O Projeto escrita por Katniss


Capítulo 3
O inicio


Notas iniciais do capítulo

Vocês são muito lindos! Muito obrigada pelo seus comentários! Isso me deixa tão feliz que eu resolvi postar mais um capitulo hoje e eu espero que vocês gostem.



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Capitulo 2 – O inicio.

#Final de setembro, quatro semanas: Dois meses.

                   Ela estava com dois meses de gravidez segundo seu calendário maluco de gravidez e mesmo que, com o passar do tempo, ela continuava ainda sem vontade de comer, mas com a persistência de Harry e às vezes de Ron, ela comia minimamente todas as suas refeições diárias. Seus enjoos matinais ainda estavam lá, mas eram tão poucos que parecia quase inexistente.

                   Durante as aulas de Convivência Familiar, Professora McGonagall juntou todas as duplas, porém nem ela nem Malfoy se dirigiram a palavra. Durante suas primeiras aulas eles estavam aprendendo a trocar fraudas e com o fim do primeiro mês, eles estavam aprendendo os diferentes tipos de posição para se segurar um bebê.

                   Os meninos até que estavam se dando muito bem nessa aula. E Malfoy, mesmo que acertando tudo que a professora ensinava, não prestava o mínimo de atenção às aulas.

   #Outubro: Duas semanas: Três meses

                   Com três meses de gravidez seu corpo começou a finalmente mudar. Claro, ela ainda olhava um pouco magra, mas sua barriga estava começando a mostrar.

                   Foi lindo.

                   E foi aí, naquele dia e naquele banheiro dos prefeitos que ela percebeu que havia realmente um bebê crescendo dentro dela. Nessas seis semanas de gravidez a sua ficha ainda não havia caído, mas vendo o pequeno relevo ali formado trouxe lagrimas aos seus olhos. Em oito meses e meio ela estaria segurando um bebê. Sim, esse bebê seria filho de Malfoy, em parte, mas também seria seu – mesmo que de mentira!

                    Esfregando a mão em seu abdômen e sorrindo ela colocou sua roupa e ainda chorando, pegou seus livros e se dirigiu a biblioteca para começar a ler finalmente o livro “o que esperar quando se está esperando”.

~

                   Já havia se passado um mês e duas semanas desde que ele havia descoberto que sua parceira de Convivência Familiar seria Hermione Granger. Blaise, seu melhor amigo e confidente, o havia dito para dar-lhe uma chance, já que ela de alguma forma seria uma parte de sua vida por dois anos e se ele queria uma vida longe de seu pai, do seu dinheiro e o Lord das Trevas, se ele queria ter uma vida só dele, sem amarras, ele teria que passar naquele teste. E consequentemente, se ele queria realmente passar naquele teste e conseguir um trabalho bom o suficiente para se sustentar se a mínima ajuda de seus pais, ele precisaria ajudá-la.

                   Depois de ouvir o sermão de Blaise ele passou a observá-la mais, a fim de entender o que se passava pela cabeça da Princesa da Grifinória. Ela era tão complexa.

                   Às vezes quando ele a observava de longe, na mesa da Sonserina no horário das refeições ela tinha uma expressão tão triste, tão deprimida, tão desanimada – Não que ele ligasse, é claro! –  Mas então depois quando ele a via em sala de aula ela ficava realmente alegre do nada! Isso realmente o confundia muito. Seriam os hormônios da falsa gravidez sendo postos em ação?

                   Durante suas aulas de Convivência Familiar ele pôde observá-la mais vezes, de perto. Ele sabia que ela o via a observando, mas ele não ligava. Ele precisou estudá-la para enxergar algumas coisas que antes ele não enxergava, como por exemplo, o quão bonita ela olhava quando ela estava mordendo seu lábio inferior, que ela fazia quando estava pensando – o que era quase toda hora, levando que ela era, Hm. - Ou como seus olhos brilhavam de excitação quando um professor fazia uma pergunta que ela já sabia a resposta, – De novo, o que era sempre, levando em conta quem ela era - ou como ele não havia percebido que o cabelo dela já não era mais aquela massa espessa que costumava ser quando eles eram mais novos. Não, agora seu cabelo caía sobre seus ombros em lindos cachos formando uma cascata que ele se viu imaginando como seria tocá-los. Ela era tão bonita...

                   Não.

                    Ela não era bonita, ele não podia pensar nela assim. Ela era uma sangue-ruim e ele era um Malfoy, e Malfoys não se misturam com a sujeira. Ela não era nem digna de estar no mesmo cômodo que ele... Não era?

