A Filha De Afrodite Feia escrita por GiihBruno


Capítulo 5
Podemos conversar um pouquinho?


Notas iniciais do capítulo

Hi guys, como estão? Aqui vai mais um cap. pra vcs



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PVO JOÃO

- Você só pode estar brincando Annie - eu disse fitando seu rosto enquanto andávamos em uma estrada qualquer.

- Claro que não – ela disse andando ao meu lado, com a foice na mão – eu sempre quis ir lá, mas nunca deu certo, agora que somos livres, podemos ir.

Ela sorriu me encorajando.

- E vamos fazer o que lá? Passear? Conhecer gente nova? – falei, sarcástico.

- Isso. Tem alguma ideia melhor gênio? – a estrada estava deserta, estávamos indo para Manhattan, não tínhamos carona, estávamos correndo risco de morte, de ser atacados por monstros, eu estava cansado. Mas quando se está com a melhor garota do mundo isso não importa.

Se sou apaixonado por Annie? Pode-se dizer que sim. Se ela me ama também? Daria tudo para saber essa resposta. Veja bem, ela foi quem mais me ajudou a superar a morte de meus avós quando eu fui para o acampamento, é minha melhor amiga e pra mim, ela é a garota mais bonita do acampamento, nem Afrodite a supera.

- Ahn, Annie, posso te falar uma coisa? – eu disse baixinho.

- Claro, o que foi? – ela disse. Continuávamos a andar sem rumo, a cidade grande ficava a mais uns 7 quilômetros de onde estávamos. Respirei fundo.

- Annie, eu sei que agente não se conhece a muito tempo mas... – então eu tomei uma pancada na barriga, algo me invisível me acertara e agora me empurrava para trás, Annie gritou e eu armei minha espada:

- ANNIE, ANNIE! – eu gritava desesperado, eu tentava acertar o que estava me empurrando em alta velocidade para trás.

- JOÃO! – Ela corria atrás de mim, mas eu estava mais rápido, enfiei minha espada no chão, fazendo com que a velocidade diminuísse, aos poucos eu estava deitado no chão, ofegando, Annie me alcançou gritando.

- Você ta bem? – seus olhos continham um pouco de medo – O que era aquilo João?

Ela estendeu a mão, e eu a agarrei limpando a poeira de minhas roupas, eu não tinha ideia do que havia me atacado, respirei fundo para não perder a calma. Era estranho, não havia vento nenhum. Estralei os dedos como se uma ideia me atingisse:

- Foi o vento.

- O vento? Como assim o vento? – ela me olhou como se eu fosse louco.

- Você já percebeu que o vento parou? A quanto tempo não venta? – eu olhei ao redor, deveria ser uma hora já – temos que sair daqui – dei uma pausa – ei, olha ali, vêm vindo um carro.

Eu apontei para uma luzinha ao fundo, era mesmo um carro, chegando cada vez mais rápido onde estávamos, eu fiz sinal, ele parecia que ia passar, então fingi que ia me jogar na frente dele. O motorista freou bruscamente e desceu:

- Quem você pensa que é garoto? – ele tinha boa aparência, e um bom carro também.

- Perdão senhor, poderia nos dar uma carona até Manhattan? – Annie disse.

- Não, é claro que não - O homem voltou ao carro – Esses semideuses, sempre querendo caronas, não. Não vou ser enganado de novo.

Ele reclamava pra si mesmo, eu olhei para Annie que arregalou os olhos:

- Como disse senhor? – eu disse.

Ele se virou, percebendo que havia falado alto demais:

- Eu não disse nada!

- Como sabe que somos semideuses? – perguntei.

- Porque eu sou um deus, eu sei dessas coisas. – ele revirou os olhos.

- Deus? Que deus? – Annie perguntou.

- Vocês nunca me reconhecem, eu também sou semideus, filho de Apolo, sou Esculápio, deus da medicina.

Esculápio? Sim, eu já ouvi falar, bem pouco, ele foi o cara que devolveu a vida a Órion se eu não me engano.

- Por favor senhor Esculápio, precisamos ir embora – Annie suplicou.

