Lilith A Sacerdotisa Das Trevas. escrita por D S MIRANDA


Capítulo 13
A retomada.


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Tô de volta, sentiram minha falta? Bem depois de tanto tempo sem postar, eu recebi um estímulo de um leitor muito especial para retomar essa história por isso dedico esse capítulo a você MuriloEloy



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(Continuação)

– Solte as amarras querida... Solte as amarras - murmurou Ravenna quase imperceptivelmente e mais uma vez eu tentei romper o campo de energia que me mantinha atada àquela pedra, mas tudo o que eu tentava era inútil, já estava desistindo quando algo dentro de mim se lembrou de que para usar o seu poder você deve ser a bruxa que você é.

–Eu sou uma bruxa, tenho a magia correndo em minhas veias, sou a donzela, a mãe, sou a anciã, sou a filha da encruzilhada, nasci na luz e nas trevas, no frio e no calor, sou Lilith, sou Líris e também sou Elisabeth, tenho a magia que vem da natureza, tenho a magia que vem de mim, aceito ser quem eu sou sem medo do meu poder, invoco o poder de todos os meus ancestrais e ordeno que todo o meu poder se liberte agora. Que assim seja e assim se faça!- ao soltar esse brado, a mesma energia que fluía nos momentos de surto começou a se agitar dentro de mim, só que eu não a temia, eu não estava traindo os meus pais em acolhê-la, mas sim os honrando, honrava o amor e a preocupação que eles tinham comigo e isso me deu forças para romper aquela prisão, a primeira coisa que eu fiz foi atrair os vultos que atacavam Ravenna para mim, eles tinham que sair de perto dela, após os ter próximo o suficiente, expandi a minha aura para sufocá-los em tamanha massa de energia, chamando assim a atenção de Desdemona que partiu para cima de mim tal qual uma besta, a força de seus golpes se igualava aos meus, mas suas técnicas me superavam, agora com o selo rompido eu também tinha a magia da luz a meu favor então evoquei Líris que tomou o controle do meu corpo, me empurrando para um canto bem afastado da minha mente e me deixando como uma mera espectadora.

Líris

O corpo da serpente estava outra vez sob o meu controle, mas agora estava com carga total e Desdemona ia aprender o quão bom é levar uma surra de uma filha do sol.

– Pelo poder de Apolo, eu invoco a luz que há em mim- Enunciar essas palavras que há tanto tempo eu sonhava em dizer fez a magia quente e fluida do sol se espalhar por minhas veias e chegar à superfície com um leve cintilar da minha pele, os cabelos negros e escorridos de Lilith sumiram dando lugar aos meus cabelos loiros e cacheados, quando o meu poder se alocou ao seu lugar de direito, ergui um globo de luz e comecei a emitir ondas de energia tão intensas que dissipou o escudo de Desdemona em questão de segundos - Agora a brincadeira é entre você e eu. - sibilei enquanto eliminava a distancia entre nós duas, agarrando-a pelo pescoço, igual ela tinha feito comigo minutos antes, seus olhos cor de chumbo não tinham mais a mesma firmeza de minutos atrás, eles estavam carregados de medo, e eu sabia o que ela temia.

– Pelas águas do rio Estige, o poder da sacerdotisa vai ser meu Desdemona... Renegue-a e aceite-me, renegue-a e aceite-me, renegue-a e aceite-me...

Enquanto repetia vertiginosamente esse mantra, o mundo saia de foco, mas em compensação, eu sentia a energia de Desdemona fluir para mim, o seu poder era sujo e espesso, mas muito forte, eu sentia a sua energia gosmenta se unir às minhas forças, eu a queria morta, ela tinha que pagar caro por ter posto a vida de Ravenna e a minha em risco, além do mais a sensação de drená-la era forte demais, deliciosa demais, algo dentro de mim queria sugá-la a ponto de deixar apenas uma casca seca e sem vida.

– Pare agora!- Ouvi a voz de Ravenna que rompeu a nevoa que havia virado a minha mente- ou ela vai acabar morta.

– Mas é exatamente isso que eu quero! Eu quero que ela vá para o inferno. – rugi de volta com uma voz bestial enquanto voltava a sugar a força vital de Desdemona.

– Se ela morrer, o equilíbrio será abalado, e alguém vai ter que ficar em seu lugar, agora adivinha quem vai ser esse alguém? Isso mesmo! Você, então não seja idiota e largue-a!- falou Ravenna determinada, me fazendo perder todo o prazer em aniquilar aquele verme que todos insistem em chamar de uma peça importante no equilíbrio mágico do mundo, assim que a soltei uma dor lancinante começou a me corroer, era algo sufocante, era como se um ramo de espinhos estivesse em torno de mim, impedindo o ar de entrar em meus pulmões, a dor era tanta que eu me contorcia tentando encontrar uma posição que doesse menos.

– O meu poder é um veneno pra você garota. Apenas a treva acolhe a treva, apenas a luz acolhe a luz, você tem poucos minutos antes de o meu poder te aniquilar.

Enquanto o corpo de Desdemona se dissipava diante de meus olhos, o meu corpo ardia por inteiro me levando à quase total loucura, eu já não tinha mais controle dos meus próprios pensamentos, aquele emaranhado de sombras estava me engasgando tanto que eu não conseguia lançar um feitiço sequer para reverter aquele maldito efeito, eu estava sendo drenada pouco a pouco e não tinha nada que eu pudesse fazer para parar isso.

Lilith

Encolhida num canto isolado da minha mente, eu via Líris sofrendo, eu queria que ela tirá-la do controle do meu corpo, mas o seu espírito estava atado pela energia de Desdemona, o ar começou a me faltar e eu senti as garras da morte estender em minha direção.

– Apenas a treva acolhe a treva, apenas a luz acolhe a luz. - ouvi a voz de Ravenna ressoar em minha mente – Lilith, seja a treva, aceite ser sombria, se aceite, ou vocês morrerão.

Assim que tomei noção do perigo que estávamos correndo, fiz o máximo de esforço possível para que Líris saísse do controle do meu corpo, mas o seu espírito estava atado ao corpo pela energia traiçoeira de Desdemona, eu tentava de todas as maneiras livrá-la dele, mas quanto mais eu tentava, mais ele se prendia a ela.

Vocês duas são apenas fragmentos de um poder maior, vocês são apenas fruto da minha incompetência de lidar com tamanho poder, mas agora eu percebo que eu Elisabeth tenho que tomar o meu lugar de direito e ser a bruxa que eu sou, eu nasci predestinada a ser a filha da encruzilhada e assim serei, hoje eu volto e vinculo a luz e as trevas em mim, não haverá selo capaz de me impedir de ser quem eu nasci pra ser.

Assim que a voz da menina Elisabeth que morava nos mais sombrios recantos da mente desse corpo ressoou por cada átomo e tudo se tornou uma massa disforme de luz, de trevas, de fogo e gelo de paz e de guerra, o poder de Desdemona, também foi atraído para o meio desse buraco negro, a dor e o medo tentaram escapar, mas nada era capaz de escapar à volta do mundo ao seu eixo, era o fim das divisões, era o meu fim, mas também do meu recomeço, a minha missão tinha chegado ao fim, eu não era mais necessária, Elisabeth tinha crescido e era suficientemente mulher para tomar o seu próprio corpo, eu fui atraída e fundida ao emaranhado de poder que tudo virou.

A morte é apenas o começo de uma nova jornada.


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Notas finais do capítulo

ate o o proximo.



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