                   Ou será que isso não era o certo de se pensar? Na sua vida inteira seus pais o ensinaram que eles, os puro sangues, eram melhores que todos os outros, e que nascidos trouxas eram nada, mas a sujeira.

                   Mas se ele fosse ser lógico, esse tipos de pensamento de seus pais só fizeram com que eles se arrastassem para a sarjeta, e para piorar, eles ainda o levavam para o mesmo caminho que eles se encontravam!

                    Se seus pais não fossem preconceituosos ele teria tido uma vida mais feliz, uma infância onde ele não teria que comparecer a festas estúpidas de puro sangues estúpidos que não tinham mais nada para fazer do que fazer coisas estúpidas. Se seus pais não fossem preconceituosos, o Lord das Trevas não estaria o obrigando a cumprir uma missão suicida como essa de matar Dumbledore.

                   Se seus pais não fossem preconceituosos, ele poderia amar uma mulher e então se casar com ela e ter uma família feliz e não um casamento arranjado sem amor onde ele só teria um filho para que ele pudesse deixar sua herança.

                   Seus pais, aqueles que ele aprendeu a confiar e seguir cegamente, estavam errados durante todo esse tempo?

                   Seria ele errado em seguir seus pais, principalmente seu pai, durante todo esse tempo?

                   Ele estava errado quando tudo que ele mais queria era ser igual ao seu pai?

                    Ele estava errado quando ele ridicularizou Hermione Granger   quando ela era obviamente muito melhor que ele em tudo?

Sim.

                   Sim, ele sabia que ele estava errado em tudo, assim com seus pais eram. Nada mais fazia sentido nesse mundo para ele.

                    Como ele pôde pensar que uma nascida trouxa como Hermione Granger não era digna de estar em Hogwarts quando ela era a bruxa mais inteligente do século? – E ele estava até começando a achá-la realmente muito bonita. Não que isso importasse, é claro. – Céus, como ele estava errado todo esse tempo. A raiva o preencheu.  

                   Levantando de sua cama, ele saiu correndo pela sala Comunal da Sonserina afora a procura de Hermione. Ele não se importava se já estava tarde e ela provavelmente estava dormindo, ou se ele teria que arrombar a estúpida sala comunal da Grifinória. Ele só sabia que ele deveria pedir desculpa a ela, e dizer-lhe que ele queria realmente ajudá-la no trabalho e talvez, quem sabe, se ela o perdoasse começar uma amizade com ele.

                   Ele precisava mudar. Ele não era seu pai e nem ele queria ser. Ele era sua própria pessoa e se dependesse dele, a partir daquele momento ele iria ser uma pessoa melhor. Ele mostraria a Lucius que ele não era ele.

                   Agora, onde diabos era a sala comunal da Grifinória?

                   Ele estava virando uma esquina perdido em seus pensamentos, quando de repente alguém surgiu na sua frente, fazendo com que ele caísse em cima desse alguém.

                   - Hey – Resmungou, franzindo a testa que doía por causa do impacto – Olhe por onde and... Granger!

                   - Ã? – Perguntou ela meio confusa, por causa do tombo – Ah, Malfoy. Oi.

                   - Você tem que olhar mais por onde anda, sangue-ruim. – Disse desdenhoso. A menina de olhos castanhos o olhou com raiva.

                   - Você que deveria olhar por onde anda Malfoy, até onde eu sei, foi você que não prestava atenção onde ia... Agora, se você  me der licença... – Disse a morena se levantando e passando por ele.

                   Droga! Por que em nome de Merlin ele a tinha insultado? Ele não tinha apenas minutos atrás dito que queria se desculpar com ela?

                   - Não! Granger espera. – Gritou gritou e correu até ela, parando-a.

                   - Ai Malfoy, não há necessidade de gritar, eu não sou surda. – Retrucou. – E tira essa mão daí! – Bateu na mão dele que segurava seu braço.

                   - Granger, não recorra a violênci... Por que você estava chorando? – Perguntou  franzindo o cenho de repente ao olhar em seus olhos molhados.

                   - E por que você não consegue terminar suas frases?

                   - Não mude de assunto Granger, porque você estava chorando?

                   - E desde quando você se importa? – Retrucou enquanto se levantava do chão.

                   - Eu não me importo – Respondeu e logo ele se arrependeu da escolha de suas palavras.

                   - Então saía da minha frente Malfoy – Rosnou Hermione tentando passar por ele, mas ele agarrou seu cotovelo, fazendo-a voltar e encontrar seus olhos azuis acinzentados. – O que foi?

