-Ness? O que você está fazendo aqui querida? – Charlie falando tentando sustentar a voz, que estava rouca e fraca.

-Vim te ver vovô, como você está?

-Eu estou bom! – disse como se isso fosse meio obvio, só então ele olhou em volta e percebeu que estava em um hospital. – Onde estou? – agora com voz de surpresa.

-No hospital vovô. Mas agora você está bem, não é mesmo?

-Como eu estou aqui?

Agora foi Carlisle que respondeu:

-Charlie, tente não ficar nervoso, você sofreu um acidente, ficou 28 dias em coma e agora precisa se recuperar.

-Acidente? Não me lembro de nada.

-É normal não lembrar, é um chamado de aminésia pós-traumatica, importante indicador da gravidade do trauma crânio-encefalico. Apenas fique calmo para podermos analisar seu quadro após o coma.

-Que acidente? – perguntou Charlie direcionando um  olhar indagador pra mim.

-Você e mamãe estavam vindo conhecer Carolyne e Ed, meus novos filhos, se lembra?

Ele olhou agora no meu colo e no de Emmet e viu os bebês, parece que lembrando alguma coisa.

-Eu estou lembrando de alguma coisa, mas está tudo muito confuso...

-É normal. – respondeu Carlisle.

-Co-como está Renée? Ela está bem? – perguntou com muito medo na voz.

-Ela está bem, agora ela foi ver Phil e amanhã estará aqui novamente. Ela ficou o tempo todo com você e foi embora ontem, só para pegar mais roupas e ver o Phil.

Seu olhar nesse momento ficou mais ameno, sem dor, sem sofrimento.

-Cadê meus netinhos Bella?

-Claro pai, está é Carolyne. – fui até ele levando Carolyne que estava no meu colo desde que Charlie começou a acordar.

-Bella, como ela se parece com Ness, como pode?

-Mistérios da vida eu acho. – disse tentando parecer normal.

Charlie sustentou o olhar em Carol por uns minutos e olhou em um súbito para mim afoito.

-Não, ela é sua filha! – disse quase gritando. – Eu sei que ela é sua filha, como eu consigo ver imagens suas grávida, como nasceu em tão pouco tempo? Eu já sabia que você tinha mudado depois do casamento, mas não sabia de tudo isso...

Carolyne estava ‘ajudando’ seu avô a entender nossa vida, e dessa vez ela não deixou Edward penetrar em seus pensamentos. O que ela estava dizendo a Charlie, aliás, o que ela sabia de nossa vida, ela apenas era um bebê que poderia estar tão confusa quanto Charlie, e com uma imaginação muito fértil e encrenqueira.