Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 8
Merlin!


Notas iniciais do capítulo

##Reeditado##

Ok...faz uns meses que não posto...È que eu tinha desistido da estória, mas resolvi tentar voltar!! Será que vai colar?



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Pov Lilith

RECORDE.

Duas semanas inteiras sem levar uma bronca. Seu eu continuar assim, vou conseguir não ser expulsa! O melhor é que a minha maior fonte de detenções está impossibilitada de dar detenções. Se as pessoas da escola soubessem, iriam fazer uma estátua de bronze minha e colocar no Saguão de entrada..."Em memória daquela que conseguiu fazer nenhum aluno tomar detenção durante um ano do professor Snape".

E falando nele... Ele está, sei la, estranho. Não se dirigiu uma única vez à mim nas aulas - nem sequer me olhava! - e nem no corredor nem nada. Pensei que iria ficar feliz em me ver livre dele totalmente, sabe, sem ele ficar aparecendo cada vez que faço algo ( nããão que eu faça algo, imagine). Mas...

Algo me incomoda. Eu não sei o que é direito. Desde a nossa briguinha eu venho tendo pensamentos estranhos. Por exemplo, o que teria acontecido se não tivéssemos sido interrompidos? Será que ele se atreveria? E por que eu fico imaginando como seria se ele tivesse se atrevido? Será que eu que sou muito pervertida?

Estava andando pelo corredor com tais pensamentos quando vi Lino agarrado à uma menina da Lufa-Lufa chamada Xavesca e bom, não era uma cena muito bonita. Se fosse uma situação normal, eu iria embora de fininho mas, bom, ele é meu amigo né? Tenho que avisá-lo...

– HAM HAM. - eu os fiz olhar para mim. Lino estava com uma expressão espantada. Deve ter pensado que era o Filch. - Posso falar com você rapidinho, Lino?

Ele me encarou por uns instantes, meio confuso, e depois surrurrou algo no ouvido da menina. Ela sorriu e saiu dali, acenando para mim. Resolvi ser direta.

_ Você já transou com ela?

_ Hã? Por que a pergunta?

_ Responde.

_Eu...Hã...Sim...

_ Não! - gritei. Ele se assustou um pouco. - Ok, me siga.

Enquanto andavámos ele tentava descobrir o motivo da minha reprovação, mas preferi falar num local mais reservado. Levei-o até minha salinha *linda*.

Procurei rapidamente pelas estantes uma poção purpura. Peguei-a e despejei num copo.

– Aquela menina, para resumir, tem uma doença muito grave e contagiosa...sexualmente. Então acho melhor você tomar essa poção aqui, se quer saber.

­– Mas como você sabe? - ele perguntou de olhos arregalados. Ainda não acreditava muito em mim. Por que as pessoas não acreditam em mim de primeira?

­– No quinto ano ela me procurou e eu ajudei-a a descobrir a doença dela. Então, preparei uma poção de tratamento para ela. Só que faz um bom tempo que ela não me procura para pegar mais poção...Acho que ela parou o tratamento. Acho que ela não está ligando muito para isso. Bom. Essa poção aqui é muito boa e como não faz muito tempo que vocês estão juntos, eu espero, deve funcionar com uma dose.

Ele ainda parecia surpreso mas como eu sempre ajudava a todos com minhas poções, ele acreditou em mim. Pegou o copo das minhas mãos e tomou. Ficou me olhando, como se esperasse que alguma coisa acontecesse.

–E aí? - perguntou ele.

– Calma...se você sentir náuseas ou alguma coisa estranha fala comigo...Agora preciso ir. Tá na hora da aula de Adivinhação.

– Ué, você acredita nisso?

– Bom, não acredito muito nesta professora, mas a aula é tão engraçada e eu me divirto muito...Por isso assisto, entende.

– Só você mesmo para assistir uma aula por diversão. Vai amanhã em Hogsmeade?

– Claro! Não vejo a hora de sair um pouco deste castelo...

Nos despedimos e eu segui para a torre. A aula de hoje, basicamente, era para tentar ver ( ou dizer que viu) a nossa maior tormenta interior dentro da bola de cristal. Fiquei olhando para a bola pensando em qual estória iria inventar agora. Poderia falar que estava vendo um trasgo no meu quarto...Não, é tormenta interior e eu não posso ter um trasgo dentro de mim...Poderia falar das provas. Não, ninguém acreditaria nisso. Talvez um problema pessoal...

OH MERLIN!

EU VI ALGO ALI DENTRO.

Nunca tinha me acontecido, mas REALMENTE, uma imagem estava se formando na bolinha. Olhei mais de perto e cobri a boca para não dar um gritinho: Ali, naquela bolinha sem vergonha eu conseguia ver, claramente, um par de olhos - negros, vivos e levados. Minha reação chamou a atenção da professora, que veio se prostar ao meu lado perguntando o que eu estava vendo. Não lembro do que falei. Fiquei meio em choque por saber que realmente Adivinhação não é uma furada. É, a titia aqui se surpreendeu.

***



Estava quase me arrependendo de ter saído do castelo. Estava um frio de matar. Sério. Eu e as meninas estavamos andando para Hogsmeade, mas ninguém conseguia abrir a boca para conversar. Queria chegar logo a melhor loja de doces do mundo e comprar tudo que eu puder. Vi Lino fugindo da Xavesca - haha ficou com trauma, ele.

