Quando entramos no quarto de Alice, não foi surpresa que ela já estava nos esperando devida a enxurrada de visões que a bombardeavam a todo o momento.

-Bella, primeiro você. – ela disse e eu olhei estranhamente a Edward, ao que ele queria falar com Alice?

-O que você está vendo Alice?

-Seu pai só terá chance se fizer a cirurgia, caso contrario seu cérebro não irá agüentar até amanhã.

-Tão rápido Alice?

-A batida foi muito forte, ele já está fraco, ele precisa urgente da cirurgia. – nesse momento ela olhou para Edward e percebi que conversavam em silêncio e acho que pelo stress que eu estava sofrendo, eu não agüentei.

-Parem com isso, eu quero saber agora o que se passa na cabeça de vocês.

-Bella, não é nada de mais, mas a mente da sua mãe está muito confusa, agoniada, preocupada com você. Ela sente que tem algo de errado, de diferente com você e não sabemos como fazê-la entender que está tudo bem com você.

-Ela desconfia da verdade? – perguntei.

Edward e Alice começaram a rir.

-Não, ela está completamente equivocada. Ela acha te forço a ficar em casa com uma filha minha com outra mulher, a Reenesme, e que tive outro caso e trouxe mais duas crianças para casa e te forcei a adotá-las também. Ela realmente me odeia.

Não podia acreditar nas coisas que minha mãe pensava de Edward. Fiquei muito nervosa com isso. Eu não poderia levar as fotos das crianças, ai sim ela veria mais semelhanças com Edward. Minha expressão deveria estar muito dura, pois Edward me puxou para perto dele e colocou minha cabeça em seu peito, me abraçando ternamente.

-Calma meu amor, não vá dizer nada a sua mãe que te faça se arrepender mais tarde. Pense como ela. Ela sabe que essas crianças não podem ter sido concebidas por você em uma gravidez normal, ela vê a semelhança que Reenesme tem comigo, você está pálida e gelada, de repente você que nunca quis ter filho, adota mais duas crianças e não a avisa. A cabeça dela precisa de explicação e a mais obvia que ela encontrou foi essa.

Eu tive que concordar com Edward, era realmente difícil para minha mãe não ter explicações.

-Temos que fazer alguma coisa, mas o que? – perguntei.

-Para que sua mãe parasse de suspeitar de mim e aquietar seu coração, eu a convidei a passar um tempo conosco, em nossa casa em Forks, depois que ela e Charlie melhorarem. Acho que por enquanto ela vai ficar sossegada.

Realmente era uma idéia que iria servir por enquanto.

-Então vamos para o hospital? – eu perguntei aflita com Charlie.

-Vamos dar um beijo nas crianças primeiro, Alice não vê Charlie piorar nessa hora.

Demos um beijo que cada um deles, e me doeu ficar tanto tempo sem meus filhos.