Lilith A Sacerdotisa Das Trevas. escrita por D S MIRANDA


Capítulo 10
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Gente ai está mais um capitulo espero que gostem...



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3ª Pessoa


Depois que todos tomaram consciência de que a garota não estava brincando, entraram em estado de alerta, todos se aproximaram, meio que formando uma barreira entre a garota e eles.

– Guardiões não precisam ter medo de mim, eu só quero o que é meu de volta, nada mais e nada menos, assim que vocês me devolverem o que é meu por direito eu deixo vocês terem a paz para se tornarem bons guardiões.

–pois fale o que diabos é que você quer, e deixa a gente em paz- falou a garota de cabelos negros.

– oh fogo da verdade, chamas que revelam, mostre minha verdadeira... ESSÊNCIA.

Ao terminar de falar essas palavras, a garota se tornou uma bola de fogo que subiu base de um metro e meio do chão, quando voltou ela estava usando o mesmo vestido que a garota de longos cabelos negros tinha visto refletido no espelho.

– Gente desculpa o showzinho, mas esse corpo estava me tirando do serio.

–Não era só você vou ser sincera- falou de novo a garota de cabelos negros.

– agora vamos ver o que eu quero de vocês- ela juntou as mãos como numa prece, e se virou os encarando com uma seriedade espantosa, agora abrindo os braços, ela começou a entoar um cântico.

– ventos do passado mostre a todas as almas libertas, o que precisam saber para completarem sua missão.

Assim que terminou de falar, uma rajada de vento entrou pela porta, e começou a abrir espécies de vórtices cada momento mais intensos, perigosos e poderosos, os olhos de cada um estavam vidrados em uma versão sua do passado apresentado pela garota.


Vérnie

Eu realmente estava encantada com o que eu estava vendo, era uma versão minha. meus olhos não estavam acreditando no que estavam vendo, minha avó tinha me dito há muito tempo que isso era possível, mas mesmo assim muito perigoso, pois podíamos reativar nossos carmas com isso, eu estava cada vez mais encantada e atraída pela minha versão passada, como se aquela fosse a minha única versão verdadeira, como se essa minha versão fosse apenas mais um reflexo da minha alma, como se eu tivesse vivido uma vida inteira numa viagem astral.


Lilith


O vórtice estava atraindo minha alma de um jeito tão natural, que era impossível resistir, eu senti o meu corpo pesar, minha vida parar junto com o mundo, meu corpo perdeu toda a essência que o mantinha vivo.

... Tudo escuro, a ausência total de tudo, não podia respirar, não sentia medo, não sentia o tão esperado alivio que a morte promete trazer...

De repente tudo se iluminou, mas eu já não sou era eu, eu estava como uma garota comum de uma época distante, em que minha essência era pura, mesmo assim eu ainda me sentia estranha, e comecei a ouvir o “toc toc” de sapatos de salto alto batendo no assoalho de madeira, e de novo senti o meu espírito se desprender do meu corpo, me chamando outra vez para o meu corpo, senti meu corpo receber uma nova onda de vitalidade, era como se eu reconhecesse todos a minha volta, comecei a ouvir entoações de cânticos e conversas...

Abri meus olhos e eu estava deitada numa espécie de pedra no meio de uma floresta, Rarwey estava sentado de ao meu lado.

–Rarwey?

– Oi Lili!- falou me abraçando enterrando sua mão em meus cabelos- descanse mais um pouco, você precisa.

– Mas onde a gente está?- falei ainda preocupada

– em segurança, agora descanse- falou me dando um beijo de leve nos lábios.

[...]

Tinha acabado de recobrar os sentidos, olhei ao meu redor pra ver se eu encontrava Rarwey. Percebi que ele estava conversando com o garoto moreno e a garota de cabelos loiros, eu me levantei meio cambaleante, ao chegar perto deles vi que eles estavam na companhia de uma mulher na base de 30 anos, ela tinha cabelos ruivos presos num coque baixo, ela usava uma saia de pregas preta, uma camisa branca e um cardigan também branco arregaçado até os ombros, e usava também um scarpin de bico redondo preto.

– Onde diabos nós estamos?- falei para o grupo.

– Primeiramente bom dia garotinha - falou a mulher ruiva de uma forma extremamente calma.

–Bom dia! – falei carregada de ironia- agora onde diabos nós estamos?

– Então, a pergunta certa não seria onde, mas sim quando nós estamos.

– Como assim?

–Vamos deixá-las conversar a sois – falou a garota loira, guiando os garotos para longe de onde eu e a mulher ruiva conversávamos.

–nós estamos num passado um pouco distante, aparentemente nós estamos na segunda metade do século XIX.

–Quem você acha que vai enganar com essa historinha de viagem do tempo?

– Olha aqui Elisabeth, se você não quer resolver o seu caso com Liris. Problema seu, mas saiba que dessa vez, o preço vai ser bem maior que o da vez anterior.

– O que você quis dizer com “dessa vez”? E por favor, nunca mais me chame de Elisabeth, eu odeio esse nome, quero que me chame de Lilith.

– Desculpa, mas eu não posso te chamar de Lilith, isso é te dar mais poder do que você pode compreender e controlar.

– Que merda é essa de poder de nome?

–Você lembra aquele verão de 2007? Em que você e Demétria resolveram fazer um pacto de sangue?

–Sim, mas e daí? O que isso tem a ver com o meu nome?

