-Vadia! Cale a boca! - Maxine gritou com a voz trêmula.

- Você me chamou de que? - Mel ergueu a mão e se preparou para dar um belo tapa em Maxine. Mas Jason a segurou antes que o fizesse.

Mel's POV

"Ahhhhh!! Porque o Jason me segurou? Eu queria ter dado um tapa naquela vaca!! Como ela ousa me chamar de vadia? Como se ela fosse alguma santa para isso. Esquece Melissa! Você tem que se conter, já se descabelou o suficiente por hoje! Acho que não o suficiente! "

- Me solta Jason! - Mel gritou se dabatendo com todas as forças.

- É Jas, solta ela! - Maxine provocou.

- Me solta!! - Mel começou a gritar, agora mais alto. E ficou se contorcendo até que Jason se cansou e a soltou. Melissa andou, o mais devagar possível, chegou a frente de Maxine e disse:

- Primeiro: Não chame o meu namorado de Jas! - ela cuspiu a fala em Maxine, seguido de um tapa, continuou - Segundo: Nunca! Nunca! Me chame de vadia! - falou, jogando mais uma vez sua mão no rosto de Maxine - e terceiro: Não tente me desafiar de novo! - e mais uma vez sua mão foi em direção ao rosto de Maxine, porém antes que pudesse fazê-lo Maxine segurou o pulso de Mel enfiando as unhas falsas em seu braço.

- Não ouse tocar no meu rosto, sua vadia! - e se jogou em cima de Mel, a derrubando no chão.

- Ah claro! Se não vou estragar a última plástica que você fez! - Mel retrucou ríspida e tentando inverter a posição.

- Como você sabe da minha última plástica? - Maxine perguntou com uma grande cara de interrogação. E por esse descuido Mel conseguiu por fim inverter a posição e ficar por cima de Maxine, estapeando o rosto da garota, e depois socando como se fosse um saco de pancadas.

- Maluca!! Me larga!! - gritava Maxine, para que alguém a ajudasse. Mas ninguém se prontificou.

- Ah! Agora é assim né? - Mel gritou a provocando.

- Assim como garota? Sua vadia maluca!! - Maxine gritou.

- Quer que eu te solte agora, né?! - Mel perguntou com um tom de triunfo.

- Quero!! Sai de cima de mim, garota!! - Maxine implorava.

- Saio, claro! - Maxine sorriu - Se... - ele fechou o sorriso.

- Se o que? - Maxine perguntou aflita.

- Se você prometer que nunca, nunquinha vai chamar meu namorado de Jas! - Mel falou segurando os pulsos de Maxine, com muita força.

- Tá, prometo! - Maxine falou e Mel foi se levantando devagar, limpando a roupa e arrumando o cabelo. Maxine se levantou de uma vez só e correu para dentro do colégio, passou pela porta batendo-as. Um silêncio reinou por um momento e enfim alguém comentou:

- Revelação do momento, Melissa Daves não é a garota meiga que conhecemos!

- Vamos, xô! - Nick berrou - Não tem mais nada para ver! - assim todos foram se afastando devagar e comentando sobre o ocorrido. Muitos ainda ficaram parados olhando fixados para Mel, sem nem piscar, totalmente abobados.

Não demorou muito para Maxine voltar com Diretor Victor, Alícia e Grazielle - seguidora de Alicia, como Maxine - nos seus calcanhares. Depois de pararem na porta de entrada, Maxine apontou na direção de Melissa e disse:

- Lá! Lá está a louca que me atacou!

- Pois bem! - disse Victor, calmamente - Me acompanhe senhorita! - Se referiu a Mel com firmeza.

- Sim diretor! - e caminhou atrás do diretor juntamente com Maxine.

Alícia e Grazielle pararam em frente ao grupo e fizeram cara de deboche.

- Nossa! Sua amiguinha não sabe resolver problemas sozinha e resolve apelar! Muito corajosa ela né?! - Nick comentou com raiva na voz, fuzilando Alícia com um olhar.

- Ah! Logicamente são vocês que não sabem jogar! - Alícia respondeu rispidamente.

- Do que você está falando? - Angel perguntou, um pouco desnorteada.

- Ai! Que dózinha delas, tão ingênuas... Aqui é um campo de batalha querida... - Grazielle disse com aquela voz irritantemente fina. As duas deram os ombros e sairam rebolando e jogando os cabelos para trás, as duas faziam tudo exatamente igual, era irritante como elas agiam totalmente igual, pareciam dois robôs programados.

Nick, Angel se despediram dos garotos e entraram, mas não foram para as classes certas, as duas seguiram direto subiram as escadas e chegaram na biblioteca, onde conversavam:

- Elas querem guerra? - Nick começou - Pois é o que elas vão ter!

- Criatura divina! - Angel disse - Você não acha isso clichê não? Isso é coisa de filme!

- É coisa de filme? E é o que elas querem! - Nick respondeu.

- Você vai dar satisfação para elas, isso sim! É isso que elas querem, atenção! - Angel disse, com firmeza na voz.

- Verdade... mas elas não perdem por esperar! - Nick disse, com tom de quem acabou de ter uma grande idéia.

Nick's POV

" Elas querem guerra? Elas vão ter! Aqui não é um campo de batalha? Então vamos usá-lo como campo de batalha!Angel não concordou comigo, sobre dar o que elas querem, mas não estou com medo! Elas não querem isso? Pois elas vão ganhar o que querem. Vamos ver quem é que não sabe jogar vadias oxigenadas."

- Vamos lá Nick! Pensa direito! Eu sei que você faz melhor que isso! - Angel disse com medo.

- Faço melhor que isso? Com certeza faço! - Nick respondeu.

- Então pensa bem Nick... você é inteligente... pensa! - Angel disse assustada.

- Já pensei! - Nick falou, apanhou a mochila que havia encostado em uma cadeira e continuou - Tenho que ir! - ela se despediu e correu para a porta da biblioteca.

- Calma! Espera aí! Nicolle me espera! - Angel gritou, mas foi em vão, Nick já se fora.

- Silêncio, isso é uma biblioteca, não um parque de diversões! - uma moça no fundo do corredor, sentada em uma mesinha repreendeu Angel. E a mesma correu como uma louca para a saída da biblioteca, gritando:

- Nick! Volte aqui! Nick, não faça nada sem pensar!

- Senhorita Demmet, pare! - alguém gritou. Angel virou-se e viu, o que ela menos queria ver naquela hora, o diretor, ele parecia muito irritado. - O que acha que está fazendo?

- Nada diretor, só estava correndo atrás do garoto, ele fez uma brincadeira boba e pegou minha bolsa... - mentiu Angel.

- Ah é?! Qual era o nome do garoto? - Victor perguntou sério.

- Não sei, não vi o rosto dele! - mentiu de novo.

- Certo então, quando souber me avise. - o diretor disse e se virou.

- Nick... você me paga! - Angel sussurrou.

- Disse alguma coisa senhorita? - Victor voltou e perguntou.

- Não, nada! - Angel disse e apertou o passo, virou o corredor e disparou a correr, mas antes que pudesse prosseguir viu a inspetora Gabrielle - era uma mulher quarentona, chata e rigorosa - e recuou, Angel se viu em uma situação um tanto quanto apertada, tinha três alternativas, seguia em frente e levava suspensão por estar fora de sala, voltava e se explicava para o diretor, ou entrava na porta a direita, que por sinal era o banheiro masculino.