capítulo 1
Valentines Day




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... Chega um dia em que você deseja colocar um ponto final na sua infância, pensando bem, até os que negam , acabam a esquecendo. Caso contrário, o mundo não seria como hoje, pois quando acabam esquecendo a inôcencia do passado, se colocam em uma posição, onde só ganha o mais sábio. Essa talvez seja a real lei da vida. - Márcia, minha professora de ética, odiava ter algum de seus discursos interrompidos, não era a toa que se posicionava sempre ao lado da porta principal da enorme sala, onde podia avistar qualquer um que ousase desaponta-la enquanto explicava. E aqui vai minha opinião, ela é uma das professoras que mais respeito nesse colégio. A sala se estende em uma coluna generosa, porém chego a odiar um grupo que senta próximo a minha fileira. Eu e minhas amigas, gostamos de sentar no centro, onde ficam duas de um lado e mais duas do outro lado, isso evita conversas desnecessárias por sms. Hoje é o dia dos namorados aqui em Londres, mas não tenho certeza se irei comemorar com meu namorado, brigamos muito e ele sempre  está certo, para ele. Arrgg!!!  

Algo estava me encomodando naquele inicio de tarde, meus olhos estavam doloridos e cansados, sei exatamente o motivo, não sou daquelas que levam a vida certinha, dormindo cedo e blá blá blá, aposto que vou dormir o dia inteiro quando deitar na minha cama. Ao olhar para o lado, noto a presença de duas esmeraldas chamativas, Alice tinha um dos olhos mais lindos que eu conhecia e sempre que alguém os elogiava, ela se sentia sortuda.

─ Acabou a aula branca de neve, e acho que você ta precisando de uma maquiagem, já se olhou no espelho hoje? ─ Disse enquanto parecia notar algo estranho em minha face

─ Eu e minhas distrações particulares, acho que uma maquiagem cairia bem agora ─ As meninas voltaram os olhares para mim, e fizeram um gesto concordando

─ Banheiro, agora? ─ Luíza levantou e junto sua mochila roxa que era de costume usar, não as trocava, pois tinha ganhado de seu avô, ela o adorava. Fiz o mesmo com minha bolsa enquanto levantava e antes que pudesse pegar o resto de minhas coisas, despedi-me das meninas. Luíza e eu andávamos muito juntas pois além de sermos vizinhas de infância, eramos melhores amigas.

─ Vai sair com Nate hoje ou filminho com a amiga aqui?

─ Acho que a primeira opção, isto é, se ele estiver melhor comigo, tava pensando em.. ─ Antes que pudesse terminar, uma mão toma posição de meu braço, fazendo-me girar para trás, reconhecia Nate pelo perfume, pois ele costumava usar sempre e eu admito que adorava a essência.  

─ Oi princesa, como foi a manhã sem mim? ─ Perguntou como se nada tivesse acontecido, mas o que me chamou a atenção foi a pele bronzeada que parecia combinar perfeitamente com seus cabelos escuro, no que me favorecia, pois era o oposto da minha, me sentia azeda por ser branca demais, e mais ainda por saber que o sol nunca está ao meu dispor, já com ele, tudo parecia ser fácil. Seus olhos escuros fitaram os meus como se esperasse uma resposta rápida. Automaticamente o abraçei, mas me lembrando que não estávamos como antes, pelo menos para mim.  

─ Exaustiva, principalmente para pessoas que como eu dormem tarde  ─ Sentia seus lábios tocarem rapidamente nos meus e logo uma resposta clara.

─ Senti sua falta. Mas o que queria mesmo saber, é o que vai querer fazer hoje? 

─ Não quero nada exagerado como o do ano passado, podiamos ir em uma lanchonete ou sei lá, depois ficamos na minha casa, pode ser? ─ Observo discretamente a expressão de Luíza atrás dele, parecia destraida desta vez. 

19:00hrs
Não queria que Nate me buscasse, pelo menos não naquela noite, precisava pensar mais sobre nós, e nunca conseguia pensar com ele por perto, ele consegue mecher perfeitamente com a cabeça da pessoa quando o assunto é ele. Adentrei no Starbucks, e imediatamente sou levada pelo aroma do local, o cheiro de café inundava aquela parte da entrada, no que faria qualquer pessoa suspirar ao adentrar. Vago meus olhos pelo âmbito a procura de Nate, mas ao invez de acha-lo sinto algo topar contra mim, fazendo com que meu corpo tombasse um pouco para trás junto com um liquido escuro

–  Nãooo!! –  Resmunguei baixo –  Moço, não olha para onde anda? ainda não sou ínvisivel –  Passo sutilmente meus dedos sobre o tecido da blusa, mas já disposta a me retirar, ouço uma voz rouca aveludada.