–Então recapitulando, na hora da bruxa, vocês decidiram se tornar irmãs, e quando vocês recitaram o encanto de união sanguínea criaram um nome mágico. Deixe- me lembrar de quais eram as palavrinhas mesmo que vocês recitaram juntas?... Hummm... Ah lembrei era assim: “O sangue que corre em minhas veias se una ao sangue que corre em suas veias, fazendo dois caminhos se cruzarem, e em uma só vida se unir, eu Lilith e eu Demétria nos torno irmã para todo o sempre, sendo uma o reflexo da outra e que assim seja.”. Nesse momento você criou um nome mágico, que cada vez que pronunciado, se torna cada vez mais poderoso, nesses últimos anos, você acumulou uma gama de poder enorme.

–Como diabos você sabe disso?- falei histérica ao me lembrar de que esse tinha sido um segredo meu e de Demétria, meu rosto já estava lavado em lágrimas- fala logo como você sabe! Fala logo, mais que merda!

–Calma Elisabeth, me deixe terminar de te contar que você vai entender.

– Pois conte logo tudo poxa!- falei enxugando as lagrimas que insistiam em cair do meu rosto.

– Então, você se lembra de que pouco tempo depois ela acabou morrendo em circunstâncias bem suspeitas?

Respondi apenas com aceno de cabeça positivo.

– Então, o verdadeiro plano era que você morresse, e o corpo dela recebesse todo o poder que você tem.

– CALA A BOCA! Você não sabe de nada, ela era uma ótima pessoa, e pare de sujar o nome dela, eu não faço a menor ideia de como você sabe do que aconteceu naquele quarto, mas você não faz ideia de como ela era boa, ela foi quem me deu motivos para seguir em frente, ela me deu a mão quando eu mais precisei, quando aquelas coisas estranhas começaram a acontecer comigo, quando eu mesma não sabia o que eu era, ela me mostrou um caminho.

– Garota tem como parar de ser idiota! Ela era uma bruxa prodígio, mesmo tendo apenas 12 anos ela já sabia manipular tanto a magia quanto as pessoas.

– PAAARA! Que merda, você não vai parar de sujar o nome dela um segundo sequer?

– Elisabeth Lanton, por acaso você é burra mesmo ou só é cega? Poxa vida, pelo menos uma vez na vida acredite nos seus instintos, não precisa acreditar em mim, eu só quero que você veja o que sempre esteve bem diante dos seus olhos, será que em todos esses meses de convivência você nunca viu a marca da bruxa nela?

– Me mostra o que é essa marca da bruxa, e eu te digo se ela tinha ou não tinha, mas antes de eu ter 100% de certeza se ela era ou não era uma bruxa, eu te peço que não toque mais no nome dela.

–Então Elisabeth a marca da bruxa é isso- ela falou levantando a manga do cardigan até os ombros mostrando uma meia lua cortada por uma fita - essa é a marca da bruxa, mas ela varia de clã para clã. A de Demétria era no rosto, e nas raras vezes em que ela chorava, a marca se revelava.

–oh meu Deus, então quer dizer que você também é uma bruxa?

– Sim, só que e pertenço à mesma linhagem que você. já Demétria pertencia a um clã rival ao nosso.

–Ok isso prova que ela era uma bruxa, mas não prova que ela queria se ver livre de mim.

– Elisabeth não tem como te provar que ela queria te matar, a única coisa que eu posso te provar é que você se tornou imortal, e uma das mais poderosas bruxas de nosso tempo, ela simplesmente te usou, ela queria ser você, por isso ela se tornou sua melhor amiga, ela te incentivava a mexer com coisas sobrenaturais, ela queria libertar todos os seus poderes, para que pudesse fazer um feitiço tão poderoso a ponto de atrelar duas vidas.

–Ok agora que você já falou tudo o que tinha de falar me diga como você sabe de tudo isso?

– Então, eu sou sua guardiã, a minha missão, e zelar por sua segurança, e agora por sua educação, no começo era uma missão muito fácil, até o dia que você quase morreu, naquela queda, o desespero da morte iminente te fez quebrar o selo que mantinha o poder de parar o tempo e depois regressar, nesse dia você voltou apenas 5 segundos no tempo, mas como você ainda não estava preparada, você simplesmente apagou assim que já não estava mais em perigo, mas com isso você acabou se pondo em perigo, e colocando sua família e o nosso clã também, e ai foi a primeira vez que eu intervi na sua vida, tive que fazer o seu pai te afastar da cidade para a segurança de todos.

–Então quer dizer que você me privou a companhia e do amor de meus pais, por uma questão de falsa proteção? Por puro egoísmo? E que me sacrificando todo mundo ia ficar feliz para sempre?

– Elisabeth, você não entende, mas aquela cidade emana magia, se você tivesse ficado lá tudo indica que você não estaria mais viva, além do mais, corria sérios riscos de que seus pais sofressem com as consequências, pois Liris não ia deixar pedra sobre pedra para coseguir o que ela queria.

– E quem é Liris, quero saber de uma vez por todas.

–Liris é o espírito de outra garota que ficou preso em seu corpo.

– Que garota? Como ele foi parar dentro de mim?

–Então na verdade Liris é o espírito da sua irmã gêmea que foi absorvida por você antes do quarto dia de gestação, depois disso, ela se tornou a parte escura de sua alma, e ficou presa no canto escuro de seu ser, mas no dia daquela queda, o selo se fissurou, e ele a acabou deixando escapar uma parte de seu poder e a partir daí ela tomou consciência de que você era uma prisão para ela, e desde então ela te culpa por não ter tido o direito a um corpo, a uma vida, ou sequer ao nascimento, o único jeito de ela te deixar em paz é exatamente lhe dando a vida.

– E como eu faço isso?

Continua...






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Notas finais do capítulo

Amores deixem seus comentários, criticas e sugestões, isso me deixa bem mais animado pra escrever bjos até mais !



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