Enquanto andavamos, pensava sobre a aula de adivinhação, seguida da aula de poção. Eu tinha entendido o que a bola de cristal "quis "me mostrar. Eu estava sentindo...Falta(?) dele... Ele me ignorava, como se eu não existisse. Nâo me olhava. Os olhos dele, ah! Como eu queria ver novamente....PARA AÍ LILITH!!

Que pensamentos são esses? Pode parando, assim parece até que você está apaixonada...

Entramos na Zonkos e ela estava lotada como sempre. Odeio lugares lotados. Fui logo pegando dois de cada doce da melhor loja do mundo e minha conta ficou enorme (Adeus mesada, foi bom lhe conhecer). Logo saí dali, não gosto de lugares lotados. Já disse isso? Ficar ali, sentindo o suor das outras pessoas ( apesar que no frio as pessoas não costumam suar) e ficar se apertando e tal. Estava com duas sacolas de doces. Parei em frente a Loja decidindo para onde deveria ir. As meninas já estavam acompanhadas - com os peguetes - e eu não iria ficar de vela. Poderia ir tomar alguma coisa, mas gastei praticamente tudo em doces. Voltar pro castelo eu não queria. Mas o que fazer com pouco dinheiro?

Mas não foi preciso pensar muito por que senti uma mão pousar no meu ombro e uma voz super conhecida falou baixinho perto de mim.

_ Poderia me acompanhar srta. Devon? Preciso...falar com você.

Olhei para o lado e, depois de tanto tempo, pude admirar os olhos negros e vivos que (tanto?) sentia falta. O que ele pode querer comigo?

Pov Severus

Estavamos sentados de frente para o outro no Cabeça de Javali, um bar que poucos frequentavam. Pedimos nossas bebidas - para mim Wisky de fogo e para ela, cerveja amanteigada - e ficamos em silêncio.

Ela olhava ao redor, provavelmente nunca estivera ali. Depois de acabar de olhar em volta, ela olhou para mim e sorriu. Por que diabos ela está sorrindo? Ela realmente é louca...Depois de se atacar com um professor, aceita ir para um bar com ele e ainda fica sorrindo, como se fosse algo muito bom para se fazer. Parecia que ela estava gostando de estar ali.

_ Então - ela falou lentamente. -, como está sendo não ter a minha companhia em detenções? Alias, o senhor estará esse ano sem nenhuma companhia, não? Deve estar se sentindo sozinho... - Ela terminou de falar apoiando se na mesa, chegando mais perto. Fiz o mesmo.

_ Você gosta, não gosta? De ficar em detenção. Aposto que não tem nada para fazer e fica arrumando confusão. Gosta tanto assim da companhia dos professores?

_Quem sabe né? Afinal, um gênio como eu precisa ficar perto de pessoas iguais à elas de vez em quando.

_ Gênio? Você? Francamente garota, tem um ego grande o suficiente para esconder todo o castelo.

_ Não sei porque - Ela franziu o cenho, um pouco brava. - você não consegue admitir que sou uma boa aluna. Tiro sempre nota máxima, nunca errei nenhuma poção que o senhor passou em aula e ainda assim você continua negando minha capacidade.

Não respondi, pois as bebidas haviam chegado. Beberiquei e o calor que o liquido fez preencher meu corpo me deu coragem para fazer o que eu tinha que fazer ali.

_ Bom. - Comecei. Merlin, como isso é difícil. Creio que faz muito tempo desde a ultima vez que fiz isso. - Eu...eu queria...- pronto, to gaguejando. Parece um idiota. - ...Pedir de-desculpa pelo que te fiz naquele dia.

Pronto, falei!

Ela ficou surpresa, sua boca ficou aberta. Ela me encarou por um tempo e voltou a beber sua cerveja amanteigada, porém sem parar de me encarar.

_ E então? - disse rispidamente.

Ela terminou de beber e, deixando o copo de lado, apoiou-se mais na mesa. Olhou para os lados e eu olhei também. Havia apenas dois caras numa mesa do outro lado do salão. O dono do bar estava limpando um copo, aparentemente. Voltei os olhos para a maluca digo, a garota e ela me chamava para mais perto, como se fosse uma criança prestes a contar um segredo.

_ Eu não vou...

_ Vem logo! - Ela sussurrou.

Contrariado, cheguei para frente a ponto de ficar pertinho dela. Perigosamente perto... Logo veio a minha mente aquilo que estava prestes a fazer na tarde em que lutamos.

Etão ela me beijou.

Ela teve a audácia de encostar os lábios nos meus - demorando pouco mais de dois segundos - e depois afastou-se dizendo:

_ Claro que lhe desculpo professor. Espero que não me ignore mais, tudo bem?

E saiu dali carregando suas bolsas. Fiquei estático. O pior não é o fato de que não poderia aplicar-lhe um bela detenção. O pior é meu coração palpitando freneticamente, os lábios formigando e a vontade louca de continuar de onde parei na nossa briguinha.

Merlin!


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Notas finais do capítulo

Notei que as vezes aparece uns erros incovenientes...desculpa ae