– Me perdoe, estava tão distraido que não notei sua presença ai –  Disse o rapaz estendendo um guardanapio. Peguei imediatamente e o coloquei sobre a região molhada. Subo meu olhar lentamente da mão do rapaz, seguindo percusso até sua face incrivelmente iluminada pela luz do local, permito que meus olhos acompanhe seu traços e logo noto seus cabelos cairem sobre uma parte de seus olhos acizentados. Noto a porta do local se abrir, e com isso sinto uma rajada de vento golpear algumas mechas de meus cabelos, apenas ignorei.

–  Amor? –  Uma voz familiar surgiu e imediatamente desviei o olhar.–  Ele te fez alguma coisa? –  Observo o rapaz mais uma vez. 

–  Não, Nat.. –  Mas antes que pudesse prosseguir sou interrompida pela voz adorável.  

– Desculpe, a culpa foi toda minha, sem querer derrubei meu café nela – Pousei meus dedos sobre o antebraço de Nate. 

–  Tudo bem amor, ele foi gentil de me oferecer um guardanapo, e eu estava parada que nem uma tonta te procurando  –  Disse enquanto tentava sorrir e desfazer por vez aquela conversa.

–  Quer que eu te leve para casa? Eu entendo. –  Disse Nate ignorando a presença do rapaz, me posicionei em sua frente e envolvi meus braços em volta de seu pescoço.

–  Não será necessário, tirei um pouco do excesso e mesmo assim posso usar meu casaco por cima. –  Um lado meu não permitia ser desagradavel naquela situação, não depois de todas nossas brigas. 

–  Bom, tenho que ir. –  O rapaz ressurge com sua voz agradavel, confesso que seria normal ele já ter se retirado dali a séculos, mas gentimente sorri. 

–  Boa noite –  Foi tudo o que conseguia dizer. Ele apenas permitiu que um traço ressurgisse em seus lábios, em forma de um sorriso encatador e logo se retirou da Starbucks, não pude deixar de acompanha-lo com o olhar, e notei a presença de uma loira alta de trajes escuro, ele seguia de encontro. Obviamente seria sua namorada, ou coisa assim, mas antes que pudesse acompanhar o resto, sinto os dedos de nate retirar meus braços que ainda se encontravam pousados no antebraço dele. 

– Laila? – Sussurrou Nate com uma expressão séria.

– Vamos sentar? – Falei tentando não tocar em outro assunto, ele me olhou como se fosse falar mais alguma coisa, mas não falou, apenas concordou. 

Procuramos um lugar perto da enorme vidraça, que favorecia uma vista melhor sobre a rua movimentada, puxei a cadeira e me sentei. O fato de não falar muito, significa que penso demais, Nate é meu oposto.

– Sabe que o atendimento daqui é péssimo essa hora né? – Resmungou Nate, odiava quando ele pensava dessa forma, mas tinha que concordar, estava lotado, não sei como havíamos encontrado um lugar privilegiado vazio. Pouco depois, um rapaz vem até a mesa, trazendo em mãos um caderno de anotações por cima de um cardápio, que rapidamente nos entregou.

– Um cappuccino  com uma porção de pão de queijo, por favor. –  Espero Nate fazer o pedido dele e jogo minha bolsa na cadeira ao lado, distraidamente permito-me observar através daquela vidraça, o rapaz não estava mais lá. 

– Pronto, só eu estou te achando estranha ultimamente? 

–  Eu sou assim.

–  Assim como ? –  Nate ri.

–  Estranha –  Faço uma careta, pois odiava quando ele fazia perguntas obvias. 

– Você ta chata comigo. 

–  Não estou chata com você, estou sendo legal, por que afinal, brigamos ontem, e hoje você me tratou como se nada tivesse acontecido.

–  É, eu não quero estragar a gente. E já que vamos mudar de assunto, quero te mostrar uma coisa.

–  Entendo, muito legal da sua parte se esforçar assim. E o que você quer me mostrar? –  Mordisco meu lábio inferior, enquanto percebo Nate retirar suas mãos debaixo da mesa com uma caixinha de veludo escura. O que? Isso é uma aliança? Não. Não. 

–  O que é isso, Nate? –  Ele me olha, mas desta vez com um sorriso largo, parecia não se importar com meu lado ''chato''. 

– Acho que você vai ter que abrir. –  Não demoro muito para abrir e logo noto um par de brincos de cristais, realmente encantadores, deixo que minha respiração volte ao normal.

– Que fofo da sua parte, amei –  Esboço um sorriso exagerado para que o mesmo não se desapontaçe com a escolha, me inclino um pouco e aperto meus lábios contra os deles.




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