There Are Always Five escrita por Mary Black


Capítulo 2
Anger


Notas iniciais do capítulo

Antes que alguém comente, se o capítulo estiver confuso, ou, sei lá, a raiva da Cersei parecer coisa de doido, é porque é exatamente assim. A pessoa fica tão frustrada e com tanto ódio que passa a direcioná-lo a todo mundo, mesmo que não faça o menor sentido. Just saying (;
Btw, obrigada pelos reviews! Fiquei muito muito muito feliz *-*



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O passar dos dias parecia uma sucessão interminável.


E, a cada minuto que se passava sem notícias de Jaime, a raiva de Cersei crescia exponencial e perigosamente.


Era uma raiva direcionada a todos e a ninguém em particular, quase como se ela estivesse tentando gritar para o mundo o suficiente para que mandassem seu irmão de volta.


Nada nem ninguém escapava às súbitas explosões da rainha.


E ninguém tinha a mínima ideia do porquê daquele temperamento tão explosivo.


Não que ela fosse uma flor de pessoa antes, nah. Mas agora, até mesmo um respirar mais demorado parecia incomodá-la.


E uma Cersei incomodada e com raiva era um pensamento deveras assustador, para toda e qualquer pessoa.


Todos do castelo, antes, já ficavam deveras assustados somente por se encontrarem no mesmo ambiente que ela. Agora, a simples menção de seu nome provocava calafrios na espinha até dos mais corajosos.


Provavelmente, ela passara a ser mais temida do que qualquer outro. Mais temida do que o Cão de Caça, ou do que uma invasão, ou, até mesmo, mais temida do que a volta dos dragões.


Qualquer coisa, por mais banal que fosse, era motivo para gritos, maldições e humilhações.


Era como se ela tivesse subitamente acordado com alguma espécie maligna de demônio atrelada ao corpo.


E, como se a situação ainda precisasse ser melhorada, nada que ninguém fazia parecia ser capaz de melhorar, por pouco que fosse, o estado de nervos da rainha.


Tommen e Myrcella começaram a se afastar. O primeiro saiu aos prantos quando a mãe disse, como se anunciasse a cor do céu, que ele nunca iria conseguir ser um cavaleiro,e não passava de um menino gordo e estúpido. A segunda se trancou no quarto e se recusou a sair ou a falar com qualquer pessoa quando foi duramente repreendida porque o laço de seu vestido estava desalinhado.


Até mesmo Joffrey, que parecia não fazer nada errado aos olhos da mãe, se surpreendeu quando ela levantou o braço na direção do seu rosto, só conseguindo se conter quanto estava a milímetros de bater nele.


Nem a própria Cersei sabia por que estava desse jeito.


Tudo o que sabia era que Jaime deveria estar ali.


Mais do que tudo, estava com raiva dele, seu irmão gêmeo.


Por que ele se deixara capturar?


Por que não resistira, por que não lutara mais, com mais garra, com mais força?


Por que não cumprira a promessa que fizera, de sempre ter cuidado?


Ele sabia que tinha de voltar para ela.Era mais importante do que uma maldita vitória contra os malditos Stark.


Afinal de contas, a culpa era toda dele. Não havia nenhum motivo para ele ter ido embora, para começo de história. E fora uma estupidez maior ainda lutar tão desprevenido num território praticamente desconhecido.


Por que ele fora tão idiota?


E agora, por culpa da incompetência de outros, ela estava ali, experimentando um dos piores momentos de sua vida. Momento esse que podia facilmente ser evitado se os soldados tivessem sido competentes e lutado até o último resquício de suas forças, ou se Jaime tivesse sido cauteloso.


Ela sempre pensara que fora amaldiçoada por nascer mulher.


Agora, tinha certeza disso.


Não suportava mais ter de ficar ali, presa entre os muros daquele Castelo, entretendo convidados importantes e tentando ensinar a Joffrey como governar aceitavelmente e tendo de aturar a maldita aberração anã que chamava de irmão sempre frustrando seus planos e vivendo à sombra do perigo de uma invasão iminente e escutando diariamente as queixas das pessoas com fome, como se ela realmente pudesse fazer algo a esse respeito.


Se fosse homem, pelo menos, poderia esboçar uma estratégia de batalha, resolver os problemas com suas próprias mãos. Resgatar Jaime. Sair daquele maldito lugar.


“Se quer uma coisa bem feita,faça- a você mesmo”, ela pensava.


Mas não. Tinha de ficar ali, rodeada pela incompetência alheia.


E isso era muito, muito frustrante.


Estava simplesmente farta de tudo aquilo.



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Notas finais do capítulo

Não me deixem em abstinência de reviews,please *puppy eyes*