Guerra Fria escrita por Joan Missing


Capítulo 9
Capítulo 9 - Meu herói?


Notas iniciais do capítulo

Oi fofuras, eu espero que vocês gostem!
Eu não vou ficar enrrolando aqui, então boa leitura!
Amanha eu posto o POV do nosso guerrilheiro.



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POV VALENTINA

– Onde você estava Valente? - Lennon perguntou assim que eu cheguei perto deles -

– Já vai começar? Eu mal cheguei aqui, eu hein, primeiro foi o pangaré grosso, depois aquela mosca morta ali - Disse olhando para a magrela que observava de longe - E agora vocês? Porra.

– Ow dramaa! - Rob falou rindo - Isso só pode ser uma coisa: Ressaca!

– Vão se fuder - Disse bufando e sentando ao lado da Luna. - Meu pai tá vindo pra casa, próximo mês, com uma surpresa. - Revirei os olhos -

Sabendo que toda história com meu pai me afeta, Lennon tratou de mudar de assunto. Passamos a tarde inteira falando besteiras, rindo das coisas do Rob e nem a presença da mosca morta teve o poder de estragar isso. O guerrilheiro não apareceu por lá, eu perdi as contas de quantas vezes eu olhei para os lados para ver se ele aparecia, mas nada. Eu estava um pouco decepcionada com isso. Eu queria vê-lo.

Quando deu umas oito da noite, a magrela foi embora e eu quis pular de alegria. Luna e Robert foram levar ela até a porta e não voltaram mais, esses dois tem um fogo!

– Vamos dar um mergulho, senhoritas? - Ian perguntou -

– Vamos sim, não é Valente? - Lennon afirmou sorrindo -

– Podem ir. Eu não tô com cabeça pra piscina agora, nem pra segurar vela. - Ian e Lennon coraram. Esses dois definitivamente nasceram para ficar juntos -

Eles entraram na piscina e eu deitei em uma cadeira de sol e fechei os olhos. Eu estava confusa, meu pai e uma surpresa, toda essa atração louca pelo guerrilheiro e ainda tem o Jonnantan. Ele me ligou cinco vezes e mandou umas dez mensagens de texto. Eu gosto dele, do sentimento de liberdade e força que ele me passa, mas depois de ontem. Ele me forçaria mesmo a fazer aquilo? Suspirei e ouvi meu celular tocar, era Jonnatan.

– O que você quer? - Perguntei seca -

Ainda bem que me atendeu, eu preciso falar com você pantera, me dar uma chance de explicar o que aconteceu?

– Daqui à uma hora, na cantina italiana que tem perto da NYU. - Disse e desliguei o telefone. -

Voltei a fechar os olhos, mas ouvi um barulho ao meu lado. Abri os olhos e vi o guerrilheiro, me encarando com uma mistura de duvida e diversão.

– Me deixa em paz pangaré! - Bufei e voltei a fechar meus olhos -

– Sabe patricinha, quem te ver assim pensa que tu és um anjinho, pena que só é aparência. - Ele falava perto do meu ouvido e eu me arrepiei. -

– Qual é a tua, imitação do Che do Paraguai? Primeiro você me ajuda, depois não fala comigo direito e depois vem me encher a paciência?! Porra, sai fora. - Ele gargalhou -

– Eu sei que você passou a tarde inteira com saudades, mas enfim, não precisa admitir.

– Fiquei mesmo morrendo de saudades - Ele arregalou os olhos - Chorei tanto que as minhas lágrimas dariam para dar de beber para a África inteira. - Sorri - Se toca guerrilheiro.

– Não brinca comigo patricinha, você pode se arrepender depois. - Eu gargalhei -

– E quem disse que eu estou brincando? - Ele me olhou confuso e eu levantei - Mais uma coisa, porque não disse que me viu ontem com o Jonnatan? - Ele desviou o olhar e sorriu –

- Você queria que eu tivesse contado, patricinha? - Ele arqueou a sobrancelha. Eu queria que ele tivesse contado? Porra, maldito guerrilheiro! - Eu sei que não, ninguém quer. Mas falando sério, sem joguinhos ou coisa do tipo, da próxima vez eu não vou estar lá pra ser o seu herói. - Dei um tapa no ombro dele -

– Meu herói? - Gargalhei - Eu teria me livrado dele muito bem sozinha - Menti - Agora me deixa em paz.

Quem ele estava pensando que era pra se meter na minha vida? Nem meu pai dar palpite, imagine um pangaré mal vestido. Bufei e olhei pra ele que não se moveu. Me levantei da cadeira e senti algo puxar o meu braço.

– Ah, quero minha jaqueta de volta. - Sorri -

– É minha agora, guerrilheiro. - Disse me soltando dele e saindo daquela casa. –

Eu sai apressada e irritada dali. Arg, maldito guerrilheiro que tem o poder de me irritar em poucos minutos, vou encher de rugas desse jeito! Ai, não! Rugas, não! Eu sou tão bonita, rica e jovem! Tratei de tirar esse pesadelo da cabeça, entrei no carro e fui encontrar o Jonnatan. Eu nem sei direito porque eu estou fazendo isso, mas ele sempre foi uma boa válvula de escape, eu esquecia tudo com ele. Bufei. Espero que ele tenha um bom pedido de desculpas elaborado, eu não quero perder o meu precioso tempo.

Parei o carro na porta do restaurante e dei as chaves para o manobrista. Entrei no local atrás do Jonnatan, que não foi difícil de encontrar. Estava incrivelmente irresistível de azul marinho. Ele me viu e sorriu fraco, os seus olhos estavam tristes e não existia mais toda aquela irreverência e ousadia que eu conhecia e adorava. Eu me aproximei da mesa e ele se levantou.

– Estava pensando que você não vinha, pantera. - Ele sorriu e nós sentamos -

– Eu também pensei que eu não viria então eu acho bom você não desperdiçar esse tempo que eu estou te dando. - Falei séria –

– Valentina, eu sei que não tem perdão pro que eu fiz, eu perdi o controle de mim e fui inconsequente. E eu não me perdoo por isso, se aquele idiota do Herrera não tivesse chegado eu nem sei o que eu faria. – Ele olhou nos meus olhos – Val, eu gosto muito de você, mesmo. Eu gosto de tudo em você, eu sei que nunca te tive de verdade, mas eu não quero perder o que eu tenho de você. Por favor, me perdoa?

– Eu... Eu vou te perdoar, seu bobo! – Disse sorrindo – É claro que eu ia, mas se isso se repetir você pode dar adeus ao seu brinquedinho porque eu mesma irei te castrar e te obrigar a comê-lo no jantar! – Falei séria –

– Trato feito! – Ele riu. A confiança começava a voltar nos seus olhos e ele pareceu mais aliviado, parecido com o Jonnatan que eu conhecia. – Muito obrigada, pantera!

– Agora vamos comer que eu estou faminta! – Disse sorrindo –

– Você sempre diz isso e come só um pouquinho de nada! – Ele gargalhou – Eu já tinha pedido, é Spaghetti a Carbonara, certo?

– Isso mesmo! – Eu ri e ele sinalizou para o garçom trazer os pratos -

A noite foi agradável, diferente das outras que passamos juntas. Sem álcool, drogas ou pegação. Eu me diverti muito, não passei o tempo todo pensando na imitação barata do Che, só foi oitenta por cento da noite, o que é um grande avanço, já que geralmente é cem por cento.



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Notas finais do capítulo

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