                   - Por que você estava chorando Hermione? – Sussurrou seu nome.

                   - Porque eu estou triste – Respondeu completamente chocada com o uso de seu primeiro nome.

                   - Por quê?

                   - Por quê? – Questionou irritada – Por quê? – Repetiu, e então bateu em seu peito – “Ai!” – Você ainda me pergunta por quê?! – Bateu de novo – Há um mês e duas semanas eu descobri que eu ficaria grávida –“Pelo amor de Merlin Granger, é uma falsa gravidez!” –  com dezessete anos de um furão que por acaso me odeia e fez da minha vida um inferno por cinco anos. E então, para piorar a minha vida, esse furão me ignora completamente por um mês e duas semanas, que corresponde a três meses de gravidez e então eu não consigo comer, e eu vou ficar gorda e, e eu provavelmente nunca terei uma família de verdade e... – Chorou tentando bater mais nele, mas ele segurou seus pulsos em seu peito, prendendo-a – eu sou horrorosa! - Chorou mais, já que não podia mais bater nele – E, e... E eu estou chorando na frente de um Malfoy, ai meu Merlin! Me larga Malfoy!

                   - Não – Respondeu.

                   - Me... Larga... Agora! – Se balançou, tentando se livrar de suas garras.

                   - Não.

                   - Malfoy!

                   - Granger! – Imitou. Ela fez beicinho. – Olha Granger... Eu estava te procurando quando a gente trombou.

                   - Aé? Por quê? – Perguntou curiosa ainda fungando.

                   - Por que eu estava pensando...

                   - Você pensa? – Perguntou sarcasticamente.

                   - Ata Granger, hilário, você deveria ser comediante. – Ela deu uma meio sorriso em meio as lágrimas que corriam sobre seu rosto – Bem, como eu estava dizendo, antes de ser “rudemente interrompido” – Imitou McGonagall, ela sorriu novamente – Eu estava procurando-a mais cedo. Sabe depois de refletir algumas coisas eu pensei em te procurar e te pedir desculpa por tudo. – Terminou.

                   - Malfoy, que tipo de jogo você está jogando comigo? – Questionou olhando em seu olhos, com suspeita.

                   - Nada! – soltou seus pulsos que ele ainda segurava e ergueu as mãos em gesto de paz – Eu estou sendo sério. Eu sei que é tudo muito tarde e tudo mais, mas eu gostaria de saber se bem... Você toparia em talvez, é... Sei lá...

                   - Prazer, meu nome é Hermione Granger – Estendeu a mão – E o seu? – Ele sorriu para ela ao ver sua mão estendida.

                   O sorriso que ela o deu naquele momento foi tão verdadeiro que ele nunca pensou que existisse, poderia ser porque ele nunca teve uma amizade de verdade – que não fosse com Blaise - mas ele viu, ao olhar para aqueles lindos olhos castanhos âmbar que o fitavam com tanta intensidade que ele soube que ali se iniciaria uma ótima amizade, que ao apertar a mão dela, ele estaria selando o seu próprio destino, ao se comprometer com uma nascida trouxa, ao aceitar a amizade dela. Ele sabia que seria difícil, que haveria complicações, que seus pais – não que ele ligasse para o que eles pensassem – nunca iriam aceitar e que ela provavelmente ficaria em risco ainda maior pelo já passado por ela, mas ele não conseguiria não apertar a mão dela, algo o chamava para aceitar o seu comprimento e não havia mais nada que ele queria a não ser sua aprovação.

                   E o mais importante, ele viu que  se ele apertasse a mãe dela, ele seria ele, e não alguém que seu pai queria que ele fosse.

                   - Malfoy – Apertou sua mão – Draco Malfoy.

                   - Prazer em conhecê-lo Sr.Malfoy.  – Sorriu para ele graciosamente.

                   - O prazer é todo meu Srt. Granger. – Se curvou e tomou sua mão em seus lábios. – Ah, e, por favor – olhou para seus olhos que o fitavam com excitação – Me chame de Draco, Srt Granger.

                   -  E você me chame de Hermione, Draco.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse é realmente um inicio, nao? Agora, eu preciso da opinião de vocês.
Vocês acham que tudo esta acontecendo muito rápido? se sim, por favor me digam, porque aí dá tempo de mudar o proximo capitulo que já está escrito.
Para da a vocês alguma ideia da rapidez, o proximo capitulo se chama " O beijo".
Por favor nao deixem de me responder essa questão, ela é muito importante!
Beijos e até o proximo capitulo.