We Found Love escrita por MsTigerOwl


Capítulo 12
Infanticide


Notas iniciais do capítulo

Beeeem, meu povo, mais um melancólico aqui pra vocês!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267481/chapter/12

- Eu prometo tentar, Britt, por você, eu prometo.
O resto da manhã passou mais lentamente do que as duas garotas achavam possível, logo já era de tarde, Brittany olhou Santana, seu rosto ainda estava levemente molhado de lágrimas, inchado por causa da choradeira toda de tarde, ela mantinha os olhos fechados com força e a respiração saía muito baixa, tanto que só a loira conseguia sentir pois o peito da latina estava encostado no seu, poderia facilmente pensar que a outra estava morta se não fosse por esse pequeno detalhe, a loira se aproximou um pouco e pousou um beijo carinhoso na boca da namorada, dando uma mordidinha em seu queixo logo depois.
- Tem certeza que quer fazer isso? Não vou te obrigar a nada. - disse Britt, quando Santana abriu os olhos.
- Está na hora, BrittBritt, eu preciso ser forte, mas... Será que você não podia pedir pra eles virem aqui? É que... Eu quero falar, mas tenho muito medo de ir na delegacia. - explicou a morena, Britt pensou por um tempo e assentiu, levantando da cama.
- Toma um banho e se veste que eu vou ali ver o que posso fazer. - disse a loira, saindo do quarto para pegar o telefone do gancho e discar o número da polícia lentamente, chamou duas vezes.
- Alô? Aqui é o oficial Anderson, em que posso ajudar? - perguntou uma voz grossa porém prestativa do outro lado da linha.
- Alô, aqui quem fala é Brittany S. Pierce, eu queria falar sobre o assassinato da garotinha na parte oeste de Ohio, tem uma pessoa que mora comigo e pode lhe fornecer informações valiosas para que o responsável seja pego, mas ela não se sente confortável para ir aí, será que você poderia vir aqui falar com ela? - perguntou, sem ter muita certeza se deveria falar que na verdade ela era sua  NAMORADA, mas resolveu ficar quieta, sabia como as pessoas poderiam ser preconceituosas.
- Ora, claro, se puder me passar o endereço, qualquer ajuda é necessária quando se trata de assassinatos, poderia me passar seu endereço que estarei a caminho o mais rápido possível. - falou, com paciência, a loira ditou o endereço e foi para o quarto me arrumar, Santana estava já vestida, deitada na cama encarando a parede, parecia em choque, Brittany observou uma lágrima escorrer por seu rosto, aquilo partia seu coração, se sentia mal por estar fazendo ela passar por isso, mas sabia que precisava, queria trazer de volta aquela Santana, aquela que desapareceu tantos anos atrás, e aquele parecia ser o primeiro passo para que isso acontecesse.
A loira se trocou rapidamente e andou até a morena, se ajoelhando ao lado da cama e a olhando nos olhos.
- Já disse que não precisa fazer isso... - falou lentamente, a estudando e tocando seu rosto com carinho.
- Você vai estar comigo? - perguntou a morena, fungando logo depois, já nem conseguia chorar mais, a idéia de que isso tinha que acontecer já estava na sua cabeça.
- Vou, nunca vou sair do seu lado. - falou a loira.
- Então eu estou pronta. - falou, decidida, Britt se inclinou um pouco e beijou os lábios da namorada com cuidado, a campainha tocou e as duas sorriram.
- Acho bom estar mesmo, porque agora não tem mais volta. - disse a loira, levantando e puxando a namorada pelo corredor, a sentou no sofá e foi atender a porta.
- Oi, sou o oficial Blaine Anderson, foi aqui que me chamaram com uma informação sobre o assassinato da garotinha em Ohio? - perguntou um homem alto com o cabelo intupindo de gel do outro lado da porta.
- Foi, foi sim, é a minha namorada, ela está ali na sala, pode entrar. - disse Brittany, mas logo percebeu o que tinha dito, ás vezes ela esquecia que era informação de mais para algumas pessoas. 
- Sua... Namorada?
- É, por que? Algo contra? - pergunta a loira, cruzando os braços e impedindo que o policial fosse para a sala.
- Não... Pelo contrario, eu também sou gay, tenho um namorado. - ele disse, e a loira assentiu, ainda desconfiada, levando o moreno até a sala, o homem se sentou no sofá.
- Oi, meu nome é Blaine. - disse para Santana, e a morena apenas apertou sua mão enquanto Brittany se sentava ao seu lado.
- Sou Santana, você quer água, ou alguma coisa? - perguntou a latina.
- Não, obrigado, eu recebi um chamado da sua namorada, Brittany, me dizendo que você tinha algumas informações valiosas para a resolução do caso da menina Lily Mae. - ele disse, calmamente, mexendo no cinto para pegar um gravador. - Se não se importa nossa conversa será gravada.
- Não... Tudo bem... Bem.. Eu nasci em Lima... - ela começou, contou toda a história ao policial, que ouviu com atenção, as vezes ela fraquejava, começava a chorar e então Britt a abraçava e apertava a sua mão com força, tentando fazer que continuasse, quando terminou, ficaram em silêncio por vários minutos.
- Então... Seu padrasto era Stuart Collins? - perguntou, e a morena assentiu. - Eu não acredito nisso! - exclamou o homem, e Santana, o olhou, um pouco assustada. - Ele é nosso principal suspeito! Estava só procurando uma pista maior para que pudéssemos colocá-lo atrás das grades! - ele disse, e Santana sorriu de canto de boca, feliz porque tinha ajudado. - Mas sabe que terá de testemunhar contra ele no tribunal, né? Não precisa contar a história toda, só aparecer para dizer que a gravação é real. 
- Claro... O pior eu já fiz. - ela disse.