Ele olhou ao redor:

- O que estão fazendo aqui? Você é filha de Afrodite, e você de Dionísio certo? O acampamento é pra lá – ele apontou para a direção de onde vinha.

- Acabamos de sair de lá – comentei.

- Missão?

- Fuga – completou Annie.

- Fuga – ele repetiu com sigo mesmo, ótimo, eu gosto de fugas, eu já fugi muito dos raios de Zeus.

Um trovão ecoa.

- Você sabe que é verdade – ele grita olhando para os céus – Andem logo, temos que partir agora, entrem no carro.

PVO Annie

Entramos no carro, sem dizer nenhuma palavra seguimos em frente, João foi no banco do passageiro ao lado de Esculápio. Ele era filho de Apolo e isso me lembrou um nome.

Jake Carter.

Ele não me saia da cabeça, o que ele fez comigo foi horrível, era só ele conversar comigo depois, não gritar tudo aquilo no meio de tudo mundo. Eu não conseguia acreditar que Jake havia feito aquilo, ele era um dos meus melhores amigos também, antes daquilo, é claro.

Um aperto no coração era o que eu sentia,eu tinha que arranjar uma casa, um trabalho, e mandar uma mensagem de íris para o Leo, quando chegássemos a Manhattan eu mandaria.

O tempo foi passando, passando, e paramos bruscamente, Esculápio sorriu e disse:

- Estão me devendo um favor.

- Pode pedir depois, até mais. – abri a porta e desci, João fez o mesmo, estávamos no centro de Manhattan, a maioria das luzes estavam apagadas, me lembrei de uma pequena fonte que havia ali perto – venha João, preciso mandar uma mensagem de Íris.

Seguimos em silencio até o local, brotavam da ponta uma cachoeira não muito forte, abri minha mala e peguei um dracma. O atirei na fonte e disse:

- Ó Íris, deusa do Arco-Íris, mostre-me Leo Valdez, Acampamento Meio-Sangue.

A imagem tremulou, eu imaginava que o encontraria caído na cama, sonhando. Como eu estava errada, ele estava no Bunker 9, de costas, lá se encontravam mais 3 pessoas, que deveriam ser Piper, Percy e Annabeth, todos debruçados sobre uma bancada, olhando não seio o que, eu estava prestes a chamá-los quando escutei:

- É, eu o vi saindo do chalé de Apolo quando eu vinha pra cá, ele entrou correndo na floresta, tentei segui-lo, mas não o encontrei mais – Percy disse.

- Temos de procurá-lo – Piper disse.

- Depois do que ele fez a Annie? Melhor deixar que ele morra mesmo – disse Leo.

- Não podemos, ele ainda é um campista – disse Annabeth.

Engoli em seco e disse:

- Quem fugiu?

Todos se viraram, espantados.

- Annie! – Leo disse – fugiu mesmo é? Como está? Onde está? Ta tudo bem?

- Leo, não fuja do assunto, quem fugiu? – eu já sabia a resposta.

Ele engoliu em seco, seus olhos se entristeceram:

- Jake fugiu – ele disse.

Meu mundo rodou, suspirei, João viu o meu estado e se aproximou:

- Estamos bem, em breve entraremos em contato. Adeus pessoal.

- Espera Jo... - Percy gritou, mas era tarde demais.

Ele passou a mão pela névoa e ela sumiu. Tudo estava de cabeça pra baixo. Onde ele estava? Porque fugiu? Foi por mim? Não, não pode ser...

- Precisamos encontrar um lugar para ficar Annie, na rua não dá. – João disse.

Assenti com a cabeça e tive uma ideia, não devia ser muito longe, João não relutou em me seguir, ele parecia saber que eu estava fazendo a coisa certa. Alguns minutos depois e lá estávamos nós, parados, na frente de uma casa azul. Toquei a campainha, ouvi passos dentro da casa, a porta se abriu um pouquinho e eu a vi, ela escancarou a porta por completo e sorriu. Sorri de volta e disse:

- Olá Sra. Jackson, podemos conversar um pouquinho?



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Notas finais do capítulo

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