                                                  ****
O resto da semana se passou rápido, Brittany se preocupava que Santana fosse surtar, já que a morena parecia muito nervosa e com medo, talvez que Stuart descobrisse que ela tinha falado e viesse repreendê-la como uma garotinha desobediente, á noite, os pesadelos estavam piores, ela gritava e esperneava a ponto que a namorada tinha que acordá-la e pedir que se acalmasse.
Mas logo chegou o dia do julgamento,na noite anterior, Santana teve uma,crise de choro e pânico, provavelmente porque ia ver Stuart de novo depois de tanto tempo sem nem conseguir pensar nele, Britt queria poder terminar com aquilo tudo, dizer que ela não precisava fazer isso, mas o próprio policial tinha dito que se ela faltasse ao julgamento, poderia ser processada por calúnia e desacato a autoridade, já que tudo o que ela disse na fita seria desacreditado.
Chegaram ao edifício da justiça e o viram pela primeira vez, Santana entrava do lado da namorada quando viu ao longe um homem alto, ele tinha cabelos loiros e olhos verdes.
Britt o viu logo depois, percebendo o olhar hostil para sua namorada e como Santana parecia paralisada por estar no mesmo cômodo que ele, Noah também estaria ali e quando chegou, Brittany teve que falar com ele porque Santana ainda estava em choque, depois, foram chamados para o tribunal e andaram até lá como prisioneiros vão para a forca, sentaram-se em uma mesa junto dos pais da menina Lily Mae e os advogados, na outra mesa, Stuart e a Sra. Lopez, Alma, também com vários advogados, ele parecia alterado agora, falava agressivamente com um dos homens de terno e gesticulava para eles, as vezes olhando com desdém na direção dos irmãos Lopez, Santana tinha se encostado em Brittany e Puck apenas ficava por perto para proteger as duas, Alma massageava as têmporas e parecia ainda mais nervosa que todos ali, ninguém esperava que Santana fosse testemunhar.
O juiz entrou e pediu ordem, logo começando o julgamento, o oficial Anderson foi o primeiro que levantou, ele revelou a fita, que foi ouvida deixando todos ali perplexos, alguns choravam, principalmente Santana, Blaine a chamou para a bancada e pediu que fizesse o juramento de honra.
- Então, Srta. Lopez, essa gravação foi real? - perguntou ele, mais,como um procedimento padrão do que qualquer coisa.
- Sim senhor. - ela disse, encarando as mãos no colo.
- Jura perante a lei que tudo o que disse é verdade? 
- Sim, Senhor. - ela repetiu, se encolhendo toda diante do olhar de ódio do homem que continuava na mesa, a fuzilando com o olhar, ela quase podia sentir todos ali ficando com pena dela, e não gostava disso, mas então olhou na direção de Brittany e a loira sorriu para ela, a encorajando, colocou o dedo no peito, fez um coração no ar e apontou para a latina. "eu amo você." Aquela declaração muda foi o suficiente para que Santana levantasse a cabeça, devolvesse o olhar fuzilante de Stuart por alguns segundos e depois fitasse Puck e Quinn. - meu irmão Noah e minha cunhada Quinn estão aqui de prova. - falou, devagar, mordendo um pouco a língua.
- Pode descer. - disse o advogado, a latina obedeceu devagar, sentando novamente ao lado de Brittany, que pegou sua mão e apertou. - Gostaria de chamar ao palanque Noah Lopez. - disse Blaine, o rapaz de moicano levantou e foi até lá.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!